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AVALIAÇÃO PSA 2023 UNIP

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Prévia do material em texto

• Pergunta 1 
 
Leia a tirinha. 
 
 
O objetivo da tirinha é 
 
Resposta Selecionada: 
 
 
a. criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes sociais. 
 
 
• Pergunta 2 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO PSA 2023 UNIP
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é criticar a criação de datas especiais para temas 
específicos. 
II. A charge critica o desmatamento, causado pela ação humana, que afeta os 
habitats naturais. 
III. A charge associa a destruição do meio ambiente à morte. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: d. II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 3 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
O objetivo da charge é 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como 
ferramentas importantes para a construção do conhecimento. 
 
 
 
 
• Pergunta 4 
 
 
Leia a charge e o texto. 
 
 
Pobreza e extrema pobreza batem recorde no Brasil em 2021, diz IBGE 
O equivalente a 29,4% da população brasileira estava na pobreza no ano passado; ponta 
extrema alcança 8,4% da população 
Reuters – 02/12/2022 
 
A pobreza e a extrema pobreza bateram recordes no Brasil em 2021, como consequência dos 
efeitos negativos da pandemia de covid-19, informou nesta sexta-feira (02/12/2022) o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
A pobreza no País em 2021 alcançou 62,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 29,4% da 
população do país, enquanto 17,9 milhões de brasileiros se encontravam na extrema pobreza 
no ano passado (8,4% da população). 
Nos dois casos, os níveis são os mais altos da série do IBGE iniciada em 2012. 
“Esse aprofundamento da pobreza e extrema pobreza tem a ver com os impactos da pandemia 
de covid-19 e seus efeitos sobre o mercado de trabalho“, disse João Hallak, gerente da pesquisa 
de indicadores sociais do IBGE. “A situação dos trabalhadores no mercado de trabalho foi bem 
difícil em 2021, e isso tem reflexos nos indicadores sociais”. 
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/economia/pobreza-e-extrema-pobreza-batem-
recorde-no-brasil-em-2021-diz-ibge/>. Acesso em 11 mar. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A charge tem por objetivo criticar as pessoas que vivem em condição de pobreza e não 
tentam mudar sua situação, conformando-se em ser meros números nas estatísticas. 
II. De acordo com o texto, em 2021, em média, 1 em cada 12 brasileiros vivia em condições 
de extrema pobreza. 
III. Segundo o gerente da pesquisa de indicadores sociais do IBGE, o aprofundamento da 
pobreza no Brasil em 2021 está vinculado aos impactos da covid-19 sobre o mercado de 
 
trabalho. 
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 5 
 
 
Leia o texto, publicado em 11 de janeiro de 2023, pela agência de notícias da 
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 
Inteligência artificial pode orientar o diagnóstico de pacientes com falência da 
medula óssea 
Um algoritmo de machine learning capaz de orientar o diagnóstico de síndromes de 
falência da medula óssea foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São 
Paulo (USP) e colaboradores norte-americanos. Os resultados foram divulgados na 
revista Blood, da American Society of Hematology. 
Com base na análise de 25 variáveis clínicas e laboratoriais, o modelo consegue 
predizer se a condição é hereditária ou adquirida, o que tem implicações 
principalmente no manejo de casos graves de pancitopenia – condição em que há 
redução tanto dos glóbulos brancos e vermelhos do sangue quanto das plaquetas, 
resultando em anemia [deficiência de glóbulos vermelhos do sangue que pode causar 
fraqueza, cansaço, sonolência, falta de ar, entre outros problemas], leucopenia 
[menor capacidade de combater infecções por deficiência de glóbulos brancos do 
sangue] e trombocitopenia [maior risco de hemorragias por deficiência de plaquetas]. 
“A escolha de adiar o tratamento enquanto se aguarda o teste genético pode resultar 
em atraso significativo no tratamento de pacientes gravemente pancitopênicos. Por 
outro lado, o diagnóstico errado de insuficiência hereditária da medula óssea [BMF, 
na sigla em inglês] pode expor os pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de 
condicionamento de transplantes tóxicos e uso inapropriado de um membro da 
família afetado como doador de células-tronco”, afirmam os autores no artigo. 
Segundo os pesquisadores, a ferramenta poderia ser útil para hematologistas e 
outros profissionais de saúde que atuam em centros com poucos recursos, auxiliando 
na tomada de decisão clínica. 
O trabalho envolveu cientistas do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de 
Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Medicina de 
Ribeirão Preto (FMRP-USP). Um dos coordenadores da pesquisa foi Rodrigo Calado, 
chefe do Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica da 
FMRP-USP, diretor-presidente-executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto e 
pesquisador principal do CTC. 
 
Para desenvolver a ferramenta, o grupo fez uso de machine learning, um método de 
análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da 
inteligência artificial baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, 
identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/inteligencia-artificial-pode-orientar-o-
diagnostico-de-pacientes-com-falencia-da-medula-ossea/40446/>. Acesso em 11 jan. 
2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. O algoritmo é capaz de oferecer um diagnóstico preciso a respeito de síndromes 
de falência da medula óssea, dispensando quaisquer outros tipos de análises. 
II. O algoritmo foi produzido por pesquisadores da American Society of Hematology, 
com base na inteligência artificial, que é um ramo do machine learning. 
III. A ferramenta é capaz de predizer se a condição de falência da medula óssea é 
hereditária ou adquirida. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 6 
 
 
Leia o texto. 
O deleite e as dores da superdotação 
A chama das altas habilidades, em mãos erradas ou desamparadas, pode causar um 
incêndio devastador, esclarecem especialistas 
Crianças com altas habilidades/superdotação (AH/SD) costumam sofrer durante toda 
a vida com problemas mentais e de relacionamento, com um sentimento de não 
pertencimento pela falta de diagnóstico e de atendimento de especialistas e, às vezes, 
com indiferença dentro das escolas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 5% 
das crianças e dos adolescentes estão nas salas de aula sem reconhecimento de seus 
potenciais, sem desfrutarem dos seus direitos garantidos na legislação brasileira. A 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 traz quem é esse público e 
qual é o direito do superdotado e sustenta que a criança com altas 
habilidades/superdotação é público-alvo da educação especial. 
Altas habilidades/superdotação é uma habilidade acima da média em alguma área 
do conhecimento. Um dos aspectos mais marcantes da superdotação relaciona-se ao 
seu traço de heterogeneidade. Assim, algumas pessoas podem destacar-se em um 
setor, ou podem combinar várias áreas, explica Ângela Magda Rodrigues Virgolim, 
graduada e mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília e fundadora do 
“Instituto Virgolim para Altas Habilidades e Superdotação”. 
 
“Destituídas de assistência efetiva, essas crianças têm predisposição para o 
desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade; por isso, o 
processo de reconhecimento é fundamental”, alerta Denise Rocha Belfort Arantes-
Brero, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD). 
O professoré capaz de identificar a superdotação porque está todo dia em contato 
com o aluno e conhece seu desempenho, estando apto a fazer uma análise 
comparativa. “Uma professora de matemática é capaz de reconhecer qual aluno se 
destaca comparado aos seus pares etários. E isso é possível para o professor em 
qualquer disciplina”, afirma Denise Brero, que é também especialista em educação 
especial para dotados e talentosos pela Universidade Federal de Lavras (UFLA/MG) e 
doutora em Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem pela Universidade 
Estadual Paulista em Bauru. 
Crianças e adolescentes superdotados rompem com a sinergia do ambiente e se 
destacam, sendo visíveis em sala de aula. Muitas vezes, são ignorados por professores 
que não olham, não escutam e não são sensíveis a isso, esclarece Olzeni Ribeiro, 
consultora da Unesco e do Ministério da Educação na criação de cursos na área de 
altas habilidades/superdotação, além de doutora em Educação, neuropsicopedagoga 
clínica e institucional e especialista em altas habilidades/superdotação. 
“Quando eu peço aos pais que descrevam seus filhos superdotados, a palavra 
‘sensível’ aparece com mais frequência. E a sensibilidade assume muitas formas: os 
sentimentos são facilmente magoados, com possíveis crises de choro compulsivo. Eles 
‘sentem os sentimentos’ dos outros, respondem às críticas de forma intensa e às vezes 
reagem a estímulos do ambiente como luz, ruído, texturas, poluição do ar e 
determinados alimentos. O perfeccionismo e a intensidade também surgem com 
frequência nas descrições dos pais”, descreve Olzeni. 
“O que precisa ser desmitificado é que a alta habilidade/superdotação não está 
somente relacionada com o Quociente de Inteligência (QI). O que pesa mais é a 
história de vida, o que a criança faz, seu desempenho, mais do que a pontuação do 
QI”, determina Denise Brero. 
Segundo Denise, muitos professores têm receio do aluno superdotado. Sentem-se 
desafiados. Para a especialista, a criança superdotada questiona mais, traz novidades 
e se interessa por um conteúdo mais aprofundado. Ela expressa que esses alunos 
enriquecem a turma e cita o médico Joseph Salvatore Renzulli, um dos maiores 
especialistas na educação de superdotados: “Uma maré crescente leva todos os 
navios. Mas os superdotados têm que ser olhados na sua individualidade e receber 
alguma atenção especial para continuarem a florescer, a desenvolver os seus 
potenciais. Devem se sentir pertencentes e autorrealizados para que sejam 
produtores de conhecimento e contribuam para o desenvolvimento da sociedade”. 
Quando há diagnóstico de superdotação, pais e professores devem estar atentos se 
aparecerem sintomas como desmotivação, vontade de faltar às aulas, dor de barriga 
e de cabeça, falta de envolvimento e de interesse, tristeza. Ao longo da vida, em 
alguns momentos, o superdotado precisará de um acompanhamento psicológico para 
lidar com essas questões – se aparecerem. 
Essas crianças têm direito a dois tipos de estratégias específicas dentro da escola: o 
enriquecimento curricular ou a aceleração de estudos. Cada caso é avaliado para 
definir qual estratégia beneficiará mais a criança. O desejo da criança deve ser 
respeitado, e todo o processo deve ser acompanhado, pois se trata de uma mudança 
abrupta. Em muitos casos, a aceleração de estudos (pular a série) é positiva, a criança 
se sente motivada. 
O superdotado que vai bem na escola é chamado de superdotado acadêmico, cujo 
conhecimento é devorar leituras, escrever muito bem, e a escola o adora pois ele não 
gera demandas, mas é muito prejudicado porque a escola bloqueia o 
desenvolvimento. “Toda escola no Brasil estabelece um teto de aprendizagem, o que 
prejudica o superdotado”, aponta Olzeni Ribeiro, autora do livro “Criatividade”, em 
uma perspectiva transdisciplinar: rompendo crenças, mitos e concepções, publicado 
com a chancela da Unesco. 
Crianças superdotadas são, por natureza, mais sensíveis. Reagem com mais força e 
expressão a um ambiente no qual suas habilidades não são percebidas e suas 
necessidades não são atendidas. Podem ter um comportamento social inadequado, 
revelando hostilidade e agressão com relação aos outros (pais, professores, figuras de 
autoridade) ou se entregando a atos de delinquência social. 
“Temos um número imenso de superdotados sendo tratados com remédios que 
diminuem a energia, a cognição e a intelectualidade da criança. O remédio é um freio 
para sua inteligência, e sua intelectualidade é destruída”, revela Olzeni, pedagoga, há 
30 anos atuando na área da educação com altas habilidades/superdotação e outras 
condições especiais. 
Olzeni alerta: “Se um pai e uma mãe levarem essa questão da superdotação para a 
escola, pelo amor de Deus, não digam que esses pais são vaidosos. A superdotação é 
genética, não é fabricada. Se não for diagnosticada e devidamente trabalhada, esse 
adulto precisará de terapia, se não chegar ao suicídio”. Crianças com altas 
habilidades são um precioso recurso nacional que precisa ser protegido, nutrido e 
desenvolvido. 
Disponível em <https://revistaeducacao.com.br/2021/11/18/deleite-e-dores-
superdotacao/>. Acesso em 2 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base nas informações do texto, é correto afirmar que 
Resposta 
Selecionada: 
e. ter altas habilidades ou superdotação cognitiva enquadra a 
pessoa em uma condição especial de aprendizagem, que demanda 
das escolas uma forma diferenciada de trabalho pedagógico. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 7 
 
 
Leia o texto. 
Brasil é penúltimo país em ranking global para aposentadoria com qualidade 
Brasil só ganha da Índia e perde para emergentes, como Chile, México e Colômbia em 
grupo de 44 países. 
O Brasil é o penúltimo em um ranking global que lista os melhores países para se 
aposentar com qualidade. Entre as 44 nações, o Brasil figura na 43ª posição, só à 
frente da Índia (44º), e atrás de países da América Latina como Chile (34º), México 
(36º) e Colômbia (42º). Os países no topo do ranking com melhor indicador de 
aposentadoria são Noruega (1º), Suíça (2º) e Islândia (3º). 
O estudo foi realizado pela Natixix Investment Managers, empresa americana de 
gestão de ativos. Entre as nações listadas estão membros da OCDE (Organização para 
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e os grandes emergentes dos Brics 
(Brasil, Rússia, Índia e China). Quatro critérios são considerados para a nota recebida 
por cada país: saúde, bem-estar econômico, renda durante a aposentadoria e 
qualidade de vida. A maior nota do Brasil foi no índice de qualidade de vida (59%), 
seguida de renda (57%), e saúde (56%). A nota máxima possível é 100% em todas as 
categorias. A pior nota foi o critério macro de bem-estar econômico (4%), puxado 
especialmente pela falta de igualdade de renda. 
O ranking classifica 2022 como “um ano ruim para se aposentar” diante de inflação 
em patamares elevados ao redor do mundo. Os preços vertiginosos do petróleo, 
alimentos e moradia estão corroendo o poder de compra dos trabalhadores que 
pretendem se aposentar em breve. Outro desafio é a taxa de dependência, com 
pessoas mais velhas precisando de outros integrantes da família, em idade ativa, para 
bancar os benefícios previdenciários. Conforme a população mundial envelhece, há 
uma pressão nesta taxa, o que pode piorar as condições de aposentadoria. “Para as 
instituições, as populações que envelhecem rapidamente testarão os limites dos 
sistemas de benefícios para aposentadorias”, diz o estudo. “Em vez de esperar que 
seus investimentos e dinheiro guardado gerassem uma renda sustentável (movimento 
impulsionado por taxas de juros altas), os aposentados foram forçados a usar suas 
reservas durante esses últimos dois anos quando normalmente procuram preservar 
seu capital. Como resultado, ou as reservas foram fortemente afetadas ou os 
aposentados assumiram mais riscos para compensar o momento diante de um 
mercado volátil”,contextualiza a Natixix. 
Disponível em <https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/brasil-e-penultimo-
pais-em-ranking-global-para-aposentadoria-com-qualidade-veja-lista/>. Acesso em 
21 fev. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A desigualdade de renda foi o item que mais pesou negativamente na avaliação 
do Brasil no ranking de qualidade da aposentadoria. 
II. O Brasil obteve uma nota em qualidade de vida maior do que as notas dos 
demais países da América Latina. 
III. O ano de 2022 foi considerado ruim para se aposentar devido à elevada inflação. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: e. 
III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 8 
 
 
Leia os quadrinhos e o texto. 
 
Bancos com divisórias e formatos desconfortáveis, pedras pontiagudas embaixo de viadutos, 
grades no entorno de praças e jardins, muros com pinos metálicos, construções sem marquises 
ou com gotejamento de água programado, cercas elétricas e arame farpado. Os elementos e 
materiais utilizados para afastar pessoas dos espaços públicos são muitos e acabam 
influenciando a maneira como os indivíduos convivem e vivenciam os municípios. A arquitetura 
hostil, termo que abrange todas as barreiras e desenhos urbanos que parecem dizer “não se 
sinta em casa” — como define a repórter Winnie Hu, do The New York Times —, é parte da 
realidade da maioria das cidades pelo mundo e vem despertando debates sobre o impacto 
dessas ações, principalmente por meio das redes sociais. 
A professora de antropologia do Centro de Graduação da Universidade da Cidade de Nova 
York, Setha Low, afirmou em entrevista para a Reuters que o risco que se corre com esse tipo 
de medida é mudar a natureza dos ambientes públicos de “inclusivos para exclusivos”. 
Já o fotógrafo alemão Julius-Christian Schreiner ressaltou à reportagem que o aumento de 
locais públicos administrados pela iniciativa privada acentuou o problema, deixando pouca 
área para as pessoas se “recostarem, vagarem ou socializarem sem a pressão de comprar 
algo”. Schreiner é o idealizador do trabalho “Agentes Silenciosos” — uma série de imagens 
 
sobre arquitetura hostil realizada em lugares como Londres, Paris, Hamburgo, Berlim e Nova 
York. 
Para o fotógrafo, nos municípios, os cidadãos são mais vistos como clientes. “Se você é um bom 
consumidor, pode usar a infraestrutura. Mas, se não for, não deveria estar nesse espaço”, 
declarou à Reuters. Ao mesmo tempo em que crescem os exemplos dessas iniciativas que 
barram a permanência por mais tempo de pessoas consideradas “indesejadas” — e aqui 
entram também os skatistas e sua circulação pelos centros urbanos —, a matéria cita grupos 
em diferentes localidades que estão se mobilizando para chamar a atenção para o assunto e 
tentar amenizar os seus reflexos. 
Disponível em <https://caosplanejado.com/arquitetura-hostil-quando-as-cidades-nao-sao-
para-
todos/?gclid=EAIaIQobChMI2dTn7Iqi_AIVtOBcCh0wLg_dEAMYASAAEgLVx_D_BwE>. Acesso 
em 14 dez. 2022 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos revelam que as ações relacionadas à arquitetura hostil são 
planejadas, ideia também afirmada no texto. 
II. Segundo o texto, o uso de determinados espaços vincula-se mais ao conceito 
de consumidor do que ao de cidadão. 
III. A administração dos espaços públicos por empresas privadas, de acordo com o 
texto, é uma solução para que eles se tornem mais inclusivos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. I e II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 9 
 
 
Leia o texto. 
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como a 
apneia, e o maior risco cardiovascular 
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de 
um ser humano. Ele influencia e é influenciado por uma série de fatores fisiológicos e 
comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o 
repouso noturno é essencial para preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, 
sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o organismo e elevam com o tempo o 
risco de problemas no coração e nas artérias. A apneia está ligada a características 
anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais frequente em alguns biotipos e com o 
ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um 
sono extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação de 
 
sufocamento. Também existem reflexos na capacidade de queima da gordura 
corporal e na ação da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração não se restringe 
somente ao fato de o músculo cardíaco ter de trabalhar com maior intensidade. 
Estudos demonstram que ele também é alvo de substâncias inflamatórias liberadas 
em razão do estresse na parede do coração e dos vasos sanguíneos. 
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas 
de infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que os distúrbios do sono sejam 
considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é 
tão simples diagnosticar esse tipo de problema. Normalmente, a pessoa passa anos 
sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das pausas na respiração, julgando que 
aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em 
termos de morbidade e mortalidade cardiovascular. Ainda não está claro, porém se, 
nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir 
eventos cardiovasculares. 
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A 
redução do peso por meio de mudanças no estilo de vida pode ajudar a controlar a 
condição e suas repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do 
sono na saúde cardiovascular foi ainda mais valorizado recentemente, quando, em 
cima dos resultados de pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública da 
Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono 
noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das artérias. O trabalho de 
Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensar cuidados com a saúde. 
E isso inclui buscar um sono reparador. O interessante é que o descanso noturno não 
está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas que 
praticam exercícios físicos regularmente tendem a dormir melhor; e quem dorme 
melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um sono saudável está, 
portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de vida 
listados pelos pesquisadores americanos. E ganha relevância se pensarmos na 
associação direta entre um sono insuficiente e o surgimento e agravamento de 
doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, 
depressão e Alzheimer. Quanto dormir? Um ciclo saudável costuma ter entre 7 a 9 
horas de descanso no período da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas 
provocadas por apneia ou insônia. Quando esse padrão se ajusta e se alia a outros 
hábitos equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças. 
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023-
dormir-bem-pelo-seu-coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023. 
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com 
distúrbios de sono tendem a ser maiores. 
PORQUE 
II. Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem 
interrupções, e não depende de outros fatores do cotidiano. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 10 
 
 
Leia a tirinha e o texto. 
 
 
O Estado brasileiro é laico? 
A situação de hoje é bem diferente daquela que vigia no Período Colonial e durante o Império, 
mas ainda está longe de caracterizarum Estado laico. As sociedades religiosas não pagam 
impostos (renda, IPTU, ISS etc.) e recebem subsídios financeiros para suas instituições de 
ensino e assistência social. O ensino religioso faz parte do currículo das escolas públicas, que 
privilegia o Cristianismo e discrimina outras religiões, assim como discrimina todos os não 
crentes. Em alguns estados, os professores de ensino religioso são funcionários públicos e 
recebem salários, configurando apoio financeiro do Estado a religiões, que, aliás, são as 
credenciadoras do magistério dessa disciplina. Certas sociedades religiosas exercem pressão 
sobre o Congresso Nacional, dificultando a promulgação de leis no que diz respeito à pesquisa 
científica, aos direitos sexuais e reprodutivos. A chantagem religiosa não é incomum nessa 
área, como a ameaça de excomunhão. Há símbolos religiosos nas repartições públicas, 
inclusive nos tribunais. 
Disponível em <http://ole.uff.br/o-estado-brasileiro-e-laico/>. Acesso em 25 fev. 2023 (com 
adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O efeito de humor da tirinha apoia-se no duplo significado da palavra 
“estado”, entendida como entidade política e como situação. 
II. De acordo com o texto, ainda são fortes as influências religiosas no Estado 
brasileiro, o que o impede de ser classificado como laico. 
III. A resposta do pai, nos quadrinhos, revela que ele é contra as pesquisas 
científicas, assim como são, segundo o texto, as instituições religiosas. 
 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
 
 
• Pergunta 11 
 
 
Leia o texto. 
Não vacinados representam 75% das mortes por covid-19, diz estudo brasileiro 
Vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, inclusive 
indivíduos com mais de 80 anos 
Publicado em 04/03/2022 
Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes por 
covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que 
não foram imunizados contra a doença. Entre os idosos, o índice de morte foi quase 
três vezes maior entre os não vacinados do que entre os imunizados. Entre pessoas 
com menos de 60 anos, o número de mortes de não vacinados foi 83 vezes maior do 
que nos imunizados. O estudo foi conduzido pela Universidade Estadual de Londrina, 
pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, pela Universidade Federal de São 
Carlos e pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos EUA. 
Foram incluídos no estudo dados de 59.853 casos confirmados de covid-19 e 1.687 
mortes pela doença, reportados entre janeiro e outubro de 2021. Dos óbitos 
registrados, 1.269 foram de indivíduos não vacinados. Já entre os casos confirmados, 
48.217 foram de pessoas que não tomaram a vacina, 7.207 de indivíduos 
parcialmente imunizados e 4.429 de pessoas com esquema vacinal completo. Dos 
vacinados que foram infectados, 54% tinham mais de 60 anos. 
Os cientistas analisaram as taxas de letalidade (proporção entre o número de mortes 
e o número de casos) em três modelos: de acordo com a idade dos participantes, com 
o status de vacinação e segundo a relação de ambas as características (idade e 
vacinação). No primeiro modelo, quanto mais velhos os indivíduos, maior a letalidade 
observada. A segunda análise mostrou que os vacinados apresentam uma taxa de 
letalidade 40,4% menor do que os não vacinados. 
Já o terceiro modelo confirmou que a vacinação reduziu as mortes em todas as faixas 
etárias. "Nossos achados reforçam que a vacinação é uma medida de saúde pública 
essencial para reduzir os índices de fatalidade por covid-19 em todas as faixas 
etárias", afirmam os autores do artigo. 
Os resultados da pesquisa corroboram os de outros trabalhos já publicados, como um 
estudo observacional com dados de 90 países que mostrou que, a cada aumento de 
10% na cobertura vacinal, a mortalidade reduz 7,6%. 
 
Disponível em <https://butantan.gov.br/noticias/nao-vacinados-representam-75-das-
mortes-por-covid-19-diz-estudo-brasileiro>. Acesso em 13 fev. 2023 (com 
adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A pesquisa indicou que a vacinação reduziu a morte e a contaminação por covid-
19. 
II. Segundo os dados, 54% dos vacinados com mais de 60 anos foram infectados, 
mas, entre os imunizados, a taxa de letalidade foi 40,4% menor do que a observada 
entre os não vacinados. 
III. A pesquisa mostrou que 75% dos não vacinados morreram devido à covid-19. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 12 
 
 
Leia o texto. 
São Paulo tem início de ano mais frio desde 1965, aponta Inmet 
Os primeiros dias de 2023 na cidade de São Paulo (SP) foram os mais frios para um 
mês de janeiro desde 1965. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 
pleno verão, a média de temperatura máxima observada nos dez primeiros dias deste 
ano ficou em 23,9ºC. É o menor valor já registrado para o período desde 1965, 
quando a média chegou a 23,8ºC. 
De acordo com o Inmet, na capital e em grande parte do estado de São Paulo, as 
temperaturas estão abaixo da média por causa da Zona de Convergência do Atlântico 
Sul (ZCAS), resultado do encontro de ventos úmidos vindos do Atlântico, mais frios, 
passando pela faixa leste do estado, com ventos vindos da Bacia Amazônica. “Este 
sistema foi potencializado por águas costeiras mais frias que o normal para a época 
do ano e por áreas de baixa pressão, assim ajudando a promover dias seguidos de 
tempo nublado a encoberto, volumes expressivos de chuva e temperaturas abaixo da 
média”, diz nota do instituto. 
Historicamente, a média de temperatura máxima que costuma ser registrada nos 
primeiros dez dias do mês de janeiro é em torno de 27,9ºC. 
A média de temperatura mínima observada nos primeiros dez dias deste ano, 
estabelecida em 17,6ºC, também está abaixo da média histórica para o período, que 
é em torno de 18,8ºC. 
Chuvas 
 
Segundo o Inmet, o acumulado de chuvas registrado entre os dias 1º e 10 de janeiro 
foi de 79,8 milímetros (mm), volume que se encontra dentro da média para o período, 
em torno de 81mm. 
Disponível em <https://www.metroworldnews.com.br/foco/2023/01/11/sao-paulo-
tem-inicio-de-ano-mais-frio-desde-1965-aponta-inmet/>. Acesso em 17 jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A temperatura máxima média indica a temperatura mais elevada atingida no 
período em determinado local. 
II. Na cidade de São Paulo, os dez primeiros dias de janeiro de 2023 foram marcados 
por temperaturas mais baixas do que a média histórica e o volume acumulado de 
chuva ficou acima dos volumes registrados desde 1965. 
III. O encontro de ventos úmidos e frios vindos do Atlântico com ventos vindos da 
Bacia Amazônica foi responsável pelas baixas temperaturas observadas em janeiro de 
2023. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. III, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 13 
 
 
Leia o texto. 
Perfil de imóveis ociosos no centro de São Paulo revela manutenção da herança mercantil 
brasileira 
Estudo mostra que muitas das construções abandonadas estão em posse de gerações de 
herdeiros, que veem o imóvel como problema ou têm expectativas irreais sobre o mercado; do 
outro lado, estão numerosas famílias vivendo em habitações precárias na periferia 
Camilla Almeida - 06/03/2023 
Uma construção ociosa é aquela que está desocupada, inativa ou subutilizada, sem cumprir 
sua função social. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (Smule) de São Paulo 
estima que 881 imóveis estejam nesta condição apenas no distrito da Sé. Ana Gabriela Akaishi, 
doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, analisou os perfis dos donos 
de imóveis ociosos e explicou os entraves colocados por esses proprietários para a 
comercialização, com destaque para herdeiros e instituiçõesreligiosas. 
O estudo revelou que 74% dos analisados são herdeiros rentistas e instituições religiosas, 
denominados pela urbanista como “o arcaico setor proprietário rentista imobiliário”. “Esses 
proprietários carregam raízes históricas e geracionais vinculadas a capitais familiares antigos 
de caráter mercantil, que aplicavam inicialmente em prédios de aluguel no momento em que o 
 
centro de São Paulo estava em um boom no processo de verticalização”, explica a 
pesquisadora. 
Para chegar a estes dados, a pesquisadora verificou os perfis dos 50 donos dos imóveis de 
maior valor venal da área – número que estima o preço do bem, obtido por meio de uma 
avaliação pela prefeitura. Por meio de entrevistas com agentes imobiliários, associações 
beneficentes religiosas e com integrantes do mercado imobiliário em geral, Ana Gabriela 
Akaishi conseguiu traçar a genealogia econômica, política e social desses proprietários. Ela 
também realizou um levantamento em bases de dados e acervos históricos da Prefeitura de 
São Paulo por intermédio da plataforma GeoSampa. 
Contraste 
Foi o contraste entre a carência populacional por habitação na cidade e a grande quantidade 
de imóveis ociosos que a instigou a pesquisar o tema. São Paulo conta com um enorme déficit 
habitacional, que pode chegar a 450 mil famílias a serem realocadas. “Temos quase 3 milhões 
de pessoas vivendo em aglomerados como favelas, loteamentos precários e moradias 
irregulares, principalmente nas periferias. E essas pessoas têm que se deslocar diariamente por 
horas até o seu local de trabalho, que geralmente é nas áreas centrais”. 
Enquanto isso, no centro, estão prédios fechados e em ruínas, terrenos baldios e construções 
abandonadas sendo usados como estacionamentos rotativos. “Em todos esses casos temos a 
subutilização da terra urbana num dos lugares com a melhor estrutura na cidade”, pontua a 
pesquisadora ao “Jornal da USP”. 
Historicamente, a área central de São Paulo era considerada um centro comercial e cultural 
desde a fundação da cidade, sendo predominantemente ocupada pela classe dominante. 
Grandes empresas e corporações mantinham suas sedes na região, com arranha-céus e prédios 
que chamavam atenção de quem passava por lá. Lojas e casarões de barões do café também 
se destacavam junto a obras arquitetônicas grandiosas, como o Teatro Municipal. Contudo, 
com a mudança do centro comercial para outros bairros da cidade na década de 1960, a área 
passou por um grave e acelerado processo de decadência e deterioração, com aumento da 
especulação imobiliária. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto evidencia o contraste entre a carência de moradia digna para cerca de 3 milhões de 
pessoas na cidade de São Paulo e a existência de imóveis ociosos na área central. 
II. Até a década de 1960, o centro de São Paulo era uma área nobre, ocupada pela elite 
paulistana. 
III. Atualmente, 74% dos imóveis do centro da cidade de São Paulo são ociosos e pertencem a 
herdeiros e a instituições religiosas. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. 
I, II e III. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 14 
 
 
Leia o texto, observe a imagem e avalie as afirmativas. 
Brasil teve recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022 
O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de 
Segurança Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por 
dia. 
Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram assassinadas em 
decorrência da violência de gênero. 
Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes que chegaram a ser 
registrados. 
Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. Oeste, Sudeste e 
Nordeste registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% 
dos casos. 
Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a promulgação da Lei do Feminicídio (13.104/2015), 
que considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
"O primeiro ano completo que nós temos de estatísticas no Brasil é 2016. Contudo, em 2016 e em 2017, ainda temos um movimento 
nos Estados de adaptação à nova legislação”. 
Assessoria de Comunicação do IBDFAM. Publicado em 13 dez. 2022. Disponível 
em <https://ibdfam.org.br/noticias/10312/Brasil+teve+recorde+de+feminic%C3%ADdios+no+primeiro+semestre+de+2022>. Acesso 
em 12 fev. 2023 (com adaptações). 
 
 
 
I. Com base nos números apresentados na notícia, entre 2019 e 2022, no período de janeiro a junho, houve aumento de cerca de 
10% nos casos de feminicídio registrados. 
II. Na região Norte, em 2022, ocorreu o maior número de casos de feminicídios no país. 
III. Na imagem, explora-se o duplo significado da palavra “luto”, como verbo e como substantivo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. I e III, apenas. 
 
 
 
 
• Pergunta 15 
Leia os textos. 
 
 
 
 
As fortes chuvas, os alagamentos, as inundações, as enchentes trazem, no correr da água, o 
risco da leptospirose. Quem vive em condições precárias de moradia e de saneamento básico 
também é aquele que costuma ser mais afetado por um problema de saúde pública muitas 
vezes negligenciado. De 2021 a 2022, o número de casos aumentou 52% e, de mortes, 70%. 
Disponível em <https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de-mortes-
por-leptospirose-aumenta-mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-anos.ghtml>. Acesso em 21 
fev. 2023. 
Todos os anos, principalmente nos meses de verão, as chuvas se intensificam, podendo causar 
inundações e enchentes. Com isso, as populações podem ficar suscetíveis ao contato com a 
urina de animais infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria causadora da 
leptospirose, doença considerada zoonose de importância mundial. Um amplo espectro de 
animais serve como reservatório para a persistência de focos de infecção, sendo os principais, 
roedores, especialmente o rato-de-esgoto. Além dele, suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães 
também podem transmitir a doença. A leptospirose apresenta como principais sintomas febre, 
dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), e podem 
também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece 
icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais 
em caráter de internação hospitalar. O doente também pode apresentar hemorragia, 
meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte. O diagnóstico 
é feito pela análise dos sintomas, mas a confirmação vem através de um exame de sangue. Já o 
tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado 
sempre por um médico, conforme os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser 
tratados em ambulatório, mas os graves precisam de internação hospitalar. A automedicação 
não é indicada, pois pode agravar a doença. 
Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/aumento-das-chuvas-no-verao-e-o-risco-da-
leptospirose-saiba-mais-sobre-a-doenca/>. Acesso em 21 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. As águas das enchentes podem estar contaminadas com o agente transmissor da 
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/02/13/numero-de-mortes-por-leptospirose-aumenta-mais-de-70percent-nos-ultimos-dois-anos.ghtml-
leptospirose, o que explica sua ocorrência exclusiva em áreas periféricas dos centros urbanos. 
II. As condições precárias de moradia e de saneamento básico aumentam o risco de infecção 
por leptospirose.III. Em 2021, cerca de 10% das pessoas infectadas por leptospirose morreram. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
II, apenas. 
 
 
 
• Pergunta 16 
 
 
Leia o texto. 
Aluguel residencial sobe 16,55% em 2022 e tem a maior alta em 11 anos 
Os dados da pesquisa foram levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas 
Econômicas) e incluem os preços de aluguel de imóveis residenciais (apenas 
apartamentos) em 25 cidades brasileiras com base em anúncios na internet. 
O preço médio de locação de imóveis residenciais no país subiu em 2022 quase três 
vezes acima da inflação do ano passado (5,79%), de acordo com o índice FipeZap. 
O aumento acumulado de 16,55% em 2022 é o maior resultado apurado pelo índice 
desde 2011 (17,30%). 
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, entre os fatores que explicam a 
escalada de preços, estão: 
I. o aquecimento do mercado de trabalho, a partir da retomada das 
atividades na pandemia de covid-19, e repasse da inflação para o 
aluguel; 
II. a alta acima da média em cidades como Curitiba (PR), Florianópolis 
(SC) e Goiânia (GO), que vivem um momento de valorização 
imobiliária. 
Para 2023, a expectativa é que o cenário de avanço dos preços de locação seja 
freado, uma vez que a inflação deve ser mais contida. Além disso, tanto o PIB quanto 
o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos 
preços e para o crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da 
inflação. 
Veja, a seguir, as maiores altas nos aluguéis entre as capitais. 
III. Goiânia (GO): 32,93% 
IV. Florianópolis (SC): 30,56% 
 
V. Curitiba (PR): 24,47% 
VI. Fortaleza (CE): 21,33% 
VII. Belo Horizonte (MG): 20,01% 
VIII. Rio de Janeiro: 17,93% 
IX. Recife (PE): 17,07% 
X. Salvador (BA): 16,56% 
XI. São Paulo: 14,63% 
XII. Porto Alegre (RS): 11,14% 
Disponível em <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/17/preco-
medio-aluguel-2022-fipezap.htm>. Acesso em 17 jan. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, em 2022, os aluguéis residenciais mais altos estavam em 
Goiânia. 
II. Em 2022, a alta dos aluguéis residenciais em São Paulo ficou abaixo da média 
registrada no país. 
III. Segundo os dados, o preço do aluguel de um apartamento em Florianópolis é 
aproximadamente o dobro do aluguel de um apartamento equivalente em São 
Paulo. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 17 
 
Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. 
Inteligência artificial ajuda aluno a escrever redação nas escolas 
“A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da educação e uma das maneiras mais emocionantes de usá-
la é ajudar os estudantes a melhorar suas habilidades de escrita”. 
Foi assim que a nova vedete da inteligência artificial, a plataforma ChatGPT, iniciou um texto de seis parágrafos quando a “Folha” lhe enviou a 
seguinte solicitação: "Escreva um artigo sobre o uso da inteligência artificial para estudantes aprenderem a escrever redação". 
O artigo ficou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu afirmando que as ferramentas "podem fornecer aos 
estudantes feedback instantâneo sobre seus ensaios, ajudando-os a identificar erros e a melhorar sua escrita com o tempo". 
Se é realmente "emocionante", isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, mas, de fato, como o texto aponta, essa ferramenta começa a 
se disseminar na educação, e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram a adotá-la. 
Em São Paulo, a inteligência artificial para esse fim deverá ser introduzida nas escolas estaduais ainda neste semestre, de acordo com o secretário de 
educação, Renato Feder. "Teremos um programa que apontará instantaneamente para o aluno erros gramaticais, ortográficos e de pontuação, além 
de explicar a regra", afirmou o secretário à “Folha”. Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma sistematiza a sua 
correção fazendo ao docente perguntas como "Qual é a aderência do texto ao tema proposto?", "Trabalha com a argumentação?", "Usa raciocínio 
lógico?", "Traz uma conclusão?". 
Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma forma que o programa implementado nas escolas 
paranaenses quando ele foi secretário. O “Redação Paraná” foi criado no primeiro ano da pandemia e é utilizado por estudantes do 6º ao 9º ano e 
do ensino médio. 
O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com uma startup, a Letrus. 
Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, por meio de projetos 
financiados por institutos sociais, e atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e em instituições voltadas à classe A de São Paulo, 
como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, entre as quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil 
estudantes no país - o custo médio programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. 
Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por melhor que seja, uma ferramenta de inteligência artificial 
não consegue substituir o olhar humano. 
"Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que dificuldades devem ser observadas", diz ele. "Também é importante o estímulo que 
o estudante tem ao receber um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos estudantes não consegue ter os seus textos lidos por 
professores." 
A Letrus defende que a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com treinamento dos professores, para que saibam utilizá-la em aula, 
além de monitorar o desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados e estatísticas. 
Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e aplicativos que oferecem correção de redação instantânea 
gratuitamente (há serviços pagos, como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram conhecidas de professores brasileiros a Glau e a 
Grammarly. 
Além de erros gramaticais e ortográficos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, em algum grau, a construção de frases e a fluência do texto 
e, também, de evitar plágios, pesquisando outros textos online ou barrando a possibilidade de copiar e colar. 
Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma professores e gestores da educação, Maurício Canuto afirma que 
essas ferramentas podem ser úteis, "desde que consideradas como complementares e sempre utilizadas com a mediação do docente". "A tecnologia 
pode apontar um erro de pontuação, por exemplo, e explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." 
O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas ferramentas aos seus alunos. Ele diz ser preciso cuidado para que a 
criatividade não seja tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso pode ir na contramão do que a BNCC [Base Nacional Comum 
Curricular] determina, que o aprendizado busque novas linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." 
Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e doutorando da Unesp em linguística cognitiva, que lida com os 
modelos do pensamento algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os que não seguem, e esses casos não são identificados por 
essas ferramentas." 
Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas "podem ajudar o professor a ser mais eficaz", desde que 
utilizadas com cautela. "Essas plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as palavras no primeiro parágrafo e avaliam como se 
relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona para alunos mais criativos, pararedações mais sofisticadas." 
A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do ChatGPT feito a pedido da “Folha”, que só apontou 
vantagens do uso da inteligência artificial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da ferramenta pode transformar alunos em "escritores 
competentes". 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-artificial-para-ajudar-aluno-a-escrever-
redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20tornou%2Dse,melhorar%20suas%20habilidades%20de%20escrita.%22>. Acesso 
em 16 mar. 2023 (com adaptações). 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT substitui plenamente a figura humana, pois sua 
tecnologia permite que ela realize com eficiência todas as tarefas. 
II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos positivos e negativos da inteligência artificial para 
os estudantes e é um exemplo claro do potencial dessa tecnologia. 
III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta específica será utilizada nas escolas públicas e apontará aos estudantes os 
erros gramaticais em seus textos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. III, apenas. 
 
 
 
 
• Pergunta 18 
 
 
Leia o artigo e a charge, de Laerte. 
O que anima e o que assusta no ChatGPT, a nova inteligência artificial 
Nas últimas semanas, a emergência do ChatGPT, novo chatbot desenvolvido pela 
OpenAI, chamou a atenção internacional. Essa nova ferramenta de inteligência 
artificial (IA) pode revolucionar um leque extremamente amplo de atividades 
humanas, mas não deixou de despertar também um considerável número de 
preocupações entre especialistas de tecnologia. 
 
É altamente provável que reguladores sejam os próximos a se interessar por esta 
tecnologia. 
O ChatGPT é uma das últimas aplicações do modelo algorítmico Generative 
Pretrained Transformer 3 (GPT-3). Este modelo de processamento de linguagem 
natural de última geração foi apresentado pela primeira vez em 2020, levantando 
diversos questionamentos éticos em relação ao seu uso. 
O ChatGPT é capaz de entender a linguagem humana natural e gerar uma resposta 
semelhante ao fruto do intelecto humano após receber um pedido. A ferramenta 
ganhou destaque por três razões principais. 
Primeiramente, pelo nível extremamente refinado de suas respostas. A sua simulação 
quase fiel de textos escritos por humanos e suas respostas precisas e coerentes na 
enorme maioria de perguntas, mesmo as mais complexas, é impressionante. 
Tal evolução torna-se extremamente útil para facilitar uma miríade de tarefas e, 
consequentemente, extremamente lucrativa para quem conseguir alcançar este nível 
de sofisticação. Neste sentido, a segunda –mas talvez deveríamos considerá-la a 
primeira– razão pela qual o ChatGPT chamou a atenção dos especialistas foram os 
incessantes rumores sobre o vultoso investimento de US$ 10 bilhões que a OpenAI, 
liderada por Elon Musk e Sam Altman, estaria negociando com a Microsoft, depois de 
já ter recebido um investimento de US$ 1 bilhão da Microsoft em 2019. 
Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, o ChatGPT já teria atingido a marca de 1 
milhão de usuários, mesmo tendo sido lançado há menos de um mês. Por enquanto, o 
sistema de IA está sendo disponibilizado "gratuitamente", alistando usuários numa 
gigantesca operação de propaganda e teste da tecnologia. 
Em terceiro lugar, e em perspectiva mais geral, o ChatGPT destaca a chegada de uma 
nova fase de automação na qual a IA não desempenha somente uma tarefa limitada, 
mas pode interagir de maneira muito mais refinada com o usuário, assistindo de 
maneira muito mais elaborada, desde a redação de um artigo, até a correção de 
código de software, no espaço de alguns segundos. 
Por exemplo, o chamado "debug de código" é o primeiro exemplo oferecido no seu 
site oficial sobre como o ChatGPT pode contribuir para examinar e melhorar os 
códigos, a partir de um "diálogo" com o programador. 
Essa capacidade de gerar respostas para qualquer tipo de pergunta é extremamente 
promissora, mas também assustadora. Quando um usuário pede a elaboração de 
malware (ou seja, software malicioso tipicamente usado para ataques de hackers), o 
ChatGPT entrega rapidamente um ótimo rascunho de código que permitiria – ou pelo 
menos facilitaria enormemente – ataques particularmente perniciosos, mesmo se o 
perpetrador fosse um novato. 
Por enquanto, ninguém parece ainda ter pedido ao ChatGPT para elaborar uma série 
de notícias falsas para causar danos a personalidades ou instituições públicas, mas o 
sistema performou muito bem na redação de emails de phishing a ser enviados para 
golpes online. Pode-se imaginar que o mesmo tipo de performance de alto nível possa 
ser alcançado com a elaboração de fake news. 
Talvez uma das aplicações de maior sucesso do chat poderia ser a pesquisa 
acadêmica, que nos obriga a repensar radicalmente como as competências 
intelectuais dos indivíduos são avaliadas. Que sentido pode fazer avaliar um 
estudante com um trabalho de conclusão de curso ou um ensaio se tais trabalhos 
podem ser elaborados em poucos segundos pelo ChatGPT? 
A ICML (International Conference on Machine Learning), uma das mais prestigiadas 
conferências de IA do mundo, já proibiu o uso de ferramentas como o ChatGPT para 
escrever ou corrigir artigos científicos. Essa decisão deu ensejo a um debate ético na 
academia e entre os profissionais de machine learning. 
Algumas das questões éticas levantadas pela conferência foram a dificuldade em 
distinguir textos escritos pelo chat de textos de autoria humana e que seu uso permite 
a reformulação de textos disponíveis na internet, sem creditar os autores originais. 
O plágio é considerado um problema grave nas instituições de ensino, mas sistemas 
como o ChatGPT tornam a prática extremamente mais fácil e, ao mesmo tempo, 
difícil de se detectar. Embora a proibição estabelecida pela ICML seja totalmente 
compreensível, sua implementação parece extremamente difícil. Ainda não está claro 
como o comitê organizador da ICML –ou qualquer outra pessoa– poderia determinar 
se um texto foi elaborado com o auxílio dessas ferramentas. 
As aplicações do ChatGPT podem ser extremamente valiosas e poupar milhões de 
horas de trabalho em redação de emails, notas, planos, projetos, software etc. Porém, 
ao lado de usos amigáveis e de boa-fé vêm muitos outros potenciais (ab)usos muito 
menos nobres. 
A finalidade pela qual qualquer tecnologia é usada depende de seu usuário. Mas o 
desenvolvedor não pode ser totalmente isento de responsabilidade e deve ter um 
dever de cuidado quando a tecnologia pode facilmente ser utilizada para finalidades 
nocivas. 
O ChatGPT levanta questões muito relevantes de cibersegurança, de proteção de 
dados, de pedagogia e de ética. Nos obriga a repensar nossa relação com IA a fim de 
começar a considerar a necessidade de evoluir com ela, nos tornando mais 
inteligentes e preparados graças a ela. A outra opção, mais preguiçosa, e muito mais 
perniciosa: nos tornar dependentes ao invés de protagonistas da IA. 
A chegada de um tipo de IA mais complexo e desafiador nos obriga a analisar todos 
os efeitos, sejam positivos ou negativos, de tais avanços, a nos preparar de maneira 
séria e entender como regular de forma eficiente. 
(*) Luca Belli é professor e coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV 
Direito Rio. Nina da Hora é pesquisadora especialista em IA e cibersegurança no CTS-
FGV. 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/tec/2023/01/chatgpt-o-que-anima-e-
o-que-assusta-na-nova-inteligencia-artificial.shtml>. Acesso em 28 fev. 2023. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é evidenciar os benefíciosda tecnologia, especialmente da 
inteligência artificial, que supera a capacidade humana na elaboração de textos, 
aspecto também abordado pelo artigo de opinião. 
II. Segundo o artigo, as finalidades nocivas de qualquer tecnologia dependem dos 
usuários e, por isso, os desenvolvedores de novas ferramentas devem ser isentos de 
qualquer responsabilidade. 
III. O artigo e a charge revelam questões éticas no uso do ChatGPT, pois abordam o 
problema da autoria no uso da ferramenta na produção de textos. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. Apenas a afirmativa III é correta. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 19 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Inflação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79% 
Com alta de 0,62% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 5,79%, 
abaixo dos 10,06% registrados em 2021. Com o resultado, é a quarta vez consecutiva que a 
inflação fica acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era de 
3,5% e teto de 5%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 
divulgado hoje (10) pelo IBGE. 
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas 
(11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida, Saúde e 
 
cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação veio do 
grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo 
Habitação ficou próximo da estabilidade, com 0,07% de variação, e os Transportes (-1,29%) 
tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos 
pesquisados. 
 
 
 
A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior influência na alta de 11,64% do grupo 
“alimentação e bebidas”. Os destaques foram a cebola (130,14%), que teve a maior alta entre 
os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o maior 
impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. Vale mencionar também a 
batata-inglesa (51,92%), as frutas (24,00%) e o pão francês (18,03%). 
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve aumento 
de 5,86%, a alta do lanche foi de 10,67%. 
No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) veio dos 
itens de higiene pessoal (16,69%), em especial os perfumes (22,61%) e os produtos para cabelo 
(14,97%). Outro destaque foi o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto de 0,25 p.p. no 
IPCA acumulado do ano. Vale destacar também a alta de 13,52% dos produtos farmacêuticos. 
Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
noticias/noticias/36051-inflacao-sobe-0-62- em-dezembro-e-fecha-2022-com-alta-de-5-
79>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerado apenas o período disponível no gráfico, 2015 foi o ano com maior inflação 
acumulada no país. 
II. A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma subcategoria 
do grupo “alimentação e bebidas”. 
III. O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos “alimentação e 
bebidas”, “saúde e cuidados pessoais” e “higiene pessoal”. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. I e II, apenas. 
 
 
 
 
 
• Pergunta 20 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara 
O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra Indígena 
Yanomami (TIY), conforme levantamento feito por imagens de satélite. O monitoramento da 
Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento acumulado de 309% do 
desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022. Nesse 
período, foram mais 3.817 hectares destruídos na maior terra indígena do país, atingindo um 
total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram a monitorar os efeitos do garimpo, 
em outubro de 2018, havia 1.236 hectares devastados. Em 2021, o desmatamento chegou a 
3.272 hectares, conforme apontou o relatório “Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra 
Indígena Yanomami” e propostas para combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo 
Ilegal na TIY” é feito com imagens da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução 
espacial capazes de detectar com precisão e mais frequência de vigilância áreas muitas vezes 
não capturadas por outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são 
registradas duas vezes por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios 
Uraricoera, ao Norte da Terra Indígena Yanomami, e Mucajaí, região central. A região de 
Waikás, no Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. 
Enquanto isso, o Rio Couto Magalhães, afluente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com cerca 
de mil hectares. A terceira região mais afetada é a de Homoxi, na cabeceira do Mucajaí, com 
15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os impactos do garimpo vão 
além do observados pelo satélite, que são focados no desmatamento. Eles também afetam as 
disseminações de doenças, deterioração no quadro de saúde das comunidades, produção de 
conflitos intercomunitários, aumento de casos de violência e diminuição da qualidade de água 
da população com destruição dos corpos hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade 
de viver nas comunidades”, explicou o geógrafo Estêvão Benfica, assessor do Instituto 
Socioambiental (ISA). Ainda segundo Benfica, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para 
outra é um fator que resulta na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas 
cepas de malária de uma região para outra, por exemplo. De acordo com o Sivep Malária, 
sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 40 mil casos de 
malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 21.883, o maior 
registro desde 2003. A explosão dos casos da doença no território indígena coincide com o 
 
aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do Mapbiomas, que utiliza o 
satélite Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento pelo garimpo desde 2016. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de 
malária estão inversamente relacionados desde 2016. 
II. A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020. 
III. As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação de 
doenças e a destruição ambiental. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. Apenas a afirmativa III é correta.

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