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Giardia lamblia, Giardia duodenalis ou Giardia intestinalis Forma vegetativa quando está em seu habitat (luz intestinal). Tem um aspecto piriforme com simetria bilateral, 4 pares de flagelos, 2 núcleos com grande cariossoma e em sua fase ventral tem uma estrutura parecida com uma ventosa que serve como órgão de fixação, chamado de disco suctorial. Abaixo do núcleo tem corpos medianos que possam estar envolvidos na divisão nuclear ou formação do disco suctorial. Estrutura ovalada com parede externa rígida que o protege. Internamente tem de 2 a 4 núcleos, axonemas (que depois dão origem aos flagelos) e corpos increscentes (que originam o disco suctorial). Intestino delgado - duodeno e jejuno, onde o protozoário se adere a mucosa por meio do disco suctorial, ou seja, não adentra no órgão. Tem um ciclo monóxeno, onde a forma de infecção é pelo cisto, através de alimentos ou água contaminada. A Giardia lamblia com poucos cistos são capazes de gerar uma enorme infecção (6 a 10 cistos) O alimento ou água contaminada passam pelo estomago e no suco gástrico inicia-se o desencistamento, que termina no intestino delgado, liberando o trofozoito que se fixa na mucosa através do disco suctorial e se multiplicando por divisão binária simples. Após algum tempo, ocorre o encistamento que é eliminado para o meio externo com as fezes do paciente. Esse encistamento ocorre no cécum (primeira região do intestino grosso). Os fatores que levam ao encistamento não são exatos, mas suspeita-se de alterações no pH, mudança na concentração de sais biliares, etc. Ocorre pela ingestão de cistos por alimentos e água infectados; Insetos que pousaram em material fecal, que pousam em alimentos ou água; Pessoa a pessoa – ambientes coletivos, hábitos sexuais; Animais domésticos, cistos eliminados em fezes de animais; Contaminação acidental – atividades recreativas Acs séricos – IgG, IgM e IgA Mães infectadas – níveis elevados de IgA no leite. IgA – capaz de interferir na capacidade de adesão do parasite. Indivíduos com hipogamaglobulinemia – mais suscetíveis. Adultos de áreas endêmicas – menor suscetibilidade. Linfócitos, monócitos, macrófagos e granulócitos – presentes na mucosa infectada – interagem e eliminam trofozoítos aderidos. Mastócitos – desenvolvimento, intensidade e duração da resposta immune. Muco – dificulta adesão do parasita à mucosa. Recorrência da infecção e infecções crônicas – variação antigênica do parasita – eliminação e troca de antígenos de superfície (fazem diferenciação das moléculas da superfície). Mudanças espontâneas de proteínas de superfície a cada 6-13 gerações Fatores associados ao parasita – cepa, número de cistos ingeridos. Fatores associados ao hospedeiro – resposta imune, estado nutricional, pH do suco gástrico, concentração de sais biliares, associação à microbiota intestinal. Diarreia e má absorção intestinal – a ameba se alimenta de nutrientes; Atrofia parcial ou total das microvilosidades intestinais – ação das proteases; Deficiência de dissacaridases – enzimas que fazem hidrólise de dissacarídeos; Proteases - lesões nas microvilosidades dos enterócitos; Processo inflamatório – IgE, mastócitos, histamina; Interferência na absorção de gorduras; Aumento da permeabilidade intestinal – inflamação e apoptose de enterócitos. Liberação de substâncias potencialmente tóxicas – alteração das microvilosidades; Processo inflamatório local desencadeado em resposta a produtos de excreção/secreção do parasita. Período de incubação – 10 a 15 dias Assintomáticos Diarreia aguda e autolimitada Diarreia persistente – crônica Pode ser assintomática (geralmente em pessoas adultas) e sintomáticas (geralmente em crianças) Os sintomas mais comuns são: • Diarreia aquosa, explosiva, de odor fétido, coloração amarelo esverdeada; • Gases, distensão e dores abdominais; • Muco nas fezes. Ocorre episódios de diarreia – contínuos, intermitentes ou esporádicos; Esteatorréia – aparecimento de gordura nas fezes Perda de peso; Má absorção – gorduras, vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), vitamina B12, ferro e lactose, podendo comprometer principalmente o desenvolvimento das crianças; Fezes diarréicas – trofozoítos Fezes pastosas – cisto Período negativo - período de 7/10 dias que o paciente não elimina cistos, por isso é necessário pedir 3 amostras de fezes nos exames Fluído duodenal – Enterotest: cápsulas gelatinosas com porção livre. O paciente fica em jejum por algumas horas e ingere a cápsula com água, que segue até o intestino. A ponta do fio é presa na bochecha só paciente e puxada algumas horas depois. Detecção de Anticorpos no soro – ELISA e imunofluorescência indireta - utilizados para levantamento epidemiológico Detecção de coproantígenos – ELISA Reação de PCR Sua distribuição geográfica é mundial: 200mi casos sintomáticos; Geralmente ocorre em regiões tropicais e subtropicais (países mais pobres); 500 mil novos casos por ano: Ásia, África e América Latina; Ocorre em pessoas de baixo nível socioeconômico (condições sanitárias não favoráveis); No Brasil – varia de 4 a 30% dependendo da região Transmissão fecal – oral; Zoonose – circula em animais e humanos (genotipos A e B); Cisto resiste até 2 meses no ambiente – resiste a desinfetantes, cloro, etc. No processo de filtração no tratamento de água a filtração é capaz de mata-lo; Frequentemente encontrado em ambientes coletivos; Fontes de infecção – portadores assintomáticos (pessoas sem sintomas, mas eliminado cistos). higiene pessoal proteção dos alimentos Destino adequado aos dejetos tratamento da água - filtração tratamento precoce dos pacientes Tratamento das fontes de infecção (babás, manipuladores de alimentos, animais).
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