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Semiologia Sistema Tegumentar

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Semiologia Sistema Tegumentar
Introdução:
Epiderme;
Derme; 
Hipoderme (não considerada mais);
A pele é um órgão que está em perfeita harmonia com a saúde do paciente.
Sendo constituída por três camadas: 
Exame Físico :
Coloração 
 Continuidade ou integridade 
Umidade 
Textura 
Espessura 
Temperatura 
Elasticidade e mobilidade 
Turgor 
Sensibilidade 
Lesões elementares.
É necessário um ambiente correto para que haja a avalição correta.
é necessário observar o padrão da lesão como: Temperatura, iluminação e a
distância do observador. 
O exame de pele deve ser realizada em ambiente iluminado de preferência
com a luz natural, ou a luz fluorescente (as luzes amarela podem alterar a
coloração). É necessário evitar locais que possam alterar a temperatura
corpórea do paciente.
• As condições básicas para o exame da pele são: iluminação adequada,
desnudamento das partes a serem examinadas, conhecimento prévio dos
procedimentos semiotécnicos. 
• Devem ser investigados os seguintes elementos: 
Coloração:
N a identificação do paciente é necessário que se faça o registro da
coloração de sua pele. 
Nos indivíduos de cor branca e nos pardos-claros: coloração levemente
rosada, que é o aspecto normal em condições de higidez. Este róseo-claro
ocorre em virtude da circulação do sangue pela rede capilar cutânea e pode
sofrer variações fisiológicas, aumentando ou diminuindo de intensidade,
quando há exposição ao frio, ao sol ou após emoções. Situações
patológicas, como o colapso periférico, também alteram a coloração da
pele; nesta condição, ela perde seu aspecto róseo. 
Principais Alteração da cor: 
• As principais alterações da coloração da pele são: palidez, vermelhidão ou
eritrose, cianose, icterícia, albinismo, bronzeamento, dermatografismo e
fenômeno de Raynaud. 
• Palidez: desaparecimento da cor rósea da pele (vasoconstrição
generalizada por estímulos neurogênicos ou hormonais, anemias).
• Vermelhidão ou eritrose: exagero da coloração rósea da pele (pacientes
febris, exposição solar, estados policitêmicos e afecções que comprometem
a pele). 
• Cianose: cor azulada da pele (hemoglobulina reduzida, diminuição da
tensão de oxigênio no ar inspirado, hipoventilação pulmonar, curtocircuito
venoarterial).
• Fenômeno de Raynaud alteração cutânea que depende das pequenas
artérias e arteríolas das extremidades e que resulta em modificações da
coloração. 
- Inicialmente: palidez; cianótica, e o episódio costuma culminar com
vermelhidão da área.
• Icterícia: coloração amarelada da pele (uso de certas drogas que
impregnam a pele – quinacrina, uso excessivos de alimentos ricos em
caroteno, hepatite infecciosa, lesões obstrutivas das vias biliares
extrahepáticas e algumas doenças que acompanham a hemólise).
• Dermatografia: urticária factísia
Letícia Mantovani 
Principais Alteração na pele:
• Albinismo: coloração brancoleitosa da pele. 
- falta congênita de melanina. 
• Bronzeamento da pele: bronzeamento químico artificial;
Distingue-se dois tipo de palidez: 
* Generalizada: observada em toda a pele, revelando diminuição das
hemácias circulantes nas microcirculações cutânea e subcutânea. Pode
decorrer de dois mecanismos: 
• Vasoconstrição generalizada em consequência de estímulos
neurogênicos ou hormonais 
• Redução real das hemácias − hemoglobina − que é, em última
instância, a responsável pela coloração rosada da pele. 
Ocorre nas anemias, as quais abordaremos mais adiante 
* Localizada ou segmentar: constatada em áreas restritas dos
segmentos corporais, sendo a isquemia a causa principal. Assim, a
obstrução de uma artéria femoral manifesta-se por palidez do membro
inferior respectivo, notável quando comparado um lado com o outro.
Aliás, essa recomendação de se compararem regiões homólogas para
reconhecer diferenças segmentares de coloração
Continuidade e Integridade:
•Perda de continuidade ou integridade da pele ocorre na erosão ou
exulceração, ulceração, fissura ou rágade.
Umidade
•Inicia-se pela inspeção, mas o método adequado é a palpação, por meio das
polpas digitais e da palma da mão. 
• Pela sensação tátil, pode-se avaliar a umidade da pele com razoável
precisão. 
 Observa-se uma das seguintes possibilidades: 
• Umidade normal: certo grau de umidade percebido ao se examinarem
indivíduos hígidos 
• Pele seca: ao tato, é observada em pessoas idosas, em algumas
dermatopatias crônicas (esclerodermia, ictiose), no mixedema, na
avitaminose A, na intoxicação pela atropina, na insuficiência renal crônica e
na desidratação 
• Umidade aumentada ou pele sudorenta: observada em alguns indivíduos
normais ou pode estar associada a febre, ansiedade, hipertireoidismo e
neoplasias malignas. Em mulheres na menopausa, a umidade excessiva da
pele (sudorese) está relacionada às ondas de calor.
Textura:
•A textura da pele é avaliada deslizando-se as polpas digitais sobre a
superfície cutânea: 
•Textura normal: desperta uma sensação própria que a prática vai
proporcionando, e é encontrada em condições normais •
 Pele lisa ou fina: observada nas pessoas idosas, em indivíduos com
hipertireoidismo e em áreas recentemente edemaciadas 
• Pele áspera: indivíduos expostos às intempéries e que trabalham em
atividades rudes, tais como lavradores, pescadores, garis e foguistas, e em
algumas afecções como mixedema e dermatopatias crônicas 
• Pele enrugada: percebida nas pessoas idosas, após emagrecimento rápido,
ou quando se elimina o edema.
Espessura: 
•Faz-se o pinçamento de uma dobra cutânea, usando o polegar e o indicador,
pinçam-se apenas a epiderme e a derme. 
• Essa manobra deve ser realizada em várias e diferentes regiões, tais como
antebraço, tórax e abdome. Por meio dela, pode-se observar: 
• normal: observada em indivíduos hígidos; seu reconhecimento depende de
aprendizado prático 
• atrófica: tem alguma translucidez que possibilita a visualização da rede
venosa superficial. Observada em pessoas idosas, nos prematuros e em
algumas dermatoses 
• hipertrófica ou espessa: indivíduos que trabalham expostos ao sol. A
esclerodermia tem no espessamento do tegumento cutâneo uma de suas
características clínicas mais fáceis de se observar.
Temperatura: 
•Temperatura corporal X temperatura da pele: 
• Para avaliação da temperatura da pele, usa-se a palpação com a face
dorsal das mãos ou dos dedos, comparando-se com o lado homólogo de cada
segmento examinado. 
• A temperatura da pele varia entre amplos limites
Significado semiológico:
•diferenças de temperatura em regiões homólogas diferem, pois
discrepâncias de até 2°C podem ser detectadas pela palpação e indicam
transtornos da irrigação sanguínea (a área isquêmica é mais fria). 
 Podem ser relatadas: 
• Temperatura normal 
• Temperatura aumentada 
•Temperatura diminuída. 
• O aumento da temperatura da pele pode ser universal ou generalizado,
trata-se da exteriorização cutânea do aumento da temperatura corporal
(febre). 
• O aumento da temperatura em áreas restritas ou em segmentos corporais
está relacionado com processos inflamatórios.
Letícia Mantovani 
Elasticidade e Mobilidade:
•Essas duas características devem ser analisadas e interpretadas
simultaneamente. 
• Elasticidade é a propriedade de o tegumento cutâneo se estender quando
tracionado; 
• Mobilidade refere-se à sua capacidade de se movimentar sobre os planos
profundos subjacentes. 
• Para avaliar a elasticidade, pinça-se a prega cutânea com o polegar e o
indicador, fazendo em seguida certa tração, ao fim da qual se solta a pele. •
Para a pesquisa da mobilidade, emprega-se a seguinte manobra: pousa-se
firmemente a palma da mão sobre a superfície que se quer examinar e
movimenta-se a mão para todos os lados, fazendo-a deslizar sobre as
estruturas subjacentes (ossos, articulações, tendões, glândula mamária
etc.)
• Elasticidade normal: indivíduos hígidos 
• Aumento da elasticidade ou pele hiperelástica: características
semelhantes às da borracha. Ao se efetuar uma leve tração, a pele se
distende duas a três vezes mais que a pele normal. 
O exemplo mais demonstrativo é a síndrome de Ehlers-Danlos, na qual
ocorreum distúrbio do tecido elástico cutâneo.
• Diminuição da elasticidade ou hipoelasticidade: reconhecida pelo fato de a
pele, ao ser tracionada, voltar vagarosamente à posição primitiva, ou seja, a
prega cutânea, feita para executar a manobra, vai-se desfazendo
lentamente, enquanto nas pessoas com elasticidade normal a prega se
desfaz prontamente. 
- Observada nas pessoas idosas, nos pacientes desnutridos, no abdome das
multíparas e, principalmente, na desidratação.
Turgor:
•Avalia-se o turgor, pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele
que abranja o tecido subcutâneo. 
• O turgor diferencia-se em: 
• Normal: o examinador tem a sensação de pele suculenta em que, ao ser
solta, a prega se desfaz rapidamente. Indica conteúdo normal de água, ou
seja, a pele está hidratada 
• Diminuído: sensação de pele murcha e observação de lento desfazimento
de prega. Turgor diminuído indica desidratação.
Sensibilidade
•Sensibilidade dolorosa: perda da sensibilidade dolorosa é chamada
hipoalgesia ou analgesia. aumento da sensibilidade dolorosa denomina-se
hiperestesia. 
• Hiperestesia: é a sensação que aos toques mais leves e suaves despertam
nítida dor. Tal fenômeno aparece no abdome agudo, na síndrome isquêmica
das extremidades inferiores, em neuropatias periféricas.
• Hipoalgesia ou analgesia: pode ser percebida pelo paciente que nota
ausência de dor ao contato com algo aquecido ou ao se ferir.
- Utiliza-se objeto ponte agudo como: agulha de insulina estéril;
- Semiologicamente, é pesquisada tocando-se a pele com a ponta de uma
agulha. Exemplo importante é a perda da sensibilidade dolorosa na
hanseníase.
Sensibilidade tátil: tem como receptores os corpúsculos de Meissner, os de
Merkel e as terminações nervosas dos folículos pilosos. Para pesquisá-la,
fricciona-se levemente o local com uma mecha de algodão. Anestesia ou
hipoestesia refere-se a perda ou diminuição da sensibilidade tátil.
Sensibilidade térmica Receptores específicos: bulbos terminais de Krause,
temperaturas frias Corpúsculos de Ruffini, temperatura quentes.
Letícia Mantovani 
Lesões Elementares:
Alterações de cor. 
Elevações edematosas. 
Formações sólidas. 
Coleções líquidas.
 Alterações da espessura. 
 Perda e reparações teciduais
•Modificações do tegumento cutâneo causadas por processos inflamatórios,
degenerativos, circulatórios, neoplásicos, transtornos do metabolismo ou
por defeito de formação. 
• Para a avaliação de lesões elementares, empregam-se a inspeção e a
palpação. O uso de uma lupa para ampliar a superfície da pele e das lesões.
Classificação é feita de acordo com:
Mancha ou Mácula = Alteração de cor
PIGMENTARES: 
•A mancha ou mácula corresponde à área circunscrita de coloração
diferente da pele normal, no mesmo plano do tegumento e sem alterações na
superfície. 
A verdade é que o correto reconhecimento de uma mácula não se faz apenas
pela inspeção; é por meio da palpação – deslizando-se as polpas digitais dos
dedos indicador, médio e anular sobre a área alterada e suas adjacências –
que melhor se pode verificar qualquer elevação da pele e eventuais
alterações da superfície 
Dividem-se em: pigmentares, vasculares, hemorrágicas e depósito de
pigmentos orgânicos e exógenos;
Decorrem de alterações do pigmento melânico. Subdividem-se em três tipos:
Hipocrômicas e/ou acrômicas: resultam da diminuição e/ou ausência de
melanina. Exemplos: vitiligo, pitiríase alba, hanseníase; algumas vezes são
congênitas, como no nevo acrômico e no albinismo .
VASCULARES:
- Hipercrômicas: dependem do aumento de pigmento melânico. Exemplos:
pelagra, melasma ou cloasma, manchas hipercrômicas dos processos de
cicatrização, manchas hipercrômicas da estase venosa crônica dos membros
inferiores, nevos pigmentados, melanose senil.
Decorrem de distúrbios da microcirculação da pele. São diferenciadas das
manchas hemorrágicas por desaparecerem após digitopressão: compressão
da região com a polpa digital; vitropressão, puntipressão.
As manchas vasculares subdividem-se em: telangiectasias e manchas
eritematosas ou hiperêmicas.
MANCHAS ERITEMATOSAS- HIPERÊMICA
• Decorre de vasodilatação, tem cor rósea ou tom vermelho-vivo e
desaparece à digitopressão ou à vitropressão. • É uma das lesões
elementares mais encontradas na prática médica
• Podem ser simples, ou seja, sem outra alteração da pele ou, ao contrário,
ocorrer juntamente com outras lesões: pápula, vesícula, bolha. Costumam
ter variados tamanhos; ora são esparsas, ora confluentes, ou seja, fundem-
se por estarem muito próximas umas das outras. 
• Surgem nas doenças exantemáticas (sarampo, varicela, rubéola), na
escarlatina, na sífilis, na doença reumática, nas septicemias, nas alergias
cutâneas e em muitas outras afecções.
 Petéquias: quando puntiformes ) e com até 1 cm de diâmetro 
 Víbices: quando formam uma linha. Esse termo também é empregado
para lesão atrófica linear 
 Equimoses: quando são em placas, maiores que 1 cm de diâmetro.
HEMORRÁGICA:
• Chamadas “sufusões hemorrágicas”, não desaparecem pela compressão,
diferentemente dos eritemas. • Não desaparecem por se tratar de sangue
extravasado. De acordo com a forma e o tamanho, subdividem-se em três
tipos:
FORMAÇÃO SÓLIDAS:
• Abrangem pápulas, tubérculos, nódulos, nodosidades e gomas e
vegetações. 
a) Pápula: lesão sólida e circunscrita, menor que 1cm de diâmetro, elevada
(que faz relevo em relação aos planos circunjacentes), com superfície plana
ou encurvada. 
• Pode ser epidérmica, dérmica ou mista. Exemplos leishmaniose,
blastomicose, verruga, erupções medicamentosas, acne, hanseníase, sífilis
secundária tardia.
b) Placa: lesão elevada, maior que 1cm, geralmente de superfície plana.
Obs: A superfície da placa pode ser descamativa, crostosa, queratinizada ou
macerada.
c) Nódulos: Infiltrado sólido circunscrito, geralmente bem delimitado,
persistente, de localização dérmica ou hipodérmica, podendo ser elevado ou
situado profundamente na derme, medindo 1 a 3 cm de diâmetro. Costuma
ser mais palpável que visível. Exemplos: furúnculo, eritema nodoso,
hanseníase, cistos, neoplasias, sífilis, bouba, cisticercose.Letícia Mantovani 
COLEÇÕES LÍQUIDAS:
• d) Goma: nódulo ou tumor que se liquefaz no centro, drenando, por
ulceração ou fistulização, substância que varia conforme o processo básico.
Exemplo:sífilis,tuberculose,micoses.
e) Urtica: Lesão com relevo, consistente, edematosa, circunscrita, de cor
vermelho-róseo ou branco-porcelana, efêmera, circundada por halo
eritematoso ou anêmica. A urtica é lesão decorrente de edema dérmico, ao
invés de infiltração celular.
A urtica é lesão decorrente de edema dérmico, ao invés de infiltração
celular.
f) Vegetação: Pápula elevada, pediculada ou não, de superfície irregular,
ocasionalmente sangrante. Pode ser recoberta por superfície queratósica
dura, inelástica e amarelada, recebendo o nome de verrucosidade ou lesão
verrucosa.
• Observa-se nas verrugas, bouba, leishmaniose, sífilis, blastomicose,
esporotricose, condilomas acuminados, tuberculose, granuloma venéreo,
HPV , epitelioma, dermatites medicamentosas
a)Vesícula: pequena cavidade de localização geralmente intraepidérmica
(podendo ser subcórnea, intraepitelial ou subepidérmica), de conteúdo
claro, medindo menos de 1cm de diâmetro. A lesão é elevada e circunscrita.
EXEMPLO na herpes simples e zoster, varicela, queimaduras e nos eczemas.
b) Bolhas: elevação circunscrita da pele, maior que 1cm. Situa-se na
epiderme ou entre a epiderme e a derme. Seu conteúdo é inicialmente seroso
e claro - pode depois ser purulento ou hemorrágico Quando a bolha é
provocada por queimadura, denomina-se flictena. (encontradas nas
queimaduras, em algumas piodermites e alergias medicamentosas).
c) Pústula: elevação circunscrita da epiderme, pequena cavidade similar à
vesícula, de conteúdo purulento (vesícula ou bolha). A pústula pode ser
séptica, como no impetigo ou na acne juvenil, ou asséptica, como na
psoríase pustulosa. Surge na varicela, herpes zoster, queimaduras,
piodermites, acne
d)Abscesso: é uma coleção de pús localizada e profunda, situada na dermeou tecido subcutâneo, geralmente acompanhada de sinais inflamatórios
(edema, rubor, calor e dor) causada por infecção, inflamação ou
degeneração tumoral. Pode situar-se em qualquer órgão. Na pele, pode
desenvolver-se a partir de foliculite profunda, traumatismos ao redor de
corpo estranho ou outras infecções mais profundas. Pode drenar na pele
como coleção purulenta, mas geralmente apresenta-se como nódulo
eritematoso.
Lesões elementares secundárias:
•1.Alterações na consistência e espessura: 
a) Queratose: espessamento da camada córnea, de consistência endurecida
e coloração esbranquiçada, amarelada ou pardacenta. Exemplo: Queratose
seborréica da pele do idoso, queratose plantar, queratose difusa (ictiose)
• b) Liquenificação: Espessamento da pele com acentuação dos sulcos ou do
quadriculado normal da pele, em decorrência do ato de coçar
persistentemente. A liquenificação pode apresentar alterações da cor da
pele. Liquenificação na dermatite atópica.
c)Edema: extravasamento de líquido na derme ou hipoderme, assumindo a
coloração da pele ou apresentando eritema na superfície da lesão. Pápula
edematosa, produzida por picada de inseto.
Mucosas:
•Examináveis a olho nu e sem auxílio de qualquer aparelho são: 
 Conjuntivas oculares 
Mucosas labiobucal, lingual e gengival. 
• O método de exame é a inspeção, coadjuvado por manobras singelas que
exponham as mucosas à visão do examinador. Assim, no caso das mucosas
bucais, solicita-se ao paciente que abra a boca e ponha a língua para fora. É
indispensável uma boa iluminação, de preferência com luz natural
complementada por uma pequena lanterna. • Os seguintes elementos devem
ser analisados: 
Coloração 
Umidade.
COLORAÇÃO DA MUCOSA:
• Normal é róseo-avermelhada, decorrente da rica rede vascular das
mucosas (normocoradas). As alterações: descoramento das mucosas,
mucosas hipercoradas, cianose, icterícia e leucoplasia. 
• Descoramento das mucosas: diminuição ou perda da cor
róseoavermelhada. Procura-se fazer também uma avaliação quantitativa,
usando-se a escala de 1 a 4 cruzes (+, + +, + + + e + + + +).
• Mucosas descoradas (+) significam uma leve diminuição da cor normal,
enquanto mucosas descoradas (+ + + +) indicam o desaparecimento da
coloração rósea. As mucosas tornam-se, então, brancas como uma folha de
papel. As situações intermediárias (+ + e + + +). • As mucosas descoradas
são um achado semiológico de grande valor prático, pois indicam anemia.
Letícia Mantovani 
MUCOSAS HIPERCORADAS:
• Acentuação da coloração normal, podendo haver inclusive mudança de
tonalidade para vermelho-arroxeada. Indicam aumento das hemácias
naquela área, como ocorre nas inflamações (conjuntivites, glossites,
gengivites) e nas poliglobulias. • Poliglobulia pode ser observada em
diversas condições: poliglobulia secundária a algumas doenças respiratórias,
poliglobulia compensadora das grandes altitudes, policitemia vera de causa
desconhecida, considerada o processo neoplásico da série eritrocitária.
• Cianose Coloração azulada das mucosas cujo significado é o mesmo da
cianose cutânea analisada anteriormente.
• Icterícia 
• As mucosas amarelas ou amarelo-esverdeadas; da mesma maneira que na
pele, resulta de impregnação pelo pigmento bilirrubínico aumentado no
sangue. 
• As regiões mais facilmente identificáveis são a mucosa conjuntival e o
freio da língua. As icterícias mais leves só são perceptíveis nesses locais.
Leucoplasia 
• Áreas esbranquiçadas, às vezes salientes, nas mucosas, por espessamento
do epitélio (queratose, paraqueratose, hiperplasia, neoplasia), diminuição
da vascularização e/ou fibroesclerose da lâmina própria.
UMIDADE DA MUCOSA:
Condições normais são úmidas, especialmente as mucosas lingual e a bucal,
traduzindo bom estado de hidratação. 
Umidade normal: as mucosas apresentam discreto brilho indicativo de
tecidos hidratados 
Mucosas secas: as mucosas perdem o brilho, os lábios e a língua ficam
pardacentos, adquirindo aspecto ressequido. Na maioria das vezes, indicam
desidratação.
Fâneros: Cabelo, pelos e unhas:
• Cabelo deve ser analisado quanto às seguintes características:
 Tipo de implantação 
Distribuição
Quantidade 
Coloração
Brilho, espessura, consistência.
• Tipo de implantação Varia de acordo com o sexo. - mulher, implantação
mais baixa e formam uma linha de implantação característica - homens é
mais alta e existem as “entradas” laterais. Diversos transtornos endócrinos
concomitantes ao hipogonadismo no homem determinam implantação
feminoide dos cabelos. Na mulher com hiperprodução de substâncias
androgênicas invertem o tipo de implantação dos cabelos.
• Distribuição 
A distribuição é uniforme e, quando há áreas sem pelos, são denominadas
alopecia, cujas causas são múltiplas. Uma alteração comum é a calvície, que
pode ser parcial ou total; as calvícies parciais assumem diferentes formas e
podem ser de vários
• Quantidade •
 Varia de um indivíduo para outro, e, com o avançar da idade, os cabelos
tornam-se mais escassos. • Coloração Varia com a etnia e em função de
características geneticamente transmitidas. As cores básicas são: cabelos
pretos, castanhos, louros e ruivos. As modificações da coloração podem ser
artificiais ou consequentes a enfermidades. Uma alteração interessante é a
que se observa nos meninos com desnutrição proteica grave, cujos cabelos
se tornam ruivos.
• Coloração 
Varia com a etnia e em função de características geneticamente
transmitidas. As cores básicas são: cabelos pretos, castanhos, louros e
ruivos. As modificações da coloração podem ser artificiais ou consequentes
a enfermidades. Uma alteração interessante é a que se observa nos meninos
com desnutrição proteica grave, cujos cabelos se tornam ruivos.
• Brilho, espessura, consistência - perdem o brilho e tornar-se quebradiços
e secos.
Pelos 
Localizam-se nos folículos pilossebáceos, que, por sua vez, resultam de
invaginação da epiderme. Até a puberdade os pelos são finos, escassos e de
cor castanho-clara ou mesmo amarelados. Com a puberdade, por ação dos
hormônios sexuais, os pelos adquirem as características e a distribuição do
adulto, próprias de cada sexo, havendo grandes variações raciais e
individuais
No homem aparecem barba, pelos nos troncos, e os pelos pubianos formam
um losango. Na mulher não aparecem barba, nem pelos no tronco; os pelos
pubianos têm forma de triângulo de vértice voltado para baixo.
Unhas 
• Formadas de células queratinizadas que se originam na matriz, são
constituídas de epiderme com as suas diversas camadas, exceto a granular.
• As seguintes características devem ser analisadas: Forma ou
configuração, Tipo de implantação, Espessura, Superfície, Consistência ,
Brilho e Coloração.
• As unhas dos pés têm configuração variada. 
• Quanto à coloração, podem ser pálidas (anêmicas), ou adquirir uma
tonalidade azulada, ou seja, cianótica. 
• A superfície pode tornar-se irregular, a espessura aumentar ou diminuir, o
brilho pode desaparecer, e a consistência estar diminuída. 
• A ocorrência de manchas brancas é comum em pessoas sadias e são
chamadas leuconíquias.
• A ocorrência de manchas brancas é comum em pessoas sadias e são
chamadas leuconíquias.
• Coiloníquia ou unha em colher é um estado distrófico no qual a placa
ungueal torna-se fina e desenvolve-se uma depressão. Tais alterações
ocorrem na anemia ferropriva grave e são provocadas por irritantes locais.
• Observar também as regiões que rodeiam as unhas, pois processos
inflamatórios de origem micótica ocorrem com frequência. São as
paroníquias, muito comuns nas pessoas que têm as mãos em constante
contato com água (lavadeiras, cozinheiras). • Por fim, deve-se observar se
há sinais indicativos do hábito de roer unhas (onicofagia), que é indicativo
de ansiedade.Letícia Mantovani

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