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Apostila Segurança do Trabalho Prof. Samuel Gonçalves IFMA – SJP -MA Esta apostila é apenas um recorte de alguns pontos chave das apostilas abaixo, assim o crédito deve-se exclusivamente aos autores. FERREIRA, LEANDRO SILVEIRA. SEGURANÇA DO TRABALHO I / LEANDRO SILVEIRA FERREIRA, NÉVERTON HOFSTADLER PEIXOTO. – 2. ED. – SANTA MARIA : UFSM, CTISM, REDE E-TEC BRASIL, 2014. 149 P. : IL. ; 28 CM. ISBN 978-85-63573-15-5 COSTA, PAULO ROBERTO DA. SEGURANÇA DO TRABALHO II / PAULO ROBERTO DA COSTA.– SANTA MARIA : UNIVERSIDADE FE- DERAL DE SANTA MARIA, COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA ; REDE E-TEC BRASIL, 2013. 101 P. : IL. ; 28 CM BARNEWITZ, LUZIANY COLUSSO. SEGURANÇA DO TRABALHO III / LUZIANY COLUSSO BARNEWITZ. – SANTA MARIA : UNIVERSI- DADE FEDERAL DE SANTA MARIA, COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA ; REDE E-TEC BRASIL, 2013. 130 P. : IL. ; 28 CM ISBN 978-85-63573-35-3 PEIXOTO, NEVERTON HOFSTADLER. HIGIENE OCUPACIONAL I / NEVERTON HOFSTADLER, LEANDRO SILVEIRA FERREIRA. – SANTA MARIA : UFSM, CTISM ; REDE E-TEC BRASIL, 2012. 92 P. : IL. ; 28 CM FRANCESCHI, ALESSANDRO DE. ERGONOMIA / ALESSANDRO DE FRANCESCHI. – SANTA MARIA : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA ; REDE E-TEC BRASIL, 2013. 155 P. : IL. ; 28 CM ISBN 978-85-63573-37-7 RUPPENTHAL, JANIS ELISA. GERENCIAMENTO DE RISCOS / JANIS ELISA RUPPENTHAL. – SANTA MARIA : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA ; REDE E-TEC BRASIL, 2013. 120 P. : IL. ; 28 CM ISBN 978-85-63573-44-5 Sumário 1. Segurança do Trabalho ............................................................................................................................... 4 2. Legislação e Normas Regulamentadoras .................................................................................................... 4 3. Acidentes de Trabalho ................................................................................................................................ 6 3.1. Conceito legal de acidente de trabalho .......................................................................................... 6 3.2. Classificar o acidente de trabalho .................................................................................................. 6 4. Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) ........................................................................................... 6 5. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) ................................................................................................. 7 6. NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI) .................................................................................. 7 6.1. Responsabilidades do empregador. ................................................................................................... 7 6.2. Responsabilidades do trabalhador. .................................................................................................... 8 7. Riscos Ambientais ....................................................................................................................................... 8 7.1. Riscos Físicos ...................................................................................................................................... 8 7.2. Riscos Químicos .................................................................................................................................. 8 7.3. Riscos Biológicos ................................................................................................................................. 8 7.4. Riscos Ergonômicos ............................................................................................................................ 8 7.5. Riscos de Acidentes ............................................................................................................................ 9 8. Mapa de Riscos Ambientais e Medidas de Controle................................................................................. 10 9. Sinalização de Segurança.......................................................................................................................... 10 10. PPRA, PCMSO e a CIPA nas empresas ................................................................................................... 10 11. Gestão de Segurança do Trabalho ........................................................................................................ 11 1. Segurança do Trabalho Podemos definir Segurança do Trabalho como uma série de medidas técnicas, administrativas, médicas e, sobretudo, educacionais e comportamentais, empregadas a fim de prevenir acidentes, e eliminar condições e procedimentos inseguros no ambiente de trabalho. A segurança do trabalho destaca também a importância dos meios de prevenção estabelecidos para proteger a integridade e a capacidade de trabalho do colaborador. 2. Legislação e Normas Regulamentadoras As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. Normas Regulamentadoras - NR — Português (Brasil) (www.gov.br) Confira, abaixo, os textos vigentes de todas as Normas Regulamentadoras: NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS NR-2 - INSPEÇÃO PRÉVIA (REVOGADA) NR-3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL NR-8 - EDIFICAÇÕES NR-9 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE NR-11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS NR-13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES E TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO NR-14 - FORNOS NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS NR-17 - ERGONOMIA NR-18 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NR-19 - EXPLOSIVOS NR-20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS NR-21 - TRABALHOS A CÉU ABERTO NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO (REVOGADA) NR-28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES NR-29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, REPARAÇÃO E DESMONTE NAVAL https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs NR-35 - TRABALHO EM ALTURA NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS NR-37 - SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMASDE PETRÓLEO 3. Acidentes de Trabalho 3.1. Conceito legal de acidente de trabalho Acidente de trabalho é aquilo que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária. O acidente de trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo. 3.2. Classificar o acidente de trabalho Acidente típico É aquele que ocorre no local e durante o trabalho, considerando como um acontecimento súbito, violento e ocasional provocando no trabalhador uma incapacidade para a prestação de serviço. Exemplos: batidas, quedas, queimaduras, contato com produtos químicos, choque elétrico, etc. Acidente de trajeto É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado. Deixa de caracterizar-se como “acidente de trajeto” quando o empregado tenha, por interesse próprio, interrompido ou alterado o percurso normal. Doenças ocupacionais As doenças profissionais decorrem da exposição dos trabalhadores a agentes físicos, químicos, ergonômicos e biológicos ou são desencadeadas a partir de condições inadequadas de trabalho, onde se torna necessária a comprovação do nexo causal (nexo técnico epidemiológico), afirmando que foram adquiridas em decorrência do trabalho. Podem servir como exemplos as lesões por esforço repetitivo (inflamações em músculos, tendões e nervos provocadas por atividades de trabalho que exigem movimentos manuais repetitivos durante longo tempo), perda auditiva induzida pelo ruído (provocada, na maioria das vezes, pela exposição a altos níveis de ruído durante período prolongado), bissinose (estreitamento das vias respiratórias causado pela aspiração de partículas de algodão), siderose (causada pela inalação de partículas de ferro, atinge trabalhadores de mineradoras de hematita, soldadores e trabalhadores que manipulem pigmentos com óxido de ferro), asbestose (resultante do trabalho com amianto) e saturnismo (intoxicação provo- cada pelo chumbo). 4. Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) O Decreto nº 2.172 de 1997, determina que a empresa deve comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa. Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo, nesses casos, o prazo previsto no artigo. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um formulário que deve ser preenchido pela empresa para que o acidente seja legalmente reconhecido pelo INSS, permitindo que o trabalhador receba o auxílio-acidente ou outros benefícios gerados pelo acidente. 5. Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) Os EPC são usados para proteger trabalhadores da exposição a agentes insalubres e/ou perigosos. Não são usados apenas equipamentos, mas, também métodos e tecnologias, isto é, são utilizados para proteção de grupos de pessoas que realizam determinadas tarefas ou atividades. Devem proteger trabalhadores expostos a determinado risco. Tipos de EPC Existem diversos tipos de equipamentos de proteção coletiva que são utilizados com o propósito de proteger um grupo de pessoas que realizam determinadas tarefas ou atividades. Alguns exemplos a) Enclausuramento acústico de fontes de ruído, ventilação dos locais de trabalho, proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, capelas químicas, extintores de incêndio, sinalização de segurança, cabine de segurança biológica, entre outros. b) Cobertura e isolação de condutores elétricos ou postes nos trabalhos em redes de distribuição de energia elétrica. c) Equipamentos para curto-circuitar redes de distribuição de energia elétrica no aterramento temporário e vara de manobra d) Equipamentos para lavagem dos olhos em caso de acidente com a manipulação de produtos químicos. e) Dispositivos de sinalização para locais de execução de trabalhos como instalações de redes de distribuição de energia, áreas de trabalho em obras em vias públicas, rodovias, entre outras. f) Capela química para proteger o trabalhador contra o perigo de inalação e contaminação do ambiente. g) Extintores de incêndio para o controle inicial de um sinistro em um equipamento, veículo ou ambiente. Considerações A implantação dos EPC quando for necessária, deve ser acompanhada de treinamen- to aos trabalhadores supervisionado por profissional de segurança do trabalho, asseguran- do, desta forma, a eficácia na utilização. Deve-se também informar aos trabalhadores suas eventuais limitações. 6. NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI) A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funciona- mento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA. 6.1. Responsabilidades do empregador. Cabe ao empregador quanto ao EPI: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; e, h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. 6.2. Responsabilidades do trabalhador. Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. EPIs desempenham papel fundamental na luta pela redução de acidentes de trabalho Saúde e Segurança do Trabalho - TST 7. Riscos Ambientais 7.1. Riscos Físicos Os riscos físicos representam diversas formas de energia que podem estar presentes em um ambiente de trabalho, em quantidade considerada superior àquela que o organismo é capaz de suportar, podendo conduzir a uma doença profissional. 7.2. Riscos Químicos São substâncias, elementos, compostos ou resíduos químicos que, durante sua fabricação, armazenamento, manuseio e transporte com capacidade de ação tóxica sobre o organismo ou que venha a contaminar o ar do ambiente de trabalho. 7.3. Riscos Biológicos Esses são constituídos por seres vivos capazes de contaminar os ambientes ocupa- cionais e afetar a saúde do trabalhador, como os microrganismos (vírus, bactérias, bacilos, fungos, etc.). Em geral, os riscos biológicos estão presentes em atividades relacionadas à manipulação de produtos de origem animal, atendimento e tratamento de animais, serviços de limpeza e reciclagem do lixo urbano, cemitérios, trabalhos em laboratórios biológicos e clínicos, serviços de saúde em geral, esgotos (galerias e tanques), incineradores de lixo, está- bulos, cocheiras e locais com resíduos deteriorados de animais. Os agentes biológicos podem provocar, basicamente, três tipos de doenças: infecções, alergias e intoxicações (ou efeitos tóxicos). As medidas de proteção contra esses grupos deriscos biológicos são: vacinação, este- rilização, higiene pessoal, uso de equipamento de proteção individual (EPI), ventilação adequada e controle médico. Para que os agentes biológicos provoquem doenças, faz-se necessário analisar alguns fatores desencadeantes, tais como: a natureza dos agentes ambientais, a concentração da intensidade desses agentes, o tempo de exposição a eles. 7.4. Riscos Ergonômicos A ergonomia é uma palavra de origem grega, sendo que o termo ERGOS – refere-se a trabalho e NOMOS às leis, normas e regras. A ergonomia pode apresentar os seguintes objetivos: • Controlar a introdução de novas tecnologias nas organizações e sua adaptação às capacidades e habilidades da força laboral existente. • Aumentar a satisfação e motivação no trabalho. https://www.tst.jus.br/saude-e-seguranca-do-trabalho • Adaptar o local e as condições de trabalho em relação às características do trabalhador. • Definir requisitos para a compra de máquinas, equipamentos ergonômicos e outros materiais. • Identificar, analisar e minimizar os riscos ocupacionais. Exemplos de Riscos Ergonômicos: Esforço físico intenso; Levantamento e transporte manual de peso; Exigência de postura inadequada; Controle rígido de produtividade; Imposição de ritmos excessivos; Trabalho em turno diurnos ou noturnos; Jornadas de trabalhos prolongadas; Monotonia, Repetitividade e outras situações causadores de estresse físico e/ou psíquico 7.5. Riscos de Acidentes Arranjo físico inadequado; Máquinas e equipamentos sem proteção; Ferramentas inadequadas ou defeituosas; Iluminação inadequada; Eletricidade; Probabilidade de incêndio ou explosões; Armazenamento inadequado; Animais peçonhentos e outras situações de risco que poderão contribuir para ocorrência de acidentes. Tabela 1 . Grupo de Riscos com respectivas cores 8. Mapa de Riscos Ambientais e Medidas de Controle Mapa de riscos é uma representação gráfica dos pontos de riscos encontrados nos locais de trabalho, capazes de causar prejuízo à saúde dos trabalhadores. É uma maneira fácil e rápida de representar os riscos de acidentes de trabalho. O mapeamento permite a identificação de locais perigosos localizando pontos ainda vulneráveis da empresa e ajuda a desenvolver atitudes mais cautelosas por parte daqueles que estão expostos a esses riscos. Uma das atribuições da CIPA é “identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver”. Para a elaboração do mapa de riscos, convencionou-se atribuir uma cor para cada tipo de risco e representá-lo em círculos, de acordo com sua intensidade. 9. Sinalização de Segurança Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais. 10. PPRA, PCMSO e a CIPA nas empresas Conforme a NR 09, fica estabelecida a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Cabe ao empregador estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA, como atividade permanente da empresa ou instituição. No Brasil, a legislação do trabalho obriga todas as empresas a elaborar e implementar o PPRA, além de manter um documento base de registro dessas ações, que incluem: • Levantamento dos riscos. • Planejamento anual com estabelecimento de metas e prioridades. • Cronogramas. • Estratégia e metodologia de ação. • Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados. • Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. Cabe aos trabalhadores: • Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA. • Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos pelo PPRA. • Informar ao seu superior hierárquico direto as ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar em riscos à saúde dos trabalhadores. Segundo a NR 07, ficam estabelecidas a obrigatoriedade e a implementação, por parte de todos os empregados e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto dos trabalhadores, bem como prevenir e diag- nosticar precocemente doenças relacionadas às funções desempenhadas e ao ambiente de trabalho. O PCMSO faz parte das iniciativas da empresa no campo da saúde do trabalhador. Caberá à empresa contratante de mão de obra prestadora de serviços informar à empresa contratada os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do seu PCMSO, nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados. Outro possível mecanismo prevencionista dentro das empresas é a constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), composta por trabalha- dores indicados pela empresa (50%) e eleitos entre os empregados (50%). Essa comissão paritária, prevista pela NR 05, é encarregada de observar as condições de risco nos ambi- entes de trabalho, solicitar medidas de controle, discutir os acidentes ocorridos, encaminhar o resultado da discussão e solicitar medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. Contudo, sua obrigatoriedade só começa quando a empresa tem no mínimo vinte (grau de risco 4) ou cinquenta empregados (grau de risco 3), quando a empresa possuir, na mesma cidade, 1 (um) ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho, com menos de 70 (setenta) empregados, deve organizar CIPA centralizada. O mapa de riscos é uma atribuição da CIPA, determinada pela NR 05; no caso das empresas da indústria da construção, o mapa de riscos do estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente modificar a situação de riscos 11. Gestão de Segurança do Trabalho O processo de gerenciamento de riscos, como todo procedimento de tomada de decisões, começa com a identificação e a análise de um problema. A inspeção de segurança ou a inspeção de riscos é a procura de riscos comuns, já conhecidos teoricamente. Este procedimento visa a facilitar a identificação de riscos e prevenção de acidentes. Os riscos mais comumente encontrados em uma inspeção de segurança são: • Falta de proteção de máquinas e equipamentos. • Falta de ordem e limpeza. • Mau estado de conservação de ferramentas. • Iluminação e instalações elétricas deficientes. • Pisos escorregadios, deficientes, em mau estado de conservação. • Equipamentos de proteção contra incêndio em mau estado de conservação ou insuficientes. • Falhas de operação, entre outras Análise Preliminar de Riscos (APR) consiste na primeira abordagem sobre a análise do objeto de estudo. Seu foco de atuação está na antecipação, durante a fase de criação ou desenvolvimento de um novo sistema, visando a determinação dos possíveis riscos presentes na fase operacional. Com base em uma APR, obtêm-se uma listagem de riscos com medidas de controle a serem adotadas. Permite ainda estabelecer responsabilidades no controle de risco, indicando sua relevância na gestão de riscos. Visa à identificação e avaliação preliminar dos riscos presentes em uma instalação ou unidade.
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