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Compliance tributário no Brasil As estruturas das empresas

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Compliance tributário no Brasil
As estruturas das empresas para 
atuar em um ambiente complexo
Pesquisa 
2013/2014
Existe uma percepção disseminada de que, além do 
peso de toda a carga tributária, as empresas têm um 
custo acessório envolvendo todo o processo de apuração 
de impostos, com forte impacto em sua estrutura de 
pessoal e tecnológica.
Sumário 
Amostra e metodologia ..............................................................4
Tributos e fiscalizações ................................................................5
Estrutura das empresas ...............................................................6
Formação e qualificação ............................................................8
Custos da estrutura de compliance .................................... 10
Processos tributários ................................................................. 12
Prioridades e desafios ............................................................... 14
SPED................................................................................................... 16
Ambiente de negócios avaliado – Banco Mundial ..... 18
Compliance tributário no Brasil 3
A estrutura das áreas fiscal e tributária das empresas 
brasileiras acompanha a complexidade do ambiente 
tributário do País ou tem desafios a enfrentar 
em termos de eficiência e produtividade? Muitos 
gestores que atuam nessas áreas, e que, entre as 
suas atribuições, lidam com a gestão do capital 
humano de seus departamentos, têm essa pergunta 
em mente. Alia-se a esse cenário a tendência de que 
a área tributária está ganhando cada vez mais uma 
abordagem estratégica para as empresas. O resultado 
dessa soma de fatores é a relevância cada vez maior 
da qualificação e da efetividade dessas equipes.
Existe uma percepção disseminada de que, além do 
peso de toda a carga tributária, as empresas têm 
um custo acessório envolvendo todo o processo 
de apuração de impostos, com forte impacto em 
sua estrutura de pessoal e tecnológica. A pesquisa 
“Compliance tributário no Brasil – As estruturas das 
Capital humano e visão estratégica
Os fatores críticos de sucesso, na visão 
dos gestores
empresas para atuar em um ambiente complexo”, 
realizada pela Deloitte, tem como objetivo identificar 
o perfil e quantificar o custo dessa estrutura e 
os esforços das empresas para atenderem às 
normas vigentes no País. O estudo traz uma nova 
abordagem sobre a força de trabalho empregada 
para o pagamento de tributos, que representa parte 
importante do chamado Custo Brasil.
O capital humano é um fator crítico para o sucesso 
de qualquer organização, independentemente de sua 
área de atuação. Dentro da estrutura tributária – um 
ambiente fortemente regulamentado e de grande 
potencial de riscos – não poderia ser diferente.
A Deloitte espera que este estudo contribua para 
o entendimento do panorama brasileiro nessa área 
e para a proposição de um modelo de gestão que 
atenda aos desafios do ambiente tributário do País.
O estudo traz uma nova abordagem 
sobre a força de trabalho empregada 
para o pagamento de tributos, que 
representa parte importante do 
chamado Custo Brasil.
Amostra e metodologia
A pesquisa “Compliance tributário no Brasil - As 
estruturas das empresas para atuar em um ambiente 
complexo” foi realizada por meio de questionário on-
line, entre agosto e setembro de 2013, e contou com a 
participação de 124 líderes da área fiscal de empresas, 
em grupos representativos dos mais diferentes portes 
e setores. 
Origem do capital das empresas (em %)
Pouco mais da metade das empresas possui origem 
estrangeira de capital, notadamente de países como 
Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, 
França, China e Suécia. A pesquisa foi respondida, na 
maior parte das vezes, por gerentes.
Faixa de faturamento (2012) (em %)
 Até R$ 50 milhões
 De R$ 50 milhões a R$ 100 milhões
 De R$ 100 milhões a R$ 300 milhões
 De R$ 300 milhões a R$ 500 milhões
 De R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão
 De R$ 1 bilhão a R$ 3 bilhões
 Mais de R$ 3 bilhões
20
14
14
6
16
21
9
 Estrangeira
 Brasileira
53
47
Faixa de faturamento (2012) (em %)
 Até R$ 100 milhões
 De R$ 100 milhões a R$ 1bilhão
 Mais de R$ 1bilhão
34
35
31
Perfil dos respondentes (em %)
 Diretores / Superintendentes
 Gerentes
 Supervisores
 Outros
26
47
20
Composição setorial (em %)
 Indústria
 Serviços
 Agropecuária
 Outros
52
23
2
23
7
Percentual de respondentes que assinalaram cada item
Compliance tributário no Brasil 5
Os respondentes destacaram que o Fisco Federal 
é o que adota a postura mais rigorosa durante as 
fiscalizações. Essa percepção reflete o peso e a 
informatização da carga tributária federal sobre as 
empresas. Em segundo lugar, com pouco mais da 
metade dos respondentes, está o Fisco Estadual, 
que também tem avançado muito na fiscalização 
eletrônica e também por conta do Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é o 
principal tributo em volume de arrecadação no Brasil. 
Outro aspecto que aumenta a complexidade do 
compliance tributário é a necessidade de constituição 
de filiais em vários Estados brasileiros, bem como as 
disputas entre os Estados envolvendo benefícios fiscais 
e créditos tributários, conhecidas como “guerra fiscal”.
No entanto, quando perguntadas sobre o número 
de fiscalizações realizadas nas empresas nos últimos 
cinco anos, as empresas respondentes indicam que 
o Fisco Estadual é o que mais efetuou fiscalizações, 
seguido pelo Municipal e, em último lugar, o Federal. 
Esse número indica mais uma vez a forte natureza 
operacional do ICMS, ao mesmo tempo em que 
reflete a informatização disseminada dos tributos 
federais. Uma vez que as informações passaram a ser 
transmitidas pela internet, com maior possibilidade 
de cruzamento de dados e ocorrência de processos, 
as empresas necessitam, ainda mais, tomar uma 
série de medidas antes de uma eventual fiscalização.
Os números mostram também que as empresas de 
grande porte estão no foco da fiscalização.
Tributos e fiscalizações
Qual Fisco adota a postura mais 
rigorosa durante as fiscalizações? (em %)
 Federal
 Estadual
 Municipal
64
34
2
Número de vezes em que a empresa foi fiscalizada 
nos últimos cinco anos*
Federal Estadual Municipal
Pequeno porte 2 1 4
Médio porte 5 7 3
Grande porte 16 69 27
* Média
Uma vez que as informações passaram 
a ser transmitidas pela internet, 
com maior possibilidade de cruzamento 
de dados e ocorrência de processos, 
as empresas necessitam, ainda mais, 
tomar uma série de medidas antes de 
uma eventual fiscalização.
6 
O estudo considera três diferentes estruturas para 
a área de compliance. A primeira (Estrutura I) é a 
mais simples e intuitiva, e contempla empresas cujas 
áreas fiscal e contábil atuam juntas, sem uma área 
consultiva tributária interna. A segunda (Estrutura 
II) reúne empresas com áreas fiscal e contábil 
unificadas, porém, com uma área de consultoria 
tributária separada para a promoção de uma visão 
mais estratégica e de negócios. Na Estrutura III, estão 
as empresas com áreas fiscal, contábil e consultiva 
tributária com atuação focada, embora naturalmente 
complementar entre elas.
Modelos de estrutura de compliance tributário
Estrutura I
Fiscal e Contábil sem 
Consultoria Tributária*
Estrutura II
Fiscal e Contábil com 
Consultoria Tributária*
Estrutura III
Fiscal, Contábil e Consultoria 
Tributária segregadas*
* Entende-se por área fiscal aquela responsável pela apuração dos 
tributos. A área de Consultoria Tributária interna é aquela responsável 
pela estratégia e pelo planejamento tributário da empresa ou do grupo
Estrutura das empresas
Recursoshumanos em 
compliance tributário
A pesquisa mostra que as empresas de grande porte 
são as que mais possuem uma estrutura tributária 
mais madura (Estrutura III). O número de funcionários 
também é maior quando as áreas ganham autonomia 
e uma visão estratégica de consultoria tributária.
Estruturas adotadas pelas empresas respondentes
 
Empresas da 
amostra que 
adotaram 
cada estrutura 
Número médio 
de funcionários 
da estrutura de 
compliance tributário
Estrutura I 57% 14
Estrutura II 8% 11
Estrutura III 35% 24
Modelos adotados pelas empresas participantes
  Estrutura I Estrutura II Estrutura III
Pequeno porte 63% 15% 22%
Médio porte 67% 5% 28%
Grande porte 46% 3% 51%
Compliance tributário no Brasil 7
A pesquisa revela que a estrutura de compliance das 
organizações respondentes é, em grande parte das 
vezes, comandada por um gerente que se reporta ao 
diretor financeiro. Este é um indicador de que o Brasil 
tem muito o que avançar no sentido da valorização 
desse profissional, cuja responsabilidade, para a 
empresa e para a sociedade, é grande. A visão ainda 
é de uma função predominantemente operacional. 
Em outros mercados, como Estados Unidos e Europa, 
por exemplo, muitas empresas têm um vice-presidente 
para a área tributária, o que confere mais influência e 
poder de decisão para esse profissional na estratégia 
da organização.
Cargo mais alto das áreas tributária, 
fiscal e de consultoria tributária (em %)
A quem esses líderes se reportam? 
(em %)
18
67
15
 Diretor
 Gerente
 Coordenador
 CEO / Presidente
 CFO / Diretor financeiro
 Controller
 Outro
22
60
13
5
8 
Formação e qualificação
A formação da maior parte das lideranças em 
compliance tributário é em Contabilidade. Para as 
organizações que contam com consultoria tributária, 
há uma presença também marcante dos graduados em 
Direito, em consonância com a abordagem estratégica 
da área. A predominância de analistas na área tributária 
das empresas – 23% deles com pós-graduação 
– mostra que essa base é fundamental para o 
atendimento a processos mais numerosos e complexos.
No entanto, os respondentes relataram alguns 
entraves com relação à qualidade dessa formação, 
mesmo entre os pós-graduados. A qualificação muitas 
vezes é avaliada como teórica e pouco voltada à 
capacidade analítica. Para lidar com essa questão, 
as empresas têm investido na atualização dos 
profissionais, um fator determinante quando se trata 
de uma área que passa por constantes mudanças de 
normas e regulamentações.
Cargos ocupados pelos 
profissionais da área 
(em %)
 Assistente
 Analista
 Coordenador
 Supervisor
 Gerente
 Diretor
23
2
54
6
8
7
Formação acadêmica do líder da 
estrutura de compliance tributário 
(em %)
 Contabilidade
 Administração
 Direito
 Economia
 Engenharia
1
67
16
13
3
Formação por cargo (em %)
Assistente
Supervisor
Coordenador
Diretor
Analista
Gerente
40
42
8
50
55
1
44
36
4
60
5
55
68
9
23
45
10
45
 Ensino superior incompleto
 Ensino superior completo
 Pós-graduação 
0 90
0 90
Os profissionais no mercado são muito voltados para 
aspectos operacionais, mas com capacidade analítica limitada
Não existem profissionais em quantidade suficiente para um 
processo de recrutamento adequado
Os profissionais apresentam experiência limitada no uso de 
novas tecnologias requeridas no ambiente SPED
Os profissionais não estão preparados para as novas demandas 
requeridas pela legislação tributária brasileira
Os profissionais possuem experiência teórica, porém, 
 não têm prática suficiente
Outros
Assinatura de periódicos on-line
Seminários externos (eventos de atualização e curta duração)
Treinamentos externos, de média e longa durações
Assinatura de periódicos impressos
Treinamentos internos
E-learning
Outros
Maiores dificuldades verificadas no recrutamento de novos profissionais 
(em %, respostas múltiplas)
Recursos que a empresa adota para atualização técnica dos profissionais 
(em %, respostas múltiplas)
48
88
44
83
36
55
33
34
29
28
9
17
6
Compliance tributário no Brasil 9
10 
Para levantar os custos da estrutura fiscal das 
empresas, a pesquisa levou em conta o número de 
funcionários em cada cargo e nível de graduação 
para cada grupo de empresas – de pequeno, médio 
e grande portes. Esses dados foram combinados 
às informações sobre os salários médios para esses 
cargos, levantadas pela Pesquisa de Remuneração, 
realizada anualmente pela Deloitte, e pela Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), apurada 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). O custo médio dos salários foi acrescido de 
80%, relativos a encargos.
O resultado da modelagem desses dados é uma 
estimativa do custo médio por empresa, considerando 
apenas a área fiscal, segregado por porte de empresa. 
Levando em consideração o faturamento médio das 
organizações de cada um desses grupos, foi calculada 
a porcentagem relativa à manutenção dessa estrutura 
sobre a receita.
Custos da estrutura de compliance
O peso da manutenção da estrutura tributária diminui 
conforme a organização ganha escala, um resultado 
natural e até mesmo esperado. Porém, os resultados 
também refletem que os compromissos tributários das 
empresas de menor e maior porte são os mesmos, 
e muitas vezes exigem uma equipe igualmente 
qualificada para lidar com essas questões. Para as 
empresas de menor porte, no entanto, é ainda mais 
custoso manter um profissional qualificado para a área 
fiscal do que para uma organização de grande porte.
É notável o expressivo crescimento do número de 
funcionários em relação ao tamanho da empresa 
(em termos de faturamento), mas há um destaque na 
taxa de crescimento maior para os funcionários com 
pós-graduação, mestrado ou doutorado. O resultado 
indica que há uma procura maior por profissionais de 
alta qualificação.
Custo da estrutura fiscal
Pequeno porte Médio porte Grande porte
Faturamento médio por empresa* R$ 27,9 milhões R$ 309,3 milhões R$ 1,6 bilhão
Custo médio da área fiscal por empresa** R$ 482.166,03 R$ 806.393,00 R$ 1.945.260,00
Participação do custo da área fiscal sobre 
o faturamento das empresas 1,72% 0,26% 0,12%
* Estimados pelos limites inferiores das respostas de faixa de faturamento
** Salários mais encargos anuais estimados
Número de funcionários da área fiscal
  Pequeno porte Médio porte Grande porte
Menor qualificação* 1,9 5,1 12,2
Maior qualificação** 0,9 1,4 3,8
* Graduação incompleta e graduação completa
** Pós-graduação
variação: 174% variação: 140%
variação: 49% variação: 174%
Para as empresas que possuem profissionais na 
área consultiva tributária, o cenário é parecido: 
o custo médio por empresa diminui conforme a 
empresa cresce. O custo para a área de consultoria 
tributária interna é ainda maior para as empresas 
menores do que o custo para a área fiscal – trata-se 
de uma equipe mais estratégica e qualificada. Para as 
empresas de maior porte, porém, o impacto do custo 
com uma área consultiva fiscal é menor do que com 
a área fiscal.
Considerando a soma de cada uma das áreas, é 
possível identificar os custos salariais dessa estrutura 
para cada porte de empresa. Para efeitos de 
comparação, o valor, para as empresas de menor 
porte, é bastante similar às alíquotas combinadas 
dos tributos PIS/Cofins, que, no regime simplificado, 
corresponde a 3,65%.
Custo da estrutura consultiva tributária
Pequeno porte Médio porte Grande porte
Faturamento médio por empresa* R$ 24,5 milhões R$ 277,8 milhões R$ 1,5 bilhão 
Custo médio da área consultiva tributária 
por empresa**R$ 443.673,00 R$ 605.746,00 R$ 1.140.821,00
Participação do custo da área consultiva 
tributária sobre o faturamento das 
empresas 
1,81% 0,22% 0,08%
* Estimados pelos limites inferiores das respostas de faixa de faturamento
** Salários mais encargos anuais estimados
O peso da estrutura de compliance
A participação da estrutura de compliance tributário sobre o faturamento das empresas
Faixa de faturamento Fiscal Consultiva tributária Total
Até R$ 100 milhões 1,72% 1,81% 3,53%
De R$ 100 milhões a 1 bilhão 0,26% 0,22% 0,48%
Mais de R$ 1 bilhão 0,12% 0,08% 0,2%
Compliance tributário no Brasil 11
12 
Processos tributários
As empresas indicaram que gerenciam, atualmente, 
uma média de 68 processos tributários, com 
um máximo de 783 processos declarados por 
organização participante. Sabe-se, contudo, que 
existem empresas no mercado com mais de 3.000 
processos em andamento. Entende-se por processo 
tributário fiscalizações em andamento, defesas de 
autos de infração, questionamentos das autoridades e 
compensação de tributos, entre outros fatores.
Para calcular a média de processos por funcionário das 
áreas fiscal, contábil e consultiva tributária, a pesquisa 
somou, para cada grupo de empresas (pequeno, 
médio e grande portes), o número total de processos 
e o número total de funcionários envolvidos.
Ao mesmo tempo em que têm um número total muito 
maior de processos, as empresas de grande porte 
apresentam um montante significativamente maior 
de processos por funcionário, o que indica, além de 
ganho de escala, maior produtividade do setor.
Quando segmentada, a amostra das empresas 
estrangeiras de grande porte apresenta uma média 
de sete processos por funcionário, enquanto as 
empresas brasileiras de mesmo porte registram 
uma média de 2,1 processos por funcionário. Esses 
números revelam que as empresas de maior porte, 
embora proporcionalmente sejam mais fiscalizadas, 
conseguem obter uma eficiência maior na gestão 
tributária. 
Número de processos
(total da amostra) 
Número de funcionários 
das áreas fiscal,contábil 
e consultiva tributária 
(total da amostra)
Número de processos 
(média amostral) 
 
Pequeno porte 167 262 0,70
Médio porte 983 544 1,70
Grande porte 6.916 1.138 4,70
Total 8.074 1.958 2,20
Compliance tributário no Brasil 13
14 
Prioridades e desafios
Os maiores entraves indicados pelos respondentes 
com relação à condução de negócios refletem 
aspectos que fazem parte do chamado Custo Brasil. 
Os participantes indicam a necessidade de uma 
modernização da legislação tributária do País e 
também ressaltam entraves de infraestrutura que 
impactam o ambiente de negócios.
Quando perguntados sobre as dificuldades para 
o atendimento às prioridades levantadas, os 
respondentes assinalaram que a evolução tecnológica 
do ambiente tributário brasileiro não foi acompanhada 
pela modernização nem pela desburocratização dos 
processos.
A informatização, que poderia permitir maior 
transparência e agilidade, acabou por tornar o 
processo ainda mais complexo e suscetível a riscos. 
Isso porque, por conta do cruzamento de dados 
praticamente em tempo real, a possibilidade de erros 
ainda é maior, tornando a fiscalização eletrônica ainda 
mais implacável do que a fiscalização em campo.
Maiores entraves na 
condução de negócios*
1. Mudanças muito frequentes 
impedem um grau de previsibilidade 
seguro;
2. Alta carga tributária causa 
deformações no modelo de 
negócios idealmente desejado pela 
empresa;
3. Legislação inadequada não favorece 
a adoção de novas tecnologias do 
exterior que demandam royalties 
elevados;
4. Aspectos tributários impedem a 
adoção de modelos de distribuição 
exclusivamente baseados em 
racionalidade logística;
5. Concentração de tributos indiretos 
traz baixa transparência na 
formação de preços de produtos e 
insumos, dificultando a competição 
baseada em eficiência.
* Consolidação de respostas fornecidas pelos participantes da pesquisa.
Compliance tributário no Brasil 15
Prioridades da 
gestão tributária*
1. Adequada apuração de tributos;
2. Redução da carga tributária;
3. Administração eficiente dos 
processos tributários;
4. Atendimento às fiscalizações 
em andamento.
Dificuldades para atender 
às prioridades*
1. Complexidade no atendimento 
das obrigações eletrônicas, devido 
ao grande número de declarações 
exigidas;
2. Dificuldade no acompanhamento 
das mudanças na legislação 
tributária;
3. Atuação agressiva por parte do 
Fisco com relação ao planejamento 
tributário;
4. Morosidade e burocracia na 
administração de processos 
tributários; Redução de 
oportunidade de planejamento 
tributário; Fiscalizações cada vez 
mais detalhadas e complexas;
5. Fiscalização eletrônica pelo Fisco, 
ou seja, cruzamento de dados sem 
necessariamente uma fiscalização 
em campo;
6. Custo e complexidade na 
manutenção de arquivos em 
papel e eletrônico.
16 
SPED
Expectativas e percepções
O advento da informatização, por meio do Sistema 
Público de Escrituração Digital (SPED), fez com que 
as empresas realizassem investimentos em sistemas 
e atualização de pessoal para se adequarem à nova 
regulamentação. De fato, o novo sistema permite 
maior transparência nos processos, um ganho em 
termos de maturidade do sistema democrático de 
nosso país.
Nesse contexto, a perspectiva inicial era de que 
haveria uma diminuição de custos para as empresas, 
por conta de aspectos como maior agilidade nos 
processos e até mesmo redução de papel. No entanto, 
na avaliação das empresas respondentes, esse esforço 
não se reverteu, na prática, em redução de custos, 
principalmente por conta de custos de implementação 
e manutenção dos Sistemas Integrados de Gestão 
Empresarial (ERP, na sigla em inglês).
Estágio da implementação do SPED 
nas empresas da amostra (em %)
 Finalizado
 Em curso
 Não aplicável
 Não realizado
78
2
19
1
Impacto da implementação do SPED 
(finalizado ou em curso) (em %)
 Muito relevante (muitos investimentos 
financeiros e humanos empregados)
 Relevantes (investimentos financeiros e 
humanos moderadamente utilizados)
 Mudanças moderadas
 Grandes mudanças efetuadas
 As mudanças foram pequenas 
 Pouco relevante (não houve investimentos 
financeiros e humanos significativos)
38
2
30
13
13
4
Variação dos custos após a 
implementação do SPED (em %)
 Mantiveram-se
 Aumentaram
 Diminuíram
55
40
5
Compliance tributário no Brasil 17
0 90
Novos softwares
Implementação de novas versões de sistemas ERP
Profissionais mais qualificados
Novos hardwares
Novos profissionais de informática
Novos profissionais na área tributária
Os maiores investimentos necessários para a implementação do SPED 
(em %, respostas múltiplas)
76,2
48,4
41,8
31,1
24,6
22,1
Um dos exemplos do descompasso de como o 
sistema informatizado pode contribuir com a 
otimização do processo de apuração tributária é a 
manutenção do prazo prescricional para a fiscalização 
da Receita Federal em cinco anos. Em um sistema 
em que é possível prestar contas com agilidade, 
e posteriormente cruzar esses dados, esse tempo 
em que a empresa está vulnerável a fiscalizações e 
questionamentos poderia ser reduzido sem prejuízo 
para a transparência do processo tributário.
A economia com a redução de papel 
impresso compensou os investimentos 
realizados para implementação do 
SPED? (em %)
 Não
 Sim
76
24
Considerando o novo ambiente 
SPED, você considera que o 
prazo prescricional de 5 anos 
deveria… (em %)
 Ser reduzido
 Permanecer igual
 Aumentar
4
34 62
18 
O Brasil ficou em 116ºlugar entre as 189 economias 
pesquisadas pelo Banco Mundial para a elaboração 
do ranking “Doing Business 2014”, que relaciona 
os países de acordo com a sua facilidade para fazer 
negócios. O levantamento aborda aspectos como o 
tempo para abertura de empresas e o pagamento de 
impostos – critérios nos quais o País fica ainda atrás de 
sua posição geral.
Em uma comparação com os países da América 
Latina e da Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE) – órgão 
internacional e intergovernamental que reúne 
34 países, entre economias industrializadas e 
emergentes –, o Brasil apresenta um elevado número 
de dias para a abertura de uma empresa e de horas 
voltadas ao pagamento de impostos.
Tempo precioso
As empresas no Brasil destinam 2.600 horas anuais com a apuração de 9 impostos que pesam 68,3% em seus lucros
Abertura de empresas – Brasil ocupa a 123ª posição no item
  Brasil América Latina e Caribe OCDE*
Número de procedimentos 13 9 5
Duração (dias) 107,5 36,1 11,1
Custo (% RNB per capita) 4,6 33,1 3,6
Capital integralizado mínimo 
(% RNB per capita) 0 3,6 10,4
Pagamento de impostos – Brasil ocupa a 159ª posição no item
  Brasil América Latina e Caribe OCDE*
Pagamentos (número) 9 30 12
Tempo (horas por ano) 2.600 369 175
Impostos sobre os lucros 
(% lucros) 24,9 20,5 16,1
Contribuições e impostos 
sobre o trabalho (% lucros) 39,6 14,7 23,1
Outros impostos (% lucros) 3,8 12,1 2
Alíquota de imposto total 
(% do lucro) 68,3 47,3 41,3
* Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
Fonte: Relatório “Doing Business 2014”, Banco Mundial
Ambiente de negócios avaliado
O Brasil na visão do Banco Mundial
Apesar de o número de impostos no Brasil ser menor 
do que na comparação com a média da América 
Latina e da OCDE, o Brasil destina mais tempo à 
sua apuração. Este é um indício de um ambiente 
tributário complexo, que pode inibir a realização de 
investimentos estrangeiros no País.
O tempo para a abertura de uma empresa é crítico 
quando se trata da geração de oportunidades para os 
empreendedores e para as empresas emergentes – os 
motores das economias mais consolidadas do mundo. 
A questão do custo com a mão de obra também é 
contundente no País: as contribuições e os impostos 
sobre os salários são especialmente superiores para as 
empresas instaladas no Brasil na comparação com os 
demais países do mundo.
Com menos burocracia (a internet pode ser uma forte 
aliada nesse processo) e mais previsibilidade jurídica 
e regulamentar, o Brasil pode criar um ambiente 
regulatório mais propício a investimentos – e inclusive 
aumentar a sua arrecadação.
Compliance tributário no Brasil – As estruturas das empresas 
para atuar em um ambiente complexo
 Liderança do projeto: Marcelo Natale 
 Sócio da área de Consultoria Tributária da Deloitte
 Cristina Arantes Berry 
 Sócia-líder da área de Consultoria Tributária da Deloitte
 Produção do relatório: Departamento de Strategy, Brand & Marketing da Deloitte
 Coordenação de pesquisa: Research – Deloitte
 Arte: Mare Magnum
O conteúdo deste relatório e todos os resultados e análises relacionados à pesquisa 
“Compliance tributário no Brasil – As estruturas das empresas para atuar em um 
ambiente complexo” foram produzidos pela Deloitte. A reprodução de qualquer 
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