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Disciplina: Pesquisa e Prática em Educação Aula 4: Tipos de pesquisa cientí�ca — natureza e abordagem Apresentação Na aula anterior compreendemos que o conhecimento cientí�co tem características que o difere de outros tipos, porque o objetivo da Ciência é alcançar um conhecimento verdadeiro e poder explicá-lo. Mas, para isso a Ciência necessita de um método para ajudá-la a demonstrar o que pesquisou e descobriu. Isso se chama veri�cabilidade, ou seja, a capacidade que o conhecimento cientí�co tem de demonstrar o caminho de suas descobertas. Toda descoberta cientí�ca precisa ser demonstrada ou validada. Por isso, os cientistas revelam os caminhos pelos quais passaram para chegar a um resultado de pesquisa. Eles descrevem as operações técnicas, metodológicas e intelectuais a �m de que outros cientistas reconheçam a nova descoberta e constatem a validade do experimento. Em outras palavras, quando os cientistas divulgam o caminho que percorreram, eles estão apresentando o método que utilizaram para chegar a determinado conhecimento, e possibilitar sua veri�cação. É justamente sobre esses assuntos que trabalharemos agora. Objetivos Compreender o que é um método cientí�co; Reconhecer os principais tipos de métodos cientí�cos. O que é método de pesquisa? É o caminho que desenhamos para alcançarmos um objetivo. Vamos tentar entender melhor isso? Fonte: Garagestock / Shutterstock Exemplo O objetivo de comprar uma casa própria. Se não tivermos o dinheiro total para a compra , precisamos pensar em caminhos viáveis para conseguir tal imóvel. Devemos escolher entre as várias possibilidades existentes na realidade. Então, pensamos um pouco e entendemos que a vivência é rica em alternativas, mas precisamos escolher uma dessas opções. 1 Todo esse caminho percorrido para a compra da casa, que aqui �zemos de maneira metafórica, nos faz concluir que foi o método escolhido para a consecução do objetivo proposto. Dessa forma, podemos conceituar agora o método cientí�co como a escolha de uma série de procedimentos, técnicas, hipóteses e fatos que, juntos, colaboram para a obtenção de determinado resultado. A �gura abaixo demonstra esse caminho: https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/ppe101/aula4.html Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico#/media/File:Metodo_cientifico.svg <https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico#/media/File:Metodo_cientifico.svg> A investigação científica provém de um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos”, para que os objetivos da pesquisa sejam alcançados.” GIL, 2008, p. 8. Na pesquisa, utilizamos o método cientí�co como um kit de maneiras, processos e procedimentos mentais no desenvolvimento da investigação que estamos fazendo. Mas, para criarmos esse “kit de pesquisa” é necessário que sigamos regras para a formatação dos trabalhos para que eles possam ser considerados acadêmicos e cientí�cos. https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico#/media/File:Metodo_cientifico.svg No Brasil, os trabalhos acadêmicos e cientí�cos devem seguir as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT <//www.abnt.org.br/> ). Ao longo das próximas aulas veremos um pouco sobre essas regras na formatação do trabalho, citações e referências. Bom, a ABNT diz respeito a uma série de prescrições que devem nortear a elaboração de um trabalho acadêmico e também de todas as produções cientí�cas. Aqui na universidade ou na pós-graduação, você deverá seguir rigorosamente essas normas para realizar seus trabalhos (monogra�as, artigos, teses, dissertações ou outros). Leitura Para facilitar seu trabalho com as regras leia: PRADO, Jean. Guia ABNT 2018: formatar trabalho acadêmico dentro das normas <https://tecnoblog.net/236041/guia-normas-abnt-trabalho-academico-tcc/> . Tipos de métodos cientí�cos Há vários tipos e como já sabemos o método cientí�co segue uma sequência sistemática: https://www.abnt.org.br/ https://tecnoblog.net/236041/guia-normas-abnt-trabalho-academico-tcc/ Vamos reconhecer apenas cinco desses, detalhadamente. Indutivo É uma forma de observamos determinada coisa e fazermos testes sequenciais para vermos se o que levantamos como hipótese está correto. Fazemos indução no cotidiano sem perceber. Mas, a formalização do método indutivo ocorreu na Idade Moderna com �lósofos como Francis Bacon (1561- 1626) e John Locke (1632-1704). Eles entendiam que a realidade precisava ser investigada com base na experiência de nossos sentidos e toda pesquisa deveria passar pelas seguintes fases: 2 01 Coleta das informações por meio da observação sistemática e criteriosa dos fenômenos naturais, depois a partir da observação rigorosa da natureza; 02 Agrupamento organizado de todos os dados coletados para estabelecer a relação existente entre eles; Serviçal egípcia (Fonte: Pikselstock / Shutterstock) 03 Formulação de hipóteses de acordo com as informações recolhidas; 04 Testagem da hipótesemediante experiências; 05 Comprovação ou refutaçãodessas hipóteses; 06 Generalização dos fatos. https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/ppe101/aula4.html Saiba mais Para ilustramos sobre a importância da observação no método indutivo, assista a esse divertido vídeo e tente passar no teste que ele propõe: TOP melhores. Teste se você pode ser um agente do FBI <https://www.youtube.com/watch?v=68vrcWhcN3A> . Para conhecer mais sobre o método indutivo e o seu uso na universidade, leia a dissertação de mestrado a seguir que utilizou o método indutivo: SILVA, Eliane Gomes da. Educação (física) infantil: se-movimentar e signi�cação <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/90344/240545.pdf?sequence=1&isAllowed=y> . O método dedutivo É um processo mental contrário à indução, porque ele faz um caminho inverso daquele percorrido pelo pensamento indutivo. Enquanto a indução inicia o pensamento da observação dos casos especí�cos e particulares, a dedução já parte de um conhecimento estabelecido, porque ele é utilizado para testar hipóteses que existem e foram testadas antes. https://www.youtube.com/watch?v=68vrcWhcN3A https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/90344/240545.pdf?sequence=1&isAllowed=y (Fonte: GuruXOX / Shutterstock) Mas, por que então testar de novo? Para provar teorias. Várias áreas usam a dedução, como, por exemplo: a Filoso�a, a Educação e muitas leis cientí�cas para resolver problemas físicos ou matemáticos. O pesquisador, cientista ou o aluno da graduação ao fazer uma investigação pode utilizar o método dedutivo. Para isso, precisará partir de um princípio já considerado verdadeiro (chamado de premissa maior) e relacioná-lo com uma segunda verdade ou ideia chamada de premissa menor. Relacionando-se essas duas premissas (ideias), a partir de um pensamento lógico, chega-se a uma conclusão. Um exemplo clássico de indução foi dado por Aristóteles: Todo homem é mortal. (premissa maior) Sócrates é homem. (premissa menor) Logo, Sócrates é mortal. (conclusão) Vamos trazer esse pensamento aqui para nossa realidade? Todo curso de graduação exige um trabalho de TCC. Sou aluno de um curso de graduação. Então, terei que fazer um trabalho de TCC. Viu, como funciona a dedução? A partir de uma ideia ou argumento maior (todo curso de graduação) é feito um argumento menor (um aluno). Essas ideias ou esses argumentos se relacionam e comprovam a premissa maior. Isso quer dizer que a conclusão de um pensamento dedutivo é apenas a con�rmação do que as premissas anteriores (maior ou menor) já a�rmavam. Por isso, dizemos que é impossível a conclusão dedutiva ser falsa se as premissas (maior e menor) forem verdadeiras. Já em relação ao método indutivo não podemos a�rmar a mesma coisa. Por quê? Porque a indução não parte de uma ideia testada ou conhecida, mas das probabilidades dos casos observados . A indução parte da observação e da experiência para fazer testes. Logo, a indução sai de situaçõesparticulares ou casos parecidos e que se repetem para se chegar a uma ideia geral. 3 A �gura demostra os movimentos do pensamento indutivo e dedutivo. Observe com cuidado de onde parte e chega cada método. Saiba mais https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/ppe101/aula4.html Leia mais sobre o problema da indução: LAUX, Evelise Rosane Treptow. O problema da indução: de Hume a Popper <//revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/5521> . Assista a um vídeo sobre esse assunto para facilitar seu entendimento sobre indução x dedução: ALIMENTE o cérebro. Introdução à lógica 1x04 – Dedução e indução <https://www.youtube.com/watch?v=ZPPvDiOV94Y> . Método hipotético-dedutivo É uma mistura entre os dois métodos que estudamos anteriormente. Foi desenvolvido por Karl Popper (1902-1994), devido a esse �lósofo ter críticas enormes ao método indutivo. As críticas de Popper �zeram com que ele criasse o hipotético- dedutivo e as conduziram pelo caminho do ceticismo (da dúvida) a �m de chegar a um conhecimento o mais próximo possível da verdade. Você pode estar aí se perguntando: mas quais eram as críticas de Popper ao método indutivo? Bem, Popper entendia que a indução não poderia fundamentar nenhum conhecimento verdadeiro, porque partir de observações particulares de fatos isolados não era su�ciente para a�rmar com certeza determinada verdade, uma vez que precisaria fazer testes com todas as observações possíveis no universo. Explicamos melhor com um exemplo do próprio �lósofo. Exemplo Para ele, a�rmar que os cisnes são brancos é uma verdade refutável, porque se surgir um único cisne negro, toda a a�rmação que os cisnes são brancos está negada e anulada. https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/5521 https://www.youtube.com/watch?v=ZPPvDiOV94Y Outra questão assinalada por Popper sobre a indução é que ela é uma ideia baseada em suposições ou hipóteses que não podem ser totalmente con�rmadas. Entendeu, porque Popper tinha tanta implicância com a indução? Com base nessa divergência, Popper desenvolveu o método hipotético-dedutivo que se inicia com um problema. Esse problema recebe uma série de hipóteses levantadas. Essas hipóteses são testadas continuamente com o objetivo de negá-las. A hipótese que se mantiver verdadeira e suportar os testes está con�rmada. Observe que o objetivo é derrubar a hipótese por meio das experiências e dos testes. Veja o esquema: Fonte: https://guiadamonografia.com.br/wp-content/uploads/2017/09/metodo-cientifico-hipotetico- dedutivo.png <https://guiadamonografia.com.br/wp-content/uploads/2017/09/metodo-cientifico-hipotetico- dedutivo.png> Para Popper, quanto mais uma ideia ou teoria conseguir resistir aos testes de refutabilidade, mais estabilizada estará. Por isso, para ele, o critério da refutabilidade confere ao conhecimento cientí�co uma capacidade de se renovar, pois não é visto como absoluto e �nal. Saiba mais Assista ao vídeo para entender o método hipotético-dedutivo. GUIA da monogra�a. Como funciona o método cientí�co do TCC - hipotético-dedutivo <https://www.youtube.com/watch? v=uYxjMVEIgZY > . https://guiadamonografia.com.br/wp-content/uploads/2017/09/metodo-cientifico-hipotetico-dedutivo.png https://www.youtube.com/watch?v=uYxjMVEIgZY Método dialético Para entendermos esse método, primeiro precisamos saber o que signi�ca dialética. O conceito é bastante antigo, porque Platão já a utiliza, e deriva da palavra grega dialéctica que signi�ca “diálogo mediante a contradição de ideias para conseguir novas pensamentos”. Hegel (2007) pensava que tudo o que acontece na vida tem atributos opostos, contraditórios unidos entre si e indissociáveis. Em outras palavras bem comuns: uma história sempre tem dois lados, geralmente, opostos entre si. E mais do que isso, as contradições estão inerentes a esse todo, porque a realidade está em movimento, por isso temos duas faces em tudo: noite e dia, claro e escuro, positivo e negativo. Método fenomenológico Tem sua origem na �gura do �lósofo contemporâneo Edmund Husserl (1859-1938). Husserl entende que a única forma de conhecermos a realidade de uma maneira segura é buscarmos o conhecimento na consciência. O método fenomenológico, que provém da palavra fenomenologia (aquilo que se apresenta ou que mostra) é uma maneira de entender a realidade por meio dos fenômenos da consciência. Para os estudiosos da Fenomenologia, a realidade só pode ser conhecida se estudarmos os fenômenos que acontecem na consciência humana, ou seja, as coisas que existem na mente das pessoas. Por isso, essa metodologia não utiliza experimentos, como a indução, ou as deduções, mas tenta entender a realidade por meio da intuição, das vivências, dos estados de consciência, das ideias, isto é, do fenômeno chamado consciência, ou estar consciente. Por isso, a Fenomenologia se preocupa muito com o mundo pessoal, a maneira como cada pessoa entende o mundo e as suas relações. Husserl compreende que tudo o que acontece na realidade deve ser entendido a partir da percepção mental de cada pessoa. Por isso, ele a�rma que a Fenomenologia trata com a experiência de consciência do ser humano e precisa ser pesquisada na natureza intelectual como existe na consciência, para assim entendermos o mundo no qual vivemos. Saiba mais Assista ao vídeo: NEGRÃO, Edivaldo Pinheiro. O que é fenomenologia? <https://www.youtube.com/watch?v=vCuPFKpo60U&t=45s> A Ciência, a escola e o currículo A Ciência moderna e também a contemporânea passam pela chamada “crise dos paradigmas”. https://www.youtube.com/watch?v=vCuPFKpo60U&t=45s Mas, o que é paradigma? O paradigma pode ser compreendido como um padrão a ser seguido, ou seja, inclui o conjunto de crenças, valores, técnicas e teorias partilhadas, sendo in�uenciado por fatores culturais, políticos, econômicos e sociais vigentes (SANTOS et al, 2011). A Ciência, a partir da Idade Moderna, começou a questionar o padrão utilizado para se fazer ciência e escolheu um paradigma diferente: a objetividade. Mas, novamente o paradigma cientí�co foi questionado agora na Idade Contemporânea, porque a produção do conhecimento no século XXI, �cou comprimida entre o paradigma clássico (da Idade Moderna) e o emergente (da Idade Contemporânea). Nessa discussão sobre os padrões de pesquisa, �cou muito evidente uma discussão que trata sobre a incapacidade dos padrões modernos de solucionarem os principais problemas, por exemplo, nas áreas das Ciências Humanas e Sociais, a partir de perspectivas lineares, disciplinares e extremamente objetivas. Por essa razão, temas como interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e subjetividade entram no discurso da pesquisa e da construção de conhecimento cientí�co. Essas mudanças paradigmáticas na pesquisa e no conhecimento cientí�co alcançam a escola e a cultura escolar, trazendo modi�cações exigidas socialmente no currículo e nas metodologias escolares. A necessidade de um conhecimento signi�cativo, complexo e interligado com as várias áreas do conhecimento, atualmente, é requerida nas escolas e nos espaços escolares, porque todo o currículo praticado, atualmente, tem sua base na Idade Média e nos princípios da Escolásticas. Ao longo do tempo, a Ciência Moderna modi�cou partes do currículo, implantando o cienti�cismo aos estudos escolares e à seleção dos conteúdos que deveriam ser estudados na escola, criando o paradigma da racionalidade no currículo. A contemporaneidade trouxe a discussão de um currículo escolar mais aberto e menos in�uenciado pela racionalidade do cienti�cismo. Por essa razão, atualmente, há uma grande discussão sobre o currículo e sua in�uência dentro e fora do contexto escolar, na tentativa de se conseguir um currículo mais aberto, sistêmico e com visão holística, que faça inter-relações signi�cativas entre as várias áreas do conhecimento. Saiba mais Para entender mais leia o artigo: ZEN, Ana Maria dalla. A crise de paradigmas e a ressigni�cação do conhecimentopara o século XXI. <https://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/16071> Leia também sobre esse tema em: TAVARES, Cristina Zukowsky. Paradigma curricular para formação de docentes. <https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/3126> Atividade 1. Observe a charge e tente relacioná-la com algum dos métodos vistos nesta aula. Explique a relação que você fará, mediante um pequeno texto. https://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/16071 https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/3126 Notas 2. Podemos a�rmar sobre método cientí�co: I - Caminho que desenhamos para alcançarmos determinado objetivo de pesquisa. II – Técnicas que utilizamos no decorrer da investigação. III – Objetivo de con�rmar uma hipótese. Analise as a�rmativas acima e escolha a única alternativa que contém a resposta correta sobre o método cientí�co. a) II e III estão corretas. b) I e II estão corretas. c) Somente a I está correta. d) Somente a II está correta. e) Todas estão corretas. 3. O método dialético propõe entender a realidade por meio de: I - oposições II – novas soluções III – linearidade constante A única alternativa que contém a resposta correta é: a) I está correta. b) II está correta. c) I e II estão corretas. d) I, II e III estão corretas. e) I e III estão corretas. Notas Dinheiro total1 A nossa primeira providência é observar como a realidade se coloca para que consigamos esse valor (dinheiro) a �m de comprar a casa própria. Após essa observação, entendemos existirem vários caminhos, ou seja, fatos veri�cáveis: - pedir um empréstimo ao banco; - pegar emprestado com a família, solicitar a um amigo; - economizar até conseguir o montante; - �nanciar o valor, vender o carro ou outro bem... Após observarmos cuidadosamente esses fatos, levantamos as alternativas mais viáveis (hipóteses) e começamos a estudá-las para ver suas consequências, sua efetividade e se podem ser encaradas como verdadeiras (possíveis) ou falsas (não possíveis). Se entendermos que pedir um empréstimo ao banco é mais viável, seguro e possível, do que pegar emprestado com a família, podemos dizer que a primeira possibilidade é uma hipótese verdadeira, enquanto a segunda é falsa, isto é, foi uma hipótese falseada ou refutada. Depois da testagem da hipótese, começamos a colocar a mão na massa, isto é, fazer experimentos. Vamos ao banco, e lá observamos novas realidades, possiblidades e temos uma análise lógica desse empréstimo bancário. Se tudo correr bem — conseguirmos o valor, mediante o empréstimo, e alcançarmos nosso objetivo geral (comprar a casa) — podemos dizer que o método escolhido foi adequado e chegamos ao resultado �nal com êxito. Método indutivo2 O método indutivo é uma forma de pensar, uma linha de raciocínio que utiliza a observação de vários fatos especí�cos para se chegar a uma conclusão, chamada de verdade geral. A indução é um método que tem sua base no empirismo. Mas, o que é empirismo? É uma forma de entender que todos nós aprendemos quando manuseamos os objetos, nos relacionamos com pessoas, fatos, acontecimentos ou coisas de maneira direta por meio dos nossos sentidos (tato, olfato, audição, visão e paladar). Portanto, a indução observa um caso e no �nal da observação faz uma conclusão. Probabilidades dos casos observados3 Por essa razão a indução pode conter erros por ser probabilidade. Mas, é improvável a generalização (conclusão) da indução ser falsa se as premissas forem verdadeiras. Isso causa o chamado “problema da indução”, pois se um único caso particular se mostrar diferente desmonta todo o argumento proposto pela indução. Referências GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. HEGEL, Georg. Fenomenologia do espírito. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. SANTOS, Quintila Garcia et al. A crise de paradigmas na ciência e as novas perspectivas para a enfermagem. In: Esc. Anna Nery [online]. 2011, v. 15, n. 4, p. 833-837 Próxima aula Os principais tipos de pesquisa quanto aos objetivos e aos procedimentos. Como a escolha de uma metodologia descritiva ou exploratória de�ne as condições para cada tipo de pesquisa acadêmica. Explore mais Para complementar o estudo desta aula sugerimos a leitura de capítulos de algumas obras listadas nas referências: Para complementar o estudo desta aula, sugerimos a leitura de capítulos de algumas obras listadas nas referências: LIVRE pensamento. O método hipotético-dedutivo. VILELA Júnior, Guanis de Barros. Método indutivo. DEMO, Pedro. Cuidado metodológico: signo crucial da qualidade. ___________. Pesquisa e tomada de decisão. ___________. Pesquisa participante — mito e realidade.
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