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Atividade 2 Leitura e produção textual - FMU

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10/09/2022 17:23 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa
https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1053820&cmid=502954 1/5
Avaliar 10,00 de um máximo de 10,00(100%)
Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
.
 Impotência
 
 Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou
rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para
retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e
desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma
cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil.
 BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14
 
 Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da
coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção "mas" em "Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara"
pode ser substituída por
a. "por conseguinte", assegurando a ideia de incompatibilidade.
b. "logo", transmitindo uma ideia de inevitabilidade da tragédia anunciada.
c. "também", dando continuidade à sequência de ações anteriores.
d. "deste modo", indicando um fato inevitável naquela situação.
e. "porém", mantendo o valor contrastivo.
A progressão referencial é realizada por intermédio da introdução de novos referentes no texto, por meio de elementos do contexto - que
envolvem os elementos de coesão - ou ainda, anáforas e catáforas. A realização de referenciação, por meio de elementos do próprio texto,
criam as cadeias referenciais que, uma vez presentes no enunciado, "garantem não só a progressão e a continuidade referencial, como
exercem papel de relevância na orientação argumentativa do texto, e, por decorrência, na construção textual do sentido" (KOCH, 2014, p.
127)
 KOCH, I. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2014, p. 127
 
 Ao considerarmos os apontamentos de Koch, é possível observar que a progressão textual constrói
a. uma ideia de oposição, já que sua primeira ação é realizada em oposição aos acontecimentos seguintes.
b. uma ideia de explicação, uma vez que sua primeira ação justifica as ações posteriores.
c. uma ideia de progressão, de modo que sua ação inicial dá continuidade a outras.
d. uma ideia de conclusão, de maneira que seu primeiro movimento encerra uma sequência de acontecimentos.
e. uma ideia de interrupção, de modo que a ação da personagem é interrompida por uma sequência de acontecimentos.
10/09/2022 17:23 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa
https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1053820&cmid=502954 2/5
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
O falante não é um Adão, e por isso o próprio objeto do seu discurso se torna inevitavelmente um palco de encontro com opiniões de
interlocutores imediatos (na conversa ou na discussão sobre algum acontecimento do dia-a-dia) ou com pontos de vista, visões de mundo,
correntes, teorias, etc., (no campo da comunicação cultural). Uma visão de mundo, uma corrente, um ponto de vista, uma opinião sempre
tem uma expressão verbalizada. Tudo isso é discurso do outro (em forma pessoal ou impessoal), e este não pode deixar de refletir-se no
enunciado.
 BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 294.
 
 Bakhtin aborda a característica dialógica da linguagem, ao comparar que tudo o que falamos é em resposta a um enunciado anterior. Mas
esses enunciados prévios não necessariamente precisam ser verbalizados, pois
a. são produzidos tendo como influência uma série de textos socialmente reconhecidos na sociedade.
b. são desenvolvidos tendo em mente determinadas classes e grupos sociais para a manutenção de dado grupo.
c. são organizados a partir de enunciados orais utilizados no cotidiano.
d. são planejados para ser discursos a serem propagados em todos os espaços e classes sociais.
e. são constituídos por elementos do arcabouço sociocultural, formado pelos discursos correntes dentro de dado espaço.
TEXTO I
 
 
Trecho do poema de "Sete Faces" de Carlos Drummond de Andrade
 
 "Quando nasci, um anjo torto
 desses que vivem na sombra
 disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida."
 
 ANDRADE, C.D. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 58
 
 TEXTO II
 
 Trecho do poema "Até o fim" de Chico Buarque
 
 "Quando nasci veio um anjo safado
 O chato do querubim
 E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim"
 BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989
 
 Tendo como base os processos de relação intertextual, construção e reconstrução de sentidos, pode-se dizer que o poema "Até o fim", de
Chico Buarque
a. promove uma continuidade irônica com "Sete Faces", de Carlos Drummond de Andrade.
b. corta laços com "Sete Faces", de Carlos Drummond de Andrade.
c. revisita "Sete Faces", de Carlos Drummond de Andrade.
d. continua a poética apresentada em "Sete Faces", de Carlos Drummond de Andrade.
e. dialoga com "Sete Faces", de Carlos Drummond de Andrade.
10/09/2022 17:23 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa
https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1053820&cmid=502954 3/5
Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
A maioria dos teóricos da paródia remontam a raiz etimológica do termo ao substantivo grego parodia, que quer dizer "contra-canto", e
ficam-se por aí. Se olharmos mais atentamente para essa raiz obteremos, no entanto, mais informação. A natureza textual ou discursiva
da paródia (por oposição à sátira) é evidente no elemento odos da palavra, que significa canto. O prefixo para tem dois significados, sendo
geralmente mencionado apenas um deles - o de "contra" ou "oposição". Desta forma, a paródia torna-se uma oposição ou contraste entre
textos. Este é, presumivelmente, o ponto de partida formal para a componente de ridículo pragmática habitual da definição: um texto é
confrontado com outro, com a intenção de zombar dele ou de o tornar caricato. [...] No entanto, para em grego também pode significar "ao
longo de" e, portanto, existe uma sugestão de um acordo ou intimidade, em vez de um contraste. É este segundo sentido esquecido do
prefixo que alarga o escopo pragmático da paródia de modo muito útil para as discussões das formas de arte modernas[...]. Mas, mesmo
em relação à estrutura formal, o carácter duplo da raiz sugere a necessidade de termos mais neutros para a discussão. Nada existe em
parodia que necessite da inclusão de um conceito de ridículo, como existe, por exemplo, na piada, ou burla, do burlesco. A paródia é, pois,
na sua irónica "transcontextualização" e inversão, repetição com diferença. Está implícita uma distanciação crítica entre o texto em fundo a
ser parodiado e a nova obra que incorpora, distância geralmente assinalada pela ironia. Mas esta ironia tanto pode ser apenas bem-
humorada, como pode ser depreciativa; tanto pode ser criticamente construtiva, como pode ser destrutiva. O prazer da ironia da paródia
não provém do humor em particular, mas do grau de empenhamento do leitor no "vai-vém" intertextual (bouncing) para utilizar o famoso
termo de E. M. Forster, entre cumplicidade e distanciação.
 HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia. Rio de Janeiro: Edições, 1985, p. 47-48
 
 Com base nesses apontamentos de Linda Hutcheon sobre como o texto se constrói às vezes como paródia, é possível dizer que
a. uma deformação do texto pode implicar na sua destruição.
b. uma releitura do texto pode ser um exemplo de intertextualidade.
c. uma reescrita do texto pode promover sua deformação.
d. uma visita nova ao texto pode iluminar outros pontos.
e. uma releitura dotexto pode promover sua deformação.
.
 O lobo e o leão
 
 Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe
do curral, para que enfim fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém.
 No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso
Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha.
 O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia:
"Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!"
 O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não
valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você
por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?"
 ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122
 
 O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em
prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados significativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão
e o lobo
a. repete as relações sociais que envolvem os mais fracos reclamando com os mais poderosos.
b. coloca em xeque as relações sociais do mundo dos homens.
c. promove uma aproximação irônica entre o sistema comercial dos homens.
d. promove uma discussão irônica sobre o conceito de "direitos" e, por consequência, sobre o sistema judiciário.
e. traz uma visão diferenciada sobre a ideia de propriedade privada.
10/09/2022 17:23 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa
https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1053820&cmid=502954 4/5
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
.
 
 O mundo é grande e cabe
 nesta janela sobre o mar.
 O mar é grande e cabe
 na cama e no colchão de amar.
 O amor é grande e cabe
 no breve espaço de beijar.
 (ANDRADE, C.D. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p. 34)
 
 Assinale a alternativa referente ao verso em que a conjunção estabelece relação de sentido diferente das demais.
a. No terceiro verso, por ser uma conjunção que agrega um valor repetitivo entre orações do mesmo valor sintático
b. No primeiro verso, por ser uma conjunção que agrega um valor aditivo entre orações do mesmo valor sintático.
c. No quinto verso, por ser uma conjunção que agrega um valor adversativo entre termos do mesmo valor sintático e classe
gramatical.
d. No terceiro verso, por ser uma conjunção que agrega um valor duplicativo entre orações do mesmo valor sintático
e. No quarto verso, por ser uma conjunção que agrega um valor aditivo entre termos do mesmo valor sintático e classe
gramatical.
Julia Kristeva cunha o termo "intertextualidade", ao analisar os apontamentos de Bakhtin sobre o caráter dialógico da linguagem. Para a
crítica literária, a intertextualidade seria "escritura simultânea como escritura e comunicabilidade[capaz de criar]espaço textual múltiplo,
cujos elementos são suscetíveis de aplicação no texto poético concreto".
 KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 71
 
 A partir do texto, pode-se afirmar que todo texto
a. é construído via emulação e reinvenção de um outro texto.
b. é construído via mera cópia e duplicação de um outro texto.
c. é construído via plágio e cópia de um outro texto.
d. é construído via negação e modificação de um outro texto.
e. é construído via absorção e transformação de um outro texto.
Não obstante, ao lado dele a mulher roncava, de papo para o ar, gorda, estrompada de serviço, tresandando a uma mistura de suor com
cebola crua e gordura podre. Mas
 João Romão nem dava por ela; só o que ele via e
 sentia era todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra, chegando-se para o seu alcance, lentamente, acentuando-
se. Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia arrancar de dentro uma frase que, no entanto, era a única ideia que o levava a
dirigir-se à mulher. Afinal, depois de coçar mais vivamente a cabeça, gaguejou com a voz estrangulada de soluços.
 AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 20
 
 Tendo como base a característica inerentemente intertextual da linguagem, e como esta, ao se autorreferenciar, criar mecanismos para
conectar seus significados e significantes, pode-se dizer que, no texto acima, o que promove uma progressão nas ideias são
a. os vocativos.
b. os verbos.
c. os paralelismos.
d. os conectivos.
e. os nomes.
10/09/2022 17:23 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa
https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1053820&cmid=502954 5/5
Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu oficio. Elas começam com uma primeira lavada,
molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e
torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra
limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas
dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi
feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.
 RAMOS, Graciliano. Apud SILVEIRA, JOEL. Rio de Janeiro:Editora Mauad, 1998, p. 77
 
 Todo texto é produzido tendo como princípios diferentes elementos da comunicação, a intenção de quem o produz, o sentido preterido e os
recursos utilizados para atingir determinado sentido. Tendo isso em mente, pode-se dizer que a comparação utilizada por Graciliano
Ramos
a. promove uma abstração entre lavar roupa e escrever.
b. promove uma ressignificação do ato da escrita na prática de lavar roupa.
c. promove um distanciamento entre lavar roupa e escrever.
d. promove uma associação entre lavar roupa e escrever.
e. promove uma crítica a quem quer escrever de qualquer forma.

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