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De que forma os níveis de expressão gênica variam (produzem maior ou menor quantidade de RNA e proteínas)? Quais fatores em uma célula ou seu ambiente disparam alterações nos níveis de expressão gênica? O que determina a ativação ou inativação da expressão de determinados genes? Quais são os mecanismos moleculares de regulação da expressão gênica em procariotos e eucariotos? Controle da expressão gênica Questões fundamentais Todas as células de um organismo contém uma mesma cópia do genoma; Cada célula têm um padrão único de expressão; Diferentes conjuntos de genes estão “ligados” ou “desligados”; Apenas genes “ligados” (ativos) produzem mRNA. Diferenciação; Crescimento; Função celular; Resposta ao ambiente. Tecido A Tecido B O fluxo da informação genética Transcrição e tradução Procariotos Eucariotos Seis passos no controle da expressão gênica em eucariotos Passos chaves na regulação Economia metabólica A iniciação da transcrição em eucariotos deve levar em consideração a compactação do DNA nos nucleossomos e as formas mais compactas da estrutura da cromatina. Repressão gênica por remodelagem da cromatina Um repressor pode reprimir a expressão gênica recrutando fatores que silenciam o gene de três maneiras: 1) um complexo de remodelamento da cromatina; 2) uma histona-desacetilase; 3) uma histona- metiltransferase. Organização gênica de um cromossomo humano (22) 48 Mb (48 x 106 pares de nucleotídeos) – 1,5% do genoma humano Estrutura generalizada de um gene eucariótico Seqüência codificadora de proteína Regulação do início da transcrição Terminação da transcrição Região transcrita Gene Estrutura de um promotor reconhecido pela RNA pol. II Região regulatória: Elementos de atuação cis Controle da Expressão Gênica Princípios Básicos • Envolve interações químicas e físicas entre aminoácidos dos elementos em trans (RNA polimerase, fatores de transcrição, proteínas regulatórias) e elementos em cis (seqüências de nucleotídeos no DNA, promotores, acentuadores, silenciadores). • Envolve ainda interações entre elementos em trans diferentes. • Estas interações podem estimular ou inibir a transcrição e, portanto, a expressão gênica; • São temporais (controle desenvolvimental), além de tecido- específicas. A atividade gênica é regulada por interações específicas de produtos que atuam em trans (geralmente proteínas) com as seqüências que atuam em cis (geralmente sítios do DNA) → INTERRUPTORES GENÉTICOS Sítio, domínio ou motivo onde ocorrem interações que controlam a expressão gênica Ligação de moléculas regulatórias podem deformar o DNA Diferentes pares de bases no DNA podem ser reconhecidos a partir de suas bordas Ligação de proteína regulatória ao sulco maior do DNA • Podem ocorrer 10-20 desses contatos, com diferentes aminoácidos e diferentes energias de ligação. • Interações DNA-proteína são das mais fortes e mais específicas conhecidas. Região de controle gênico de um gene eucariótico típico • Formação de alças de DNA permite que as proteínas de regulação gênica ligadas em diferentes posições possam interagir com os fatores associados ao promotor. RNA polimerase II Aparato transcricional basal Enhancers Acentuadores ou Intensificadores da transcrição • Atuação independente da orientação (pode ser invertida em relação ao promotor); • Pode localizar-se a consideráveis distâncias do promotor; até mesmo no interior de introns. Estudos estruturais de várias interações mostrou um pequeno conjunto de motivos de ligação ao DNA, que usam alfa-hélices ou folhas beta para se ligar ao sulco maior. Motivos/domínios/sítios de ligação ao DNA: • Hélice-volta-hélice (“helix-turn-helix”); • Hélice-laço-hélice (“helix-loop-helix” - HLH); • Dedos de zinco (“zinc finger motif”); • Zíper de leucina (“Leucine zipper”). Motivo Hélice-volta-hélice • Reguladores do desenvolvimento; • Caracterizados primeiramente em Drosophila e identificados também em mamíferos, sendo altamente conservados. Estrutura protéica secundária Homeodomínios • Proteínas contendo homeodomínios podem atuar tanto como ativadoras ou repressoras da transcrição Homeodomínios ligam-se a alvos relacionados no DNA • A porção C-terminal da α-hélice-3 possui 17 aminoácidos e liga-se ao sulco maior do DNA, estabelecendo contatos tanto com o esqueleto de fosfato como com as bases específicas; • O braço N-terminal do homeodomínio projeta-se para o interior do sulco menor do DNA; Motivo Hélice-laço-hélice • Proteínas Hélice-laço-hélice possuem um motivo de 40 a 50 aminoácidos que compreende duas α-hélices anfipáticas de 15 a 16 resíduos, separadas por uma alça de 10 a 24 resíduos. • As hélices são responsáveis pela formação de um dímero e pela ligação ao DNA, através de uma região básica (carregada positivamente) adjacente. • O laço é provavelmente importante por permitir liberdade de interação independentes entre as duas regiões α-hélices . Motivo Dedos de zinco • Um dedo de zinco corresponde a uma alça de cerca de 23 aminoácidos que se projeta a partir de um sítio de ligação ao Zn2+, formado pelos aminoácidos His e Cys; • A porção C-terminal de cada dedo forma uma α-hélice que se liga a uma volta do sulco maior do DNA. Receptores de esteróides possuem motivos dedos de zinco • O domínio de ligação ao DNA de um receptor de esteróide é um tipo de dedo de zinco que possui resíduos de Cys, mas não de His; • Receptores de glicocorticóides e estrogênio possuem dois dedos de zinco, sendo o primeiro aquele que determina a especificidade em relação à seqüência de DNA-alvo. Motivo Zíper de leucina • O zíper de leucina é uma hélice anfipática que sofre dimerização e encontra-se adjacente à região básica que se liga ao DNA; • A dimerização forma o motivo bZIP, no qual as duas regiões básicas se ligam simetricamente a repetições invertidas no DNA (seqüências palíndromos). Fatores de transcrição são ativados de várias formas Padrões complexos de recomposição eucariótica de mRNA Um gene pode codificar a informação para mais de uma proteína (Ex. ± 25.000 genes → 100.000 proteínas no homem) • O fenômeno de imprinting genômico foi descoberto há quase 20 anos em mamíferos; • Alguns genes autossômicos têm padrões incomuns de herança (certos genes são expressos somente por um alelo, enquanto o outro é metilado (inativado)); • O imprinting genômico é um tipo de herança monoalélica na qual os alelos de determinado gene são expressos ou inativados de forma diferente, dependendo de qual progenitor foram herdados. • O genoma feminino e masculino são complementares um ao outro e certos genes podem ter sua expressão reduzida em 50%. • Imprinting materno: quando a cópia do gene derivada da mãe é inativa (só é expresso quando herdado do pai). • Imprinting paterno: quando a cópia do gene derivada do pai é inativa (só é expresso quando herdado da mãe). Situação conflitante no dia à dia de uma bactéria Bactérias geralmente existem em ambientes que mudam rapidamente, e algumas das enzimas que elas podem precisar em determinado momento passam a ser desnecessárias em outro momento. Da mesma forma, elas podem de repente precisar de uma enzima cuja presença era previamente desnecessária. A regulação pode ser positiva ou negativa Efetores alostéricos controlam a habilidade das proteínas ativadoras ou repressoras em se ligar a seus DNA-alvo Modelo Operon Jacob e Monod, 1961 François Jacob e Jacques Monod Em procariotos, genes com funções relacionadas (atuam em uma mesma via) freqüentemente ocorrem em unidades reguladas coordenadamente, chamadas OPERONs. OPERON: Unidade transcricional, de um grupo de genes localizados adjacentemente;Produz mRNA policistrônico; Unidade de regulação e expressão gênica; Estutura: Promotor, Operador e Genes estruturais. Modelo do Operon lac O operon lac corresponde a ~ 6000 pb de DNA. À esquerda, o gene lacI possui seu próprio promotor e terminador. O final da região lacI é adjacente ao promotor (P). O operador (O) situa-se nos primeiros 26 pb da unidade transcricional. O longo gene lacZ começa na base 39, sendo seguido pelos genes lacY e lacA e por um terminador. O operon lac é transcrito apenas na presença de lactose (indutor) Repressão catabólica do operon lac: Controle positivo Escolher o melhor açúcar para metabolizar • O operon lac tem um nível adicional de controle, de modo que sua ativação na presença de glicose é mais fraca, mesmo que lactose também esteja presente. • Um efetor alostérico, cAMP (Adenosina monofosfato cíclica), liga-se ao ativador CAP (Proteína ativadora do catabolismo) para permitir a indução do operon lac. • Entretanto, altas concentrações de catabólitos de glicose produzem baixas concentrações de cAMP, deixando de produzir cAMP-CAP e, assim, deixando de ativar o operon lac. Preferência pela glicose Lactose + operon lac ativo; Lactose - operon lac inativo; Lactose +; Glicose + baixos níveis de ativação do operon lac; ↑[glicose] ↓ [cAMP] operon lac inativo ou ativo em baixos níveis na presença de lactose; ↓[glicose] ↑ [cAMP] operon lac ativo em altos níveis na presença de lactose. Resumindo Controle positivo e negativo do operon lac pelo repressor Lac e ativador CAP, respectivamente:
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