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APOSTILA - Regime de bens- Pacto Antenupcial-União Estavel

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Efeitos Patrimoniais – REGIME DE BENS 
REGIME DE BENS NO CASAMENTO 
 Os efeitos econômicos dentre as múltiplas consequências decorrentes do casamento. 
“Nem só de afeto é composta uma relação familiar. O casamento gera pontos de 
interseção patrimonial relevantes, como assistência recíproca, a guarda, sustento e 
educação dos filhos, a manutenção do lar ... De fato, toda e qual quer entidade familiar é 
marcada pela imperativa necessidade de realizar determinadas utilidades, em favor dos 
parceiros, de sua prole ou de terceiros, para que todos vivam com dignidade, realizando-
se plenamente.” 
 Os efeitos econômicos do casamento e a possibilidade de controle através do regime de 
bens. 
 A teoria do patrimônio mínimo da pessoa humana aplicada nas relações econômicas 
matrimoniais 
 A incidência da isonomia constitucional entre o homem e a mulher no regimes de bens 
Considerações sobre o Regime de Bens 
 Conceito 
“é o estatuto que disciplina os interesses econômicos, ativos e passivos, de um 
casamento, regulamentando as conseqüências em relação aos próprios nubentes e a 
terceiros, desde a celebração até a dissolução do casamento, em vida ou por morte.” 
 Princípios norteadores 
A liberdade de estipulação (art. 1.639, CC); 
A variedade de regimes; 
A mutabilidade justificada e submetida ao crivo judicial 
A liberdade de estipulação (art. 1.639, CC) 
Podem os nubentes adotar um dos regimes modelos, como combiná-los entre si, criando 
um regime misto, bem como eleger um novo e distinto. Art. 1.639 e p.ú do Art. 1.640. 
 Regime supletivo da vontade dos nubentes 
“Diante da ausência da manifestação de vontade, assim como na hipótese de invalidade 
da convenção, o casamento submete-se ao regime de comunhão parcial.” 
EXCEÇÃO: 
 Regime legal obrigatório ou regime de bens compulsório 
“São hipóteses sancionatórias em que o legislador impõe restrições à disponibilidade 
patrimonial de determinadas pessoas que resolvem casar (art. 1.641, I ao III, CC) 
 1ª hipótese - Violação das causas suspensivas (art. 1523, I ao IV, CC); 
 2ª hipótese - Um nubente com mais de 70 anos de idade. 
 3ª hipótese - Dependência de autorização judicial para casar. 
Importante: A livre estipulação deferida aos cônjuges não é absoluta, pois o art. 1.655 
declara “nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei” 
 Súmula 377, STF 
“No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do 
casamento.” 
Variedade do regime de bens 
 Comunhão parcial (arts. 1.658 a 1.666, CC); 
 Comunhão universal (arts. 1.667 a 1.671, CC); 
 Participação final nos aqüestos (arts. 1.672 a 1.686, CC); 
 Separação de bens (arts. 1.687, e 1.688, CC). 
 Separação obrigatória de bens (art. 1.641, I ao III, CC). 
 
Mutabilidade motivada e por deliberação judicial (art. 1. 639, 
§2°, CC). 
 A possibilidade de modificação do regime de bens nos casamentos celebrados sob a 
égide do Código Civil de 1.916 (art. 2.039, CC). 
 Eficácia do regime de bens no casamento. 
 Regime de bens na união estável 
 A Administração de Bens e a Prática dos Atos de Disposição 
 
 A prática dos atos jurídicos pelas pessoas casadas. 
 Atos que independem do consentimento (arts. 1.642, I ao VI e 1.643, CC). 
 Atos que dependem do consentimento do cônjuge (art. 1.647, I ao IV, CC). 
 A proteção de terceiros de boa-fé (art. 1.646, CC). 
 Inaplicabilidade da exigência de outorga à união estável 
1ª Corrente - “Defende a extensão das exigências (art. 1.725, CC).” 
2ª Corrente - “Se contrapõe a extensão: 
 1 – Regra restritiva com interpretação restritiva exigindo-se expressa previsão legal; 
 2 – União fática que não produz efeitos em relação a terceiros; 
 3 - “Proteção do terceiro adquirente de boa-fé.” 
 
 Inaplicabilidade às pessoas casadas em regime de separação absoluta de bens (art. 
1.647, parte final). 
 Possibilidade de suprimento judicial do consentimento do cônjuge (art. 1. 648, CC). 
 A anulabilidade do ato praticado sem autorização do cônjuge e a impossibilidade de 
abuso de direito (art. 1.649, CC). 
 Impossibilidade de gestão patrimonial por um dos consortes (art. 1.651, CC). 
 Pacto Antenupcial 
 Conceito 
“É o negócio jurídico pelo qual se regulamenta o regime econômico do matrimônio, 
definindo, pois, o seu regime de bens, apartando-se do regime legal supletivo.” 
 Natureza jurídica 
“Negócio jurídico bilateral, de conteúdo patrimonial, acessório e subordinado a uma 
condição suspensiva.” 
 Formalidades essenciais e o registro em cartório de imóveis (arts. 1.653 e 1.657, CC). 
 Pacto antenupcial celebrado por nubentes menores de idade (art. 1.654, CC). 
 Permissivo de dispensa de outorga do cônjuge no regime de participação final dos 
aqüestos (art. 1.656, CC). 
 
 As Espécies de Regimes de Bens 
 Regime de comunhão parcial de bens - Art. 1.658 a 1.666 do CC 
Regime Legal ou supletivo – Não havendo pacto, nulo ou ineficaz 
 Regime de comunhão universal de bens - Art. 1.658 a 1.666 do CC 
 Regime de separação convencional ou absoluta de bens - Art. 1.658 a 1.666 do CC 
 Regime de participação dos aquestos - Art. 1.658 a 1.666 do CC 
 
Regime de comunhão parcial de bens - Art. 1.658 a 1.666 do CC 
Prevalece se os consortes não fizerem pacto antenupcial, ou, se o fizerem, for nulo ou 
ineficaz (CC, art. 1.640, caput). Por essa razão, é chamado também de regime legal ou 
supletivo. 
Caracteriza-se por estabelecer: 
■ a separação quanto ao passado (bens que cada cônjuge possuía antes do casamento); 
■ e a comunhão quanto ao futuro (bens adquiridos na constância do casamento), gerando 
três massas de bens: os do marido, os da mulher e os comuns. 
Art. 1.659 - Excluem-se da comunhão: 
■ Pensões são as quantias em dinheiro pagas mensalmente a um beneficiário para a sua 
subsistência em virtude de lei, sentença, contrato ou disposição de última vontade. 
■ Meio-soldo é a metade do soldo que o Estado paga aos militares reformados. 
■ Montepio é a pensão devida pelo instituto previdenciário aos herdeiros do devedor 
falecido. 
Art. 1.661 do Código Civil: 
“São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao 
casamento”. 
 - Venda anterior com pagamento posterior ao casamento; 
 - Recebido em razão de implemento de condição, em contrato anterior. 
 
Bens que se comunicam - Art. 1.660 do Código Civil 
Bens Móveis - Art. 1.662. 
Administração dos bens - Art. 1.663 
 
Art. 1.664. Os bens da comunhão respondem pelas obrigações contraídas pelo marido ou 
pela mulher para atender aos encargos da família, às despesas de administração e às 
decorrentes de imposição legal. 
Administração dos bens particulares - Art. 1.665 e Art. 1.666. 
 
IMPORTANTE: Dissolvida a sociedade conjugal, conserva cada cônjuge o que lhe 
pertence a título de acervo particular, dividindo-se os bens comuns. 
Regime de comunhão universal de bens - Art. 1.667 a 1.671 do CC 
Aquele em que se comunicam todos os bens, atuais e futuros, dos cônjuges, ainda que 
adquiridos em nome de um só deles, bem como as dívidas posteriores ao casamento, 
salvo os expressamente excluídos pela lei ou pela vontade dos nubentes, expressa em 
convenção antenupcial (CC, art. 1.667). 
Por se tratar de regime convencional, deve ser estipulado em pacto antenupcial. 
IMPORTANTE: Embora tudo quanto um deles adquire se transmita imediatamente, por 
metade, ao outro cônjuge, podem existir, no entanto, bens próprios do marido e bens 
próprios da mulher. Exclui-se da comunhão o que a lei ou a convenção antenupcial 
especialmente mencionam. 
O STJ tem decidido que “integram a comunhão as verbas indenizatórias trabalhistas 
correspondentes a direitos adquiridos durante o matrimônio sob o regime da comunhão 
universal. 
 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: 
I - os bens doados ou herdadoscom a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados 
em seu lugar; 
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de 
realizada a condição suspensiva; 
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus 
aprestos, ou reverterem em proveito comum; 
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de 
incomunicabilidade; 
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 
 
Comunicação dos Frutos – (Art. 1.669 do CC) 
Regime de participação dos aquestos - Art. 1.672 a 1.686 do CC 
Dispõe o art. 1.672 do Código Civil: 
“No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, 
consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade 
conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância 
do casamento”. 
Regime híbrido 
■ durante o casamento aplicam-se as regras da separação total; 
■ após a sua dissolução, as da comunhão parcial. 
É próprio para cônjuges que exercem atividades empresariais distintas, para que possam 
ter maior liberdade de alienação de seus pertences dando maior agilidade a seus 
negócios. Os noivos devem celebrar pacto antenupcial. 
Nesse regime há formação de massa de bens particulares incomunicáveis durante o 
casamento, mas que se tornam comuns quando da dissolução do matrimônio. 
Há dois patrimônios: 
Inicial – conjunto de bens que cada cônjuge possuía antes de se casar e os que foram 
por ele adquiridos, a qualquer título, durante o casamento. 
A administração dos bens é exclusiva de cada cônjuge, podendo aliená-los livremente se 
forem móveis. 
Em se tratando de bens imóveis um não poderá sem a autorização do outro realizar os 
atos previstos no art. 1.647 CC (alienar, hipotecar, prestar fiança, etc.) 
No entanto, no pacto antenupcial pode-se convencionar a livre disposição dos bens 
imóveis, desde que particulares. 
Final – com a dissolução da sociedade conjugal apura-se o montante dos aquestos, 
excluindo-se da soma o patrimônio próprio (ex: bens anteriores ao casamento e os sub-
rogados em seu lugar, obtidos por herança, legado ou doação, etc.), efetuando-se a 
partilha e conferindo a cada consorte, metade dos bens amealhados pelo casal. Se os 
bens forem adquiridos pelo trabalho conjunto, cada um dos cônjuges terá direito a uma 
quota igual no condomínio. 
Regime de separação convencional ou absoluta de bens 
Art. 1.687 a 1.688 do CC 
Por esse regime cada consorte conserva, com exclusividade, o domínio, posse e 
administração de seus bens, presentes e futuros, havendo incomunicabilidade dos 
mesmos, não só dos que cada um possuía ao se casar, mas também dos que vierem a 
adquirir na constância do casamento. 
Não se comunicam, os débitos anteriores ou posteriores ao casamento. 
Existem dois patrimônios distintos: o do marido e o da mulher. 
Qualquer dos consortes poderá, sem autorização do outro, pleitear como autor ou réu 
acerca de bens e direitos imobiliários, prestar fiança ou aval e fazer doação. 
Regime de separação Obrigatória ou legal de bens – Art. 1.641 do CC 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da 
celebração do casamento; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
A União Estável 
 
 A união estável sob a ótica civil- constitucional. 
- Reconhecimento como entidade familiar (art. 226, § 3º, Lex Fundamentallis); 
“§3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher 
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.” 
Duas conclusões: 
1ª - A união estável não é igual ao casamento, eis que categorias iguais não podem ser 
convertidas uma na outra. 
2ª - Não há hierarquia entre casamento e união estável. 
- O afeto assume como grande mola propulsora das relações (inclusive jurídicas) 
familiares; 
- Inexistência de núcleos familiares com graus de importâncias diferenciados; 
- Casamento e união estável se distinguem na forma da constituição e na prova da sua 
existência, mas jamais quanto aos efeitos protetivos em relação aos seus componentes 
 Escorço Histórico 
 
 No mundo A união afetiva livre, informal, sempre existiu; 
 Combatida pela Igreja (Concílio de Trento, 1563). - condenava o 
relacionamento extramatrimonial. 
 
No Brasil: 
 Nunca foi tratado como ato ilícito ou crime, mas as suas consequências se projetavam, 
tão só, no âmbito do Direito das Obrigações, afastado do Direito de Família; 
 O CC de 1916 somente reconhecia o casamento como entidade familiar; 
 Fora do casamento a relação era concubinária. 
 
 Importante: A necessidade de proteção jurídica fez com que muitas pessoas buscassem o 
reconhecimento dos seus direitos perante o Poder judiciário. 
- 1964 - Súmula 380, STF – “Comprovada a existência de sociedade de fato entre os 
concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido 
pelo esforço comum”; 
- 1964 - Súmula 382, STF – “A vida em comum sob o mesmo teto, more uxorio, não é 
indispensável à caracterização do concubinato”. 
- Por não fazer jus aos alimentos passou se a reconhecer uma indenização por serviços 
domésticos e sexuais prestados; 
- Reconhecimento ao direito de indenização por acidente de trabalho com o seu 
convivente – Decreto-lei nº 7.036/44 e Lei nº 6.367/75; 
- Direito a inventariança e etc. 
 
 
 Com o advento da Constituição da República de 1988: 
- O concubinato puro assume nova terminologia e é reconhecido como entidade familiar 
(art.226, §3º, CF); 
- Foi editada a Lei nº 8.971/94 – Disciplina o direito dos companheiros a alimentos e à 
sucessão, impondo como requisitos para a configuração da união estável que os 
companheiros fossem solteiros, separados judicialmente, divorciados ou viúvos e que 
houvesse uma convivência mínima de cinco anos ou a existência da prole; 
- Foi editada a Lei nº 9.278/96 – Sem ab-rogar a lei anterior, extirpou os requisitos acima 
mencionados, passando a considerar união estável como entidade familiar de convivência 
duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de 
constituição de família, afastando, de uma vez por todas, a exigência temporal. 
- O atual Código Civil incorporou substancialmente o que estava tratado pela Lei 
8.971/1994 e principalmente pela Lei 9.278/1996. 
 
 União estável, concubinato e a sociedade de fato 
 A união livre e a sociedade de fato. 
 União livre são relações mantidas entre pessoas que, não são casadas entre si e não 
convivem maritalmente, sem formalidades mas com intenção de constituir família, 
mantêm uma comunhão afetiva (namoro ou noivado); 
 As uniões livres são desprovidas de efeitos de ordem familiar; 
 Numa união livre poderá se formar uma sociedade de fato, impondo, assim, o dever de 
partilha dos bens adquiridos, por esforço comum, a título oneroso; 
 Ação de dissolução de sociedade de fato, a ser ajuizada em vara cível. 
 
 O concubinato 
 Origem latina cum (com) e cubare (dormir) comunhão de leito, estado de mancebia, 
companhia de cama; 
 Concubinato é a união de índole afetiva, entre um homem e uma mulher, sem casamento; 
 Conceito legal de concubinato (art. 1.727, CC); 
“Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, 
constituem concubinato.” 
 Concubinato 
Concubinato puro 
Concubinato impuro 
Elementos caracterizadores essenciais para união estável: 
 Publicidade; 
 Continuidade; 
 Estabilidade; 
 Objetivo de constituição de família. 
Elementos caracterizadores acidentais: 
 Tempo; 
 Prole; 
 Coabitação 
Efeitospessoais e patrimoniais da união estável (art 1.724 CC): 
 Dever de lealdade. 
 Dever de respeito ao outro companheiro, em sentido genérico. 
 Dever de mútua assistência, moral, afetiva, patrimonial, sexual e espiritual. 
 Dever de guarda, sustento e educação dos filhos. 
Duas diferenças podem ser observadas, confrontando-se o dispositivo com o art. 
1.566 do CC que trata dos deveres do casamento: 
 O casamento exige expressamente a fidelidade; a união estável exige lealdade. (Pelo 
senso comum, a lealdade engloba a fidelidade, mas não necessariamente); 
 
 O casamento exige expressamente vida em comum no domicílio conjugal; a união estável 
não (por não exigir convivência sob o mesmo teto, conforme a remota Súmula 382 do 
STF)

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