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DIALUX EVO - BÁSICO DIALUX EVO BÁSICO Dialux Evo é a ferramenta ideal para um planejamento simples, mas também complexo, sendo um dos softwares mais utilizados por lighting Designers em todo o planeta! Apostila com conceitos básicos de luminotécnica e simulação computacional de projeto de iluminação no software alemão Dialux Evo LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO Sumário Quem sou eu?............ Introdução………………… 1. Luz, arquitetura e eficiência energética …………………………….. 2. Conceitos Luminotécnicos- Grandezas luminotécnicas …… 3. Tipo de Luminária e lâmpadas e suas características… 4. Planeamento Simples de interiores no Dialux Evo……. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO Quem sou eu? Meu nome é Larissa Martins, tenho 21 anos, sou competidora mundial da olimpíada do conhecimento na modalidade de Tecnologia Optoeletrônica 2022 que será sediada em Shanghai. Comecei minha carreira acadêmica cedo, digo que competição para mim é mais que uma profissão, é uma paixão. No Ensino Médio fui finalista no terceiro nível da olimpíada de matemática do Estado de São Paulo e treinanda do coral da EMESP através do projeto GURI, condecorada três anos seguidos como a melhor representante de ensino médio da escola Estadual Doutor Mário Toledo de Moraes. Meu divisor de águas foi conhecer a escola SENAI, escola que para mim não constrói somente profissionais, mas muda futuros, no qual hoje eu faço parte, sou técnica de Energias Renováveis formada, além de eletricista de manutenção, possuo treinamento de olimpíada de 8700 horas em tecnologia optoeletrônica. Na escola SENAI sou aluna condecorada com Roberto Mange 2017, Melhor aluna da turma formanda 2017 e medalhista nacional da olimpíada de conhecimento na ocupação Tecnologia Optoeletrônica,hoje me dedico à graduação de Engenharia Elétrica. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO Introdução O Lighting Designer é o profissional responsável pela utilização da melhor forma possível de iluminação para um ambiente, seja ele artificial ou natural. Este ofício ainda não é reconhecido, podendo originar-se de profissionais como engenheiros e arquitetos. Há diversos nomes de Lighting Designers reconhecidos mundialmente pela sua expertise e talentos inigualáveis usando da técnica da luz, e do design para iluminar e inovar. Este material tem o intuito de dar ênfase ao técnico já que é o aprimoramento de mais de 8900 horas em luminotécnica aplicada a olimpíada do conhecimento, reconhecida mundialmente como Worldskills Competition. São muitas as vertentes em que este profissional pode destacar-se, destes gostaria de escrever: Vertentes: Iluminação natural; Iluminação artificial em interiores iluminação cênicas; Iluminação de museus; Iluminação de gravações; Iluminação Residencial; Iluminação Comercial; Iluminação Exterior; Iluminação de monumentos; Iluminação de paisagismos; Iluminação subaquática. Para Inspirar os apaixonados pelo estudo: Mais que empenho e esforço, aprender é entregar o âmago, a paixão, a si mesmo como instrumento principal em prol de tornar real o sonho de ser um vencedor, sucesso para mim é caminhar em um propósito, sem temer as pedras e obstáculos, sem olhar para os que vêm e vão, sem perder o foco! Bons Estudos Autora LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 1. Luz, arquitetura e eficiência energética 1.1 Luz Luz é a energia que se propaga através de ondas eletromagnéticas capazes de sensibilizar nossos olhos, em outras palavras, luz é a faixa de onda eletromagnética que conseguimos enxergar situada na faixa de 380 nm a 760 nm, este comprimento de onda é denominado de espectro de luz visível Fonte: Brasil escola - 2018 Autor: Joab Silas Vale ressaltar que a cor branca é a combinação de todas as demais cores, ou seja branco não é uma cor e sim o resultado da absorção das demais cores por um objeto. E o preto consequentemente é a ausência das cores, ou a ausência de luz. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 1.1.2. Cor e os olhos Na dinâmica a seguir podemos entender o funcionamento de uma forma básica de como funciona a absorção das cores. Temos como exemplo uma parede ladrilhada com tijolos coloridos. Digamos que esta parede esteja no interior de uma sala de estar iluminada por lâmpadas da cor branca, ou seja, resultado de todas as outras cores. Analisaremos os tijolos de cores azuis, isso significa que naquele objeto a cor azul transmitida pela lâmpada foi refletida do tijolo para os nossos olhos e as demais cores, foram absorvidas pelo objeto e assim por diante, nos tijolos vermelhos a cor refletida do branco foi a vermelha e as demais cores foram absorvidas pelo objeto, simples de compreender não é mesmo? Portanto, para que um objeto seja visto, deve se refletir alguma fonte primária que, por muitas situações, emite luz branca, como por exemplo, o sol. Este conceito foi descoberto pelo físico inglês Isaac Newton através do chamado Disco de Newton. Para isso, o físico criou um disco que podia ser girado em torno de seu eixo central por meio de uma manivela. Na superfície do disco ele pintou faixas com as cores do arco-íris. Quando o disco era girado em certa velocidade, as cores misturavam-se e ele aparentava ter uma cor próxima ao branco. Isso acontece porque o olho humano não corresponde rapidamente à modificação de cores, de modo que elas se combinam na retina, o que resulta na percepção da cor branca. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 1.1.3 Cores primárias A luz branca é composta de todas as cores, três delas são as cores primárias: o azul, vermelho e verde. Todas as outras cores podem ser originadas da combinação destas três cores, incluindo o branco. Alguns exemplos do resultado da sobreposição dessas cores primárias de luz são: verde + vermelho = amarelo verde + azul = ciano vermelho + azul = magenta Fonte: Toda Matéria - 2o17 Autor: Laura Aidar LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 1.1.4 Arquitetura - Glossário Antes de começarmos o aprofundamento no software dialux iremos dar uma introdução em conhecimentos arquitetônicos para estruturar um projeto. ● Pé direito livre: Distância do piso até o teto em uma construção acabada. ● Plano de uso: Superfície em que o cálculo será efetuado, levando em consideração a função a ser feita naquela mesa. ● Peitoril: Parte superior de uma peça onde as pessoas podem debruçar-se. Exemplo: Peitoril da janela. ● Planta baixa: Desenho de construção feito em corte horizontal. 1.1.5 Eficiência Energética 1.1.6. Conforto Visual Um projeto luminotécnico é a elaboração de uma análise de um determinado ambiente aliado a quantidade de luz necessária para cada espaço e o cálculo de nível de iluminação adequado para o conforto visual, técnica muito bem empregada nos ramos da eficiência energética e arquitetura. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO Uma iluminação não adequada para o ambiente pode causarprejuízos indiretos e diretos na vida cotidiana das pessoas, por exemplo, a produção de trabalho, execução e eficiência de alguns ofícios. A falta de iluminação ou o excesso dela, pode ser prejudicial à saúde , já que por exemplo, a exposição excessiva à luz pode causar irritação, estresse psicológico, ansiedade e desequilíbrio emocional. Por este motivo, cada vez mais as indústrias, comércios e residências tem se preocupado com a iluminação de seus espaços para a execução das tarefas. Para cada atividade executada teremos um nível lumínico correto para melhor aproveitamento do usuário, para isso é necessário consultar a norma ISO CIE 8995. Outro ponto interessante que pode ser observado sobre o conforto visual é o ofuscamento que é o resultado da luz indesejada no campo visual, geralmente resultado de uma fonte luminosa excessivamente brilhante, deve ser extremamente evitado em um bom projeto luminotécnico. E por fim, quando pensarmos em eficiência em sistemas de iluminação vamos pensar na rentabilidade do nosso sistema com baixo consumo energético sem tirar o conforto dos usuários da instalação. 2. Conceitos Luminotécnicos- Grandezas luminotécnicas A partir desses conhecimentos, irei introduzir as principais grandezas para a execução de um projeto luminotécnico. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 2.1 Fluxo Luminoso O fluxo luminoso é a luz total emitida em todas as direções por uma fonte luminosa. A unidade de medida de fluxo luminoso é o lúmen, palavra de origem do latim que significa fogo, representada pela letra F e pela abreviação lm. 2.1.2 Intensidade Luminosa É a quantidade de luz emitida por uma fonte em uma determinada direção, sua unidade é a candela, representada por cd, este nome se origina devido a o uso da vela de cera como padrão de comparação de fonte lumínica. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 2.1.3. Eficiência Luminosa A eficiência energética é o resultado da relação do fluxo luminoso da lâmpada pela potência consumida pela mesma. Dada pela forma: 𝜂 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐿𝑢𝑚𝑖𝑛𝑜𝑠𝑜 𝑃𝑜𝑡 ê 𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑙 â 𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 2.1.4. Curva de Distribuição da Luz Também chamado de curva fotométrica, de maneira didática e simples, observando uma lâmpada fluorescente tubular em uma luminária podemos observar que ao olhar ela de frente, teremos uma iluminação com um ângulo menos aberto acompanhando o comprimento da luminária, e se olharmos na perspectiva frontal dela, veremos um ângulo de iluminação mais aberto, do que sua espessura, tendo assim os dois cortes necessários para construir um plano fotométrico, chamado de longitudinal( comprimento da luminária tubular) e plano transversal ( espessura da luminária). LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 2.1.5. Luminância De maneira simples, pode ser compreendida com a claridade refletida pela superfície iluminada, superfície difusora (espalha, irradia), chamada também de superfície lambertiana. Sua unidade é cd/m 2 também conhecido por nit, palavra que vem do latim e significa claridade. 2.1.6. Iluminância Fluxo luminoso incidente em uma superfície em uma certa distância da fonte luminosa, ou seja, quantidade de luz em um certo ambiente. É a relação entre intensidade luminosa e o quadrado da distância (l/d 2), dado em lux, seu símbolo é a letra E. Esse valor pode ser verificado através da medição feita com um aparelho denominado luxímetro, o sensor do luxímetro detecta a intensidade da iluminação pelos lúmens que incidem em um metro quadrado. O valor medido deve estar conforme a atividade executada no ambiente escolhido, conforme norma ISO CIE 8995. 2.2. Características das lâmpadas 2.2.1.Índice de Reprodução de Cor 2.2.2. Temperatura de Cor 2.2.3. Eficiência Energética 2.2.4. Fator de Manutenção 2.3. Método de Lumens LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 3. Tipo de Luminária e lâmpadas e suas características 3.1. Tipos de Lâmpadas As principais tecnologias que rodeiam o mercado de lâmpadas no mundo hoje são: ● Lâmpadas incandescentes; ● Lâmpadas fluorescentes; ● Lâmpadas halógenas; ● Lâmpadas LEDs; ● Lâmpadas de descarga (HID); Como o principal intuito da tecnologia optoeletrônica é o estudo da tecnologia dos diodos emissores de luz, daremos enfoque nesta técnica. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 3.1.2. Lâmpada LED Fonte de luz que utiliza a tecnologia dos diodos emissores de luz, esses diodos são semicondutores geralmente de dopagem de silício e germânio, as características mais relevantes desta lâmpada nesta aplicação é sua alta eficiência energética, já que consome menos energia e possui vida maior, além disso não dispersa energia em forma de calor como as lâmpadas incandescentes, não emite raios ultravioletas e possui alta qualidade de iluminação. 3.1.3. Acessórios - Drivers para Lâmpada LED Essas lâmpadas possuem em seu interior um dispositivo capaz de converter a tensão alternada da rede em uma tensão contínua, a estes dispositivos, nós chamamos de drivers. Os drivers de lâmpadas LED, podem ser originalizados de circuitos eletrônicos simples, como circuitos passivos ou ativos, ou de circuitos que integralizam essas funções em pequenos CI 's. 3.1.4. Características de drivers para LED Todo driver deve conter especificações base, independente de sua construção, pois a utilização fora das especificações técnicas levam avaria e menor vida útil ao produto, são essas as especificações: ● A tensão de alimentação fornecida pela rede deve ser de alta qualidade para bom desempenho do driver. ● As características de saída dada em Tensão e corrente máxima deve ser compatível ao conjunto dos LEDS ou chip LED. ● A temperatura de operação não deve exceder o limite para garantir durabilidade e desempenho ao circuito. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 3.1.5. Modelo de corpo de Lâmpada Muitos são os tipos de lâmpadas que existem no mercado, como: tubulares, bulbos, refletores, postes, pétalas, milho, espiral, vela entre outras milhares de nomenclaturas em que são designadas. Mostraremos aqui a lista, são elas: Bulbo Refletores Poste Pétalas Milho Espiral Vela 3.2. Luminária Tem a função de distribuir a direção da luz emitida pela lâmpada, além de servir de suporte para a fixação da fonte de luz. As luminárias podem ser classificadas de acordo com a porcentagem de luz emitida para cima (iluminação indireta) ou para baixo (iluminação direta). Fonte: ITAIM ILUMINAÇÃO LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 3.2.1. Índice de proteção É o índice que indica o nível de proteção um equipamento com relação à penetração de água e poeira; IPXY X – indica o nível de proteção contra poeira; Y – indica o nível de proteção contra água. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 3.2.2. Tipos de Luminárias A seguir será exemplificado as mais usuais tipos de luminárias do mercado de iluminação e suas aplicações além de suas características únicas. 3.2.3. Luminárias embutidas Pode ser de montagemexposta no teto ou embutida, é usada para destacar um ponto específico de um cômodo ou chamar atenção de um objeto decorativo, preferencialmente usada pelos arquitetos em ambientes como banheiro, sala de estar e quartos. 3.2.4. Lustres Montados de maneira perpendicular ao chão, são peças de requinte e luxo, porém sua única desvantagem luminotécnica é sua baixa iluminação, devido ao seu formato, isso desfavorece a boa distribuição da fonte luminosa, por isso recomendável sempre o auxílio de uma outra fonte de luz preferencialmente usada pelos arquitetos em ambientes como sala de jantar acima da mesa e quartos. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 3.2.5. Luminárias pendentes Montadas sobre um fio pendurado no teto, possui características singulares quanto ao uso, normalmente são colocadas acima de pequenas mesas e outros objetos, tendo como principal intuito gerar um foco de luz, semelhante a luminária embutida, sua diferença está em emitir uma luz mais difusa comparada as luminárias embutida s preferencialmente usada pelos arquitetos em ambientes como sala de estar, em cima de vasos decorativos ou mesmo no quarto acima de criados mudos, por exemplo. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 3.2.6. Arandelas Montadas presas sobre à parede, elas emitem uma luz difusa e concentrada, perfeita para ambientes que costumam exigir menos iluminação e sensação de maior conforto preferencialmente usada pelos arquitetos em ambientes como quartos, salas de descanso, banheiros, varandas e corredores. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO 3.2.7. Spots Montados nas paredes ou nos tetos, não oferecem grande luminosidade, porém são grandes ferramentas para direcionamento de iluminação já que possuem grande foco e são extremamente direcionados, usados para iluminar quadros e objetos específicos da iluminação preferencialmente usada pelos arquitetos em ambientes como auxiliares ao sistema principal de iluminação de uma sala, de um quarto ou do exterior da casa LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER DIALUX EVO - BÁSICO Dialux Evo Dialux é um software de simulação computacional de iluminação totalmente gratuito, da empresa Alemã Dial, esse software permite que o usuário projete, calcule e visualize a iluminação tanto externa quanto interna, possui fácil navegação e compreensão. Neste material iremos exemplificar o uso deste software para planeamento de uma planta simples, desde o projeto arquitetônico até o projeto luminotécnico, contendo o retrofit de um escritório de arquitetura fictício denominado LYS. Este material com todos os pré requisitos arquitetônicos para o passo a passo devem ser respeitados e os requisitos para o retrofit de iluminação estão disponíveis no final desta apostila. LARISSA MARTINS - LIGHTING DESIGNER
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