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Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 1 CÓDIGO PENAL – PARTE ESPECIAL ADVOCACIA ADMINISTRATIVA Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. 1. Sujeito ativo (quem pode praticar o crime) Somente funcionário público. 2. Sujeito passivo (vítima) É o Estado e, secundariamente, a entidade de direito público ou o particular prejudicado. 3. Objeto jurídico (bem jurídico protegido pela lei) É a administração pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral. 4. Objeto material (pessoa ou bem alvo do crime) Interesse privado. 5. Elementos objetivos do tipo (conduta) Patrocinar (proteger, beneficiar ou defender), direta ou indiretamente, interesse privado (é qualquer vantagem, ganho ou menta a ser atingida pelo particular. Esse interesse deve confrontar-se com o interesse público) perante a administração pública, valendo-se de qualidade de funcionário (é o prestígio junto aos colegas ou a facilidade de acesso as informações ou a troca de favores, investindo contra interesse maior da administração de ser imparcial e isenta nas suas decisões e na sua atuação). 6. Elementos subjetivo do crime (dolo ou culpa) Dolo. 7. Classificação Próprio (só pode ser cometido por funcionário público), formal, de forma livre, comissivo (só por ação), instantâneo, unissubjetivo e plurissubsistente. 8. Tentativa Admissível. 9. Momento consumativo Quando houver a prática do patrocínio, independentemente de efetivo prejuízo a administração. 10. Forma qualificada A pena em abstrato é aumentada para detenção, de três meses a um ano, e multa, configurando uma qualificadora, quando o interesse privado patrocinado pelo funcionário público é ilegítimo (ilícito). USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 1. Sujeito ativo (quem pode praticar o crime) Qualquer pessoa, inclusive funcionário público, quando atua fora da sua área de atuação. 2. Sujeito passivo (vítima) É o Estado. 3. Objeto jurídico (bem jurídico protegido pela lei) É a administração pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral. 4. Objeto material (pessoa ou bem alvo do crime) A função pública. 5. Elementos objetivos do tipo (conduta) Usurpar (alcançar sem direito ou com fraude) o exercício de função pública (é o conjunto de atribuições inerentes ao serviço público, que não Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 2 correspondem a um cargo ou emprego. Ex: Funcionário contratado pela administração para um serviço temporário). 6. Elementos subjetivo do crime (dolo ou culpa) Dolo. 7. Classificação Comum, formal, de forma livre, comissivo (só por ação), instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente. 8. Tentativa Admissível. 9. Momento consumativo Quando houver a prática da usurpação, independentemente de prejuízo material efetivo para a administração. 10. Figura qualificada pelo resultado A pena é de reclusão de dois a cinco anos, e multa, se do fato resulta vantagem ao agente. RESISTÊNCIA Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de dois meses a dois anos. § 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena - reclusão, de um a três anos. § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. 1. Sujeito ativo (quem pode praticar o crime) Qualquer pessoa, inclusive funcionário público. Se, porém, alguém comete esse crime, mesmo sendo funcionário público, essa condição não vai eximir o agente de pena 2. Sujeito passivo (vítima) É o Estado. Secundariamente, o funcionário ou outra pessoa que sofreu a violência ou ameaça. Essa outra pessoa precisa estar acompanhada do funcionário público, encarregado da realização do ato legal, a quem presta auxílio. 3. Objeto jurídico (bem jurídico protegido pela lei) É a administração pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral. 4. Objeto material (pessoa ou bem alvo do crime) A pessoa agredida ou ameaçada. 5. Elementos objetivos do tipo (conduta) Opor-se (colocar obstáculo) à execução de ato legal (é o ato lícito; o conceito de legalidade do ato não se confunde com justiça, pois contra o ato injusto, mas legal, não é admissível a oposição), mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo (fazê-lo cumprir) ou a quem lhe esteja prestando auxílio (dando apoio). A pena é de detenção de dois meses a dois anos. Além disso, aplica-se cumulativamente a sanção resultante da violência (§2º). 6. Elementos subjetivo do tipo específico É a vontade de não permitir a realização do ato legal. 7. Elementos subjetivo do crime (dolo ou culpa) Dolo. 8. Classificação Comum, formal, de forma livre, comissivo (só por ação), instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente. 9. Tentativa Admissível. Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 3 10. Momento consumativo Quando houver a prática da resistência ativa, independentemente de prejuízo material efetivo para a administração. 11. Figura qualificada pelo resultado A pena é de reclusão, de um a três anos, se, em razão da resistência, o ato não se executa. PARTICULARIDADES: 1. Não exige o tipo penal que a ameaça seja grave, embora deva ser a promessa de causa um mal injusto. Não se configura o delito se a pessoa “ameaça” o funcionário de representá-lo ao superiores, uma vez que é direito do qualquer um fazê-lo. Por outro lado, é preciso que tanto a violência quanto a ameaça sejam dirigidas contra a pessoa do funcionário, e não contra coisas. Ofensas não são ameaças e podem configurar o crime de desacato. 2. Há diferença entre resistência ativa e resistência passiva. A ativa consiste no emprego e violência ou ameaça contra funcionário público, servindo para configurar o crime, a passiva é a oposição sem ataque ou agressão por parte da pessoa que se pode dar de variadas maneiras: fazendo “corpo mole” par anão ser preso e obrigando os policiais a carrega- lo para a viatura, não se deixar algemar, escondendo as mãos, buscar retirar o carro da garagem para não ser penhorado, sair correndo após ser dada voz de prisão ou após a ordem de parada. 3. Não basta que a vítima seja funcionário público, pois o tipo penal exige que tenha ele competência para executar o ato. DESOBEDIÊNCIA Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. 1. Sujeito ativo (quem pode praticar o crime) Qualquer pessoa, inclusive funcionário público. Quanto ao funcionário público, para que ele seja o sujeito ativo do crime, é imprescindível que ele não esteja no exercício de sua função e a ordem não guarde relação com ela. Deve ele agir como se fosse particular, pois, do contrário, pode configurar o ato crime de prevaricação. 2. Sujeito passivo (vítima) É o Estado. 3. Objeto jurídico (bem jurídico protegido pela lei) É a administração pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral. 4. Objeto material (pessoa ou bem alvo do crime) É a ordem dada. 5. Elementos objetivosdo tipo (conduta) Desobedecer (não ceder à autoridade ou força e alguém, resistir ou infringir) a ordem legal (comando lícito) de funcionário público. Exige-se conhecimento direto (na presença de quem emite o comando, por notificação ou outra forma inequívoca, não valendo o simples envio de ofício ou carta) por parte do funcionário ao qual se destina a ordem, sem ser por interposta pessoa, afim de não existir punição por mero “erro de comunicação”, que seria uma indevida responsabilidade penal objetiva. Pena é a de detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. 6. Elementos subjetivo do crime (dolo ou culpa) Dolo. O engano quanto a ordem a ser cumprida (modo, lugar, forma, entre outras) exclui o dolo. O fato será atípico por não existir a forma culposa. Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 4 7. Classificação Comum, formal, de forma livre, comissivo ou omissivo, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente. 8. Tentativa Admissível na forma plurissubsistente. 9. Momento consumativo Quando houver a desobediência, independentemente de prejuízo material efetivo para a administração. DESACATO Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 1. Sujeito ativo (quem pode praticar o crime) Qualquer pessoa, inclusive funcionário público, independentemente de hierarquia. Um policial pode desacatar um juiz, quando da sua oitiva no fórum, como também pode desacatar outro colega. 2. Sujeito passivo (vítima) É o Estado. Secundariamente, o funcionário publico humilhado. 3. Objeto jurídico (bem jurídico protegido pela lei) É a administração pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral. 4. Objeto material (pessoa ou bem alvo do crime) É o funcionário, mas também a sua honra. 5. Elementos objetivos do tipo (conduta) Desacatar (desprezar, faltar com o respeito, ou humilhar) funcionário público no exercício de sua função ou em razão dela (exige-se que a palavra ofensiva ou o ato injurioso seja dirigido ao funcionário que esteja exercendo suas atividades ou, ainda que ausente delas, tenha o autor levado em consideração a função pública). Pode implicar em qualquer tipo de palavra grosseira ou ato ofensivo contra a pessoa que exerce função pública, incluindo ameaças e agressões físicas. Não se concretiza o crime se houver reclamação ou crítica contra a atuação funcional de alguém. Simples censura ou desabafo, em termos queixosos, mas sem tom insólito, não pode constituir desacato. Nem importa que o fato não tenha tido publicidade que o agravasse. 6. Elementos subjetivo do crime (dolo ou culpa) Dolo. 7. Classificação Comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente. 8. Tentativa Admissível na forma plurissubsistente. 9. Momento consumativo Quando houver o desacate, independentemente de prejuízo material efetivo a administração pública. Particularidades: 1. A presença de funcionário público é indispensável, pois a depreciação necessita ter alvo, de forma que o funcionário público deve ouvir a palavra injuriosa ou sofrer diretamente o ato. Ainda que esteja distante, precisa captar por seus próprios sentidos a ofensa. A ofensa por escrito caracteriza o crime de injúria, mas não desacato. 2. Se o funcionário provoca a ofensa não caracteriza desacato, quando o particular Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 5 devolve a referida provocação, tendo em vista que não busca desprestigiar a função pública, mas dar resposta ao que julgou indevido. 3. Se o funcionário publico demonstra completo desinteresse pelo ato ofensivo proferido pelo agressor, não há que se falar em crime, pois a função pública não chegou a ser desprestigiada. TRÁFICO DE INFLUÊNCIA Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. 1. Sujeito ativo (quem pode praticar o crime) Qualquer pessoa, inclusive funcionário público. 2. Sujeito passivo (vítima) É o Estado. 3. Objeto jurídico (bem jurídico protegido pela lei) É a administração pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral. 4. Objeto material (pessoa ou bem alvo do crime) É a vantagem. 5. Elementos objetivos do tipo (conduta) Solicitar (pedir ou rogar), exigir (ordenar ou reclamar), cobrar (exigir o cumprimento de algo) ou obter (alcançar ou conseguir), para si ou para outrem, vantagem (qualquer ganho ou lucro para o agente, lícito ou ilícito) ou promessa de vantagem (obrigar-se a, no futuro, entregar algum ganho a alguém), a pretexto de influir (inspirar ou incutir) em ato (pode ser lícito ou ilícito, pois o tipo penal não descrimina, deve ser futuro, e não passado) praticado por funcionário público no exercício da função. 6. Elementos subjetivo do tipo específico É a vontade de ter para si ou destinar a outrem a vantagem. 7. Elementos subjetivo do crime (dolo ou culpa) Dolo. 8. Classificação Comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente. 9. Tentativa Admissível na forma plurissubsistente. 10. Momento consumativo Quando houver a solicitação, independentemente de prejuízo material efetivo a administração. 11. Causa de aumento A pena é aumentada de metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário público. 12. Particularidades Há de se exigir para configuração deste crime, que um sujeito qualquer (funcionário público ou não) solicite, exija, cobre ou obtenha de outra pessoa (funcionário ou não) qualquer vantagem, sob o pretexto de exercer influência em um funcionário público no exercício da função. A denominada carteirada, quando uma autoridade invoca seu posto para intimidar determinado servido público a Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 6 fazer algo ou deixar de fazer algo, a pretexto de influir em ato de seu superior hierárquico, configura o tráfico de influência. CORRUPÇÃO ATIVA Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná- lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. 1. Sujeito ativo (quem pode praticar o crime) Qualquer pessoa. 2. Sujeito passivo (vítima) É o Estado. 3. Objeto jurídico (bem jurídico protegido pela lei) É a administração pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral. 4. Objeto material (pessoa ou bem alvo do crime) É a vantagem. 5. Elementos objetivos do tipo (conduta) Oferecer (propor ou apresentar para que seja aceito) ou prometer (obrigar-se a dar algo a alguém) vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar (executar ou levar a efeito), omitir (não fazer), ou retardar (atrasar) ato de ofício (é o ato inerente às atividades do funcionário). Se alguém, por exemplo, propõe vantagem (pode ser qualquer lucro, ganho, privilégio ou benefício ilícito, ou seja, contrário ao direito, ainda que ofensivo apenas aos bons costumes)a um funcionário público, levando-o a executar um ato que é sua obrigação, comete o delito de corrupção ativa. 6. Elementos subjetivo do tipo específico É a vontade de fazer o funcionário praticar, omitir ou retardar ato de ofício. 7. Elementos subjetivo do crime (dolo ou culpa) Dolo. 8. Classificação Comum, formal, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente. 9. Tentativa Admissível na forma plurissubsistente. 10. Momento consumativo Quando houver o oferecimento ou a promessa, independentemente de prejuízo material efetivo a administração. 11. Causa de aumento A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário, efetivamente, retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. 12. Particularidades a) Carteirada é a expressão utilizada para demonstrar o ato de autoridade que, fazendo uso de sua função, exibe seu documento funcional para conseguir algum préstimo de outra autoridade ou funcionário público. Tal ato não é corrupção ativa, podendo, no máximo, configurar tráfico de influência (art. 332 do CP); b) Não se exige que, para a configuração da corrupção ativa, esteja devidamente demonstrada a corrupção passiva (art. 317 do CP). Logo, não se trata de delito bilateral. Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 7 QUESTÕES 01. (FGV - 2018 - Câmara de Salvador - BA - Analista Legislativo Municipal - Mesa Diretora (Ouvidoria) Caio, funcionário da ouvidoria de determinado órgão público, no exercício de suas funções, é surpreendido por João, totalmente insatisfeito com a demora em seu atendimento. Quando chega a sua vez de ser atendido, João passa a afirmar, na frente de diversas pessoas, que Caio é um “incompetente”, que “certamente teria retardo mental” e que explicaria suas necessidades “com bastante calma para que até uma pessoa como Caio pudesse entender”. Caio, então, sentindo-se humilhado, informa o fato a Policiais Militares que faziam a segurança em frente ao órgão em que exercia suas funções. Considerando apenas as informações narradas, a conduta de João, de acordo com as previsões do Código Penal, configura: A) resistência; B) desobediência; C) desacato; D) violência arbitrária; E) atipicidade. 02. (Crescer Consultorias - 2017 - Prefeitura de Campo Alegre de Lourdes - BA - Guarda Municipal) Quando um condutor de veículo é interceptado por um agente da Brigada de Trânsito, em excesso de velocidade e promete ao agente uma quantia monetária para não ser sancionado, temos um crime de: A) Corrupção ativa. B) Corrupção passiva. C) Corrupção de eleitor. D) Corrupção no desporto. 03. (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia) O funcionário público que retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, incorrerá no delito de A) prevaricação. B) condescendência criminosa. C) concussão. D) corrupção passiva. E) corrupção ativa. 04. (IDIB - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Guarda Civil) Sobre os crimes contra a Administração Pública, analise os itens a seguir: I. No crime de advocacia administrativa, o agente patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública, valendo-se da qualidade de funcionário. II. No crime de concussão, o agente exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi- la, mas em razão dela, vantagem indevida. III. Está tipificada no Código Penal a conduta de dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei. Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que: A) Todos os itens estão corretos. B) Apenas o item I está correto. C) Apenas o item II está correto. D) Apenas o item III está correto. E) Apenas os itens I e II estão corretos. 05. (GUALIMP - 2020 - Prefeitura de Conceição de Macabu - RJ – Procurador) Assinale a alternativa que corresponde ao tipo penal do crime de Resistência de acordo com o Código Penal: A) Desobedecer à ordem legal de funcionário público. Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 8 B) Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. C) Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. D) Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. 06. (ADVISE - 2016 - Prefeitura de Conde - PB – Topógrafo) Qual das alternativas abaixo NÃO apresenta um dos crimes praticados por particular contra a administração geral? A) Resistência B) Desobediência C) Usurpação de função pública D) Contrabando E) Concussão 07. (CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco I) O proprietário de estabelecimento comercial que impeça o acesso de auditor fiscal da SEFAZ, regularmente identificado e com atribuição para dar início à ação fiscal, pratica: A) desacato. B) resistência. C) desobediência. D) crime contra a ordem tributária. E) conduta penalmente atípica, considerada mera infração administrativa. 08. (FGV - 2020 - TJ-RS - Oficial de Justiça) João, oficial de justiça, solicita o pagamento de dois mil reais para não cumprir rapidamente um mandado de citação, o que acaba ocorrendo. Nessa situação, João sujeita-se às penas previstas para o crime de: A) concussão; B) corrupção passiva simples; C) prevaricação; D) corrupção passiva com aumento de pena; E) tráfico de influência. 09. (Quadrix - 2018 - COREN-RS - Analista – Jurídico) Ana, enfermeira, sabendo que Kênia está na fila de cirurgia de coração de um hospital público, cobra a quantia de R$ 5.000,00 a pretexto de influir junto ao agente público responsável pela determinação da ordem das cirurgias. Kênia paga o valor combinado, mas Ana sequer menciona seu caso ao funcionário público. Nesse caso hipotético, Ana praticou o crime de A) prevaricação. B) corrupção ativa. C) corrupção passiva. D) concussão. E) tráfico de influência. QUESTÃO GABARITO 01 C 02 A 03 A 04 A 05 C 06 E 07 C 08 D 09 E Professor MÁRIO GUARNIERI – DIREITO PENAL – Guarda Civil Municipal Página | 9
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