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identidade e alteridade

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FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE ALEGRE AUTARQUIA MUNICIPAL
Rua Belo Amorim, 100 – Centro – Alegre/ES – CEP 29500-000 – Telefax (028) 3552-1412
colegiadopsicologia@fafia.edu.br
	ALUNO: Edilaine Lessa, Izabel Christina, Laisnara Alves, Maria Cecília Oggioni 
	CURSO: Psicologia
	PERÍODO:2º
	NOTA:
	PROFESSOR: Riquissom Barbosa Peixoto 
	
	DISCIPLINA:Psicologia Social
	DATA: 31/10/22
	
ATIVIDADE PROPOSTA: SÍNTESE 
 IDENTIDADE SOCIAL E ALTERIDADE
IDENTIDADE E ALTERIDADE
O termo “identidade” deriva do latim idem e tem o sentido de mesmo, enquanto verbo identificar significa tornar -se igual, idêntico a algo ou alguém. Identificar significa, ainda, separar, distinguir de outros semelhantes a partir de características que tornam algo ou alguém diferente. Mas de acordo com Galinkin e Zaulin, existem aspectos individuais que fazem com que cada pessoa seja única, trazendo assim sentido de unicidade, que como exemplo temos a carteira de identidade, que com conjunto de informações torna cada portador uma pessoa única, individualizada diferente de todas as outras.
Assim, identidade refere-se , portanto, ao que uma pessoa é: Brasileira, mulher,protestante, oposto do que ela não é; a ser igual a alguns e diferentes de outros; a sentir-se única e, ao mesmo tempo, pertencente a determinados grupos e categorias sociais.
 De acordo com Ferdman (2003), cada pessoa tem diversas fontes para compor sua identidade conferindo a ela certa unicidade, situando-a em um grupo ou categoria: religião/espiritualidade, saúde, educação, habilidade física/mental, fatores geográficos e políticos, fenótipo/genética, ordem de nascimento, idioma, experiência 
de vida, raça/etnia, nacionalidade, entre outras fontes.
Logo, a auto identificação mostra-se, assim, como um reconhecer-se e um diferenciar-se entre várias possibilidades que o indivíduo tem na constituição de si mesmo e, para tanto, é necessário comparar-se. Segundo, Ricoeur (1991), semelhanças e diferenças fazem parte da mesma composição.
Anchieta (2003) e Ciampa (2001), realizaram uma análise sobre o poema, Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto, ressaltando o assunto sobre assemelhar-se e diferenciar-se, onde no poema em questão o retirante nordestino Severino percebe que seu nome e sua história é a mesma de muitos outros nordestinos, e buscando tentar se diferenciar dos demais retirantes, apresenta-se como “Severino que em vossa presença emigra”. Anchieta (2003, p.47) salienta: “Na narrativa de Severino, o jogo das semelhanças e da inclusão, que se faz através do sentimento de pertença e de identificação, da diferenciação e da exclusão, que define alteridade, aparece a cada tentativa do personagem em se fazer reconhecer ou em individualizar–se”.
Outra história citada por Woodward (2000, p.7-8),em que o escritor e radialista Michael Ignatieff conversa com soldados sérvios, em um posto de comando da milícia sérvia, durante a guerra na antiga Iugoslávia. Com relação aos sérvios e croatas, o escritor pergunta a um dos soldados: “O que faz vocês pensarem que são diferentes?” O soldado pega um maço de cigarros e responde: “Vê isto? São cigarros sérvios. Do outro lado, eles fumam cigarros croatas”. E continua: “Aqueles croatas pensam que são melhores que nós. Eles pensam que são Europa. Woodward (2000) diz que a identidade é caracterizada pela diferença, sendo ela crucial no processo de construção das posições de identidade. A diferença pode ser construída negativamente, por exemplo, como a exclusão, porém pode ser classificada como diversidade, heterogeneidade, etc.
Durante a relação de alteridade, os servos e os croatas se colocaram em confronto ao buscar a distintividade, desenvolveram suas identidades por oposição uns aos outros. 
Portanto, para se reconhecer uma identidade, é necessária a existência de outra, em 
contraste ou oposição (Taylor e Moghaddam, 1994).
Cardoso de Oliveira (1976) considera que ao afirmar que as propriedades fundamentais de uma identidade é seu caráter contrativo e seu teor de oposição, possibilita a indicação de um indivíduo em relação a outros indivíduos e de um grupo em relação a outros grupos. A identidade é necessariamente relacional e constitui-se 
nas interações entre indivíduos ou grupos em outros contextos sociais.
Segundo Houaiss (2001) a alteridade traz o sentido de outro, oposto, diferente e refere-se à natureza ou à condição do que é distinto. A alteridade faz parte de um atributo que lhe é conferido, uma construção social que lhe é própria. 
Baseado em discussões de grupos e entrevistas realizadas, em 1994, Cox confirma a ideia de que os indivíduos possuem muito mais consciência das características que os diferenciam do outro grupo em contato e muito menos consciência das semelhanças das outras características de sua identidade que os aproximam daquele outro.
AS CONCEPÇÕES DA IDENTIDADE EM TRES MOMENTOS HISTÓRICOS
Considerando que as identidades constroem -se nas relações sociais em contextos sociais específicos, mudanças que ocorrem nesses contextos são determinantes na maneira como as pessoas percebem a si mesmas, percebem aos outros e são percebidas por esses outros. Hall (2004) distingue três concepções de identidade relativas, sendo elas:
Ao sujeito do iluminismo 
Ao sujeito sociológico
Ao sujeito pós-moderno 
Ao sujeito do iluminismo estava baseado em uma concepção de pessoa humana como um individuo totalmente centrado, unificado, dotado de capacidades de razão, de consciência e de ação, a ideia do sujeito iluminista se constituía em grandes transformações sociais políticas e econômicas nos países ocidentais em particular na Europa. Duas concepções ideológicas se configuraram no período iluminista e no início da modernidade o racionalismo e o individualismo onde o individuo era livre em seus direitos, sobre a livre escolha de uma profissão, religião ou a um partido político e passou a ser um direito individual garantido por constituições e leis.
Ao sujeito sociológico sua concepção desenvolveu-se, ainda na modernidade, como uma nova maneira de pensar a pessoa ou o indivíduo, enfatizando-se a importância do meio social na constituição de cada sujeito e a necessidade da interação como o outro na construção de si mesmo, é nas interações sociais que se constituem os sujeitos e suas identidades e a identidade é compreendida ainda como operando no sentido de estabilizar tanto os sujeitos quanto os mundos que eles habitam, tornando ambos reciprocamente mais unificados e predizíveis. Hall observa que essa concepção sociológica de sujeito, que define a identidade a partir da interação entre o eu e a sociedade, tem e George Herbert Mead e Charles Horton Cooley os primeiros expoentes.
Ao sujeito pós-moderno a pós-modernidade é interpretada como um reflexo de sua época já em relação a concepção pós-moderna de sujeito, a identidade é vista como sendo fragmentada e deixa de ser unificada ou estável. Em lugar de fazer referência a uma única identidade, a perspectiva pós-moderna considera o sujeito com várias identidades, que podem ser contraditórias ou até mesmo não resolvidas, essa concepção de identidade pós-moderna é abordada por diferentes autores ao analisarem o momento histórico que tem sido denominado pós-modernidade ou modernidade tardia; a identidade na pós-modernidade, indica as mudanças nos valores sociais como a liberdade, a tolerância e a diversidade que, na verdade, traduzem-se na liberdade de consumo, na tolerância com indiferença pelo outro e na diversidade que ignora o outro e não lhe respeita a diferença.
IDENTIDADE E RELAÇÕES INTERGRUPAIS
Os estudos sobre identidade social, no âmbito da psicologia social, têm em Henri Tajfel um de seus principais teóricos.
Ele define identidade social como parte do autoconceito, que deriva de sua pertença a um ou mais grupos, assim como do valor e do significado emocional que tal afiliação tem para a pessoa.
Fazendo referência a sociólogos como Berger e Luckman (1966) e Schultz (1932, 1967), Tajfel (1978) adota a perspectiva intergrupalidentidade social e considera a categorização como um sistema de orientação que vai ajudar cada sujeito a criar definir seu lugar na sociedade.
Tajfel (1978) desenvolve a teoria da identidade social, que se baseia identificação, na comparação social e na distinção ou na categorização social, na identidade social e na comparação social.
Sendo um construto cognitivo, a identificação grupal não precisa ser obrigatoriamente comportamental, nem deve ser equiparada à internalização, que significa um processo individual, por meio do qual uma pessoa apropria-se dos valores e modos de conduta de outro indivíduo.
Após se identificar com um grupo, o indivíduo assume os sucessos e fracassos desse Grupo, que geram prazeres e sofrimentos, que são sentidos por tal indivíduo (Torres e Pérez Nebra,2004).
A identidade social não é o resultado apenas da pertença a determinados grupos, mas principalmente da comparação entre os grupos internos e os externos, [...] "um mecanismo causal que determina as relações entre grupos" (Álvaro e Garrido, 2006, p. 278).
A categorização entre eles e nós é suficiente para criar um grupo, pois ela tem a função de organizar as informações recebidas, poupando esforços do sistema cognitivo no processamento de tais informações e facilitando a orientação da pessoa em sua realidade social (Álvaro e Garrido, 2006).
Através da categorização, formam-se os estereótipos, cujas funções são cognitiva (de preservação do sistema de valores) e ideológica (de diferenciação em relação a outros grupos).
Na estereotipia, ocorre a tendência a generalizar as características atribuídas ao grupo para todos os seus membros, homogeneizando o grupo externo em oposição ao grupo interno, cujos membros são vistos como indivíduos diferenciados.
Como têm necessidade de uma identidade pessoal e de uma identidade social positivas, as pessoas buscam pertencer a grupos socialmente valorizados. Sendo assim, os indivíduos compartilham algum tipo de envolvimento emocional com determinado grupo antes de se considerar parte dele (Tajfel e Turner,1979).Não é sempre que se obtém uma identidade social positiva por comparação, como tem ocorrido com as muheres, enquanto categoria social, e com as pessoas negras, cuja identidade social ainda é muito negativa (Leyens e Yzerbyt, 2004).
Quando não é possível para uma pessoa deixar o grupo menos valorizado, ou quando não deseja abandoná-lo, ela pode buscar aspectos positivos em sua categoria de pertença, ou o próprio grupo pode promover mudanças para positivar- se. Se pertencer à categoria mulher implica discriminações, menos chances de alcançar postos de trabalho reconhecidos ou bem-remunerados e abandonar essa categoria não é viável,uma solução é valorizar aspectos tidos, nas sociedades ocidentais, como femininos e positivos como a maternidade. a sensibilidade, a intuição, a capacidade de negociação e de mediação de conflitos, conferindo certo prestígio a essa categoria social. Os movimentos sociais e as lutas políticas das minorias sociais são meios de buscar reconhecimento, conquistar direitos iguais, afirmar e valorizar identidades discriminadas.
Ao discorrer sobre a importância da vivência social, Tajfel acrescenta que vivemos em um meio social em constante mudança,por essa razão, muito do que acontece com as pessoas está relacionado ao que acontece em seus grupos de pertença.
Nas relações intergrupais, tomando como exemplo as relações interétnicas, as identidades operam como um código de categorias que orientam tais relações. Um código que se expressa de forma opositiva e constrativa guarda um potencial de conflito que se manifesta no etnocentrismo (Cardoso de Oliveira, 1976), dando margem para comportamentos preconceituosos discriminação e exclusão social do grupo com menor poder.
Os traços identificadores são usados para definir os contornos Identitários de um e de outro, para determinar quem está dentro e quem está fora do grupo, bem como para estabelecer relações sociais (Barth, 1965; Carneiro da Cunha, 1979).
A importância das identidades grupais étnicas pode ser observada nos casos de assimilação nas interações interétnicas, isto é, quando um grupo passa a adotar traços culturais do outro grupo, confundindo-se com este. Barth (1965) argumenta que, nesses casos, a identidade original não se perde, mas se transforma. No jogo opositivo entre semelhanças e diferenças, o reconhecimento de diferenças entre as pessoas e a tensão entre povos, etnias e grupos sociais costuma estar presente nas relações sociais. Antagonismos interétnicos têm sido registrado há séculos, que demonstra que genocídios como o de Ruanda ou o do holocausto nazista, além de outras formas de nacionalismo e etnocentrismo, não são fenômenos exclusivos da era moderna (Calhoun, 1994).
Apesar de um contexto de convivência pacífica, cada grupo estrangeiro ficava separado em enclaves, dedicando-se aos afazeres internos das respectivas comunidades, enquanto os negócios de governo da sociedade anfitriã ficavam a cargo dos governantes locais. Segundo Galinkin (2001), esse "confinamento"
a espaços específicos para cada grupo estrangeiro ou etnia pode ser não apenas uma forma de exclusão, mas também de preservação da distintividade e de aspectos culturais considerados relevantes para aqueles estrangeiros que podiam exercer uma forma de autogestão sem a interferência do governo local.
Mantinham, assim, as identidades étnico-religiosas e os traços culturais que os diferenciavam dos outros grupos em contato, O que atribuía um sentido de unidade a cada grupo.
Como citado nos exemplos de relações intergrupais que a convivência entre aqueles que se percebem como diferentes pode ser tanto positiva e produtiva quanto negativa e conflituosa.
Além disso, pode levar à discriminação e até mesmo à tentativa de extinção do grupo rival, como tem acontecido na história antiga e contemporânea da humanidade. No entanto, recentemente, a importância e o valor da diversidade cultural têm sido reconhecidos, particularmente quando se constata que pessoas com origens, conhecimentos e habilidades diferentes podem somar esforços e contribuir para gerar ambientes mais produtivos.
Referências: 
• Cap 12- Identidade social e alteridade- Ana Lúcia Galinkin Amanda Zauli;

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