Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bioética e Ética Médica História, conceituação e divisão da medicina legal: Daniela Borges Lemos Dami Medicina Legal • Documento Hamurabi foi o código mais antigo de Medicina e Direito; • Antigo, romano, médio ou da idade média, canônico e moderno. • Antiga: legislação teológica- com avaliação pós morte, a necropsia é proibida, pois o corpo era considerado intocável. • Romano: avaliação de cadáver externamente (praça pública), emancipação da medicina e direito, letalidade de ferimentos e questões relacionadas a gestação (morte fetal, morte da mãe e infertilidade). • Médio: capitulares de Carlos Magno- julgamentos devem apoiar-se no parecer dos médicos, (eram documento de Direito que baseavam na medicina). • Canônico: pericias medicas e legais, o código Carolino- ferimentos e sexologia, - em 1521 foi realizada a necropsia documentada do Papa Leao X, - 1597 Methodus testificandi. • Moderno: 1602, Itália, Paulo Zacchias tratado de disciplina. - No século 19 a medicina legal se firmou, revolução Francesa de 1789 houve grandes descobertas cientificas. • Medicina no Brasil: na época colonial influenciada pela França - 1818 Souza Lima - toxologia. - Nacionalização Escola Baiana. CONCEITO: É a ciência e arte extrajurídica auxiliar alicerçada em um conjunto de conhecimentos médicos, paramédicos e biológicos destinados a defender os direitos e os interesses dos homens e da sociedade. DIVISÃO DIDÁTICA: • Antropologia forense: estuda a identidade e a identificação, seus métodos, processos e técnicas. • Traumatologia forense: trata das lesões corporais e das energias causadoras do dano. • Sexologia forense: a sexualidade normal, patológica e criminosa. • Asfixiologia forense: estuda as asfixias em geral, detalha a esganadura, enforcamento, afogamento, soterramento, imersão em gases em irrespiráveis, nos suicídios, homicídios e acidentes. • Traumatologia: preocupa-se com a morte e o morto em todos os seus aspectos médico-legais, fenômenos cadavéricos, data da morte, diagnostico da morte, morte súbita e agônica, exumação, necropsia, embalsamento e causa da morte. • Toxicologia: estuda os cáusticos, envenenamento, intoxicação alcoólica e por tóxicos, pelo emprego de processos laboratoriais. • Psicologia judiciaria: fenômenos volitivos, afetivos e mentais que podem influenciar, na reprodução e na deformação do testemunho e da confissão do acusado e da vítima. • Psiquiatria forense: estuda as doenças mentais, periculosidade do alienado, as socio neuropatias em face dos problemas judiciários etc. • Policiologia cientifica: visualiza os métodos científicos médicos legais empregados pela polícia na investigação criminal e deslindamento de crimes. • Criminologia: estuda os aspectos da gênese do crime. • Vitimologia: trata da análise racional da participação da vítima de eclosão e justificação. • Infortunística: semelhante a medicina do trabalho. • Deontologia. ESPECIALIDADE: • Única residência existente de medicina legal é na USP. • No senso de 2018 existiam 827 médicos legistas titulados. Perícia e Peritos. Documentos médicos legais. • As avalições dos diversos peritos contribuem para a verificação correta do ocorrido • Processos: conjunto de providências para verificar lesão de direito. • Um dos principais objetivos é verificar se ocorreu de fato algo dentro do processo, através de evidências e fatos. • FATOS = DEMOCRACIA • Se fatos se perdem = ganham-se importância do testemunho para verificação de fatos • O perito/médico legal cabe o papel de verificar e validar se o indivíduo tem condições de dar um testemunho. • Exame de elementos matérias, quando feito por técnico qualificado para atender solicitações de autoridades competente, chamamos de perícia. Indivíduo que realiza é o perito (não necessariamente precisa ser um funcionário público) – Pode ser perito de carreira, ou perito convocado para realizar o perito. • Evidências técnica sobrepõe sobre o testemunho. • O juiz pode rejeitar o laudo (mas para que isso ocorra, tem que haver justificativa). • CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceita-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. • O perito também pode recusar quando houver justa causa (05 dias) • CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. Art. 277 O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. CORPO DE DELITO • As infrações penais podem deixar vestígios • É conjunto de elementos sensível que comprovam o fato, e não apenas a avaliação do corpo em si. • Homicídios e lesão corporal ou injuria e desacato • Corpo de delito= conjunto de elementos sensíveis denunciadores do fato criminoso • Elementos = perceptíveis pelos nossos sentidos • Deve ser realizado o mais rápido possível • Estabelecer NEXO CAUSAL – entre os elementos achados e o crime • Feito por peritos oficias (peritos de carreiras, concursados, não necessariamente médicos). • Localidade sem peritos oficiais = 02 pessoas idôneas portadoras de nível superior. Existe localidades no Brasil que não tem o perito oficial, podendo, o corpo de delito, ser realizado por duas pessoas idôneas. • PROVA DE RESIDÊNCIA: na prova costuma cair essa questão explicada acima. FUNÇÃO DO PERITO • Não defende e não acusa, apenas redige o documento • Verificar o fato, indicando causa (nem sempre encontrando uma causa para o fato) • Imparcialidade • Opinião científica livre (não é uma opinião pessoal ou subjetiva, que possa inferir algo) • Ambiente adequado ou Instituições governamentais • Pode colher material para avaliação de outro perito DIVERGÊNCIAS ENTRE PERITOS • Prevenção (Protocolos a serem seguidos- gerindo um padrão a ser seguido) • 02 peritos • Se divergência, juiz pode pedir laudos individuais, podendo recusar um ou designar ou terceiro perito (oficial ou não) • Podendo ser realizado um novo exame ACHADOS PERICIAIS • Linguagens técnica, mas acessível à autoridade solicitante • Se não realizado: • Questões encaminhados aos peritos • Ou convocação para viva voz DOCUMENTOS LEGAIS • Qualquer tipo de processo: penal, civil ou administrativo • Em qualquer etapa: inquérito, sumário, julgamento e até pós sentença • Exames: vítima, indiciado, testemunhas ou de jurado • Atua principalmente no início do processo. • Relatório Médico Legal: Narração escrita e minuciosa de todas as operações de uma perícia médica determinada por autoridade policial ou judiciária a um ou mais profissionais anteriormente nomeados. • Relator = redige o documento • Ditado ao escrivão = auto • Depois = laudo • Preâmbulo: Introdução (Qualificações/locais/data/ hora/tipo de perícia) • Quesitos: Perguntas para caracterização de fatos. Variam de acordo com tipo de perícia. Quesitos sociais. • Histórico: Anamnese / Não são opiniões • Descrição: Parte mais importante do relatório. Não pode ser refeito da mesma maneira. Minuciosa. Rica em detalhes. Evitar diagnóstico. PARTE MAIS IMPORTANTE DO DOCUMENTO. • Discussão (não é obrigatória): quando tem discrepância. Esquemas/ fotos/desenhos. • Conclusão: Aqui sem espaço para dúvidas. Afirmativas ou negativas ou impossibilidade de concluir. • Respostas aos quesitos: sucinta e objetivas • O quesito é uma indagação objetiva, espelhando uma questão de fato, embora possa conter aspecto jurídico, destinada aos jurados, durante a votação, para atingir o veredito, a ser respondida de maneira sintética, na forma afirmativa ou negativa, (art. 482, parágrafo único, CPP). DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS • Consulta médico-legal: consulta a um mestre, que tem um saber, tem capacidade sobre alguma coisa específica. Professor, doutorado, mestre. Normalmente é um peritooficial. • Parecer: outra opinião. Não necessariamente tenha que ser de um perito oficial, alguém que possa opinar sobre o tema, quanto mais qualificação, mais impacto vai ter sobre o processo. Aqui não precisa de ser um mestre. • Depoimento oral: esclarecimento sobre o que você escreveu ou viu.
Compartilhar