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APG – SOI 1 S6P1 - MEMBROS SUPERIORES CIRCULAÇÃO NOS MEMBROS SUPERIORES VEIAS Tanto as veias superficiais quanto profundas retornam o sangue dos membros superiores para o coração. As veias superficiais estão localizadas profundamente na pele e frequentemente são visíveis. Elas se anastomosam extensivamente entre si e com as veias profundas, e não acompanham artérias. As veias superficiais são maiores que as veias profundas e devolvem a maioria do sangue dos membros superiores. As veias profundas estão localizadas profundamente no corpo. Elas costumam acompanhar artérias com os mesmos nomes das artérias correspondentes. Tanto as veias superficiais quanto profundas têm válvulas, mas estas são mais numerosas nas veias profundas. ARTÉRIAS O arco da aorta dirige-se superior e posteriormente para a esquerda e então inferiormente; termina no disco intervertebral, onde se torna a parte torácica da aorta. Três artérias principais se ramificam a partir da face superior do arco da aorta: o tronco braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. O primeiro e maior ramo do arco da aorta é o tronco braquiocefálico. Estende-se superiormente, curvando-se discretamente para a direita e se divide na altura da articulação esternoclavicular direita para formar as artérias subclávia direita e carótida comum direita. O segundo ramo do arco da aorta é a artéria carótida comum esquerda, que se divide em ramos com os mesmos nomes que os da artéria carótida comum direita. O terceiro ramo do arco da aorta é a artéria subclávia esquerda, que distribui sangue para a artéria vertebral esquerda e vasos do membro superior esquerdo. As artérias que se ramificam a partir da artéria subclávia esquerda são semelhantes em distribuição e nome àquelas que se ramificam da artéria subclávia direita. HEMORRAGIAS As hemorragias podem ser classificadas em arteriais, venosas ou capilares e internas ou externas. - As hemorragias arteriais apresentam como características um sangramento de coloração vermelho vivo, em jato pulsátil. - As venosas o sangue é mais escuro e sai contínua e lentamente, escorrendo pela ferida. - Já as hemorragias capilares apresentam coloração intermediária, o sangue goteja lentamente pelo ferimento e geralmente é muito fácil estancá-las através da pressão direta. CHOQUE HIPOVOLÊMICO Hipovolemia significa diminuição do volume sanguíneo. Uma hemorragia é a causa mais comum de choque hipovolêmico. A hemorragia diminui a pressão de enchimento da circulação e, consequentemente, reduz o retorno venoso. Como resultado, o débito cardíaco fica abaixo do normal e o choque pode se desenvolver. A perda de sangue e, consequentemente, a diminuição do volume de sangue, leva à queda da pressão arterial. A diminuição do retorno venoso (quantidade de sangue que chega ao coração) diminui o débito cardíaco (quantidade de sangue que o coração envia para a periferia). Isso faz abaixar a pressão arterial e os barorreceptores, situados no seio carotídeo e no pescoço, tentam retornar a pressão para os valores normais. Aumenta também a frequência cardíaca (número de vezes que o coração bate por minuto) e a contratilidade (força com que o coração bate). Ocorre ainda uma vasoconstrição generalizada das artérias e veias, mecanismo que também tenta aumentar a pressão. Só são poupados dessa vasoconstrição os órgãos vitais, como cérebro, coração e rins. RESPOSTAS HOMEOSTASICAS AO CHOQUE Os principais mecanismos de compensação no choque são os sistemas de feedback negativo que trabalham para devolver o débito cardíaco e a pressão arterial ao normal. Em uma pessoa saudável, os mecanismos compensatórios podem manter o fluxo sanguíneo e a pressão arterial adequados mesmo com uma perda aguda de sangue de até 10% do volume total. São fatores que alteram no organismo: 1. Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona. A redução do fluxo sanguíneo para os rins faz com que estes secretem renina e inicia o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Lembre-se de que a angiotensina II causa vasoconstrição e estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar aldosterona, hormônio que aumenta a reabsorção de Na+ e água pelos rins. O aumento na resistência vascular sistêmica e no volume de sangue ajuda a elevar a pressão arterial. 2. Secreção do hormônio antidiurético. Em resposta à diminuição na pressão arterial, a neuro-hipófise libera mais hormônio antidiurético (HAD). O HAD aumenta a reabsorção de água pelos rins, que conserva o volume sanguíneo restante. Também provoca vasoconstrição, aumentando a resistência vascular sistêmica. 3. Ativação da parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso. Conforme a pressão arterial diminui, os barorreceptores aórticos e caróticos iniciam potentes respostas simpáticas por todo o corpo. Um dos resultados é a vasoconstrição acentuada das arteríolas e veias da pele, rins e outras vísceras abdominais. A vasoconstrição das arteríolas aumenta a resistência vascular sistêmica, e a vasoconstrição das veias aumenta o retorno venoso. Ambos os efeitos ajudam a manter a pressão arterial adequada. A estimulação simpática também aumenta a frequência e contratilidade cardíaca e eleva a secreção de epinefrina e norepinefrina pela medula da glândula suprarrenal. Esses hormônios intensificam a vasoconstrição e incrementam a frequência e contratilidade cardíacas, que ajudam a aumentar a pressão arterial. 4. Liberação de vasodilatadores locais. Em resposta à hipóxia, as células liberam vasodilatadores que dilatam as arteríolas e relaxam os esfíncteres pré-capilares. Essa vasodilatação aumenta o fluxo sanguíneo local e pode restaurar o nível de O2 ao normal na parte do corpo. Contudo, a vasodilatação também tem o efeito potencialmente nocivo de diminuir a resistência vascular sistêmica e reduzir a pressão arterial. Se o volume de sangue cai mais do que 10 a 20%, ou se o coração não conseguir elevar suficientemente a pressão arterial, os mecanismos compensatórios podem falhar em manter o fluxo sanguíneo adequado para os tecidos. Neste ponto, o choque torna-se potencialmente fatal, conforme as células danificadas começam a morrer. SINAIS E SINTOMAS DE CHOQUE Mesmo que os sinais e sintomas do choque variem com a gravidade da condição, a maioria pode ser prevista tendo em vista as respostas produzidas pelos sistemas de feedback negativo que tentam resolver o problema. Entre os sinais e sintomas de choque estão: ● Pressão arterial sistólica inferior a 90 mmHg; ● Frequência cardíaca de repouso elevada, em razão da estimulação simpática e aumento dos níveis sanguíneos de epinefrina e norepinefrina; ● Pulso fraco e rápido, em decorrência da redução no débito cardíaco e frequência cardíaca acelerada; ● Pele fria, pálida e úmida, em razão da constrição simpática dos vasos sanguíneos da pele e estimulação simpática da transpiração; ● Estado mental alterado, em decorrência da redução no suprimento de oxigênio ao encéfalo. ● Formação de urina reduzida, em decorrência do aumento nos níveis de aldosterona e hormônio antidiurético (HAD) ● A pessoa refere sede, em razão da perda de líquido extracelular ● O pH do sangue é baixo (acidose), em decorrência do acúmulo de ácido láctico ● Náuseas, devido ao fluxo sanguíneo prejudicado para os órgãos digestórios pela vasoconstrição simpática. CONTROLE FISIOLÓGICO DA PRESSÃO ARTERIAL BARRARECEPTORES Os barorreceptores, receptores sensitivos sensíveis à pressão, estão localizados na aorta, nas artérias carótidas internas (artérias do pescoço que fornecem sangue ao encéfalo) e outras grandes artérias do pescoço e do tórax. Eles enviam impulsos para o centro cardiovascular para ajudar a regular a pressão sanguínea. Os dois reflexos barorreceptores mais importantes são o reflexo do seio carótico e o reflexo da aorta. Ao microscópio vocês veriam nas paredes dessas estruturas as terminaçõesnervosas na camada externa do vaso, as terminações se juntam e formam nervos que enviam informações sobre o vaso sanguíneo, especificamente sobre sua elasticidade, conforme o sangue passa e essa parede é estendida, os BARRARECEPTORES. Quando estendida, esses nervos muito especializados, conhecidos por serem receptores de pressão, percebem a extensão e enviam um sinal através do nervo informando ao cérebro o quanto de extensão ocorreu, então ocorre o registrado todas as informações sobre as alterações da pressão arterial, tanto para alta quanto para baixa, e partir dessas informações transmitidas pelos barrareceptores que o nosso organismo ira trabalhar para normalizar a pressão. É importante lembrar que a pressão sanguínea "Q" refere-se ao volume sistólico, vezes a frequência cardíaca, então, o corpo pode elevar o volume sistólico, a frequência cardíaca ou a resistência, para fazer a pressão subir, e vice-versa se diminuir o volume, a frequência ou a resistência a minha pressão vai cair. O nosso corpo possui duas estratégias sob responsabilidade do sistema nervoso autônomo, um é o simpático, e o outro é o parassimpático. SIMPÁTICO: - No coração o simpático aumenta a frequência cardíaca e aumenta o volume sistólico da seguinte forma: a frequência cardíaca é a quantidade de batidas por minuto, o simpático faz as células cardíacas que controlam o batimento a trabalhar mais rápido. - Faz força para que o coração se contrair mais, aumentando o volume sanguíneo jorrado a cada batida. - O simpático causa vasoconstrição nos vasos; - No simpático, as artérias e principalmente as arteríolas se contraem, aumentando a resistência PARASSIMPÁTICO: - No coração ele reduz a frequência cardíaca e reduz o volume sistólico de maneira que retarde as células cardíacas que controlam o batimento cardíaco; - Faz o coração trabalhar com menos força, com menos sangue jorrado a cada batida. - O parassimpático causa vasodilatação dos vasos. - No parassimpático as artérias e arteríolas se dilatam causando uma queda na resistência. Pode-se notar que o simpático faz tudo para aumentar a pressão enquanto o parassimpático faz tudo para diminuir a pressão, então se ocorrer uma queda da pressão habitual, todos os nervos simpáticos serão acionados para fazer a regulação e quando ocorrer um aumento na pressão habitual, todos os nervos do sistema parassimpático serão ativados para reagir. É assim que o corpo consegue controlar a pressão rapidamente. Então temos que a entrada da informação é pelos nervos barorreceptores, e prossegue pelo sistema nervoso autônomo para reação se necessário, tudo isso acontece de maneira muito rápido, em segundos a minutos a resposta acontece. REFLEXOS QUIMIORRECEPTORES Os quimiorreceptores, receptores sensitivos que monitoram a composição química do sangue, estão localizados perto dos barorreceptores do seio carótico e do arco da aorta em pequenas estruturas chamadas glomos caróticos e glomos para-aórticos, respectivamente. Estes quimiorreceptores detectam mudanças nos níveis sanguíneos de O2, CO2 e H+. Hipoxia (baixa disponibilidade de O2), acidose (aumento na concentração de H+) ou hipercapnia (excesso de CO2) estimulam os quimiorreceptores a enviar impulsos ao centro cardiovascular. Em resposta, o centro CV aumenta a estimulação simpática de arteríolas e veias, provocando vasoconstrição e aumento da pressão sanguínea. Estes quimiorreceptores também fornecem informações ao centro respiratório no tronco encefálico para ajustar a frequência respiratória. REGULAÇÃO HORMONAL DA PRESSÃO SANGUÍNEA Vários hormônios ajudam a regular a pressão arterial e o fluxo sanguíneo por meio da alteração no débito cardíaco, alteração da resistência vascular sistêmica ou ajuste do volume total de sangue: 1. Sistema renina - angiotensina - aldosterona (RAA). Quando o volume de sangue cai ou o fluxo sanguíneo para os rins diminui, as células justaglomerulares dos rins secretam renina na corrente sanguínea. Na sequência, a renina e a enzima conversora de angiotensina (ECA) atuam sobre seus substratos para produzir o hormônio ativo angiotensina II, que aumenta a pressão arterial de duas maneiras. Em primeiro lugar, a angiotensina II é um potente vasoconstritor; isso aumenta a pressão arterial ao aumentar a resistência vascular sistêmica. Em segundo lugar, estimula a secreção de aldosterona, a qual aumenta a reabsorção dos íons sódio (Na+) e água pelos rins. A reabsorção de água aumenta o volume sanguíneo total, elevando a pressão arterial. 2. Epinefrina e norepinefrina. Em resposta à estimulação simpática, a medula da glândula suprarrenal libera epinefrina e norepinefrina. Esses hormônios aumentam o débito cardíaco ao elevarem a velocidade e força das contrações cardíacas. Também causam constrição das arteríolas e veias na pele e órgãos abdominais e dilatação das arteríolas no músculo cardíaco e esquelético, ajudando a aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo durante o exercício. 3. Hormônio antidiurético (HAD). O hormônio antidiurético (HAD) é produzido pelo hipotálamo e liberado pela neuro-hipófise em resposta à desidratação ou à diminuição no volume sanguíneo. Entre outras ações, o HAD causa vasoconstrição, aumentando a pressão arterial. Por isso, o HAD é também chamado vasopressina. O HAD também promove o deslocamento de água do lúmen dos túbulos renais para a corrente sanguínea. Isso resulta em aumento no volume sanguíneo e diminuição na produção de urina. 4. Peptídio natriurético atrial (PNA). Liberado pelas células do átrio do coração, o PNA reduz a pressão arterial ao causar vasodilatação e promover a perda de sal e água na urina, reduzindo o volume sanguíneo.
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