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Territorialização do Bairro Tubalina em Uberlândia

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RESUMO
Este trabalho trata-se de uma territorialização do Bairro Tubalina, em Uberlândia-MG, feita pela turma 94 do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia. Esse projeto teve como foco a contribuição dos discentes aos serviços de cadastramento da população na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do Bairro Jaraguá, além de promover a atuação dos estudantes como agentes de saúde sob supervisão dos docentes da turma. A metodologia utilizada foi o cadastramento das famílias e dos domicílios presentes no território que abrange a UBSF, por meio do preenchimento de formulários e perguntas. Os registros eram realizados por fichas de cadastro individual e domiciliar, seguidos de uma reunião desses dados e posterior registro para formulação de Figuras e tabelas, visando uma análise estatística dos determinantes sociais de saúde do bairro. 
Vale ressaltar que alguns dos entrevistados ausentaram-se em alguns itens do formulário, evidenciando algumas discrepâncias na quantidade final de população entrevistada quando se analisa diferentes caracteres do cadastramento. No entanto, essa divergência não prejudica a análise geral de dados e a estatística dos determinantes do Bairro.
Nesse viés, os dados estatísticos permitiram a avaliação do Bairro Tubalina mediante diversas variáveis, o que permitiu algumas resoluções importantes, como por exemplo: 19% da população residente é fumante e 30% faz uso de álcool, 28% apresenta hipertensão arterial, quase 15% tem ou teve algum problema renal e 18% apresenta alguma doença respiratória, além de outras questões.
Por fim, este trabalho apresenta uma análise da saúde e das condições de moradia do Bairro Tubalina, tornando-o útil para a avaliação dos determinantes sociais de saúde, para o planejamento e a organização das políticas informativas de saúde, bem como na disponibilização de certos cuidados à população. 
Palavras-Chave: Atenção Básica em Saúde. Territorialização. Saúde em Uberlândia.
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO	9
2 - METODOLOGIA	11
3 - RESULTADOS E DISCUSSÕES	13
3.1 - PERFIL DOS DOMICÍLIOS	13
3.1.1 - SITUAÇÃO DE MORADIA E TIPO DE DOMICÍLIO	13
3.1.2: NÚMERO DE MORADORES POR MORADIA CADASTRADA	14
3.1.3 - CARACTERÍSTICAS DOS DOMICÍLIOS:	15
3.1.4 - MATERIAL PREDOMINANTE NAS PAREDES DOS DOMICÍLIOS	16
3.1.5: ENERGIA ELÉTRICA:	16
3.1.6 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA	17
3.1.7 TRATAMENTO DE ÁGUA NOS DOMICÍLIOS	18
3.1.8 - ESCOAMENTO SANITÁRIO	19
3.1.9 - DESTINO DO LIXO	20
3.1.10 - ANIMAIS	21
3.1.11 - NÚMERO DE ANIMAIS	22
3.1.12 - RENDA FAMILIAR	23
3.2 - INFORMAÇÕES PESSOAIS	24
3.2.1 - RAÇA, COR E ETNIA	24
3.2.2 - DATA DE NASCIMENTO	25
3.2.3 - SEXO	26
3.2.4 - RELAÇÃO DE PARENTESCO COM O RESPONSÁVEL	27
3.2.5 - RELAÇÃO DE PARENTESCO COM O RESPONSÁVEL FAMILIAR:	28
3.2.6 - NACIONALIDADE	29
3.2.7 - MUNICÍPIO DE NASCIMENTO	29
3.2.8 - UNIDADE FEDERATIVA DE NASCIMENTO	33
3.2.9 - ORIENTAÇÃO SEXUAL	35
3.2.10 - IDENTIDADE DE GÊNERO	36
3.3 - TRABALHO E REDE DE APOIO	38
3.3.1 - SITUAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO	38
3.3.2 - OCUPAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO.	39
3.3.3 - FREQUENTA ESCOLA OU CRECHE	41
3.3.4 - CURSO MAIS ELEVADO QUE FREQUENTA OU FREQUENTOU	42
3.3.5 - CRIANÇAS 0-9 ANOS, COM QUEM FICA?	43
3.3.6 - CUIDADOR TRADICIONAL	44
3.3.7 - GRUPOS COMUNITÁRIOS	45
3.3.8 - MEMBRO DE POVO OU DE COMUNIDADE TRADICIONAL	46
3.3.9 - PLANO DE SAÚDE PRIVADO	47
3.4 - CONDIÇÕES DE SAÚDE, HÁBITOS DE VIDA E PRÁTICAS DE SAÚDE	49
3.4.1 - PESSOAS COM DEFICIÊNCIA	49
3.4.2 - MULHERES GESTANTES	51
3.4.3 - TEM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS/NO PULMÃO? SE SIM, INDIQUE QUAIS.	54
3.4.4 - CLASSIFICAÇÃO DO PESO	56
3.4.5 - É FUMANTE?	57
3.4.6 - FAZ USO DE ÁLCOOL?	58
3.4.7 - FAZ USO DE OUTRAS DROGAS?	59
3.4.8 - TEM HIPERTENSÃO ARTERIAL?	60
3.4.9 - TEM DIABETES?	61
3.4.10 - TEM DOENÇA CARDÍACA? SE SIM, INDIQUE QUAIS.	62
3.4.11 - TEVE INFARTO?	64
3.4.12 - TEVE AVC/DERRAME?	64
3.4.13 - TEM/TEVE PROBLEMA NOS RINS? SE SIM, QUAL(IS)?	65
3.4.14 - SE SIM, INDIQUE QUAL(IS)	67
3.4.15 - TEM OU TEVE CÂNCER?	68
3.4.16: INTERNAÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES	71
3.4.17: CAUSAS DAS INTERNAÇÕES	72
3.4.18: DIAGNÓSTICO DE ALGUM PROBLEMA DE SAÚDE MENTAL	73
3.4.19: POPULAÇÃO ACAMADA	74
3.4.20: POPULAÇÃO DOMICILIADA	77
3.4.21: POPULAÇÃO QUE USA PLANTAS MEDICINAIS	79
3.4.22: OUTRAS CONDIÇÕES DE SAÚDE	81
3.4.23 - OUTRAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES	85
4 – CONCLUSÕES	87
6 - ANEXOS	92
6.1 - ANEXO A - FICHA DE CADASTRO INDIVIDUAL (FRENTE)	92
6.2 - ANEXO ANEXO B - FICHA DE CADASTRO INDIVIDUAL (VERSO)	93
6.3 - ANEXO C - FICHA DE CADASTRO DOMICILIAR	94
1 - INTRODUÇÃO
 A Territorialização pode ser definida como uma ferramenta metodológica que possibilita o reconhecimento das condições de vida e da situação de saúde da população de uma área de abrangência (GONDIM, G.M.M.; MONKEN, M. et. Al, 2008). Nesse sentido, a territorialização do sistema local de saúde é o ponto de partida para a organização dos serviços e das práticas de vigilância em saúde, isto é, um instrumento para planejamento local da Atenção Básica por meio do reconhecimento e do estudo do território baseado nos fatores de acessibilidade às ações e aos serviços de saúde, das condições socioeconômicas e do fluxo da população. 
 A concepção mais comum de território que se tem é a de um espaço geograficamente delimitado. Porém, cabe destacar que, além das características físicas, o território possui aspectos político-administrativos e sociais, configurando assim um espaço produzido socialmente que exerce pressões econômicas e políticas sobre a sociedade. Dessa forma, o território é o resultado de uma acumulação de situações históricas, ambientais, sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças (Barcellos et al., 2002). Assim, o reconhecimento desse território é fundamental para a caracterização da população e de seus problemas de saúde, bem como para avaliação do impacto dos serviços sobre os níveis de saúde dessa população.
 Nessa perspectiva, a territorialização permite descrever e analisar os principais elementos e relações existentes em uma população, os quais determinam, em maior ou menor escala, seu gradiente de qualidade de vida. Essa análise territorial implica em uma coleta sistemática de dados que vão informar sobre o perfil epidemiológico, demoFigura, cultural social e socioeconômico de um determinado território, possibilitando a identificação de vulnerabilidades e a seleção de problemas prioritários para as intervenções. A coleta de dados pode ser feita por meio da observação in loco, que é andar pelo território, conhecer suas características e registrar detalhes desse território; ou por meio de entrevista com informantes chaves, que são pessoas que residem e atuam nesse território e que trazem informações importantes sobre ele; ou ainda pode ser feita por meio de entrevistas que visam à coleta de dados que serão cadastrados no sistema de informação de saúde. Após o processamento dos dados coletados, é feito o mapeamento das informações do território, que irá auxiliar e facilitar a atuação da equipe de saúde da família e a priorização naqueles locais onde há maior necessidade, além de facilitar a localização espacial da infraestrutura disponível para realização de ações no território. 
 Diante disso, a Saúde Coletiva e o Método I promoveram a inserção dos estudantes do 1º período do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia na Rede de Serviços, de maneira que os alunos pudessem reconhecer e executar a territorialização da área de abrangência da Unidade de Saúde do bairro Jaraguá, o Centro de Saúde Escola – Jaraguá, localizado no município de Uberlândia - MG. A área de abrangência, definida com a equipe local, na qual os alunos desenvolveram visitas domiciliares para a realização do Cadastro Individual (CI) e Cadastro Domiciliar (CD) configura o bairro Tubalina. Segundo a Secretaria Municipal do Planejamento Urbano, o bairro Tubalina foi criado após a aprovação da Lei 5858, em 21/10/1993 e possui uma população de cerca de 8960 pessoas, delimitado por uma área de aproximadamente 1,53 Km² e 3283 domicílios(IBGE, 2010).
 Dessa forma, tem-se que o presente trabalho tem por objetivo apresentar o processo de territorialização realizado no bairro Tubalina, além de buscar traçar o perfil dessa população a partir de dados coletados por meio de entrevistas e, posteriormente, propor uma interpretação das informações que poderão contribuir para o planejamento e atuação dos profissionais das equipes de atenção básica.
2 - METODOLOGIA
A territorialização representa, atualmente, um instrumento essencial de organização das ações de saúde, visto que, no contexto do SUS, a partir de diversas iniciativas, as políticas são implantadas em um determinado território diante do entendimento de suas peculiaridades. Nesse sentido, a compreensão dessa ferramenta crucial para a consolidação do atual modelo de atenção básica, estabelecido a partir da Constituição de 1988, foi proposta aos discentes por meio da realização da Territorialização no Bairro Tubalina, próximo ao Centro de Saúde Escola Jaraguá, localizado no município de Uberlândia - MG.
A atividade foi executada a partir do levantamento de dados, visando construir um perfil das condições de vida da população que reside nesse território. Contudo, esse processo foi realizado não somente a partir de visitas ao bairro, nas quais os alunos entraram em contato com a realidade local, mas também a partir de preparações teóricas prévias desenvolvidas pelos professores, que proporcionaram maior entendimento acerca do papel do território na saúde, tal como de sua função social. Conceito caracterizado como Determinantes da Saúde, pois define a importância da obtenção de dados acerca do perfil individual - como idade, escolaridade e renda - e social – como disponibilidade de energia elétrica, abastecimento de água e destinação de lixo adequada. Dessa forma, podem ser descritas, dentro do Módulo de Saúde Coletiva I, atividades como o “Território que habito”, na qual os discentes tiveram um primeiro contato com o conceito de territorialização, compreendendo a relação multifatorial que está vinculada à saúde nos bairros onde residiam. Além disso, seminários ligados a essa temática foram apresentados pelos alunos, e exposições dialogadas sobre a construção histórica do SUS e sobre Políticas Públicas de Saúde foram feitas pelos orientadores do módulo, contribuindo para esse processo.
Ademais, houve encontros realizados dentro da Universidade Federal de Uberlândia para a capacitação técnica dos alunos, a fim de ensiná-los a analisar dados em planilhas, modular o trabalho escrito e construir a apresentação de forma esclarecida. Dessa maneira, tiveram aulas no laboratório de informática, informações e teorias para análise do banco de dados obtidos nos cadastramentos individual e domiciliar bem como na divisão de tarefas entre os estudantes, além do auxílio de um monitor para a agregação das análises escritas e formatação dentro das normas exigidas pela ABNT, sendo atividades vinculadas ao módulo de Método da grade curricular. 
Assim, foi possível executar o trabalho de campo, de fato, no Bairro Tubalina, o qual se iniciou com divisão da turma de 65 estudantes em dois grupos (grupo A e grupo B). Por meio de cadastros individuais (anexos A e B) e domiciliares (anexo C) disponibilizados na UBS do Jaraguá, a coleta de dados foi feita pelos discentes, de casa em casa, por boa parte do território. É importante ressaltar que um formulário online da plataforma Google foi criado para agilizar as entrevistas e a posterior organização dos dados em planilhas. A partir das informações levantadas, então, ferramentas estatísticas foram construídas, coma Figuras e tabelas, a fim de concretizar o objetivo da atividade de fazer um perfil geral acerca do Bairro Tubalina.
3 - RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 - PERFIL DOS DOMICÍLIOS
3.1.1 - SITUAÇÃO DE MORADIA E TIPO DE DOMICÍLIO
Figura 1: Situação de Moradia dos entrevistados no bairro Tubalina
Segundos dados disponibilizados pela pesquisa, foi relatado que a maioria das moradias são próprias (140), seguidas por alugada (55), cedidas (9), financiadas (5) e, por fim, outros (1). Fato que entra em concordância com dados disponibilizados pelo IBGE nos quais a cidade de Uberlândia possui: 57.893 ALUGADOS, 14.512 CEDIDOS, 122.317 PRÓPRIOS e 1.085 OUTRAS CONDIÇÕES. 
· Localização: De acordo com os dados disponibilizados pela pesquisa de cadastros domiciliares no bairro Tubalina e Jaraguá, 100% dos domicílios se encontram em área urbana.
· Em caso de Área de produção rural: Condição de posse ou uso da terra. Não se aplica, visto que todos os domicílios estão em área urbana.
3.1.2: NÚMERO DE MORADORES POR MORADIA CADASTRADA
Figura 2: Número de moradores por moradia cadastrada no bairro Tubalina
	Tendo por base os dados, há uma predominância de moradias com 2 pessoas residindo, um total de 62, que representa, do total de moradias entrevistadas, 29,5%. Em segundo lugar, tem-se a predominância de 3 pessoas residindo nas moradias, equivalente a 21% do total, com 44. Em terceiro, há 36 moradias onde são habitadas por somente uma pessoa, sendo 17% do total. Do total de moradias que ficam atrás dessas três em termos de quantidade, há 14% delas com 4 pessoas, 6% com 5 pessoas, 3,35% com 6 pessoas, 1,4% com 7 pessoas, 0,47% com 8 pessoas e 0,47% com 9 pessoas. Das moradias cadastradas, 13 delas não informaram a quantidade de pessoas, que representa 6% dos cadastros.
3.1.3 - CARACTERÍSTICAS DOS DOMICÍLIOS:
Figura 3: Situação de Moradia dos entrevistados no bairro Tubalina
	De acordo com os dados colhidos pela territorialização, há o predomínio de moradias com cinco cômodos ao total, representando 35 dos cadastros, equivalente a 17%. Em segundo lugar predomina-se casas com quatro cômodos, com equivalente a 15,2% (32) do total de cadastros. Em seguida, temos 31 casas com seis cômodos, sendo isso a equivalente a 14,7%. Do total, de acordo com a Figura 3, 9,5% (20) das casas possuem sete cômodos, 8% (17) possuem oito cômodos, 7,14% (15) possuem três cômodos, 2,3% (5) possuem nove cômodos, onde a mesma porcentagem repete para casas de dez e onze cômodos, 1,4% (3) possuem treze cômodos, 0,95% (2) possuem dois cômodos, 0,47% (1) possuem dezesseis e a mesma porcentagem se repete para a casa com apenas um cômodo. 38 (18%) cidadãos entrevistados não informaram a quantidade de cômodos inseridos na moradia. Dos 210 cadastros domiciliares analisados, todos informaram que as ruas são pavimentosas.
3.1.4 - MATERIAL PREDOMINANTE NAS PAREDES DOS DOMICÍLIOS
Figura 4: Material predominante nas paredes
No tocante ao material predominante nas paredes dos domicílios analisados, as respostas obtidas para uma única moradia não se restringiram a uma só opção. Dessa forma, algumas casas apresentavam mais de um material ao longo de seu perímetro. Observou - se que, a alvenaria com revestimento (60%) predominou em relação ao restante, destacaram – se, também, madeira aparelhada (12%), a taipa com revestimento (6%) e, por fim, materiais não especificados (15%).
3.1.5: ENERGIA ELÉTRICA: 
Em relação à disponibilidade de energia elétrica, 100% dos domicílios analisados tinham o acesso. 
3.1.6 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Figura 5: Abastecimento de água no bairro Tubalina
	A Figura 5 representa os resultados obtidos em resposta à pergunta sobre a forma de abastecimento de água nos domicílios. A pergunta apresentava as opções de rede encanada até o domicílio, poço/nascente no domicílio, cisterna, carro-pipa ou outro. No entanto, 99.5% das casas que participaram na pesquisa apresentaram o abastecimento por rede encanada. Ademais 0,5% das casas não apresentaram algum tipo de abastecimento.
	Segundo o Censo DemoFigura realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, aproximadamente 98% das residências de Uberlândia apresentavam abastecimento pela rede geral, portanto há consonância dos dados encontrados na territorialização.
	O acesso à água potável é uma necessidade básica das populações. Por ser um elemento de consumo essencial para a manutençãode uma vida saudável, possuindo uma ampla funcionalidade no organismo, além de seu uso presente na vida diária de um indivíduo a água pode ser considerado um indicador de saúde.
3.1.7 TRATAMENTO DE ÁGUA NOS DOMICÍLIOS
Figura 6: Tratamento de água no bairro Tubalina
Outro questionamento presente na pesquisa foi sobre o tipo de tratamento utilizado na água consumida pela população entrevistada. Os resultados obtidos, apresentados pela Figura 6, foram que 78,5% dos domicílios era feito por filtração; 6,5% responderam o uso de filtração, fervura e cloração; 3,9% filtração e cloração; 4,4% cloração; 5,4% sem tratamento; menos de 1% alegaram o uso de filtração e fervura e 1% apenas a fervura.
	Nesse contexto, observa-se a presença, entre os domicílios pesquisados, de 10 residências que consomem água sem algum tipo de tratamento. Um documento publicado, em 2006, pelo Ministério da Saúde, apresenta a importância da vigilância da qualidade da água consumida para a saúde. Alguns dos fatores elencados são a possibilidade da presença de microrganismos patogênicos e a concentração de determinadas substâncias em níveis superiores aos recomendados que podem ser prejudiciais para a saúde daquela população, assim indicando um problema de saúde pública.
3.1.8 - ESCOAMENTO SANITÁRIO
Tabela 1: Tipos de Esgotamento sanitário
	Tipos de esgotamento sanitário
	Domicílios com banheiro
	Domicílios com sanitário
	Total
	Rede geral de esgoto ou pluvial
	188.474
	534
	189.008
	Fossa séptica
	3.200
	22
	3.222
	Fossa rudimentar
	3.268
	74
	3.342
	Vala
	24
	6
	30
	Rio, lago ou mar
	38
	2
	40
	Outro
	43
	17
	60
	Total
	195.047
	655
	195.702
Fonte: Dados do IBGE.
Durante o período das visitas outra pergunta utilizada foi à forma de escoamento do banheiro ou sanitário. As opções apresentadas foram rede de coletora de esgoto ou pluvial, fossa séptica, fossa rudimentar, direto para um rio, lago ou mar, céu aberto ou outra forma. Foi constatado que em todas as casas pesquisadas na territorialização o escoamento era feito pela rede coletora.
	A tabela 1, com finalidade comparativa, representa dados do Censo DemoFigura realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, neles verifica-se que aproximadamente 96,6% dos domicílios de Uberlândia que possuíam banheiro tinham o escoamento feito pela rede geral de esgoto ou pluvial. Além disso, dos que apresentavam apenas o sanitário, aproximadamente 81,5% era feito pela rede coletora. Assim, observa-se uma similaridade com os dados averiguados no bairro pesquisado.
	Segundo um documento publicado pelo Ministério da Saúde, em 2004, sobre saneamento básico, a destinação adequada dos resíduos humanos tem relevância para se evitar a poluição da água e solos, evitar o contato de vetores de doenças com esses rejeitos, promover hábitos higiênicos para população e manter o conforto e estética. Ademais cita algumas doenças que decorrem de uma possível contaminação pelo esgoto, como a ancilostomíase, ascaridíase, amebíase, cólera, diarreia infecciosa, esquistossomose, teníase, cisticercose e entre outros. Portanto, é importante notar se uma população possui esse saneamento para verificar se é possível uma maior incidência dessas doenças.
3.1.9 - DESTINO DO LIXO
Figura 7: Destino do lixo no bairro Tubalina
A partir da análise da Figura 7, feito baseado no cadastramento levantado pelos alunos durante a atividade da territorialização, observa-se que há a coleta de 100% do lixo produzido nessa região do bairro Tubalina. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Censo de 2010, 98,6% do lixo na cidade de Uberlândia é coletado. No site da prefeitura de Uberlândia, consta-se que é coletado, em média, 600 toneladas de lixo diariamente, o qual é levado ao aterro sanitário. Pelas informações do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), os serviços de coleta são ofertados três vezes por semana, mas o bairro Tubalina não conta com coleta seletiva para reciclagem. 
	É importante ressaltar que a não coleta do lixo, ou o seu destino incorreto, estão relacionados intimamente com problemas de saúde ocasionados pela poluição do solo e das águas. Pode ser citado, por exemplo, a liberação de gases do efeito estufa e, consequentemente, a proliferação de animais transmissores de doenças, como alguns insetos, ratos e baratas. 
3.1.10 - ANIMAIS 
Figura 8: Presença de animais nos domicílios
Nos dados cadastrados, realizados em 210 domicílios, foi constatado que em noventa casas haviam pelo menos um animal de estimação, ou seja, cerca de 43%, enquanto que 120 não possuíam animais de estimação. Este dado está em conformidade com o obtido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013, o qual afirma que aproximadamente 44% dos domicílios possuem pelo menos um tipo de animal doméstico, sendo o cachorro o mais comum. A previsão feita por esse Instituto é de que este número aumenta 5% a cada ano.
Diversos estudos relacionam a convivência com os animais com a saúde do ser humano. O impacto causado por essa interação pode ser tanto negativo quanto positivo. Dentre os aspectos benéficos, pode ser citado o estímulo à atividade física, a maior convivência social e a diminuição dos níveis de estresse. Dentre os malefícios, pode ser citado o risco de transmissão de doenças, como a leishmaniose e a toxoplasmose. Entre os motivos apontados para não ter um bicho de estimação estão não ter alguém em casa para tomar conta do animal enquanto está no trabalho, compromisso por muitos anos e os custos altos dos cuidados.
3.1.11 - NÚMERO DE ANIMAIS
Figura 9: Quantidades de animais nos domicílios cadastrados no bairro Tubalina
A partir da análise da Figura 9, feito baseado no cadastramento dos alunos na região do bairro Tubalina, observa-se que, em 210 domicílios, foram registrados 296 animais, ou seja, há uma média de 1,4 animais por casa, no geral. Contabilizando apenas as casas que possuem animais, há uma média de 3,2 animais por domicílio. Dentre os animais registrados, o de maior frequência é o cachorro, sendo responsável por cerca de 55% do total. Em segundo lugar são os gatos, com 8%. É importante ressaltar que entre os animais não identificados, aqueles que não foram possíveis ser contabilizados através das planilhas do cadastramento, está incluído, também outros cachorros e gatos.
Os dados obtidos estão em conformidade com os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013, no qual afirma que 44,3% dos domicílios brasileiros possuem pelo menos um cachorro, sendo este de maior prevalência. O Instituto aponta uma média de 1,8 cachorros por domicílio. Na região do bairro Tubalina cadastrado, essa média é de 0,77 cachorros por domicílio. O que difere bruscamente dos dados do IBGE é em relação ao número de pássaros e aves, que constam como o segundo lugar de frequência como animal doméstico nas residências brasileiras. No caso da territorialização da turma, a segunda maior frequência observada foram os gatos. 
Figura 10: População de animais no Brasil
Fonte: Instituto PET com base no IBGE de 2013
3.1.12 - RENDA FAMILIAR
Pela territorialização realizada foi constatado que a maioria das pessoas entrevistadas não informaram a renda familiar de suas moradias. Dos moradores que optaram por constatar a renda, a maioria (31 moradias) possui uma renda familiar de 1 salário mínimo. Em segundo lugar de predominância ficou a renda de 2 salários mínimos, que foi apurada em 28 moradias. Em terceiro, a renda de 3 salários mínimos, constatada em 17 residências. Ademais, observou-se que em 12 moradias a renda familiar era entre 1 e 2 salários e em 10 moradias a renda era de mais de 5 salários mínimos. Além disso, apurou-se que 5 famílias viviam com 4 salários mínimos, 3 viviam com um valor entre 4 e 5 salários e apenas 1 apresentava a renda de 5 salários. Apenas 2 residências apresentaram menos de 1 salário, assim como entre 2 e 3 salários, e nenhuma casa tinha a renda entre 3 e 4 salários mínimos. 
· Tempo de Residência: Osdados sobre tempo de residência não foram avaliados quanto à porcentagem.
3.2 - INFORMAÇÕES PESSOAIS
3.2.1 - RAÇA, COR E ETNIA
De acordo com as 391 fichas coletadas dos habitantes do bairro Tubalina, nos meses de Outubro e Novembro de 2019, constatou-se que 50% dos moradores dessa região são brancos. A outra metade ficou dividida entre pardos, pretos, amarelos e indígenas, nas proporções de 30%, 18%, 1% e 1% respectivamente. Quando comparado com a população da cidade de Uberlândia, pode-se ver que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), do censo de 2010, a cor da população do bairro estudado se difere da população da sua cidade. Em Uberlândia, mais da metade da população é branca (56%). Pardos, pretos e amarelos correspondem, respectivamente, a 35%, 8% e 1% da população. Dos 604.013 entrevistados pelo IBGE, 926 são indígenas (aproximadamente 0,01% da população) e 33 pessoas não quiseram se autodeclarar. No bairro Tubalina foram entrevistados três indígenas, um deles não quis declarar sua etnia e os outros dois não souberam responder.
Figura 11: Raça/cor na população do bairro Tubalina
Figura 12: Raça/cor da população de Uberlândia
3.2.2 - DATA DE NASCIMENTO
A partir da análise das 391 fichas coletadas na pesquisa no bairro Tubalina, em 2019, obteve-se que 8,9% da população enquadra-se como crianças, com idade entre 0 a 12 anos. A população jovem representa cerca de 6,6%, sendo que encontram no intervalo de 12 a 18 anos. A faixa etária predominante é a dos adultos que caracterizam 48,3%, com idade de 18 aos 59 anos, sendo que o maior destaque é para as pessoas de meia-idade, com intervalo de idade de 40 a 55 anos. E por fim, 29,4% representam-se os idosos, com idade acima de 60 anos. Além disso, constatou-se que 7,2% dos cadastros não tem a data de nascimento correta, o que faz com que 28 dessas pessoas não seja possível identificar qual a faixa etária. Ademais, a média das idades coletadas no bairro, pela pesquisa, é de 46 anos. Se compararmos com os dados do município de Uberlândia, divulgados pelo censo de 2010, do IBGE, há uma equivalência com os dados encontrados no bairro Tubalina, visto que há uma prevalência da população adulta. Porém, existe uma divergência quanto ao intervalo de idade predominante, enquanto em Uberlândia prevaleça a população de 18 a 35 anos, no bairro Tubalina o destaque é para a população de meia-idade.
Identificação dos cidadãos por data de nascimento nas fichas de cadastro individual aplicadas no bairro Tubalina, em Uberlândia-MG, em 2019:
Figura 13: Faixa etária da população do bairro Tubalina
3.2.3 - SEXO
Ao analisar os dados coletados referentes a distribuição dos sexos dos indivíduos do bairro Tubalina, observou-se um predomínio do sexo feminino, com 57,8%, e o sexo masculino correspondente a 42,2%, segundo a Figura 14. Essa perspectiva repete-se nos perfis municipais, estaduais e nacionais, ou seja, o sexo feminino, por menor que seja a diferença, representa sempre uma maior predominância, em relação ao sexo masculino, conforme visto na Figura 14.
Figura 14: Distribuição dos sexos masculino e feminino no bairro Tubalina
3.2.4 - RELAÇÃO DE PARENTESCO COM O RESPONSÁVEL 
Tendo em vista os dados que foram coletados pelos alunos na territorialização do bairro Tubalina, em 2019. Percebe-se que a população que foi entrevistada demonstrou certa homogeneidade, de acordo com o perfil de pessoas que se encontravam em casa, dado que foi aplicado um questionário a 391 pessoas, na qual cerca de 51% dos moradores eram os responsáveis familiar e os outros 49% não eram responsáveis pelo domicilio. No entanto, mesmo que o percentual apresente pouca variância, nota-se que há uma prevalência de responsáveis familiar.
Figura 15: Relação de parentesco com o responsável familiar da população do bairro Tubalina
3.2.5 - RELAÇÃO DE PARENTESCO COM O RESPONSÁVEL FAMILIAR:	
Ao examinar os dados da ficha de cadastro individual, a qual foi aplicada pelos alunos no bairro Tubalina, em 2019. Nota-se que foi representado diversos graus de parentesco, na qual obteve-se maior prevalência de cônjuges nos domicílios, com cerca de 23,8%, em segundo lugar observou-se que boa parte dos interrogados eram os filhos, aproximadamente 23,3%. Em terceiro, tem-se que 21,2% de responsáveis familiares, em quarto, há pessoas com nenhum grau de parentesco com um percentual de 11,25%. Em quinto com 8,9% outro tipo de parentesco, logo em seguida com 4,1% os netos, já com 3,3% pai/mãe. E por fim os de menores correspondência sendo eles os genros com cerca de 2,1%, os irmãos com 1,3%, aproximadamente 0,5% são enteados e por último 0,25% são sogros. Dessa forma, verifica-se que há uma prevalência de cônjuges nas residências no horário em que foi aplicado os questionários.
Figura 16: ”Informações sociodemográficas – Relação de parentesco com o responsável familiar”, feitos a partir do cadastro individual aplicado no bairro Tubalina, em Uberlândia MG.
3.2.6 - NACIONALIDADE
Entende-se por nacionalidade o vínculo jurídico de direito público interno entre uma pessoa e um Estado. No bairro Tubalina, no qual os estudantes aplicaram as fichas de cadastramento do SUS, toda a população, ou seja, 100% das pessoas declararam nacionalidade brasileira. Acredita-se que todas essas pessoas também tenham nascido no Brasil, não podendo ser garantido este dado, já que a maioria dos estudantes não preencheu o campo “país de nascimento”, talvez por dedução de que o campo “Nacionalidade” e “país de nascimento” fossem equivalentes. Vale ressaltar que um indivíduo pode ser brasileiro pela legislação e ter nascido na Argentina, por exemplo, demonstrando que esses campos não são equivalentes.
 3.2.7 - MUNICÍPIO DE NASCIMENTO
Foram 91 municípios registrados pelos estudantes dos quais na Figura abaixo apenas as cidades com mais do que 5 pessoas que declararam ter nascido na mesma, foi colocado na Figura. Esse método ocorreu devido ao grande número de municípios registrados e posteriormente a difícil visualização que o mesmo teria caso apresentassem todas as cidades. Cerca de 51% da população é uberlandense, 30% de outras cidades e 6% não informou sua cidade de origem.
Figura 17: Município de nascimento dos moradores do bairro Tubalina
A tabela 2 mostra exatamente as cidades registradas e o número de pessoas nascidas em cada uma delas. As cidades destacadas foram aquelas usadas para a montagem da Figura anterior.
Tabela 2: Identificação do usuário/cidadão-município de nascimento nas fichas de cadastro individual 
	Cidades
	Quantidade de pessoas
	Anápolis
	1
	Andradas
	1
	Araguari
	5
	Araporã
	1
	Arauazes
	1
	Belo Horizonte
	1
	Brasília
	2
	Buriti Alegre
	1
	Cachoeira Dourada
	1
	Caçu
	1
	Campina Verde
	5
	Campo Florido
	1
	Campos Altos
	1
	Canapolis
	1
	Capinópolis
	3
	Carapicuíba
	1
	Carlos Chagas
	1
	Carmo do Paranaíba
	2
	Cascalho Rico
	1
	Centralina
	2
	Conquista
	1
	Cuiabá
	1
	Currais Novos
	2
	Estrela do Indanhá
	1
	Estrela do Sul
	3
	Formiga
	1
	Frutal
	1
	Goiânia
	3
	Goiatuba
	1
	Uberlândia
	200
	Visconde Rio Branco
	1
	Não informado
	21
	Ibirim
	1
	Iguaiatuba
	2
	Ilheus
	1
	Iporá
	1
	Iraí de Minas
	1
	Itajuipe
	1
	Itapiranga
	1
	Ituiutaba
	13
	Itumbiara
	3
	Iturana
	1
	Japi
	1
	Joviânia
	1
	Jucurutu
	1
	Lagoa Formosa
	1
	Londrina
	1
	Maceio
	2
	Masolima
	1
	Maurilândia
	1
	Mineiros
	1
	Miraporanga
	2
	Monjolim
	1
	Monte Alegre
	4
	Monte Carmelo
	1
	Montes Claros
	6
	Morrinhos
	1
	Murici
	1
	Nova Floresta
	1
	Panamá
	1
	Paracatu
	1
	Patos de Minas
	2
	Patrocínio
	7
	Pedra Azul
	1
	Pedrinópolis
	1
	Penedo
	1
	Perdizes
	9
	Pereira Barreto
	1
	Pontalina
	1
	Porteirinha
	1
	Prata
	4
	Quirinópolis
	2
	Recife
	2
	Rio Verde
	1
	Santa Fé do Sul
	1
	Santa Juliana
	2
	Santa Rosa da Serra
	2
	Santa Vitória
	2
	São Carlos
	1
	Sao Francisco de Sales
	1
	São Gonçalves do Amarante
	1
	São Gotardo
	1
	São João da Serra Negra
	1
	São José do Rio Pardo
	2
	São José do Rio Preto
	1
	São Romão
	1
	São Sebastiãoda Grama
	1
	São Simão
	1
	Serra do Salitre
	2
	Tubalina
	1
	Tupaciguara
	5
	Uberaba
	1
Esse grande número de cidades das quais os habitantes do bairro Tubalina vieram, demonstra que existe um êxodo muito grande de pessoas de diversas cidades do Brasil, que se deslocam para Uberlândia na procura de melhores condições de vida, já que a cidade é referência no baixo custo de vida, tratamento de água e oportunidade de emprego, entre outros fatores. Além disso, o bairro por ser muito antigo demonstra que mesmo saindo de suas cidades esses habitantes encontraram melhor qualidade de vida, já que a maioria dessa população reside no bairro desde o surgimento do mesmo por volta da década de 1970.
3.2.8 - UNIDADE FEDERATIVA DE NASCIMENTO
A população do bairro Tubalina é variada sendo de todas as regiões do Brasil, norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste, foram observados. Muitas pessoas saíram de cidades do próprio estado de Minas Gerais, porém o estado de Goiás merece uma atenção, já que foi o segundo estado de maior prevalência de origem dos habitantes.
Cerca de 82% da população do bairro Tubalina nasceu no estado de Minas Gerais (MG), 6% nasceu em Goiás (GO), 5% não informou o estado de origem e 2% nasceu em São Paulo (SP). O restante dos estados corresponde a aproximadamente 1% da população.
O “UF de Nascimento” não informado pode indicar pessoas que ao fazerem o cadastro tinham o desinteresse em preencher todo o papel por pressa, falta de tempo ou falta de receptividade com os estudantes.
Figura 18: Unidade Federativa de nascimento dos moradores do bairro Tubalina
Tabela 3: Identificação do usuário/cidadão-UF de nascimento nas fichas de cadastro individual 
	UF de nascimento
	Quantidade de pessoas
	AC
	1
	AL
	4
	BA
	3
	DF
	2
	GO
	24
	MG
	318
	Não informado
	17
	PB
	1
	PE
	4
	PI
	1
	PR
	1
	RN
	5
	SC
	1
	SP
	8
3.2.9 - ORIENTAÇÃO SEXUAL
A partir da análise das 391 fichas coletadas na pesquisa no bairro Tubalina, em 2019, obteve-se que a orientação sexual predominante na área é a heterossexual, correspondente a 70% da população presente no bairro. Os cidadãos homossexuais correspondem a 1% da pesquisa, assim como os bissexuais, que também correspondem a 1% da pesquisa. Além disso, constatou-se que 28% dos cadastros não possuem identificação da orientação sexual desses indivíduos.
Identificação do usuário/cidadão – orientação sexual nas fichas de cadastro individual aplicadas no bairro Tubalina, Uberlândia-MG, em 2019:
Figura 19: Orientação sexual da população do bairro Tubalina
3.2.10 - IDENTIDADE DE GÊNERO
A partir da análise das 391 fichas coletadas na pesquisa no bairro Tubalina, em 2019, obteve-se que 85% dos cidadãos não tiveram a necessidade de informar identidade de gênero, enquanto 15% informaram. Dentre os 15% que se propuseram a informar a identidade de gênero, 2% se identificaram como mulher transsexual, enquanto 90% se identificavam com um gênero diferente daqueles que constavam no questionário. As opções de homem transsexual e travestis não foram mencionadas pelos entrevistados. Ademais, cerca de 8% dos questionários aplicados não constavam identificação do gênero.
Figura 19: Identificação do usuário/cidadão
Figura 20: Identificação do usuário/cidadão – identidade de gênero nas fichas de cadastro aplicadas no bairro Tubalina, Uberlândia-MG, em 2019:
3.3 - TRABALHO E REDE DE APOIO
3.3.1 - SITUAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO
Figura 21: Pergunta: “Qual a situação no mercado de trabalho?”
 Analisando os dados adquiridos percebe-se que a porcentagem das pessoas entrevistadas que são ocupadas está em torno de 35%. Isso decorre do fato de que somando a população desocupada (categorias: aposentados/pensionistas, não trabalha, desempregado, não se aplica) temos 254 pessoas. Dessa maneira, a quantidade de pessoas não ocupadas corresponde a aproximadamente 65%.
Assim, constata-se certa equivalência com os dados municipais, pois segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a porcentagem de população ocupada de Uberlândia, em 2017, correspondia à 35,6%.
Nesse contexto, de modo geral, tem-se que o grau de dependência do Bairro é alto, pois nota-se que a maior parte da população do Bairro Tubalina representa pessoas não ocupadas. Dessa forma, essa realidade pode gerar prejuízos na saúde da população, haja vista que pode acarretar dificuldades financeiras e, consequentemente, dificuldade para comprar produtos básicos de higiene, alimentação e medicamentos.
3.3.2 - OCUPAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO.
Figura 22: Pergunta: “Qual a ocupação no mercado de trabalho?”. Dados adquiridos na Territorialização do Bairro Tubalina, em Uberlândia, em 2019.
A partir da entrevista foi decidido dividir os dados segundo os setores da economia (primário, secundário, terciário), aposentado, do lar, desempregado, estudantes e não convém (envolve crianças fora da faixa escolar, pessoas que não trabalham, pessoas que não informaram e deficientes), com o objetivo de facilitar a categorização da população.
Os setores da economia são divididos em: setor primário, secundário e terciário. O setor primário equivale às atividades da agricultura, pecuária, extrativismo (mineral, vegetal, animal); o setor secundário equivale às atividades da indústria, produção de bens de consumo, construção civil e geração de energia; o setor terciário, por sua vez, serviços e comércio.
Dentre os entrevistados, tem-se, por exemplo, no setor primário, vaqueiro, pescador artesanal, caseiro – representando 1% dos entrevistados; no setor secundário, tem-se, por exemplo, coordenador operacional, pedreiro, mestre de obras, mecânico industrial – representando 4%; e no setor terciário, tem-se, por exemplo, técnico de enfermagem, vendedor, costureira – representando 40%.
Segundo pesquisa “A Inserção da Mulher no Mercado Formal de Trabalho do Município de Uberlândia-MG” realizada pela Universidade Federal de Uberlândia, em 2015, a distribuição do estoque de emprego formal do setor primário equivalia à 6%, do setor secundário à 17% e do setor terciário à 77%. Apesar dos valores bastante distintos entre os dados da entrevista do Bairro Tubalina e os dados municipais, é possível perceber que ambos apresentam o setor primário como o de menor número de trabalhadores e o setor terciário como o de maior número de trabalhadores.
Dentre os entrevistados também foi possível perceber grande quantidade de aposentados/pensionistas – 19%. Contudo, foi possível notar que alguns dos entrevistados informaram estar aposentados, mas ainda exercerem atividades remuneradas, como em portaria de apartamentos e na casa da filha. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), houve um crescimento do percentual de participação dos idosos no mercado de trabalho, passando de 5,9%, em 2012, para 7,2%, em 2018. Essa situação representa a realidade brasileira, pois entre os fatores para esse aumento está o envelhecimento da população brasileira e a busca por uma renda extra, além da aposentadoria.
Durante a territorialização também foi perceptível grande quantidade de pessoas do lar – 9%, desempregadas – 5%, estudantes – 14% e que se encaixam na categoria não convém – 8%. Isso decorre do fato de que o processo de entrevista foi realizado durante à tarde, sendo um horário mais fácil de encontrar esses perfis individuais em casa. 
3.3.3 - FREQUENTA ESCOLA OU CRECHE
Figura 23: Pergunta: “Frequenta escola ou creche?”. 
A Figura 23 representa os dados obtidos na pergunta “Frequenta escola ou creche?” presente na ficha de Cadastro Individual durante a territorialização no bairro Tubalina. A questão foi respondida por 391 pessoas, resultando em 84,7% respostas “não” e 15,3%, “sim”.
Considerando que a maioria dos indivíduos os quais aceitaram participar do cadastramento eram adultos e idosos, a proporção está condizente com o esperado, sendo a maior parte das respostas “não”. Ademais, sabendo-se que cerca de 14% da população registrada se encontra na faixa etária escolar, de 0 a17 anos, a porcentagem de 15,3% demonstra a participação de adultos e/ou idosos no processo de aprendizagem, estando provavelmente aliados ao sistema de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
3.3.4 - CURSO MAIS ELEVADO QUE FREQUENTA OU FREQUENTOU
Figura 24: Resposta à pergunta “Qual curso mais elevado que frequenta ou frequentou?”
 
O cadastramento individual realizado durante a atividade de territorialização em parcelas dos bairros Jaraguá e Tubalina, no município de Uberlândia-MG, contava com o questionamento “Qual o curso mais elevado que frequenta ou frequentou?”, o qual buscava delinear o grau de escolaridade da população e, consequentemente, os aspectos socioeconômicos desta. Dessa maneira, obteve-se dados de 391 pessoas que realizaram o cadastro, sendo possível analisar o grau de instrução daquela parcela social e, posteriormente, compará-lo com o perfil escolar dos brasileiros no âmbito nacional.
Nesse sentido, observou-se que 24,6% dos indivíduos cadastrados possuem o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, 15,1% o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e 7,4% o Ensino Fundamental Completo. Além disso, 21,7% apresenta Ensino Médio Completo e 11,8% registra ter o Ensino Superior. Nos dados obtidos, o que mais chama a atenção é a porcentagem de pessoas as quais afirmam não possuir curso frequentado, sendo de 10,7%, correspondente a 42 pessoas.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtidos em 2017, observa-se que 46,1% da população brasileira possui educação básica obrigatória, sendo 26,8% com o ensino médio completo e 15,7% com o ensino superior completo. Nessa perspectiva, analisa-se que os indivíduos ligados ao Centro de Saúde Escola Jaraguá, os quais realizaram o cadastramento individual durante o trabalho em campo, apresentam grau de escolaridade abaixo do registrado no âmbito nacional. Entretanto, as porcentagens comparadas não demonstram grandes disparidades.
Apesar disso, considerando que a maior parte dos indivíduos abordados durante o cadastramento eram pessoas adultas ou idosas, a porcentagem daqueles que frequentaram nenhum curso de graduação chama a atenção para a compreensão da realidade de vida dessa parcela populacional.
3.3.5 - CRIANÇAS 0-9 ANOS, COM QUEM FICA?
Figura 25: Pergunta: “Crianças de 0 a 9 anos: Com quem fica?”. 
 Ao analisar os dados obtidos através das entrevistas realizadas durante a Territorialização, é possível constatar que, na maior parte dos domicílios (56 casas) com crianças da faixa etária de 0 a 9 anos, estes se encontram sob cuidados de um adulto responsável. Em seguida, em 49 dos domicílios cadastrados as crianças na faixa etária em questão se encontravam sob cuidados do que foi classificado como “Outros”, podendo ser babá, irmãos, primos, etc. Além dessas variáveis de destaque, temos 8 domicílios nos quais as crianças ficam em creches, 2 domicílios nos quais elas ficam sob tutela de um adolescente e, por fim, na última e menos expressiva categoria as crianças ficam sozinhas.
Considerando o horário em que foram feitas as entrevistas (horário comercial), é possível dizer que tal resultado está dentro do esperado, já que a maioria dos adultos responsáveis, ou os que se enquadram na categoria “Outros”, se encontravam em casa, levando em conta que os demais moradores dos domicílios trabalham em horário comercial. Ademais, analisando os dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE) referente a situação educacional da população de Uberlândia para o ano de 2018, temos uma idade média de ingresso no ensino fundamental de 6 anos, situação consonante com o descrito na Figura, visto que as escolas da rede pública da cidade oferecem ensino em apenas um dos turnos (manhã ou tarde). 
3.3.6 - CUIDADOR TRADICIONAL
Figura 26 - Resposta à pergunta: “Frequenta algum cuidador tradicional?”
Pode ser observado que, de um total de 391 pessoas entrevistadas durante as territorializações, 15 delas (aproximadamente 4%) frequentam algum tipo de cuidador tradicional, enquanto que 376 (aproximadamente 96%) não frequentam.
Durante as pesquisas, não foram encontrados dados referentes à questão em nível municipal, estadual ou federal.
É possível que a pergunta tenha sido mal interpretada por parte dos entrevistados, visto a grande quantidade de respostas negativas. Contudo, vale ressaltar a importância dos cuidadores tradicionais na promoção da saúde, desde que sejam utilizadas práticas de efetivas e confiáveis.
3.3.7 - GRUPOS COMUNITÁRIOS
Figura 27- Respostas da pergunta “Participa de algum grupo comunitário?” contida nos formulários de cadastramento individual.
Observou-se que das 391 pessoas entrevistadas, 318 (81%) responderam não à pergunta “Você participa de algum grupo comunitário?” e 73 (19%) disseram que sim. O alto índice de respostas negativas pode indicar que os grupos comunitários têm pouca expressividade no que diz respeito à participação da comunidade local. Considerando que esses grupos representam intervenções de cunho social e comportamental no contexto em que atuam, pode-se dizer que possíveis ações relacionadas à saúde, em termos de promoção e de prevenção, poderiam ser comprometidas nesse local, o que desfavorece a criação de redes de apoio da própria comunidade no Bairro Tubalina.
3.3.8 - MEMBRO DE POVO OU DE COMUNIDADE TRADICIONAL
Figura 28 - Respostas da pergunta “É membro de povo ou de comunidade tradicional?” contida nos formulários de cadastramento individual.
	
Observou-se que dos 391 entrevistados, 312 (80%) disseram que não são membros de povos ou de comunidades tradicionais. 24 pessoas (6%) responderam que eram pertencentes a esses grupos, e 55 (14%) não alegaram nada na resposta. Além disso, entre aqueles que responderam sim à pergunta, 9 especificaram a Igreja como sendo a comunidade da qual faziam parte e, entre as citadas, destacam-se 1 frequentador da “Igreja Universal”, 1 da “Paróquia Espírito Santo” e 1 “testemunha de Jeová”. 2 pessoas também se disseram frequentadoras de “Centros Espíritas” e 1 disse ser adepta à Cultura Racional do Terceiro Milênio. Ademais, 1 indivíduo alegou frequentar o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) da região e outro disse o mesmo acerca da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).
Diante desses dados relativamente difusos, pode-se supor, inicialmente, que talvez a pergunta tenha sido mal interpretada pelos entrevistados. Isso porque povos e comunidades tradicionais são definidos, segundo o Decreto nº 6.040/2007, como grupos culturalmente diferenciados que possuem formas próprias de organização social, ocupando territórios e usando recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, cuja marca principal é a tradição como elemento de transferência dos saberes locais. Desse modo, grupos como AACD e os CAPS não são entendidos como comunidades tradicionais.
Ademais, o desconhecimento da população, de modo geral, acerca desses fatores históricos que envolvem grupos tradicionais também pode contribuir para que boa parte da comunidade do bairro não participe ou se identifique com nenhum. A quantidade de pessoas que simplesmente não respondeu à pergunta também reflete esse cenário.
3.3.9 - PLANO DE SAÚDE PRIVADO
Tabela 4: Modalidade de prestação de serviço em Uberlândia, 2009
	Modalidade de prestação de serviço
	Quantidade absoluta
	Quantidade relativa
	Particular
	219
	41,56%
	Plano de terceiros
	189
	35,86%
	Plano próprio
	11
	2,09%
	SUS
	108
	20,49%
100%
	Total
	527
	
Fonte: IBGE, 2010
Figura 29: Posse de plano de saúde privado
A partir da análise da Figura 29, nota-se que 79% da população do bairro Tubalina não possuem plano de saúde privado, ou seja, são dependentes, exclusivamente, de atendimentos na categoria particular ou SUS. Além disso, é possível observar que essa relação do bairro está semelhante à porcentagem de modalidades de serviço de saúde em Uberlândia, uma vez que, segundo dados do IBGE (apresentados na tabela), mais de 37% das variedades de serviços são oferecidospor planos próprios ou de terceiros. Nessa perspectiva, evidencia-se que como os planos de saúde proporcionam serviços, principalmente, aos beneficiários de grupos de maior renda; a maioria da população da cidade e do bairro está sob cuidado do sistema público, o qual, para atingir a eficácia em seu atendimento e em procedimentos médicos, necessita de grande participação governamental financeira. Contudo, o sistema público ainda enfrenta desafios, dentre os quais se destacam infraestrutura precária e filas nos hospitais, que dificultam o acesso e a utilização dos serviços de saúde de mais de 70% dos moradores do bairro e de Uberlândia. Dessa maneira, conclui-se que sistema de saúde brasileiro e planos de saúde refletem a permanência das desigualdades sociais no acesso e na utilização dos serviços de saúde. 
3.4 - CONDIÇÕES DE SAÚDE, HÁBITOS DE VIDA E PRÁTICAS DE SAÚDE
3.4.1 - PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
De acordo com os dados obtidos durante os dias de entrevista, das 391 pessoas entrevistadas, para a pergunta “Tem alguma deficiência?”, observa-se que 60 (18,3%) apresentam algum tipo de deficiência, respondendo “Sim” para a pergunta, sendo que 331 (81,7%) não apresentam nenhum tipo de deficiência, respondendo “Não” para a pergunta. Nesse viés, dentre as 226 (57,8%) mulheres entrevistadas, 33 apresentam algum tipo de deficiência. De outro modo, dentre os 165 (42,2%) homens entrevistados, 27 apresentam algum tipo de deficiência. Os dados, referentes ao número de deficientes e não deficientes, estão representados na Figura 30.
A respeito da frequência de incidência de deficiência entre homens e mulheres, nota-se que, devido ao maior número de mulheres entrevistadas em relação ao número de homens, 226 mulheres para 165 homens entrevistados, há uma maior probabilidade de se encontrar mais mulheres portadoras de deficiência do que os homens, desconsiderando os diversos fatores biológicos e determinantes de saúde que afetam diferentemente ambos os sexos. A comparação entre o número de homens e mulheres portadores de alguma deficiência está representada na Figura 31.
Além disso, a deficiência auditiva apresenta uma frequência de 13 casos, a deficiência visual apresenta uma frequência de 23 casos, a deficiência física apresenta 16 casos, 8 casos de deficiência intelectual/cognitiva e 13 deficiências não foram especificadas, marcando a opção “Outra”. Vale salientar que, dentre os 60 entrevistados que responderam “Sim”, alguns possuem mais de um tipo de deficiência, sendo a visual a mais prevalente. A frequência das deficiências contidas nos questionários está representada na Figura 32.
Figura 30: Resposta à pergunta “Tem alguma deficiência” - Relação entre o número de portadores de alguma deficiência e de não portadores, a partir dos dados obtidos nas fichas de cadastro dos moradores do bairro Tubalina.
Figura 31: Resposta à pergunta “Tem alguma deficiência?” - Relação entre homens e mulheres portadores de algum tipo de deficiência, a partir dos dados obtidos nas fichas de cadastro individual dos moradores do bairro Tubalina.
Figura 32: Resposta à pergunta “Tem alguma deficiência ?” - Número de portadores de uma deficiência específica, a partir dos dados obtidos nas fichas de cadastro individual dos moradores do bairro Tubalina.
3.4.2 - MULHERES GESTANTES
 A partir da análise das 391 fichas preenchidas, em relação à pergunta “Está gestante?”, observa-se que em 56 (14,32%) fichas nada foi preenchido. Nesse sentido, 7 (1,7%) fichas apresentam a resposta “Sim”, enquanto que 328 (83,88%) apresentam a resposta “Não”. Em relação à resposta “Não”, atribuiu-se essa alternativa a alguns entrevistados do sexo masculino. A respeito disso, foi atribuído “Não” a 119 (30,4%) representantes do sexo masculino, e não foi marcado nenhuma alternativa (“sim” ou “não”) para 46 (11,7%) homens. De outro modo, 209 (53,4%) representantes do sexo feminino responderam “Não”, 7 (1,7%) responderam “Sim”, e 10 (2,55%) não responderam nenhuma alternativa.
 	Além disso, observa-se que a faixa etária da população entrevistada pôde influenciar nos resultados obtidos acerca da gestação. Ademais, semelhante à faixa etária, o período de pesquisa, horário comercial, pôde, também, ter influenciado nos dados adquiridos. Os dados obtidos, em relação somente ao número de mulheres gestantes, estão representados na Figura 33. De outro modo, os dados obtidos, referente às fichas cadastradas de modo geral, estão representados na Figura 34.
 	Dentre as entrevistadas do sexo feminino que responderam “Sim”, duas (2) afirmaram que a maternidade de referência utilizada é a da UAI Planalto, uma afirmou que utiliza a UBS Jaraguá, duas (2) afirmaram “Sem referência”, uma afirmou que a referência de maternidade é a UAI Tiberi e outra afirmou que a referência maternidade é o Sp bairro Brasil. Os dados, referentes às maternidades de referência, estão representados na Figura 35.
Figura 33: Resposta à pergunta: “Está gestante?” – somente fichas do sexo feminino no cadastramento individual da população do bairro Tubalina.
Figura 34: Resposta à pergunta “Está gestante?” - incluindo todas as fichas de cadastro individual do bairro Tubalina respondidas.
Figura 35: Resposta à pergunta “Qual a maternidade de referência?” – em relação às fichas de cadastramento individual dos moradores do bairro Tubalina.
3.4.3 - TEM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS/NO PULMÃO? SE SIM, INDIQUE QUAIS.
A análise dos dados obtida pela pesquisa no Bairro Tubalina, em Uberlândia MG, no item “Tem doença respiratória/no pulmão”, no cadastro individual, mostrou que a maioria das pessoas entrevistadas não possui alguma doença respiratória. No entanto, algumas pessoas não responderam esse item, ou seja, de 391 indivíduos entrevistados, 383 responderam esse item, em que 313 (82%) responderam “não” e 70 (18%) responderam sim. Esses dados, referentes ao número de pessoas portadoras ou não portadoras de doenças respiratórias, estão representados na Figura 36.
Sendo assim, diante das 70 pessoas que confirmaram possuir um estado de doença respiratória, foi pedido que elas identificassem, especificamente, qual doença foi adquirida. A partir das respostas, foi criado outra Figura de análise para observar quais doenças apareciam com mais frequência ou com menos frequência. Porém, é importante ressaltar que muitas pessoas não quiseram ou não sabiam responder essa pergunta, sendo que dos 383 indivíduos que responderam a primeira pergunta, somente 75 responderam a identificação de quais são essas doenças. Dessas 75 pessoas, 42 (56%) responderam à alternativa “outra”, que consta no questionário autorreferido de condições/situações de saúde, o que determina a prevalência de outras doenças na comunidade, como rinite alérgica, bronquite, sinusite, tuberculose e outros. 8 (11%) das pessoas disseram não saber qual doença respiratória elas possuíam. 16 (21%) responderam a alternativa que identificava a condição de “asma”, ficando em segundo lugar das prevalências de doença no bairro tubalina. E, por último, 9 pessoas (12%) disseram possuir “Enfisema / DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)”. Esses dados, referentes à variedade e quantidade de pessoas que possuem alguma doença respiratória, estão representados na Figura 37.
Sendo assim, de acordo com o Caderno de Atenção Básica, feito pelo Ministério da Saúde, casos leves e moderados como a rinite, a asma e a DPOC devem ser tratados pela Atenção Primária, pois estão mais perto das famílias e conseguem uma melhor aplicação do tratamento, trazendo uma melhor qualidade de vida.
De acordo com esse documento do Ministério, as doenças respiratórias afetam a qualidade de vida, além de interferir economicamente e socialmente na vida das pessoas. Limitações físicas, emocionais e intelectuais, que surgem em conjunto com essas doenças, geram sofrimento humano.
Doenças Respiratórias podem aparecer na comunidade por fatores diversos, como o tabagismo, a poluição ambiental, alérgenos, agentes ocupacionais, fatores genéticos e estilo de vida.
Figura 36: Respostaà pergunta “Tem doença respiratória/no pulmão”- Relação entre o número de portadores de doenças respiratórias e de não portadores, a partir dos dados obtidos nas fichas de cadastro dos moradores do bairro Tubalina.
Figura 37: Resposta à pergunta “Se sim, indique quais doenças respiratórias” – Relação entre a variedade e quantidade de pessoas que possuem alguma doença respiratória, a partir dos dados obtidos nas fichas de cadastro do bairro Tubalina.
3.4.4 - CLASSIFICAÇÃO DO PESO
Mediante a análise da pesquisa realizada no bairro Tubalina em Uberlândia-MG, no item “Peso” no cadastro individual, indicado na Figura 38, partindo de um campo amostral de 378 pessoas que responderam o item, a maior parte da população entrevistada considera estar com o peso adequado, o que representa 53% da Figura, o que equivale a 201 indivíduos. Por outro lado, a segunda maior amostra se refere aos que se consideraram acima do peso (39% ou 146 moradores). E por fim, 8% afirmaram estar abaixo do peso, representando 31 pessoas.
Nesse sentido, fazendo uma análise da estatística de peso da população brasileira, de acordo com dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, do Ministério da Saúde, mais da metade da população, 55,7% tem excesso de peso. Quando verificado o sexo, os homens apresentam crescimento nas taxas de 21,7% e as mulheres de 40%.
Figura 38: Classificação do peso dos entrevistados no bairro Tubalina
3.4.5 - É FUMANTE?
A partir dos dados coletados na territorialização do bairro Tubalina, na cidade de Uberlândia – MG, em relação ao item “Faz uso de álcool?”, dos 391 totais entrevistados, cerca de 80% responderam que NÃO, enquanto que quase 20% disseram que SIM. Apenas 7 pessoas não responderam à pergunta. Os dados referentes às pessoas que estão ou não fumantes são representados na Figura 39.
Figura 39: Resposta à pergunta:” É fumante?” – Relação entre os número de pessoas que estão fumantes e as que não estão, a partir dos dados obtidos nas fichas de cadastro dos moradores do bairro Tubalina
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, o tabagismo é considerado uma doença pediátrica, pois 80% dos fumantes começam a fumar antes dos 18 anos. Esse dado é alarmante, uma vez que o tabagismo pode desenvolver doenças cardiovasculares, cânceres e doenças respiratórias crônicas. Alguns exemplos são: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfisema pulmonar, trombose, aterosclerose e tuberculose.
3.4.6 - FAZ USO DE ÁLCOOL?
A respeito do item “Faz uso de álcool?”, as maiorias dos entrevistados disseram que NÃO, representando quase 70%, enquanto que 117 indivíduos responderam que SIM, ou seja, 30%. Do total de 391 pessoas, apenas 6 não responderam ao item. Esses dados, referentes ao número de pessoas que fazem uso ou não de álcool, estão representados na Figura 40.
Figura 40: Resposta à pergunta “Faz uso de álcool?” – Relação entre a quantidade de pessoas de que fazem uso ou não de álcool, a partir dos dados obtidos nas fichas de cadastro do bairro Tubalina.
De acordo com dados da Biblioteca Nacional da Saúde, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, o uso crônico do álcool pode causar alguns danos no organismo, como a gastrite, a hepatite alcóolica, a esteatose hepática e pancreatite. Além disso, segundo a Biblioteca, o alcoolismo, ou seja, a dependência do álcool pode provocar efeitos sociais, como atrapalhar na convivência do indivíduo com sua família, assim como no trabalho.
3.4.7 - FAZ USO DE OUTRAS DROGAS?
Ainda segundo os dados obtidos, em relação ao item “Faz uso de outras drogas?”, a grande maioria (96%) respondeu que NÃO. Apenas UMA pessoa disse que SIM, sendo que 16 não responderam ao item. Os dados, referentes às pessoas que fazem ou não usam de outras drogas, estão representados na Figura 41. 
Figura 41: Resposta à pergunta “Faz uso de outras drogas?” – Relação entre as pessoas que fazem o uso ou não de outras drogas, a partir dos dados obtidos nas fichas de cadastro do bairro Tubalina.
3.4.8 - TEM HIPERTENSÃO ARTERIAL? 
Já no item “Apresenta Hipertensão Arterial”, partindo de um campo amostral de 385 indivíduos que responderam a pesquisa realizada, 108 (28%) responderam apresentar a doença, de modo que 277 afirmaram não possuir, o que equivale a 72%, como indicado na Figura 42.
Nesse sentido, comparando com os dados estatísticos brasileiros, em 2018, 24,7% da população que vive nas capitais brasileiras afirmaram ter diagnóstico de hipertensão. Os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018) evidenciam que a parcela da população mais afetada são os idosos, dos quais 60,9% dos entrevistados com idade acima de 65 anos disseram ser hipertensos, assim como 49,5% na faixa etária de 55 a 64 anos.
Figura 42: Respostas à pergunta: “Apresenta Hipertensão Arterial?”
3.4.9 - TEM DIABETES?
No item “Apresenta Diabetes” da pesquisa de cadastro individual do Bairro Tubalina em Uberlândia – MG, em um campo amostral de 385 pessoas que responderam a pesquisa, 53 pessoas afirmaram apresentar Diabetes, o que corresponde a 14% dos entrevistados. Já 86% afirmaram não ter a doença, equivalendo a 332 dos indivíduos em pesquisa, como indicado na Figura 43.
Quando se analisa o Brasil e os dados para Diabetes entre 2006 e 2016, o número de brasileiros com diabetes aumentou 61,8%. Isso significa que a doença passou de 5,5% da população e, agora, atinge 8,9% das pessoas. Entre as mulheres, o índice é de 9,9% e, entre os homens, de 7,8%. Os dados são da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde.
Figura 43: Respostas à pergunta: “Apresenta Diabetes?”
3.4.10 - TEM DOENÇA CARDÍACA? SE SIM, INDIQUE QUAIS.
A partir da analise dos dados obtidos durante a territorialização feita no Bairro Tubalina, em Minas Gerais, referente ao item “Tem doença cardíaca”, no cadastro individual, é possível perceber que a maioria da população 83%) não possui nenhum tipo de doença cardíaca. Entretanto, cerca de 14% da população apresenta problemas cardíacos e apenas 3% dos 391 entrevistados não responderam a esse item, como mostra a Figura 44.
Sendo assim, diante das pessoas que afirmaram possuir algum tipo de doença cardíaca, foi pedido que elas apontassem, especificamente, qual tipo de doença possuía. A partir de suas respostas, foi criado a Figura 45 para análise dos tipos de problemas e sua frequência naquela população. No entanto, é de suma importância ressaltar que uma grande parcela dos indivíduos (40 pessoas) que afirmaram ter algum tipo de doença cardíaca não soube responder ou não quiseram responder com especificidade qual tipo de problema possuíam. Sendo assim, foi identificado que a principal doença cardíaca que acomete àquela população é a insuficiência cardíaca (cerca de 7 indivíduos) e 10 pessoas afirmaram possuir outros tipos: 
Figura 44: Respostas à pergunta: “Tem doença cardáca? Se sim, indique quais.”
Figura 45: Respostas à pergunta: “Tipos de doenças cardíacas?”
3.4.11 - TEVE INFARTO? 
De acordo com os dados coletados pelos alunos da 94ª turma de medicina da Universidade Federal de Uberlândia durante o trabalho de territorialização no Bairro Tubalina, 5% dos entrevistados afirmaram ter passado por algum episódio de infarto, enquanto 93% afirmaram nunca ter sofrido nenhum episódio e 2% não souberam responder ou não quiseram informar, como mostra a Figura 46. No Brasil, 300 mil pessoas sofrem infartos todos os anos (BRASIL, 2018), o que demonstra que o bairro apresenta, proporcionalmente, um alto índice de infartos que é, inclusive, maior que a média nacional. 
Figura 46: “Tem ou teve problema nos rins?”
3.4.12 - TEVE AVC/DERRAME? 
De acordo com os dados coletados na territorialização feita no Bairro Tubalina, cerca de 3% da população entrevistada afirmaram ter sofrido derrame ou AVC, enquanto 95% afirmam não ter sofrido a enfermidadee 2% não souberam ou não quiseram responder, como mostra a Figura 47.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda causa de morte e a primeira de incapacidade no Brasil. Apenas em 2015, 100.520 pessoas morreram em decorrência da doença (BRASIL, 2017). Sendo assim, observa-se que o Bairro Tubalina se encontra, proporcionalmente, acima da média nacional, tendo em vista que a média brasileira de casos é de 0,1% da população. 
Figura 47: “Tem ou teve problema nos rins?”
3.4.13 - TEM/TEVE PROBLEMA NOS RINS? SE SIM, QUAL(IS)?
De acordo com a amostragem realizada durante a territorialização, foram colhidos dados referentes a 391 habitantes do Bairro Tubalina, localizado na cidade de Uberlândia-MG, de forma que cada habitante consentiu em repassar os dados de livre e espontânea vontade e garante-se, aqui, a veracidade das informações repassadas aos estudantes que realizaram o trabalho de campo.
Do total coletado (391 habitantes), nota-se que a maioria indica não ter ou nunca ter tido nenhum problema que acometesse sua função renal. Quantitativamente, o percentual citado foi de 326 moradores (83,1%); dos que têm ou já tiveram algum problema de natureza renal, representa-se um total de 57 habitantes (14,5%); por último, observou-se uma baixa quantidade de pessoas que não informaram sobre sua situação, sendo de apenas 2,4% (9 pessoas).
Figura 48: “Tem ou teve problema nos rins?”
Aproximadamente 13 milhões de brasileiros apresentam algum grau de problema renal, segundo o mais recente levantamento da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). O número é duas vezes maior do que há dez anos. Tal quantitativo representa cerca de 6,2% do total populacional (considerando dados de 2019 da população brasileira com um total de 210 milhôes de habitantes) e mostra-se preocupante. A variação em relação aos dados coletados no bairro Tubalina pode ser explicada pela amostragem ser bem mais reduzida (o que tornam os dados válidos para a localidade específica) e também pela população em foco ter sido pessoas de meia idade e idosas — o que aumenta as chances de colher dados positivos em relação às complicações renais.
3.4.14 - SE SIM, INDIQUE QUAL(IS)
As informações colhidas sobre os tipos de complicações renais indicaram que é alta a diversidade de problemas envolvidos nos rins. Dos 57 entrevistados que responderam "Sim" a primeira pergunta feita, 45 (79%) afirmaram que a complicação renal era "outra"; 7 habitantes (12%) acusaram não saber ao certo qual era o problema em específico e 5 (9%) afirmaram sofrer ou ter sofrido de insuficiência renal.
Figura 49: “Se sim, indique quais”
A insuficiência renal é uma doença silenciosa: quando o corpo dá sinais claros e visíveis de que algo está errado em geral o órgão já perdeu 50% de sua capacidade. Por este motivo, 70% das mortes por insuficiência renal acontecem antes mesmo do diagnóstico, conforme estudo da Fundação Pró-Renal, entidade filantrópica que dá assistência a pacientes crônicos. A doença renal crônica constitui hoje em um importante problema médico e de saúde pública. No Brasil, a prevalência de pacientes mantidos em programa crônico de diálise mais que dobrou nos últimos oito anos. De 24.000 pacientes mantidos em programa dialítico em 1994, alcançamos 59.153 pacientes em 2004. A incidência de novos pacientes cresce cerca de 8% ao ano, tendo sido 18.000 pacientes em 2001. O gasto com o programa de diálise e transplante renal no Brasil situa-se ao redor de 1,4 bilhões de reais ao ano.
3.4.15 - TEM OU TEVE CÂNCER?
A Figura 50 mostra o índice de câncer no bairro Tubalina de 3%, a partir de uma amostra de 391 pessoas entrevistadas de casos não específicos. É um valor superior à incidência brasileira, que no período de 2013 a 2018 demonstrou uma incidência de 0,6% como demonstrado na figura 51.
Figura 50: “Incidência de câncer na população do bairro Tubalina”
Figura 51: “Incidência de câncer na população brasileira (2013-2018)”
Fonte: International Agency for Research on Cancer
Figura 52: “Incidência de hanseníase na população do bairro Tubalina”
A Figura 52 mostra o índice zero para os casos de hanseníase no bairro Tubalina e um falso negativo. A Figura 52 só não conseguiu calcular e mostrar o índice, por que o índice seria 0%, uma vez que na amostra de 391 pessoas entrevistadas, na realidade houve um caso relatado o que daria menos de 1%. O que é um índice bom quando comparado com um período em que Uberlândia era referência para casos de hanseníase ou lepra, mas não deixa de ser uma questão de saúde pública.
Figura 53: “Incidência de Tuberculose na população do bairro Tubalina”
A Figura 53 mostra a incidência de casa de tuberculose no Bairro Tubalina, que a principal e alto quando comparada com dados do DATASUS, que mostra uma taxa de 148 casos notificados para Uberlândia, o qual pode tem duas interpretações: uma, e que a taxa esta alta, e a segunda e que pode existir uma subnotificação, onde poder casa que não estão sendo notificados por vários fatores. Neste sentido, a que se fazer uma análise mais criteriosa, para que possa se fecha um diagnóstico dos casos de tuberculose no bairro e assim formula ações que venha a diminuir esta prevalência de tuberculose.
3.4.16: INTERNAÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES
Figura 54: Teve alguma internação nos últimos 12 meses
 A partir dos dados apresentados pela Figura 54, observa-se que, em um total de 391 pessoas entrevistadas, a maioria de 320 pessoas (81.8%) não foram internadas nos últimos 12 meses. 61 pessoas (15,6%) foram internadas por diversas causas nesse período. No entanto, não foi possível saber essa informação em 2,6% dos entrevistados. De acordo com a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), em 2013 De acordo com a PNS 2013, das pessoas residentes no Brasil, 6,0% ficaram internadas em hospitais por 24 horas ou mais, nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista. Enquanto isso no Sudeste, onde está a cidade de Uberlândia, esse índice foi de 5,7%. Após essa análise, é possível ver que apesar do número de pessoas internadas nos últimos 12 meses ser pequeno em relação ao total, quando comparado aos dados da PNS, percebe-se que os índices estão preocupantemente acima do dobro
3.4.17: CAUSAS DAS INTERNAÇÕES
Figura 55: Causas das internações dos moradores do bairro Tubalina, em Uberlândia, nos últimos 12 meses.
De acordo com os dados ilustrados na Figura 55, há várias causas de internação no bairro Tubalina, em Uberlândia. Dentre as mais ocorrentes estão às complicações renais, infarto, dengue, infecções bacterianas e fratura óssea, foram também relatadas alergia, problemas cardíacos, retirada de vesícula dentre outras causas. Vale ressaltar alguns determinantes sociais de saúde bem evidentes nas internações por machucado devido a um assalto e um ferimento provocado por um tiro, dados estes que transmite certo grau elevado de violência nessa região.
Na tabela 5, a seguir é evidenciado o índice de Grupos de Causas na Internação Hospitalar no SUS por região no Brasil no ano de 2005. 
Na região Sudeste, onde está Uberlândia, gravidez, parto e puerpério somam 21,5%, enquanto as doenças do aparelho respiratório totalizam 11,8% das causas e as doenças infecciosas e parasitárias tem um índice de 5,6% (DATASUS, 2005).
Tabela 5: Proporção (%) de internações hospitalares (SUS)*, por regiões e ano, segundo grupos de causas Brasil, 1995 e 2005
	Grupo de Causas
	Brasil
	Norte
	Nordeste
	Sudeste
	Sul
	Centro Oeste
	
	1995
	2005
	1995
	2005
	1995
	2005
	1995
	2005
	1995
	2005
	1995
	2005
	Doenças infecciosas e parasitárias
	8,9
	8,7
	16,5
	14,2
	10,7
	12,5
	10,7
	12,5
	6,5
	5,6
	9,0
	8,4
	Neoplasias
	3,2
	5,3
	1,7
	3,2
	3,1
	4,4
	3,5
	5,9
	3,3
	6,7
	2,4
	4,6
	Transtornos mentais e comportamentais
	3,4
	2,7
	0,7
	0,6
	2,5
	2,1
	4,9
	3,2
	2,9
	3,5
	2,6
	2,5
	Doenças no aparelho circulatório
	10,0
	10,3
	4,9
	5,7
	7,2
	7,5
	12,1
	12,3
	12,0
	13,1
	11,2
	10,7
	Doenças no aparelho respiratório
	16,3
	13,7
	14,8
	14,0
	17,0
	13,9
	13,8
	11,8
	21,2
	17,0
	18,6
	15,2
	Doenças no aparelho digestivo
	7,0
	8,56,5
	8,0
	6,7
	8,0
	7,2
	8,8
	7,4
	8,9
	7,0
	8,9
	Doenças no aparelho gentiurinário
	7,3
	6,6
	8,7
	7,3
	9,0
	6,3
	6,4
	6,6
	6,1
	6,1
	6,8
	7,5
	Gravidez, parto e puerpério
	25,7
	23,1
	31,4
	29,4
	28,5
	27,7
	24,3
	21,4
	21,7
	21,7
	25,1
	20,8
	Causas externas
	5,7
	6,9
	5,8
	7,0
	4,6
	5,5
	6,7
	7,9
	5,4
	5,4
	5,6
	7,1
	Demais causas
	12,5
	14,2
	9,0
	10,7
	10,8
	12,1
	14,6
	16,6
	11,9
	14,4
	11,8
	14,2
	Total
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	100,0
	*segundo local de residência
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: DATASUS, 2005
Esses dados, fornecidos pelo DATASUS, divergem ligeiramente do analisado no bairro Tubalina em Uberlândia. Problemas relacionados com o aparelho geniturinário (Genital e Excretor) estão em 6,4% na referência nacional, enquanto em Tubalina, somente problemas renais somam um pouco mais de 10%. Fora esta divergência, os demais dados podem ser relacionados.
3.4.18: DIAGNÓSTICO DE ALGUM PROBLEMA DE SAÚDE MENTAL
Figura 56: Diagnóstico de algum problema de saúde mental dos moradores do bairro Tubalina, da cidade de Uberlândia, nos últimos 12 meses 
A partir dos dados expostos na Figura 56 em um total de 391 moradores entrevistados, a maior parte deles (86,2%) não foi diagnosticada com algum problema de saúde mental, enquanto 40 pessoas (10,2%) foram diagnosticadas. No entanto, 3,6% não respondeu a pergunta. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, no Brasil (ABP), aproximadamente 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental. Pelo menos 5 milhões de brasileiros (3% da população) sofrem com transtornos mentais graves e persistentes. É possível relacionar os índices da ABP com os dados coletados na territorialização do bairro Tubalina em Uberlândia, pois, possuem os números bem próximos.
3.4.19: POPULAÇÃO ACAMADA
Segundo os dados obtidos no Cadastramento Domiciliar do bairro Tubalina no segundo semestre do ano de 2019, concluiu-se que dos 391 entrevistados, 361 não se encontravam acamados (92,3%), enquanto que daqueles 8 se encontram acamados (2%) e 22 outros não consta nos dados (5,6%), como mostra a Figura 57.
A partir de uma análise ampla dos dados da população acamada os seguintes Figuras referentes à divisão etária e aos problemas de saúde mais recorrentes foram desenvolvidos, como mostra a Figura 58. Este Figura permite analisar que maioria das pessoas entrevistadas estavam entre os 61 e 100 anos de idade, acomodando 6 dos 8 acamados(75%), enquanto que os outros dois estavam entre os 21 e 60 anos(25%).
Baseado na Figura 59 observa-se que maioria dos acamados já estavam aposentados, 5 em 8(62,5%) e que muitos dos problemas de saúde que apresentavam estavam expressos em mais da metade dos acamados, como algum tipo de deficiência que se apresentava em 62,5% deles, problemas nos rins em 50% e problemas cardíacos em quase todos 87,5%.
Figura 57: Resposta à pergunta: “Está acamado?”
 
Figura 58: Divisão etária da população acamada
 
Figura 59: Problemas recorrentes aos acamados
3.4.20: POPULAÇÃO DOMICILIADA
A partir dos dados obtidos no Cadastramento Domiciliar do bairro Tubalina, no segundo semestre de 2019, conclui-se que dos 391 entrevistados 339 não estavam domiciliados, ou seja, aproximadamente 86,7%, enquanto que 32 encontravam-se domiciliados(8,2%) e 20 não contavam(5,1%), como representado na Figura 60.
A partir de uma análise ampla dos dados coletados nos Figuras (61 e 62) referentes à divisão etária e aos problemas de saúde mais recorrentes dos domiciliados pode ser produzido.
A partir da Figura 61 observa-se que apenas 4 pessoas domiciliadas estão entre os 0 e 20 anos, correspondendo a 12,5% do total, enquanto 12 pessoas estão entre 21 e 60 anos e 13 entre 61 e 102 anos, correspondendo a respectivamente 37,5% e 40,625%, sendo que 3 pessoas que foram dadas como domiciliadas não possuíam dados confiáveis a respeito de sua idade.
A Figura 62 apresentado demonstra a quantidade de pessoas aposentadas entre os domiciliados e também os problemas de saúde mais recorrentes que este grupo apresentou, tais dados são de extrema relevância, pois a partir deles podemos ver as principais causas destas pessoas estarem domiciliadas. A Diabetes e/ou Hipertensão se apresentou em 15 dessas pessoas, correspondendo a 46,8% delas, muitos apresentaram algum tipo de deficiência, seja visual, mental, física ou auditiva representando 14 do total, ou seja, 43,75%, enquanto isso 9 apresentaram problemas nos rins (28,125%) e 8 algum tipo de problema cardíaco(25%).
 
Figura 60: Resposta à pergunta: “Está domiciliado?”
Figura 61: Divisão etária da população domiciliada
Figura 62: Problemas recorrentes à população domiciliada
3.4.21: POPULAÇÃO QUE USA PLANTAS MEDICINAIS
De acordo com os dados apresentados na Figura 63 é possível notar o número em porcentagem de habitantes que faz o uso de plantas medicinais, que não fazem esse uso e que não optaram por responder a pergunta referida ao tema. O número se faz com uma diferença média entre as respostas: Consomem – 37% e que Não consomem – 59%.
Com base nos dados fornecidos, podemos notar uma prática não tão baixa do uso desses recursos, podendo estar inclusas várias formas de consumo de diversas plantas medicinais, tendo uma influência cultural ou até mesmo uma influência midiática por meio de redes sociais ou por outros meios de comunicação.
Figura 63: Pessoas que consomem algum tipo de planta medicinal
 
Desse modo, na Figura 63, podemos analisar dentro do grupo que afirmaram ter uma prática do uso de plantas medicinais as opções oferecidas pelas pessoas entrevistadas, de modo que a Figura 63 representa em pessoas (número de indivíduos) diferentemente da Figura 64 que teve seus dados fornecidos em porcentagem.
É possível notar que algumas plantas foram bem frequentes, como a erva cidreira - Melissa officinalis que teve a frequência entre 45 pessoas, boldo - Peumus boldus teve a frequência em 29 pessoas, camomila - Matricaria chamomilla teve a frequência entre 22 pessoas, dentre outras plantas utilizadas pela população do Bairro Tubalina no município de Uberlândia-Minas Gerais.
Figura 64: Número de frequência e variedade de plantas medicinais utilizadas pela população entrevistada do Bairro Tubalina, Uberlândia-MG.
É notório que o número de pessoas que utilizam o método de fitoterapia atualmente vem decrescendo como consequência do grande avanço tecnológico ligado aos remédios industrializados e pela população rejeitar uma cultura herdada em busca de uma facilidade, tanto no acesso aos remédios quanto para a falta de informações necessárias ligadas a essas plantas. 
Em 1978, a OMS teve como papel a recomendação do uso de plantas medicinais no mundo, tendo como resultado alguns países utilizando tais recursos e tendo uma maior prevalência na atenção primária, sendo aproximadamente 85% de pessoas que fazem o uso de fitoterapia como medicina tradicional. Contudo, a influências da mídia, globalização, industrialismo, dentre outros fatores que influenciaram diretamente no decréscimo das práticas do uso de plantas medicinais.
 3.4.22: OUTRAS CONDIÇÕES DE SAÚDE
As informações a respeito da pergunta “outras condições de saúde” foram obtidas a partir da coleta de dados pelos alunos da 94º Turma de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, durante a territorialização no bairro Tubalina, e foram organizadas na Figura 65.
A Figura 65 mostra que, aproximadamente, 66% (257 pessoas) dos entrevistados responderam não ter outras condições de saúde, enquanto, aproximadamente, 34% (134 pessoas) afirmaram possuir essas outras condições. Porém, deve-se destacar que alguns dos 257 entrevistados afirmaram ter dúvida quanto a possuir outras condições de saúde. A justificativa desses indivíduos foi detecção de infecções, durante a realização de exames de urina. No entanto, não houve diagnóstico a respeito da presença de enfermidades ligadas a essas infecções por profissionais da saúde.
Figura 65: Resposta à pergunta “Possui outras condições de saúde”
A tabela

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