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O SALÁRIO-EDUCAÇÃO (S.E.) É uma contribuição social, criada pela Lei 4.440/64, destinada ao financiamento de programas, projetos e ações voltadas para o financiamento da educação básica pública. Também pode ser aplicada na educação especial, desde que vinculada à educação básica. O S.E. é a operacionalização prática da responsabilidade das empresas para com a educação, pois se relaciona com dispositivos constitucionais (1934, 1937, 1946) que historicamente definem a responsabilidade patronal com a educação dos filhos dos operários, assim como com os analfabetos empregados. QUEM REALMENTE PAGA Embora sejam as empresas que paguem diretamente, indiretamente a população custeia essa contribuição social, porque compra os produtos e serviços que embutem no preço o valor dos tributos. OBJETIVA FINANCIAR AS POLÍTICAS SOCIAIS O salário-educação é uma das principais fontes de financiamento da educação, direciona-se para financiar as políticas sociais na área educacional, por meio de várias ações que não poderiam ser custeadas com recursos de MDE. O SALÁRIO-EDUCAÇÃO O salário-educação está previsto no artigo 212, §5º, da CF, regulamentada pelas leis n°s 9.424/96, 9.766/98, Decreto nº 6003/2006 e Lei nº 11.457/2007. É calculado com base na alíquota de 2,5% sobre o valor total das remunerações pagas ou creditadas pelas empresas, a qualquer título, aos segurados empregados, ressalvadas as exceções legais, e é arrecadada, fiscalizada e cobrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. OS CONTRIBUINTES São contribuintes do salário-educação as empresas em geral e as entidades públicas e privadas vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social, entendendo-se como tal qualquer firma individual ou sociedade que assuma o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, sociedade de economia mista, empresa pública e demais sociedades instituídas e mantidas pelo poder público, nos termos do § 2º, art. 173 da Constituição. SÃO ISENTOS DO RECOLHIMENTO DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO: - a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, suas respectivas autarquias e fundações; - as instituições públicas de ensino de qualquer grau; - as escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas devidamente registradas e reconhecidas pelo competente órgão de educação, e que atendam ao disposto no inciso II do artigo 55 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; - as organizações de fins culturais que, para este fim, vierem a ser definidas em regulamento; e -as organizações hospitalares e de assistência social, desde que atendam, cumulativamente, aos requisitos estabelecidos nos incisos I a V do artigo 55 da Lei nº 8.212/1991. Obs. Até a década de 1990 havia isenção para várias instituições. DISTRIBUIÇÃO A distribuição ocorria em duas quotas: a federal (1/3) e a estadual (2/3). A cota federal era administrada pelo FNDE e “aplicada no financiamento de programas e projetos voltados para a universalização do ensino fundamental, de forma a propiciar a redução dos desníveis socioeducacionais existentes entre Municípios, Estados, Distrito Federal e regiões brasileiras”. A quota estadual era executada por meio de repasse automático do Salário Educação, realizado de forma diretamente proporcional à capacidade de contribuição, desconsiderando as desigualdades econômicas dos Estados ou Regiões. REDISTRIBUIÇÃO DA COTA ESTADUAL (como era feita) "Art. 2° A Quota Estadual e Municipal do Salário-Educação [...] será integralmente redistribuída entre o Estado e seus Municípios de forma proporcional ao número de alunos matriculados no ensino fundamental nas respectivas redes de ensino, conforme apurado pelo censo educacional realizado pelo Ministério da Educação." (NR) (Redação da LEI No 10.832/29.12. 2003). (Redação anterior - Lei 9.766/98) - Art 2º A quota estadual do Salário-Educação [...] será redistribuída entre o Estado e os respectivos Municípios, conforme critérios estabelecidos em lei estadual, sendo que, do seu total, uma parcela correspondente a pelo menos 50% será repartida proporcionalmente ao número de alunos matriculados no ensino fundamental nas respectivas redes de ensino, conforme apurado pelo censo educacional realizado pelo MEC. Segundo o FNDE, até 2001 somente 14 estados da federação repassavam recursos para os municípios, uma vez que isso dependia da aprovação de uma lei estadual. Salário-Educação ➢ Destinada ao financiamento de programas, projetos e ações voltados para o financiamento da educação básica pública. Pode ser aplicada na educação especial privada, desde que vinculada à educação básica. Alíquota de 2,5% sobre a folha de contribuições da empresa/instituição à previdência social ➢ Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE ➔ funções supletiva e redistributiva da contribuição social do salário-educação ➢ 1/3 para cota federal e 2/3 cotas estaduais e municipais – critério de distribuição ➔ nº de alunos ➢ Programas que se utilizam dos recursos: ➢ Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), ➢ Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), ➢ Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), ➢ Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) ➢ Fonte adicional - Salário Educação, contribuição social, 2,5% das folhas de pagamento dos funcionários das empresas, recolhido pelo INSS e administrado pelo FNDE. ➢ Criado em 1964 e mantido na CF de 1988 para o Ensino Fundamental e ampliado com a Emenda Constitucional 53/2006 para toda Educação Básica. ➢ Distribuição: 90% do montante arrecadado ▪ 1/3 Quota - Federal, ▪ 2/3 Quota - Estadual e Municipal (redistribuída, pelo nº de alunos da rede segundo o Censo Escolar). ▪ 10% Restante são aplicados pelo FNDE - Programas 11 DECRETO Nº 6.003 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 (como é feito atualmente) Art. 9º O montante recebido na forma do art. 8º será distribuído pelo FNDE, observada, em 90% de seu valor, a arrecadação realizada em cada Estado e no Distrito Federal, em quotas, da seguinte forma: I - quota federal, correspondente a 1/3 do montante dos recursos, será destinada ao FNDE e aplicada no financiamento de programas e projetos voltados para a universalização da educação básica, de forma a propiciar a redução dos desníveis socioeducacionais existentes entre Municípios, Estados, Distrito Federal e regiões brasileiras. II - quota estadual e municipal, correspondente a 2/3 do montante dos recursos, será creditada mensal e automaticamente em favor das Secretarias de Educação dos Estados, do Distrito Federal e em favor dos Municípios para financiamento de programas, projetos e ações voltadas para a educação básica. § 1° A quota estadual e municipal da contribuição social do salário- educação será integralmente redistribuída entre o Estado e seus Municípios de forma proporcional ao número de alunos matriculados na educação básica das respectivas redes de ensino no exercício anterior ao da distribuição, conforme apurado pelo censo educacional realizado pelo Ministério da Educação. § 4° Os 10% restantes do montante da arrecadação do salário- educação serão aplicados pelo FNDE em programas, projetos e ações voltadas para a universalização da educação básica, nos termos do § 5° do art. 212 da Constituição EM RESUMO: 90% dos recursos do salário-educação é distribuído da seguinte forma: 1/3 para quota federal e 2/3 para quota de estados e municípios, O FNDE redistribui os 2/3 automaticamente para as secretarias municipais e estaduais de educação, conforme matrículas no Educação Básica. Os 10% restantes se somam ao 1/3 apropriado pelo FNDE, somando, assim, 40% dos recursos do salário-educação que são utilizados para o financiamento de seus programas e projetos, dirigidos a estados e municípios. 2,4 9,0 67,4 16,1 5,0 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste ARRECADAÇÃO DO SALÁRIO EDUCAÇÃO Percentual médio arrecadado por Região de 1995a 1999 Fonte: Relatórios de Atividades do FNDE Obs. São Paulo arrecadou uma média de 45% nesse mesmo período.
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