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AS DIFERENTES ABORDAGENS EM PSICOLOGIA SOCIAL - SLIDE 4

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SDE 4022
A identidade na perspectiva sócio-histórica
8/9/22
Quem sou eu?: Um pequeno texto para reflexão (Roberto Freire)
Eu sempre soube o que realmente sou./Mas eu não posso ser o que realmente sou.
Eu não posso ser o que realmente sou porque eu não quero ser o que realmente sou.
Eu não quero ser o que realmente sou porque sendo o que realmente sou eu não realizaria o que eu mesmo esperava de mim./ Eu não realizaria o que eu mesmo esperava de mim porque eu queria ser o que os outros esperam de mim.
O que os outros esperam de mim não é realmente o que eu sou./ Por isso, embora sabendo o que realmente sou, preciso ser o que os outros esperam de mim
E aprendi um jeito de viver sendo o que eu realmente sou e, ao mesmo tempo, o que os outros querem que eu seja./ Sendo assim dividido, acabo não sabendo o que realmente sou entre as pessoas que posso aparentar ser.
Como prefiro ser o que os outros esperam de mim, o que sou menos é o que realmente sou.	
IDENTIDADE: Quem é você? Quem sou? 
Caracterização: Um processo contínuo de articulação entre o individual e o social. É metamorfose, um processo de constituição do eu que promove constantes mudanças pelas condições sociais e de vida que o indivíduo está inserido. 
A identidade sempre foi caracterizada dessa forma? 
Não. A importância conferida ao estudo da identidade foi variável ao longo da trajetória do conhecimento humano, acompanhando a relevância atribuída à individualidade e às expressões do eu nos diferentes períodos históricos”. (JACQUES, 1998, apud STREY et al. 2013, p. 159).
Podemos alocar os estudos da identidade em três momentos históricos (Stuart Hall)
IDENTIDADE DO SUJEITO ILUMINISTA: entendida como sendo um núcleo no interior do homem que nasceu com ele e permaneceria idêntico até sua morte.
IDENTIDADE DO SUJEITO SOCIOLÓGICO: em que ainda se considerava o núcleo ou essência interior chamado de identidade. Mas também, que ela é formada e modificada na interação entre o eu e a sociedade.
 IDENTIDADE DO SUJEITO PÓS-MODERNO DA ATUALIDADE: a identidade passa a ser fragmentada, em que um indivíduo pode conter várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não resolvidas. [...] as identidades culturais são aqueles aspectos de nossas identidades que surgem de nosso ‘pertencimento’ a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas e acima de tudo, nacionais.” (HALL, 2011, p. 8).
IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA da Psicologia Social Crítica
Autor de referência: Antônio Ciampa
Identidade pessoal, identidade social e cultural
A identidade passa a ser qualificada como identidade pessoal (atributos singulares do indivíduo) e/ou identidade social (atributos que assinalam a pertença a grupos ou categorias)”; e ainda, incluso no conceito de identidade social, temos a identidade cultural – na qual o indivíduo se reconhece pelos valores que compartilha com a sua comunidade (CIAMPA) 
IDENTIDADE PESSOA, SOCIAL E CULTURAL
Para reflexão 
“Eu passo a ser alguém quando descubro o outro e a falta de tal reconhecimento não me permitiria saber quem eu sou, pois não teria elementos de comparação que permitissem ao meu eu destacar-se dos outros eus” (BOCK, 1999, p. 204).
Sou igual e diferente... Sou diferente e igual...
Vamos pensar no nome e no sobrenome:
Nome: singular/diferente. Sobrenome: igual
O processo de identificação começa no grupo social. O primeiro grupo social é a família na qual as duas dimensões da identidade começam a se constituir. Igual e diferente! 
Ao mesmo tempo em que o indivíduo se representa semelhante ao outro a partir de sua pertença ao grupo e/ou categoria (eu brasileiro, eu psicólogo), percebe sua unicidade a partir de sua diferença. Assim, a diferença só aparece tomando como referência o outro (sendo fundamental para a construção da identidade como sendo algo em constante transformação. 
IMPORTANTE!
A identidade é construída por elementos opostos, ela é diferença e igualdade; objetividade e subjetividade, ocultação e revelação, humanização e desumanização, mesmice e mesmidade.
Para compreendê-la, é necessário articular essas dimensões aparentemente contraditórias, a fim de superar a dicotomia individual/social que constitui a problemática da identidade desde a origem do termo.
DE ACORDO COM CIAMPA
A identidade não é algo pronto, acabado e atemporal como muitos consideram ser, e sim, algo que está em um contínuo processo, em um dar-se constante → “Identidade é movimento, é desenvolvimento concreto. Identidade é metamorfose” (CIAMPA, 1984, p.74). 
Possuímos varias identidades (por exemplo: pai e ao mesmo tempo filho) que são utilizadas separadamente, em diferentes momentos. No entanto, a pessoa é uma totalidade e nesses momentos o que se ocorre é a manifestação de uma parte da unidade. 
Para além das diferentes identidades e as constantes mudanças (metamorfose) a nossa identidade é uma totalidade. “Uma totalidade contraditória, múltipla e mutável, no entanto, una.” (CIAMPA, 1984, p.61). 
Eu personagem... Eu autor....
No processo de constituição da identidade, os papéis que o indivíduo assume ao longo de sua vida fazem parte de sua construção, partindo de: 
Uma identidade pressuposta (o que o outro ou a própria pessoa idealizava em relação ao desempenho daquele papel), a vivida e a que será vivida enquanto projeto e trajetórias de vida. 
Assim, a identidade é posta e reposta continuamente, pois o indivíduo vivencia ao mesmo tempo vários papéis, o que o torna um personagem da vida, que sempre se metamorfoseia de acordo com as condições históricas e sociais a que está submetido (ibid.).
Eu personagem... Eu autor... Eu personagem e autor...
Eu: múltiplos papéis. Papéis: construídos nas relações sociais. Personagem: aquele que personifica o papel. 
Em função da multiplicidade de papéis: ora se conservam, ora se sucedem, ora coexistem, oras se alternam e por sua vez, se interpenetram com outros personagens no contexto das relações sociais, garantem a processualidade da identidade enquanto repetição diferenciada, emergindo um outro que também é parte da identidade. 
Personagem e autor: personagem de uma história que ele mesmo constrói e que, por sua vez, o vai constituindo como autor
Para reflexão: 
Apenas quando formos capazes de [...] encontrar razões históricas da nossa sociedade e do nosso grupo social que explicam por que agimos hoje da forma como o fazemos é que estaremos desenvolvendo a consciência de nós mesmos”.
Isso nos faz entender que a consciência de si pode alterar a identidade social, na medida em que interrogamos os papéis que desempenhamos e suas funções históricas (LANE, 2006, p. 22).
Considerações acerca da violência que permeia o cotidiano das cidades
identidade e violência
“Não é a violência que cria a cultura, mas é a cultura que define o que é violência” (BAIRROS, 2019)
Vivemos um momento em que as “soluções” passam, muitas vezes, pela eliminação do outro como forma de defesa de si mesmo. Vemos em diversos aspectos psicossociais a validação disso, por exemplo: quando a resposta para acabar com o crime é aniquilar o criminoso; a forma de lidar com a pobreza é afastando-a para as zonas periféricas. Para justificar tais ações os discursos de ódio são cotidianamente banalizados. 
Medo e ódio: Tal qual os gêmeos siameses estão condenados a permanecer na companhia recíproca. Um se alimenta do outro...
O medo deve necessariamente buscar, inventar e construir os objetivos sobre os quais deve descarregar o ódio, enquanto o ódio precisa da qualidade assustadora dos seus objetivos como razão de ser (justificativa, mantendo a identidade → sou uma pessoa boa, meu grupo de referência é contra a qualquer manifestação de violência “desnecessária”
A sensação do medo possibilita a justificação de práticas de intolerância (ódio) desde que mitiguem as causas do próprio medo. 
INDICAÇÕES
FERRARI, Marian A. L. Dias. O papel da diferença na construção da identidade. Bol. psicol, São Paulo , v. 56, n. 124, p. 1-8, jun. 2006 . Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432006000100002&lng=pt&nrm=isoPEREIRA, Maria H. As identidades, as relações com os sujeitos e suas práticas sociais. Diaphonía, e-ISSN 2446-7413, v. 2, n. II, 2016. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br.
FREITAS JUNIOR, Miguel A. de; PERUCELLI, Tatiane. Cultura e identidade: compreendendo o processo de construção/desconstrução do conceito de identidade cultural. Cadernos de estudos culturais, Campo Grande, MS, v. 2, p. 111-133, jul./dez. 2019. Disponível em: https://periodicos.ufms.br
 
Anexo 1
Processo de socialização: A formação do conjunto de nossas crenças, valores e significações se dá no processo que a Psicologia social denominou de socialização. Nesse processo o indivíduo torna- se membro de um determinado conjunto social, aprendendo seus códigos, suas normas e regras básicas de relacionamento, apropriando-se dos conhecimentos já sistematizados e acumulados por esse conjunto (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 2008, p. 182).
Grupos sociais: Os grupos sociais são conjunto de indivíduos que, com objetivos comuns, desenvolvem ações na direção desses objetivos. Para garantir essa organização, possuem normas; formas de pressionar seus integrantes para que se conformem as normas; um funcionamento determinado, com tarefas e funções distribuídas entre seus elementos; formas de cooperação e de competição; apresentam aspectos que atraem os indivíduos, impedindo que abandonem o grupo (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 2008, p. 182).
→ Alguns exemplos de grupos sociais: o grupo familiar, escolar, religioso, racial, grupos de amigos, todos estes envolvem um conjunto de indivíduos com objetivos comuns, que tem suas próprias regras, e organização.
Papéis sociais: a pessoa desempenha uma atividade na sociedade, com um respectivo comportamento (BOCK, FURTADO,TEIXEIRA, 2008).

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