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Analise de Textura do Solo - Grupo 10

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Prévia do material em texto

2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Centro de Ciências Agrárias
Relações Hídricas
Prof. Dr. Claudinei Fonseca Souza
ANÁLISE DE TEXTURA DO SOLO
Davi Ortêncio Marçal Ferreira 622249
João Matheus Gonçalves 727111
Yago Lichtscheidl Corerato 622516
Araras-SP
2020
1 INTRODUÇÃO
Após a destruição do agregado atual, a textura do solo representa a proporção quantitativa de partículas minerais menores que 2 mm (classificadas por tamanho de partícula) (CASANELAS et al., 1999; CORÁ et al., 2009). De acordo com a classificação adotada no Brasil, é recomendado que as três partes granulométricas do solo estabelecidas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sejam argila, silte e areia. Eles têm tamanhos de partícula diferentes, onde a fração argila corresponde a um grupo de partículas com diâmetro equivalente menor que 0,002 mm, a fração silte corresponde a partículas com diâmetro equivalente entre 0,002 e 0,05 mm, e a fração areia é composta por partículas equivalentes o diâmetro está entre 0,05 e 2,0 mm (CORÁ et al., 2009).
A composição granulométrica do solo é considerada uma característica específica do próprio material e dificilmente é afetada por variáveis ​​externas (CORÁ et al., 2009; CENTENO et al., 2017). Portanto, o tamanho das partículas do solo mineral não mudará rapidamente, tornando a textura do solo um dos principais indicadores de qualidade e produtividade, que pode ser usado para identificação e classificação do solo, bem como variáveis ​​independentes em modelos de solo (OLIVEIRA et al., 2002; SILVA et al., 2008; CENTENO et al., 2017).
Além disso, a distribuição granulométrica influencia a dinâmica de adesão e coesão entre as partículas e o manejo do solo, o que afeta a resistência do solo à tração, semelhante à dinâmica da água no solo. Também pode ser usado como um fator ambiental, pois afeta diretamente os processos ecológicos, como a troca iônica e o ciclo dos nutrientes (HE et al., 2014). No entanto, a textura é utilizada em boas práticas de manejo do solo, através de recomendações de calagem, gessagem, fosfatagem e fertilização, e no estabelecimento de práticas de conservação (CORREIA et al., 2004).
As partículas presentes no solo podem ter diversas formas que influenciam propriedades como: fluidez, embalagem, interação com líquidos e poder de cobertura dos pigmentos. Determinar o tamanho da mesma partícula usando técnicas diferentes pode resultar em valores diferentes conforme a forma da partícula se afasta da esfera. Portanto, é necessário utilizar fatores de correção para converter as medidas obtidas de uma técnica para outra e vice-versa (LIMA; LUZ, 2001).
Na realização de análises de textura de solo no Brasil, os métodos mais comumente usados ​​são pipetas e densímetros sendo as pipetas o padrão de referência. O densímetro é baseado na determinação da gravidade específica da suspensão e é considerado menos trabalhoso. A leitura da escala no densímetro corresponde à g L-1 de partículas em suspensão (DONAGEMMA et al., 2015; EMBRAPA, 1997). Porém, seu limite mínimo de leitura é de 5 g L-1. Se o teor de argila do solo for muito pequeno, pode haver erros na determinação da argila.
Entender a textura do solo, ou seja, a distribuição granulométrica das partículas do solo, é essencial para entender seu comportamento e melhor manejá-lo (BRADY; WEIL, 2013). Além disso, é essencial que o programa de análise possa expressar efetivamente o conteúdo de argila, silte e areia do solo (CORÁ et al., 2009).
2 OBJETIVOS
O objetivo da videoaula prática apresentada foi de demonstrar como realizar a determinação dos teores de areia, argila e silte – que permitem classificar o solo quanto a sua textura, bem como os procedimentos para obtenção dos dados que possibilitam os cálculos.
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Materiais utilizados
· Terra fina seca ao ar (TFSA) – 100g
· Folha de papel
· Rolo de madeira
· Peneira 2mm
· Balança de precisão
· Cachimbo dosador
· Recipiente para a amostra
· Pote de vidro com tampa
· Solução dispersante – NaOH (0,1 mol) e hexametafosfato de sódio (0,09 mol)
· Proveta
· Agitador
· Peneira 0,053mm
· Proveta 1000mL
· Agitador manual (proveta)
· Pipeta 10mL
· Béquer 50mL
3.2 Local do experimento e coleta da amostra
O desenvolvimento do experimento foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar – CCA), situado na cidade de Araras – SP. A amostra foi coletada para análise da textura do solo, sendo convertida em terra fina seca ao ar (TFSA) pelo procedimento de secagem ao ar livre por 24h.
Figura 1. Amostra de solo coletada e seca (100g). Fonte: Aula Prática 3.
3.3 Preparo da amostra de solo
Com esse procedimento realizado, pode-se iniciar o preparo da amostra com o destorroamento. Para isso, deve-se colocar o conteúdo da amostra em cima de uma folha de papel, em uma superfície plana. Com o auxílio de um rolo de madeira, pressionar o solo sob a superfície para que se desfaçam os torrões.
Figura 2. Destorroamento da amostra. Fonte: Aula Prática 3.
Feito isso, deve-se passar o solo por uma peneira de 2mm, para separar as partículas de interesse. As partículas maiores, que não serão utilizadas, ficam retidas na peneira, enquanto as partículas menores passam para o recipiente.
Figura 3. Peneiramento da amostra. Fonte: Aula Prática 3.
3.4 Pesagem da amostra
Após o peneiramento do solo, prossegue-se para a pesagem da amostra. A pesagem deve ser realizada em uma balança de precisão, com o auxílio de um recipiente, previamente tarado, para receber a amostra. Neste recipiente se coloca o conteúdo da amostra, com o auxílio de um cachimbo dosador, de forma a atingir 10g na balança. Feito isso, leva-se o conteúdo a outro recipiente (um pote de vidro com tampa e identificado).
Figura 4. Pesagem da amostra em balança de precisão. Fonte: Aula Prática 3.
3.5 Dispersão das partículas do solo
Em uma proveta, medir 50 mL da solução dispersante (NaOH - 0,1 mol e hexametafosfato de sódio - 0,09 mol) e despejar no recipiente de vidro que contém a amostra de solo (10g). Feito isso, prosseguir para a agitação.
Figura 5. Dispersão das partículas da amostra. Fonte: Aula Prática 3.
3.6 Agitação
Levar o recipiente para um agitador a 150 rpm por 16h, segundo o protocolo da Embrapa para análise de textura do solo.
Figura 6. Agitação da amostra em agitador. Fonte: Aula Prática 3.
3.7 Lavagem
Após o procedimento de agitação, deve-se passar o conteúdo da amostra por uma peneira de 0,053mm, que consiste em reter todas as partículas de areia presentes na amostra. As partículas que forem menores, ou seja, que passarem pela peneira, são silte e/ou argila, sendo necessária uma análise posterior. Com ajuda de água, fazer com que todo o conteúdo do recipiente seja removido e passe para a peneira, de forma que, com uma mangueira, seja possível realizar a lavagem de todo o solo presente na peneira.
Figura 7. Lavagem da amostra em peneira 0,053mm. Fonte: Aula Prática 3.
Após a lavagem completa, alocar o conteúdo da peneira para um novo recipiente para a secagem da areia para realizar mensuração posterior. O conteúdo da amostra que possui silte e argila deverá ser analisado pelo método da Lei de Stokes.
3.8 Lei de Stokes
Para se realizar este procedimento, deve-se considerar a temperatura do ambiente em que a amostra vai ficar em repouso. No exemplo da aula prática, consideramos a temperatura do laboratório em 20°C. Segundo a Figura 8, para se pipetar uma alíquota da solução com argila em uma fração de 5cm da proveta, devemos esperar por 04h e para pipetar uma alíquota em 10cm, esperar por 08h.
Figura 8. Tabela Lei de Stokes para pipetagem de amostra. Fonte: Aula Prática 3.
3.9 Agitação da amostra com silte e argila
O conteúdo da lavagem que passou pela peneira de 53mm deve ser alocado em uma proveta com 1000mL de solução (água + solo). Com o auxílio de um agitador manual, agitar verticalmente o conteúdo da proveta durante 01min (aproximadamente 40 agitações), de forma a homogeneizar o meio. Após isso, conforme visto na Leide Stokes, aguardar a decantação por 04h para realizar a primeira pipetagem da alíquota.
Figura 9. Agitação manual em proveta. Fonte: Aula Prática 3.
3.10 Pipetagem da argila
Com uma pipeta de 10mL, pipetar em 5cm de profundidade da proveta, coletando uma fração de 10mL da solução de argila e água, visto que o silte está presente em profundidades maiores. Após a pipetagem, despejar o conteúdo coletado em um béquer para posterior secagem.
Figura 10. Pipetagem de fração na solução argila. Fonte: Aula Prática 3.
3.11 Determinação do fator de umidade da amostra
Para determinar o fator de umidade da amostra, deve-se pesar uma fração da amostra de TFSA para se obter a massa úmida (Mu), visto que, como a amostra foi seca ao ar livre, ainda possui uma pequena porcentagem de umidade e que deve ser retirada. Após a pesagem da Mu, deve-se secar a amostra em estufa a 104,9°C por 24h e, com isso, se obtém a massa seca (Ms). O fator de umidade (f), no exemplo da aula prática, é definido por: 
3.12 Cálculos
Após a coleta das amostras separadas de areia e argila, ambas foram secas em estufa a 104,9°C por 24h e posteriormente pesadas em balança de precisão. Realizar os cálculos para se obter os teores de areia, argila e silte presentes na amostra. O teor de silte, neste exemplo, é determinado por diferença entre os teores mensurados de areia e argila.
3.12.1 Teor de areia
3.12.2 Teor de argila
3.12.3 Teor de silte
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
4.1 Teor de areia
	Para a determinação do teor de areia presente na amostra foi utilizada a fórmula descrita nos cálculos para essa determinação, tendo o resultado em g/kg:
Esse resultado pode ser interpretado como um alto teor de areia na constituição do solo, representando 86,5% de areia na amostra, denotando um solo de textura arenosa. 
Observa-se que os solos com textura arenosa apresentaram maiores deficiências de fósforo e matéria orgânica. Isto ocorre, porque estes solos apresentam altos teores de areia em sua composição, o que os tornam altamente permeáveis, com baixa capacidade de retenção de água, baixos teores de matéria orgânica e adsorção de íons. Diante disso, é necessário administrar o uso e manejo adequado desses solos, e sempre que possível investir em alternativas de matéria orgânica do solo e práticas conservacionistas, torná-los menos suscetíveis à erosão e aumentar sua capacidade de produção agrícola. (BRADY; WEIL, 2013).
4.2 Teor de argila
	Para a determinação do teor de argila presente na amostra foi utilizada a fórmula descrita nos cálculos para essa determinação. Vale ressaltar que, para a realização desse cálculo, é necessário mensurar a massa do branco, pois é utilizada uma solução dispersante compostas por sais, e estes possuem massas que devem ser subtraídas para manter a precisão da análise. Além disso, deve-se referenciar o volume coletado na pipetagem para realizar este cálculo.
	Esse resultado pode ser interpretado como 6% de argila presente na amostra do solo, sendo considerado um solo pobre em argila, ou seja, poucos microporos e baixa retenção de água e nutrientes (BRADY; WEIL, 2013).
4.3 Teor de silte
Para o exemplo da aula prática realizada, a determinação do teor de silte vem como a diferença do teor de areia e argila em relação ao total, que é denotado como 1000g, ou seja, 1kg.
Os resultados obtidos, assim como a argila, são baixos em relação a fração de areia do solo, o que resulta em elevados teores de areia (86,5%) e baixos teores de argila (6%) e silte (7,5%).
5 CONCLUSÃO
Com os resultados obtidos dos cálculos realizados para todas as frações de solo, conclui-se que o solo coletado é considerado de textura arenosa, em suma, um solo com consistência granulosa, alta porosidade e permeabilidade, baixa umidade, pobre em nutrientes, baixo teor de matéria orgânica, pH ácido e muito suscetível a erosão (CENTENO et al., 2017).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRADY, N.C.; WEIL, R.R. Elementos da natureza e propriedades dos solos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 790p.
CASANELAS, J. P.; REGUERIN, M. L. LABURU, C. R. de. Edafologia para la agricultura y el médio ambiente. 2 ed. Madrid: Mundi-Prensa, 1999. 849p.
CENTENO, L. N.; GUEVARA, M. D. F.; CECCONELLO, S. T.; SOUSA, R. O. D.; TIMM, L.C. Textura do solo: conceitos e aplicações em solos arenosos. Revista Brasileira de Engenharia e Sustentabilidade, v. 4, n. 1, 2017.
CORÁ, J. E.; FERNANDES, C.; BERALDO, J. M. G.; MARCELO, A. V.  Adição de areia para dispersão de solos na análise granulométrica. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 2009.
CORREIA, J.R.; REATTO, A. & SPERA, S.T. Solos e suas relações com o uso e manejo. In: SOUSA, D.M.G. & LOBATO, E. Cerrado: correção do solo e adubação. 2.ed. Brasília, Embrapa Informação Tecnológica, 2004.
DONAGEMMA, G. K.; VIANA, J. H. M.; VAZ, C.; FONTANA, A. Quantificação de argila e silte em solos de textura leve por diferentes métodos de análise granulométrica. In: Embrapa Solos-Artigo em anais de congresso (ALICE). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 35., 2015, Natal. O solo e suas múltiplas funções: anais. Natal: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2015.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise do solo. 2. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro, 1997. 212p.
HE, Y.; HOU, L.; WANG, H.; HU, K.; MCCONKEY, B.  A modelling approach to evaluate the long-term effect of soil texture on spring wheat productivity under a rain-fed condition. Scientific reports, v. 4, 2014.
LIMA, R. M. F.; LUZ, J. A. M. Análise Granulométrica por Técnicas que se Baseiam na Sedimentação Gravitacional. Parte I: Lei de Stokes. Revista Escola de Minas. v. 54, n. 2, 2001.
OLIVEIRA, L.B.; RIBEIRO, M.R.; JACOMINE, P.K.T.; RODRIGUES, J.J.V. & MARQUES, F.A. Funções de pedotransferência para predição da umidade retida a potenciais específicos em solos do Estado de Pernambuco. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 2002.
SILVA, A.P.; TORMENA, C.A.; FIDALSKY, J. & IMHOFF, S. Funções de pedotransferência para as curvas de retenção de água e de resistência do solo à penetração. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 2008.

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