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SISTEMA DE ENSINO BIOLOGIA MOLECULAR Biologia Molecular – Parte III Livro Eletrônico 2 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Sumário Biologia Molecular – Parte III ..................................................................................................................................3 Código Genético e Biossíntese de Proteínas – Controle da Expressão Gênica em Procariotos e Eucariotos .............................................................................................................................................3 Padrões de Expressão Gênica ................................................................................................................................13 Processamento de RNA .............................................................................................................................................14 RNAs Não Codificantes ..............................................................................................................................................15 Transposons .....................................................................................................................................................................19 Questões de Concurso ................................................................................................................................................21 Gabarito ..............................................................................................................................................................................26 Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................27 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra BIOLOGIA MOLECULAR – PARTE III Hoje iniciaremos nossa terceira aula, tratando, agora, do estudo sobre a regulação da expressão gênica. Nas aulas anteriores, estudamos a estrutura e função dos ácidos nucléicos e os mecanismos de reparo do DNA. Vimos também como a informação genética é precisamente transmitida às gerações futuras por meio da replicação, transcrição e tradução em proteínas. Nesta aula, vamos compreender como a células regulam os níveis de expressão dos genes para gerar células diferenciadas e especializadas dentro de um mesmo organismo. Vamos mergulhar fundo neste assunto. Preparado(a)? Bons estudos! Código genétiCo e Biossíntese de Proteínas – Controle da exPressão gêniCa em ProCariotos e euCariotos À medida em que os organismos multicelulares se desenvolvem, tipos celulares diferenciados, como músculos, células nervosas e células sanguíneas, começam a surgir. Essa diferenciação celular surge porque as células produzem e acumulam conjuntos diferentes de moléculas de RNA e proteínas, sendo, por isso, capazes de expressar diferentes genes. De forma geral, as células selecionam os genes que serão expressos sem alterar a sequência nucleotídica do DNA. Como podemos saber que isso realmente acontece? Imaginemos que se o DNA fosse irreversivelmente alterado durante o desenvolvimento, os cromossomos de uma célula diferenciada seriam então incapazes de guiar o desenvolvimento de um organismo completo. Portanto, as células de um organismo diferem não porque elas contêm genes diferentes, mas sim porque elas os expressam de forma diferenciada. Muitas proteínas são comuns a todas as células existentes em um organismo multicelular. Essas proteínas são conhecidas como proteínas housekeeping por serem universais; os genes por elas codificados são chamados genes housekeeping. Uma célula diferenciada típica de mamífero sintetiza cerca de 10.000 proteínas diferentes de um repertório de aproximadamente 6.000 genes. É a expressão de diferentes genes em cada tipo celular que promove a grande variação no tamanho, na forma, no comportamento e na função de diversas células diferenciadas. Então como ocorre o controle da expressão gênica? Uma célula é capaz de controlar as proteínas que faz basicamente de quatro maneiras: 1. Controlando quando e com que frequência um certo gene é transcrito; 2. Controlando como o transcrito primário sofre o splicing ou é processado; 3. Selecionando quais mRNA são traduzidos pelos ribossomos; 4. Ativando ou inativando seletivamente proteínas depois de terem sido sintetizadas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra O controle da expressão gênica desempenha um papel fundamental em uma ampla variedade de processos biológicos centrais, que vão desde o desenvolvimento do organismo e diferenciação celular até respostas ao estresse celular, homeostase e imunidade. Muito progresso foi feito nos últimos 20 anos na caracterização dos mecanismos moleculares da transcrição, do papel da cromatina e suas modificações e da função de potenciadores e RNAs não codificantes. O controle da expressão gênica ocorre quase sempre na fase inicial da transcrição. Os promotores de genes procarióticos e eucarióticos incluem um sítio de iniciação no qual a transcrição começa e uma sequência de aproximadamente 50 nucleotídeos que se estendem acima do sítio de iniciação. Essa região contém sítios que são necessários para que a RNA polimerase se ligue ao promotor. Além do promotor, quase todos os genes possuem sequências regulatórias de DNA necessárias para ligar ou desligar o gene. As sequências regulatórias do DNA funcionam de forma independente. Para que sejam eficazes, elas devem ser reconhecidas por proteínas chamadas proteínas regulatórias do gene, que se ligam ao DNA. Essa combinação entre a sequência de DNA e suas proteínas regulatórias associadas atua como comutador para controlar a transcrição. As proteínas regulatórias reconhecem uma sequência específica do DNA, pois a superfície da proteína se ajusta fortemente às características especiais da superfície da dupla hélice em uma determinada região gênica. Na maioria das vezes, a proteína se insere na fenda maior da dupla hélice do DNA e faz uma série de contatos moleculares com os pares de bases. A proteína forma pontes de hidrogênio, ligações iônicas e interações hidrofóbicas com as bordas das bases, sem romper as ligações que mantêm os pares de bases unidos. As interações proteína-DNA estão entre as ligações moleculares mais fortes e específicas. Geralmente, as proteínas ligadoras de DNA se ligam aos pares (dímeros) à dupla hélice. A dimerização praticamente duplica a superfície de contato com o DNA, aumentando, assim, a força e a especificidade da interação entre a proteína e o DNA. Agora que entendemos sobre como proteínas específicas atuam para promover a ativação ou repressão da expressão gênica, vejamos alguns exemplos de regulação da expressão dos genes que ocorrem em bactérias e seus vírus. Escherichia coli regula a expressão de muitos de seus genes de acordo com a disponibilidade de fontes nutricionais no ambiente. Cinco genes de E. coli codificam enzimas da rota metabólica que produz o aminoácido triptofano, e estes genes encontram-se arranjados em um único grupamento cromossômico. Eles são transcritos a partir de um único promotor, comouma longa molécula de mRNA, que O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra será traduzido nas cinco proteínas. Os genes assim organizados e transcritos como uma única molécula de mRNA são chamados de operons. Eles são comuns em bactérias, mas praticamente não existem em eucariotos, nos quais os genes são regulados individualmente. Quando o triptofano está presente no meio e entra na célula bacteriana, as enzimas já não são necessárias e sua produção é paralisada. Dentro do promotor, existe uma sequência curta de DNA de cerca de 15 nucleotídeos, reconhecida por uma molécula regulatória. Quando a proteína se liga a essa sequência de nucleotídeos (operador), ela bloqueia o acesso da RNA polimerase ao promotor, impedindo a transcrição do operon e a produção das enzimas que sintetizam o triptofano. A proteína regulatória desse gene é conhecida como repressor de triptofano, que pode se ligar ao DNA somente se houver várias moléculas do aminoácido triptofano. O repressor de triptofano é uma proteína alostérica, ou seja, a ligação do triptofano causa uma discreta alteração na estrutura tridimensional da proteína, de forma que o aminoácido possa se ligar ao operador no DNA. Quando o nível de triptofano livre torna-se baixo na célula, o repressor não se liga ao triptofano e consequentemente ao DNA, assim o operon triptofano é transcrito. O repressor serve para ligar e desligar a produção de um conjunto de enzimas biossintéticas, de acordo com a disponibilidade do produto final da rota que as enzimas catalisam. O gene que codifica a proteína repressora do triptofano é continuamente transcrito em um nível basal, de forma que uma pequena quantidade da proteína está sempre sendo fabricada. Este tipo de expressão não-regulada chama-se expressão gênica constitutiva. O repressor do triptofano é uma proteína repressora que serve para desligar os genes. Outras proteínas bacterianas regulatórias atuam de forma oposta, ativando genes. Essas pro- teínas ativadoras atuam sobre promotores, que são levemente funcionais na ligação à RNA-po- limerase por si mesmas, podendo ser pouco reconhecidas pela RNA-polimerase. Apesar disso, esses promotores que funcionam de forma mais leve podem se tornar totalmente funcionais por meio de proteínas que se ligam a um sítio próximo ao DNA e fazem contato com a RNA-po- limerase, ajudando a iniciar a transcrição. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Figura 1: modelo de um operon e sua relação com os genes estruturais e regulatórios. Fonte: traduzida de Biology Libre texts. Figura 2: o Operon Trp. Os cinco genes estruturais necessários para sintetizar o triptofano em E. coli estão localizados próximos um do outro no operon trp. Quando o triptofano está ausente, a proteína repressora não se liga ao operador e os genes são transcritos. Quando o triptofano é abundante, o triptofano se liga à proteína repressora na sequência do operador. Isso bloqueia fisicamente a RNA polimerase de transcrever os genes da biossíntese do triptofano. Fonte: traduzida de Pearson Education, Inc. 2014. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Outro exemplo de operon encontrado em bactérias é o operon lactose (operon lac). O operon lac é um exemplo de um operon induzível que também está sujeito a ativação na ausência de glicose. O operon lac codifica três genes estruturais: lacZ, lacY e lacA, necessários para adquirir e processar o dissacarídeo lactose do ambiente. O gene lacZ codifica a enzima β-galactosidase (β-gal) responsável pela hidrólise da lactose em açúcares simples glicose e galactose. O operon lac contém mais dois genes além de lacZ. O gene lacY codifica uma permease que aumenta a absorção de lactose na célula e lacA codifica uma enzima Galactosídeo Acetiltransferase (GAT). A função exata do GAT durante o metabolismo da lactose não foi elucidada de forma conclusiva, mas acredita-se que a acetilação desempenhe um papel no transporte dos açúcares modificados. Para que o operon lac seja expresso, a lactose deve estar presente. Isso faz sentido para a célula porque seria um desperdício energético criar as enzimas para processar a lactose se ela não estivesse disponível. Na ausência de lactose, o gene lacI é expresso constitutivamente, expressando a proteína repressora lac. O repressor lac liga-se a uma região operadora do operon lac e impede fisicamente a RNA polimerase de transcrever os genes estruturais. No entanto, quando a lactose está presente dentro da célula, é convertida em alolactose. A alolactose serve como uma molécula indutora, ligando-se ao repressor e alterando sua forma para que não seja mais capaz de se ligar ao operador. A remoção do repressor na presença de lactose permite que a RNA polimerase se mova através da região do operador e inicie a transcrição dos genes estruturais lac. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Figura 3: atividade Biológica do Operon lac. (A) Representação esquemática do operon lac em E. coli. O operon lac tem três genes estruturais, lacZ, lacY e lacA que codificam para β-galactosidase, permease e galactosídeo acetiltransferase, respectivamente. As sequências do promotor (p) e do operador (o) que controlam a expressão do operon são mostradas. A montante do operon lac está o gene repressor lac, lacI, controlado pelo promotor lacI (p). (B) Mostra a inibição do repressor lac da expressão do gene do operon lac na ausência de lactose. O repressor lac liga-se à sequência operadora do operon e impede que a enzima RNA polimerase que está ligada ao promotor (p) inicie a transcrição. (C) Na presença de lactose, parte da lactose é convertida em alolactose, que se liga e inibe a atividade do repressor lac. O complexo lac repressor-alolactose não consegue se ligar à região operadora do operon, liberando a RNA polimerase e causando o início da transcrição. A expressão dos genes do operon lac permite a quebra e utilização da lactose como fonte de alimento dentro do organismo. Fonte: modificada e traduzida de Esmaeili, A., et. al. (2015) BMC Bioinformatics 16:311. Enquanto as bactérias contêm um único tipo de RNA-polimerase, as células eucarióticas possuem três, são elas: RNA-polimerase I, RNA-polimerase II e RNA-polimerase III. Essas polimerases são responsáveis pela transcrição de diferentes genes. As RNA-polimerases I e III transcrevem os genes que codificam o tRNA, rRNA e os pequenos RNAs que possuem função estrutural.A RNA-polimerase II transcreve a maioria dos genes eucarióticos, incluindo os codificadores de proteínas. As RNA-polimerases eucarióticas requerem o auxílio de um grande conjunto de proteínas chamadas fatores gerais de transcrição, que devem unir-se ao promotor com a polimerase antes do início da transcrição. As proteínas regulatórias dos genes (repressores e ativadores) podem influenciar o início da transcrição mesmo quando estão ligadas às sequências de DNA localizadas a milhares de nucleotídeos do promotor. Esta característica possibilita que um único promotor seja controlado por um número quase ilimitado de sequências regulatórias ao longo de toda a molécula de DNA. Nas bactérias, os genes são frequentemente controlados por uma sequência regulatória única localizada próxima ao promotor. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra O início da transcrição eucariótica depende da compactação do DNA nos nucleossomos e das formas mais compactas da estrutura da cromatina. Sabe-se que a RNA-polimerase II á incapaz de iniciar a transcrição por si mesma, por isso os fatores de transcrição auxiliam nesse processo, posicionando a RNA-polimerase II corretamente no promotor para separar as duas fitas do DNA, permitindo assim que a transcrição se inicie. Esses fatores também auxiliam na liberação da RNA-polimerase do promotor tão logo a transcrição tenha sido iniciada. O processo se inicia com a ligação do fator geral de transcrição (TFIID) a uma sequência curta da fita dupla de DNA com nucleotídeos compostos por timina e adenina, por isso é conhecida como sequência TATA ou TATA box. Após se ligar ao DNA, o TFIID causa uma distorção no DNA que serve como sinalização para a montagem de outras proteínas do promotor. Uma vez que o primeiro fator de transcrição esteja ligado ao sítio específico no DNA, outros fatores são montados junto com a RNA-polimerase II para formar um complexo de iniciação da transcrição. Figura 4: Complexo de iniciação da transcrição TATA Box em células eucarióticas. TBP: proteína de ligação ao TATA Box. Fonte: traduzida de Wikipedia. Após a ligação da RNA-polimerase II à região promotora do gene no complexo de iniciação da transcrição, o complexo formado pelos fatores de transcrição é liberado e a polimerase começa a transcrever o RNA. O primeiro passo para a liberação desse complexo é a adição de grupos fosfato à RNA-polimerase, que é feita pelo fator geral de transcrição, que, por sua vez, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra contém uma enzima com atividade proteíno-quinase como uma das suas subunidades. Esta fosforilação provavelmente ajuda a polimerase a liberar os fatores de transcrição e dar início ao processo transcricional. Os fatores gerais de transcrição são enfim liberados e se tornam disponíveis para outro ciclo de transcrição com uma nova molécula de RNA-polimerase. Os sítios do DNA aos quais os ativadores eucarióticos se ligam foram chamados de enhancers ou potenciadores, uma vez que sua presença aumentava a velocidade da transcrição. O DNA entre o enhancer e o promotor faz uma alça para permitir que as proteínas ativadoras ligadas ao enhancer entrem em contato com a RNA-polimerase ou com um dos fatores gerais de transcrição ligados ao promotor. Assim, o DNA atua como uma “corda”, fazendo com que a proteína ligada ao enhancer, mesmo a uma distância de milhares de nucleotídeos, interaja com o complexo de proteínas ligadas ao promotor. Em eucariotos, proteínas regulatórias de genes ligadas a sequências regulatórias distantes podem aumentar ou diminuir a atividade da RNA-polimerase ligada ao promotor. Uma das formas através da qual elas possibilitam isso é influenciando diretamente na montagem do complexo de iniciação da transcrição. Ativadores facilitam a montagem do complexo enquanto os repressores impedem a sua montagem correta. As proteínas eucarióticas regulatórias ligam-se a sequências regulatórias no DNA, que são semelhantes aos operadores e às sequências de ligação de ativadores de bactérias, mas estão geralmente localizadas há consideráveis distâncias do promotor. Mas como a compactação do DNA em eucariotos afetaria o início da transcrição? Como as proteínas regulatórias, os fatores gerais de transcrição e a própria RNA-polimerase conseguiriam ter acesso ao DNA, se ele se encontra num estado compactado nos nucleossomos? A presença dos nucleossomos, geralmente, não é por si só suficiente para bloquear o estágio de alongamento da transcrição, pois a RNA-polimerase pode prosseguir pelo nucleossomo com apenas uma ruptura temporária de sua estrutura. No entanto, os nucleossomos podem inibir a iniciação da transcrição se eles estiverem posicionados sobre um promotor, impedindo que os fatores gerais de transcrição e a RNA-polimerase se unam ao DNA. Uma vez que os nucleossomos são dispostos ao longo do DNA, a intervalos regulares, com pouca especificidade, é possível que ocorram sobre regiões promotoras. Estes nucleossomos são deslocados quando a transcrição gênica é ativada. Os nucleossomos formados sobre sequências regulatórias do DNA podem também interferir na expressão dos genes bloqueando a ligação de proteínas regulatórias. A célula possui diversas estratégias para garantir que a iniciação da transcrição possa ser realizada no DNA que está enovelado nos nucleossomos, embora se saiba que as formas mais compactas da cromatina sejam resistentes à iniciação da transcrição. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Pelo fato de as proteínas regulatórias poderem controlar a transcrição do DNA, mesmo há muitos nucleotídeos de distância do promotor, as sequências de DNA que controlam a expressão gênica podem se espalhar por longos segmentos da molécula de DNA. A maior parte das proteínas regulatórias trabalha como um conjunto integrado de proteínas, todas necessárias para expressar o gene na célula correta, em resposta a condições específicas, no momento correto e a um nível adequado. O termo controle combinatorial refere-se ao modo como os grupos de proteínas trabalham juntos para determinar a expressão de um gene específico. A maioria dos genes eucarióticos possui regiões de controle contendo numerosos sítios para proteínas regulatórias de genes que atuam tanto positiva quanto negativamente. A forma que as bactérias possuem de coordenar a expressão de um conjunto de genes diferentes é agrupando-os em um operon sob o controle de um promotor único. Em eucariotos, este controle se dá através de um conjunto de proteínas regulatórias que controlam cada um de seus genes, pois elas ligam e desligam rapidamente grupos inteiros de genes. Embora o controle da expressão gênica em eucariotos seja combinatorial, o efeito de uma única proteína regulatória pode ser crucial para ligar ou desligar qualquer gene simplesmentecompletando a combinação necessária para ativar ou reprimir o gene a ser controlado. Se um número de genes diferentes contém sítios regulatórios para a mesma proteína regulatória, esta poderá ser utilizada para regular a expressão de todos os genes ao mesmo tempo. Dessa maneira, uma única proteína regulatória pode controlar a expressão de muitos genes diferentes. A capacidade de ligar e desligar muitos genes diferentes usando apenas uma proteína é um dos mecanismos pelo qual as células eucarióticas se diferenciam em diversos tipos celulares durante o desenvolvimento embrionário. Estudos com células musculares que se diferenciavam em cultura identificaram proteínas regulatórias chave, expressas apenas nas células potencialmente musculares, que coordenam a expressão gênica e são fundamentais para a diferenciação da célula muscular. Essas proteínas regulatórias ativam a transcrição dos genes que codificam proteínas musculares específicas se ligando a sítios presentes em todas as regiões regulatórias. Embora todas as células devam ser capazes de ligar e desligar os seus genes, os organismos multicelulares requerem mecanismos especiais de controle gênico para gerar e manter seus tipos diferenciados de células. As mudanças de expressão gênica que dão origem a uma célula diferenciada devem ser transmitidas para as células-filhas nas divisões subsequentes. Um destes mecanismos é conhecido como retroalimentação positiva, onde uma proteína regulatória chave ativa a transcrição de seu próprio gene, além de outros genes específicos da célula. Outra forma de manter o tipo celular diferenciado é por propagação fiel de uma estrutura condensada de cromatina de uma célula parental para a célula-filha, mesmo com a intervenção da replicação do DNA. 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Um programa de transcrição pode ser definido como um conjunto de genes funcionalmente relacionados e corregulados, análogos aos operons bacterianos. Os programas de transcrição individuais diferem na cinética de sua indução e podem ser regulados independentemente um do outro por uma combinação dedicada de fatores de transcrição. Programas de transcrição induzíveis em um tipo celular podem ser constitutivamente expressos em outro tipo de célula (ou outro tecido). Da mesma forma, um determinado programa de transcrição pode ser induzível ou constitutivo no mesmo tipo de célula dependendo dos tecidos onde reside. Isso pode complicar as distinções entre “ativação celular” versus “diferenciação” e entre “tipos de células” versus “estado celular”, especialmente quando alguns dos produtos gênicos desses programas de transcrição são usados como marcadores fenotípicos para definir diferentes tipos de células e subtipos específicos de tecidos. Os fatores de transcrição de ligação ao DNA (TFs) são os principais reguladores de expressão gênica. Os fatores de transcrição podem ser agrupados em quatro tipos: fatores de transcrição de Classe A, B, C e D. • Fatores de transcrição de classe A: esses fatores de transcrição tendem a operar em “promotores abertos” (ou seja, promotores com sítios de ligação de fatores de transcrição não ocluídos por nucleossomos), que são acessíveis na maioria dos tipos de células. Em vertebrados, esses promotores geralmente possuem alto teor de CG e são referidos como promotores da “ilha CpG”. • Fatores de transcrição de classe B: são fatores de transcrição dependentes de sinal que também são amplamente expressos, mas, ao contrário dos fatores de transcrição Classe A, eles estão presentes em células não estimuladas, ou seja, são inativos. A ativação do fator de transcrição Classe-B é regulada por sinais específicos. Após a ativação, esses fatores de transcrição rapidamente ativam ou reprimem seus genes-alvo. Os fatores de transcrição classe B são chamados de “genes de resposta primária”, pois sua indução transcricional não requer nova síntese de proteínas porque os fatores de Classe B são pré-fabricados. • Fatores de transcrição de classe C: os fatores de Classe C não são pré-fabricados. Sua expressão deve ser induzida por fatores de Classe-B e, portanto, são genes de resposta primária. Os genes alvo dos fatores de Classe-C são chamados de “genes de resposta secundária” porque a indução transcricional desses genes-alvo depende da síntese de nova proteína (que é necessária para fazer fatores de Classe-C). Os fatores de classe C podem ser divididos em três subclasses: C1, C2 e C3. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra − Os fatores de classe C1 são induzidos transcricionalmente na maioria dos tipos de células por uma ampla gama de sinais e eles tendem a regular uma variedade de genes-alvo, funcionando como amplificadores de programas de transcrição. − Os fatores de classe C2 são induzidos transcricionalmente por sinais específicos e regulam a expressão de um grupo menor de genes especializados em uma determinada função. − Os fatores de classe C3 são induzidos transcricionalmente apenas em células específicas, onde regulam a expressão indutível de programas genéticos exclusivos para esses tipos de células. Assim, os fatores de classe-C1 estão mais comprometidos com a amplitude da resposta transcricional e os fatores de classe C2 e C3 com a especificidade. Estes fatores podem trabalhar em combinações para controlar tanto a magnitude quanto a especificidade da resposta transcricional. Além disso, fatores de Classe-C geralmente cooperam com fatores de Classe-B no controle da expressão gênica induzível específica do tipo de célula. • Fatores de transcrição de classe D: os fatores de Classe-D são fatores restritos à linhagem que controlam a diferenciação e expressão de genes específicos do tipo de célula. Eles atuam em promotores e potencializadores específicos, tornando seus genes- alvo associados constitutivamente ativos em tipos celulares específicos. Eles podem também tornar os potenciadores (enhancers) específicos do tipo de célula acessíveis a fatores de Classe-B e Classe-C, tornando-os indutíveis em um tipo de célula específico. Padrões de exPressão gêniCa Em organismos multicelulares, padrões básicos de expressão gênica podem ser definidos com base nos seguintes critérios: primeiro, a expressão gênica pode ser constitutiva ou indutível; segundo, a expressão gênica pode ser onipresente ou específica do tipo de célula. Isso resulta em quatro categorias de genes, definidas por seu padrão de expressão: genes constitutivos ubíquos (UCG), genes induzíveis ubíquos (UIG), genes constitutivos específicos do tipo de célula (SCG) e genes induzíveis constitutivos específicos do tipo de célula (SIG). 1. UCGs são, principalmente, genes de manutenção que controlam funções celulares que operam na maioria das células. A expressãoconstitutiva desses genes é regulada por fatores de transcrição de Classe-A. 2. UIGs são genes que são induzidos rapidamente sob demanda na maioria dos tipos de células. Normalmente, UIGs são genes de resposta primária. A expressão de UIGs é induzida por fatores de transcrição de Classe-B. UIGs incluem genes induzidos por estresse e inflamação, bem como genes envolvidos na adaptação metabólica ao seu microambiente. Um subconjunto de UIGs são fatores de transcrição de Classe-C, que, por sua vez, controlam a expressão dos genes de resposta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra 3. SCGs são expressos constitutivamente, mas apenas em células específicas (por exemplo, genes específicos de neurônios ou músculos). Seu padrão de expressão é estabelecido e mantido por fatores de transcrição de classe D durante a diferenciação das linhagens celulares. Esses fatores de transcrição ativam potenciadores de SCGs específicos do tipo celular. 4. SIGs são genes que são indutíveis, mas apenas em certos tipos de células. Sua expressão induzível é regulada por um efeito combinado de fatores de Classe-D (para controlar o tipo de especificidade da célula) e fatores de Classe-B e Classe-C (para controlar a indutibilidade). Dependendo se o fator de transcrição indutível é Classe-B ou Classe-C, os SIGs podem ser genes de resposta primária ou secundária. Essas quatro categorias de genes são versões idealizadas de uma realidade mais sutil porque as características usadas para defini-los são relativas, um gene que é constitutivamente expresso ainda pode ser expresso em diferentes níveis em diferentes tipos de células e condições. Alguns genes podem ser expressos de forma ampla (ou seja, na maioria dos tipos de células), mas não de forma onipresente (por exemplo, alguns tipos de células especializadas podem não expressá-los). Existe também uma hierarquia de especificidade do tipo de célula: por exemplo, a expressão do gene pode ser restrita a todos os linfócitos, ou apenas aos linfócitos T, ou apenas a vários subconjuntos de linfócitos T. Ainda assim, o ‘‘constitutivo” versus ‘indutível” e “onipresente” versus “específico” definem, sem dúvida, os padrões mais básicos de expressão gênica com as classes funcionais correspondentes de fatores de transcrição. Muitas variações dessa estrutura simples podem realmente ser compreendidas como combinações das quatro estratégias básicas de controle da expressão. Além disso, essa classificação simples fornece uma perspectiva natural sobre a evolução da regulação gênica e a evolução dos tipos de células. ProCessamento de rna Como vimos anteriormente, a regulação da expressão gênica é fundamental para coordenar a síntese, montagem e localização de estruturas macromoleculares das células. Isso ocorre através de um programa de várias etapas que é altamente interconectado e regulado em diversos níveis. Ele começa no núcleo, onde os fatores de transcrição se ligam a sequências de DNA próximas aos genes que regulam e recrutam RNA polimerases para a síntese de RNA. Assim que os precursores de RNA são formados, eles são cobertos por uma série de proteínas formando complexos ribonucleoproteicos. Proteínas de ligação ao RNA mensageiro (mRBPs) se associam com precursores de mRNA nascentes e mediam diversas reações de processamento de RNA, incluindo 5’-end capping, splicing, edição, clivagem 3’-end e poliadenilação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Os trancritos são posteriormente exportados através de poros nucleares para o citoplasma onde podem sofrer marcações de localização para regiões subcelulares por complexos constituídos por proteínas e proteínas de ligação ao RNA (RBPs) ou pela partícula de reconhecimento de sinal. Os trancritos se unem aos fatores de tradução e ribossomos para a síntese de proteínas, que é controlada por mecanismos globais ou específicos de transcrição. Finalmente, mRNAs sofrem degradação mediada por exonucleases por diversas vias de decaimento. O destino e a localização das proteínas podem ser, ainda, controlados através da modificação de aminoácidos específicos, clivagem por proteases específicas e degradação através do proteassoma. Técnicas modernas de microarranjos de DNA têm sido usadas para estudar programas de transcrição comparando os níveis de RNA em estado estacionário entre diversos tipos de células em diferentes estágios, e pelo mapeamento de sítios de ligação de proteínas associadas ao DNA por meio de imunoprecipitação da cromatina (os chamados ensaios ChIPCHIP). A integração desses dados permitiu a descrição de reguladores transcricionais complexos, envolvendo grandes conjuntos de genes que controlam respostas fisiológicas. Considerando o grande número de moléculas de mRNA na célula, é razoável supor que a localização, atividade e destino desses RNAs não é deixado ao acaso, mas são altamente coordenados e regulados por um sistema elaborado chamado sistema regulatório pós- transcricional. Este sistema pode ser controlado pelas centenas de RBPs e RNAs não codificantes (como, por exemplo, microRNAs) que são codificados em genomas eucarióticos, possivelmente definindo destinos específicos de cada RNA pela ligação combinatória de grupos distintos de RBPs. Adiante veremos com mais detalhes os princípios dos sistemas regulatórios pós- transcricionais, considerando a localização, tradução e decaimento de mRNAs em eucariotos, bem como a caracterização deRBPs e a identificação sistemática de seus RNAs alvos. rnas não CodifiCantes Como vimos nas aulas anteriores, o dogma central da biologia molecular que diz que a informação flui do DNA ao RNA e do RNA à proteína ganhou novas dimensões. Estudos recentes mostraram que a maior parte do genoma humano é transcrito, embora grande parte dele não codifique proteínas. Isso implica que os transcritos não codificantes ou RNAs não codificantes (ncRNAs) sejam as formas funcionais finais dessa parte da informação genética e as proteínas não são as únicas moléculas existentes na célula, como se pensava anteriormente. O vasto e desconhecido repertório de RNAs funcionais produzidos na célula, possibilitaram uma mudança de paradigma na compreensão do dogma central. Esta constatação abriu novas considerações evolutivas sobre a origem deste RNAs, se são provindos de um RNA primitivo ou se eles são partes importantes de processos celulares ainda não elucidados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Existe uma grande variedade destes ncRNAs ocupando a maior parte do genoma. Estudos recentes têm indicado que essa transcrição de todo o genoma muitas vezes faz com que RNAs reguladores contribuam através de diversos mecanismos para a expressão e regulação gênica. Esses RNAs reguladores se dividem em duas categorias principais com base em seus tamanhos médios:os pequenos RNAs não codificantes (sncRNAs) e os longos RNAs não codificantes (lncRNAs). Os sncRNAs constituem microRNAs (miRNAs), pequenos RNAs interferentes (siRNAs), PIWI RNAs de interação (piRNAs), RNAs Alu etc. Os sncRNAs são conhecidos, principalmente, por reprimir os genes de expressão, exceto em alguns casos em que o dsRNA ativa genes por um processo denominado ativação de RNA. A outra classe abundante de ncRNAs – os lncRNAs – possui aproximadamente 200 nucleotídeos de comprimento. Curiosamente, esses se assemelham a mRNAs em muitas das suas características. Por exemplo, eles são transcritos pela RNA polimerase II, sofrem splicing e são poliadenilados na extremidade 3’. Funcionalmente, os lncRNAs podem ser classificados em três grandes grupos: estrutural, repressivo e ativador. Os lncRNAs podem desempenhar papéis estruturais fornecendo um suporte para a formação da matriz nuclear. LncRNAs repressivos exercem suas ações de muitas formas, como o recrutamento de complexos repressivos nos loci alvo, causando interferência transcricional, modificando alostericamente proteínas de ligação ao RNA, inibindo a transcrição ou impedindo a formação do complexo de iniciação da transcrição nos locais alvo. No nível de tradução, os lncRNAs também podem degradar mRNAs e prevenir a síntese de proteínas. A maioria dos RNAs reguladores descobertos até agora eram de natureza repressiva. Recentemente foi descoberto que os lncRNAs também ativam a expressão gênica. A atividade transcricional de um gene depende se a cromatina está ou não acessível à transcrição. Um gene inativo está bem empacotado na cromatina e possui marcas repressivas (histonas repressivas). Para ativar o gene, essas marcas precisam ser substituídas por marcas ativadoras (histonas ativadoras) e a acessibilidade da cromatina deve ser aumentada. Todo esse processo de remodelação da cromatina é realizado por modificadores de cromatina em conjunto com remodeladores de cromatina. As marcas ativadoras são lidas pelo grupo de proteínas tritórax (TrxG) e a cromatina torna-se acessível para a transcrição. Essas observações fornecem um novo mecanismo de como o lncRNA pode ativar genes de forma eficiente e específica por sua capacidade de ligar reguladores epigenéticos do genoma e por sua proximidade aos loci alvo. Eles também trazem a vantagem da atuação do RNA como regulador e como ele pode exercer seu efeito sobre genes específicos sem a necessidade de serem traduzidos. Podemos classificar amplamente os lncRNAs naqueles que atuam em cis, influenciando a expressão e/ou estado de cromatina de genes próximos e aqueles que executam uma série O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra de funções em toda a célula em trans. Para lncRNAs de ação cis, é particularmente desafiador distinguir as funções da própria molécula de RNA do DNA do qual ela é transcrita. Pode-se vislumbrar pelo menos três mecanismos potenciais pelos quais um locus de lncRNA pode regular localmente a cromatina ou a expressão gênica: 1. o próprio transcrito de lncRNA regula a expressão de genes vizinhos por meio de sua capacidade de recrutar fatores reguladores para o locus e/ou modular sua função; 2. o processo de transcrição e/ou splicing do lncRNA confere uma funcionalidade de regulação gênica independente da sequência do transcrito do RNA; ou 3. a regulação em cis depende apenas de elementos de DNA dentro do promotor de lncRNA ou locus gênico e é completamente independente do RNA codificado ou de sua produção. Além daqueles que regulam a expressão gênica e os estados da cromatina em cis, há um número crescente de exemplos de lncRNAs que saem do sítio de transcrição e operam em trans. Esses lncRNAs podem ser categorizados em pelo menos três subgrupos principais: 1. lncRNAs que regulam os estados da cromatina e a expressão gênica em regiões distantes de seu sítio de transcrição; 2. lncRNAs que influenciam a estrutura e organização nuclear; e 3. lncRNAs que interagem e regulam o comportamento de proteínas e/ou outras moléculas de RNA. Os mRNAs são carreados ao citoplasma, onde sofrem tradução. lincRNAs, em contraste, localizam-se mais frequentemente no núcleo do que no citoplasma, como demonstrado por hibridização in situ fluorescente. Os lncRNAs são sintetizados com menos e degradados com mais eficiência e sofrem splicing mais lento do que os mRNAs. Os lincRNAs foram distribuídos uniformemente em classes funcionais de RNA amplamente definidas, sugerindo que nem a posição genômica nem o perfil metabólico estão globalmente correlacionados com a classificação funcional do RNA. A RNA polimerase II (Pol II) transcreve aproximadamente 15.000 pré-mRNAs no genoma, que sofrem splicing 5’ capping, clivagem 3’ e poli-adenilação. Os lincRNAs compartilham esses recursos de processamento, mas enquanto os mRNAs sofrem mais splicing e são poliadenilados de forma co-transcricional robusta, os lincRNAs são mais frequentemente clivados co-transcricionalmente e terminados prematuramente. Isso sugere que, enquanto Pol II faz uma pausa ineficiente nos promotores de lincRNA, ela pausa em todas as unidades de transcrição de lincRNA, resultando em terminação de transcrição mais frequente do que o observado em genes codificadores de proteínas. A maioria dos promotores eucarióticos são divergentes (bidirecionais) e podem gerar transcritos (mRNA) em ambos os sentidos e direções anti-sense. Os promotores bidirecionais dão origem ao enriquecimento assimétrico nas poliadenilações locais (PASs) no transcrito de lincRNA anti-sense e ao enriquecimento em sítios de ligação U1 na transcrição sense de mRNA, uma assimetria que favorece a transcrição, terminação e poliadenilação prematura de lincRNAs anti-sense, além do alongamento e splicing eficientes dos mRNAs. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra A maioria dos lincRNAs transcritos divergentemente são emendados em seus tecidos de expressão máxima, mas sua expressão não é altamente correlacionada com a de genes codificadores vizinhos, já que metade dos lincRNAs divergentes específicos do tecido são emparelhados com genes codificantes vizinhos expressos de forma ubíqua, essa descoberta implica que o processamento do lincRNA não influencia ou reflete a expressão gênica de sítios próximos. Enquanto os mRNAs citoplasmáticos são frequentemente estáveis, o grau de estabilidade dos lincRNAs é menor. Os lncRNAs associados a ribossomos têm uma longa estrutura pseudo-5’-UTR cap e ausência de sequências repetitivas. Em geral, os mRNAs citoplasmáticos são degradados por três mecanismos principais: 3’ desadenilação; 5’ decapagem seguido por decaimento 5’-para-3’ mediado por exonuclease; e clivagem por endoribonuclease. LincRNAs são degradados por esses mecanismos, mas também por mecanismos independentes, como direcionamento ao exossoma nuclear. Muitos lincRNAs traduzidos sofrem terminação precoce da tradução e podem sofrer decaimento mediado por nonsense. LincRNAs também podem sofrer desestabilização independente de tradução, por exemplo, por microRNAs e por proteínas de ligação ao RNA. É possível que lincRNAs parcialmente transcritos e mal processados por splicing, sejam degradados pelo exossomonuclear, enquanto aqueles processados como mRNAs escapem desse destino, permanecendo estáveis no citoplasma. LincRNAs podem induzir estados estáveis e repressivos da cromatina – isto é, aumentando ou reprimindo a ativação transcricional. Eles podem regular localmente a estrutura da cromatina em cis, bem como a arquitetura nuclear intercromossômica em trans. As interações de cromatina com lincRNA mediadas por cis incluem looping de cromatina e ativação da transcrição ou repressão de genes alvo. As interações da cromatina com lincRNA mediadas por trans são amplas e incluem regulação de genes de codificação co-expressos por looping cromossômico ou por complexos modificadores de cromatina de ligação direta a fatores de transcrição. Os lincRNAs são regulados por mecanismos cis e trans. O exemplo mais famoso e bem estabelecido de um lncRNA de ação cis é o transcrito específico inativo Xist. Durante o desenvolvimento embrionário inicial em mamíferos fêmeas, um dos dois cromossomos X é silenciado transcricionalmente para compensação de dosagem. Este processo crítico depende da transcrição de Xist de apenas um cromossomo X, que mais tarde se tornará o X inativo (Xi). Após sua indução, o Xist se espalha por todo o Xi e inicia uma série de eventos que resultam na relocalização do cromossomo na periferia nuclear, deposição de marcas repressivas de cromatina e eventual silenciamento transcricional de quase todo o cromossomo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Entre os primeiros lncRNAs relatados que regulam a expressão gênica em trans está o RNA intergênico anti-sense HOX HOTAIR, um transcrito de mamífero processado por splicing e poliadenilado de aproximadamente 2,2 kb, que é expresso a partir do locus HOXC. Os fatores de transcrição HOX produzidos a partir de quatro agrupamentos de genes HOX (HOXA, HOXB, HOXC e HOXD) são reguladores de desenvolvimento altamente conservados. Enquanto os RNAs não codificantes regulam a expressão do gene Hox em cis em Drosophila, Rinn et al. fez a surpreendente descoberta de que o HOTAIR é necessário para manter as marcas de cromatina repressivas no locus HOXD. Um estudo posterior usando isolamento de cromatina por purificação de RNA (ChIRP), uma técnica para mapear interações lncRNA-cromatina em todo o genoma, detectou um sítio de ligação HOTAIR dentro do cluster HOXD. A depleção de HOTAIR com siRNAs resultou na ativação transcricional de genes HOXD com uma diminuição associada na marca repressiva de cromatina H3K27me3. transPosons Os transposons são elementos genéticos móveis que fizeram uma grande contribuição para a evolução do genoma de uma maneira amplamente específica para cada espécie. Estes elementos transponíveis são uma fonte abundante de elementos de modulação transcricional, como promotores e potenciadores de genes, splicing e sítios de terminação e RNAs não codificantes reguladores. Além disso, os transposons impulsionaram a evolução dos mecanismos de defesa do hospedeiro que foram redirecionados para os mecanismos de regulação gênica. É amplamente reconhecido que os transposons são uma importante fonte de atividade reguladora em cis de genomas de hospedeiros e o desafio é compreender até que ponto sua atividade afeta as funções celulares e a biologia do hospedeiro. Transposons parecem exibir atividade preferencial em tipos específicos de redes reguladoras de genes, como aquelas subjacentes ao desenvolvimento inicial, respostas a estímulos ambientais ou infecções e doenças como o câncer. A ativação transcricional de transposons é pronunciada durante o desenvolvimento inicial e aparentemente está associada ao estado totipotente, o que levanta a possibilidade de que parte dessa atividade tenha sido cooptada para regular o desenvolvimento adequado. Há também evidências crescentes de que os transposons são uma fonte comum de elementos reguladores induzíveis que são ativados em resposta ao estresse ambiental ou infecção, sugerindo que eles possam facilitar a evolução adaptativa dessas respostas. Outra questão-chave é a extensão em que os transposons não fixos contribuem para variação regulatória dos genes dentro das populações. Usando dados de linfoblastóides humanos e linhagens de células-tronco pluripotentes induzidas, foram encontradas evidências de numerosos polimorfismos de inserção de elementos transponíveis que estão ligados a alterações na expressão gênica. Isso sugere que os transposons são uma fonte subestimada O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra de variação regulatória e fenotípica em todos os indivíduos humanos. Finalmente, enquanto a maioria dos estudos analisando a atividade cis-reguladora de transposons se concentraram em seu potencial promotor ou atividade potencializadora, achados recentes indicaram que os transposons podem influenciar a regulação gênica através de uma ampla gama de outros mecanismos, incluindo silenciar a expressão gênica e alterar a arquitetura tridimensional do genoma. Descobriu-se também que os transposons podem afetar os processos a jusante, incluindo splicing, terminação da transcrição e estabilidade do mRNA. Através destes eventos co e pós- transcricionais, os transposons podem ser usados pelo hospedeiro para controlar a diversidade transcricional específica do tecido e níveis de estado estacionário. Processamento pós-transcricional de transcrições de transposons em pequenos RNAs também podem impactar na regulação do genoma. Muitos eventos regulatórios mediados por transposons podem ter efeito neutro e, em alguns contextos, até mesmo deletério. Em particular, as alterações epigenéticas que ocorrem durante a tumorigênese podem desmascarar a atividade regulatória dos transposons. Estudos confirmaram que as isoformas de splicing derivadas de elementos transponíveis poderiam gerar diversidade transcricional especificamente no câncer. Como várias delas afetam genes associados ao câncer, esse mecanismo pode estar implicado no processo tumorigênico. Os transposons também podem impulsionar a regulação gênica devido à sua ação mutagênica. As consequências potencialmente deletérias da sua mobilidade colocam pressão substancial para a evolução de mecanismos que garantem o silenciamento transcricional de transposons. Tais mecanismos podem então ser reaproveitados pelo hospedeiro para deflagrar outros eventos epigenéticos importantes. Por exemplo, a metilação do DNA, provavelmente tenha surgido para controlar a expansão dos transposons, no entanto, tornou-se uma marca importante para a regulação genética de mamíferos, sendo essencial em processos como o imprinting e inativação do cromossomo X. Agora que terminamos nosso estudo, vamos resolver algumas questões para praticar! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra QUESTÕES DE CONCURSO 001. (CONSULPLAN/2008/CODEVASF/BIÓLOGO/PROVAI) Um fato curioso da biologia é a existência de uma grande variedade de tipos celulares, tecidos, órgãos, além de várias vias bioquímicas e fisiológicas, milhares de proteínas sendo expressas no lugar certo e no momento certo... O curioso poderia perguntar por que uma determinada proteína digestiva é expressa em células do sistema digestório e não no cérebro ou coração, por exemplo. A dúvida tem fundamento e razão de ser, afinal de contas, todas as células do corpo de um mesmo indivíduo contêm a mesma informação genética. Esta e outras dúvidas seriam respondidas com base em conceitos da regulação da expressão gênica. Sobre a expressão gênica, pode-se afirmar que: a) Uma proteína denominada repressora, codificada por um gene regulador, possui a função de se ligar à região promotora do operon e, dessa forma, impede a transcrição do(s) gene(s) deste operon. b) A condensação do cromossomo é uma forma de regulação da expressão gênica em eucariotos, sendo que, no estado de heterocromatina, os genes têm sua expressão favorecida. c) O cromossomo procarioto possui o seu material genético organizado em éxons e íntros, sendo somente os primeiros traduzidos em polipeptídeos. d) O triptofano atua como co-repressor no controle da expressão gênica de enzimas necessárias à sua biossíntese, ativando a molécula repressora. e) Um operon é uma estrutura, comum aos cromossomos eucariotos, formada por três regiões funcionais: promotora, operadora e do(s) gene(s), contendo um ou mais genes a ser transcritos. 002. (MARINHA/2018/QUADRO TÉCNICO/PRIMEIRO TENENTE/CIÊNCIAS BIOLÓGICAS) As informações contidas nos genes são convertidas de modo coordenado, pela ação de enzimas, em moléculas de RNA e outras, resultando numa cadeia polipeptídica longa (proteína). Entretanto, há um complexo mecanismo do controle da expressão gênica. O modelo chamado Operon, responsável pela regulação da expressão gênica em organismos procarióticos, para repressão (I) e operação (II) da tradução, tem como sequência: a) I. Gene regulador - repressor - bloqueio dos genes estruturais; II. Substância indutora - inibe e libera repressor - genes estruturais - transcrição - mRNA - tradução. b) I. Substância indutora - gene regulador - repressor - bloqueio dos genes estruturais; II. Co- fator - gene regulador - desrepressor - libera repressor - genes estruturais - transcrição - mRNA – tradução. c) I. Gene regulador - repressor - liga ao gene operador - bloqueio do gene promotor; II. Substância indutora - libera repressor - gene operador livre - RNA polimerase conectado ao gene promotor - RNA polimerase abre gene estrutural - transcrição - mRNA - tradução. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra d) I. Gene regulador - repressor - bloqueio do gene operador; II. Substância indutora - libera repressor - gene operador livre - RNA polimerase conectado ao gene operador - RNA polimerase abre gene estrutural - transcrição - mRNA - tradução. e) I. Substância indutora - gene regulador - repressor - bloqueio do gene operador; II. Co-fator - libera repressor - gene operador livre - RNA polimerase conectado ao gene operador - RNA polimerase abre gene estrutural - transcrição - mRNA - tradução. 003. (CESPE/UNB/SESA/ES/2013) A regulação da expressão gênica resulta em respostas fisiológicas bastante variadas nos diversos organismos, como o desaparecimento da cauda em girinos e a utilização de determinados tipos de “açúcares” (carboidratos) em bactérias. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. a) Metilações podem ocorrer tanto no DNA quanto em histonas, promovidas pela ação de uma mesma enzima. Em ambos os casos, o resultado é a diminuição da transcrição do gene localizado naquela parte do DNA. b) A acetilação e a desacetilação de histonas são processos que influenciam no controle da expressão gênica. A acetilação, em geral, promove a transcrição de genes e desacetilação a inibe. c) O sistema operon trp (triptofano) pode ser ativado em humanos por uma dieta rica em triptofano, como, por exemplo, o consumo da carne de peru. d) Em bactérias, um exemplo de controle da expressão gênica é o exercido pelo operon lac, que é ativado quando a lactose presente no meio induz a ligação de um coativador à região promotora do gene da lactase. e) A associação do DNA com proteínas chamadas histonas não exerce papel regulatório sobre a transcrição de genes em eucariotos, mas sim, na manutenção da integridade do material genético. 004. (FGV/2010) A respeito da regulação da expressão gênica em eucariotos, é correto afirmar que: a) a estrutura da cromatina não tem papel na regulação gênica. b) é realizada somente pela ativação do promotor. c) nunca é realizada pela repressão do promotor. d) o processamento de um mesmo pré-mRNA pode levar à produção de proteínas diferentes. e) é restrito ao processo de transcrição. 005. (FGV/2010) Os elementos controladores da expressão gênica denominados enhancers ou acentuadores são: a) sequências de RNA, às quais se ligam proteínas denominadas fatores de transcrição formando um complexo que interage com o promotor. b) sequências do DNA, às quais se ligam proteínas denominadas fatores de transcrição formando um complexo que interage com o promotor. c) sequências do DNA independentes de fatores de transcrição que interagem com o promotor. d) sequências de RNA independentes de fatores de transcrição que interagem com o promotor. e) proteínas que interagem diretamente com o promotor. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra 006. (CESPE/2009) Segundo Linus Pauling, entre todos os sistemas naturais, a matéria viva é a que, em face de grandes transformações, preserva inscrita em sua organização a maior quantidade de sua própria história pregressa. Essa afirmação deixa clara a importância das biomoléculas relacionadas à conservação e à transmissão de história pregressa. Essa afirmação deixa clara a importância das informações. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir. Após o final do processo de síntese de proteínas no ribossomo, ainda podem ocorrer alterações na estrutura da proteína, denominadas modificações pós-traducionais. 007. (CEBRASPE-CESPE/PROFESSOR DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO/ IFF/BIOLOGIA/2018) Em procariontes, a organização gênica consiste em diversas sequências codificadoras sob o controle de um único promotor, o que gera um mRNA policistrônico. No caso do operon lac: a) os genes estruturais são responsáveis pela síntese de enzimas necessárias à captação e metabolização da glicose. b) a regulação é positiva, promovida pela ligação da glicose com o promotor. c) a ligação da glicose sobre o sítio do gene operador reprime a síntese da enzima beta- galactosidase. d) o efeito indutor da glicose intermedia a ligação da RNA polimerase ao sítio promotor. e) a ligação da proteína repressora com a lactose é condição necessária à ativação da expressão gênica. 008. (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/CONCURSO PÚBLICO/2010/TECNOLOGISTA EM SAÚDE PÚBLICA) Para o início da transcrição de um gene são necessárias uma região promotora e uma série de proteínas auxiliares. Assinale a alternativa incorreta sobre região promotora e as proteínas necessárias para o início da transcriçãoem bactérias. a) Duas regiões, denominadas região -10 e -35, estão presentes em virtualmente quase todos os genes. b) Os segmentos de DNA perto do promotor servem como pontos de ligação para proteínas reguladoras específicas de sequência chamadas ativadores e repressores. c) Alguns genes necessitam dos ativadores ligados ao sítio alvo no DNA para que a transcrição se inicie. d) A proteína ativadora ligada ao DNA não ajuda fisicamente a RNA polimerase a se ligar ao promotor para início da transcrição. e) Tipicamente a proteína repressora não permite a transcrição por um bloqueio físico da ligação da RNA polimerase ao promotor ou da movimentação desta ao longo do DNA. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra 009. (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/CONCURSO PÚBLICO/2010/TECNOLOGISTA EM SAÚDE PÚBLICA) A descoberta do sistema Lac foi crucial para a melhor compreensão de como ocorre a regulação da transcrição gênica. Sobre o sistema Lac, assinale a alternativa incorreta. a) No sistema Lac, a presença do indutor lactose faz com que as células produzam em grande quantidade a enzima beta- galactosidase. b) As mutações constitutivas no operon lac levam à expressão dos genes do óperon de forma independente do indutor. c) O indutor lactose pode ser substituído pelo indutor sintético isopropil-beta-D-tiogalctosidase (IPTG), porém o IPTG é hidrolisado pela beta-galactosidade, diminuindo sua capacidade de indução em períodos mais longos. d) O gene da permease está em cis em relação ao operador. e) O gene I é de ação em trans, o que significa que o produto gênico pode regular todos os genes estruturais do operon lac, estejam eles residindo em uma mesma molécula ou em moléculas diferentes. 010. (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/CONCURSO PÚBLICO/2010/TECNOLOGISTA EM SAÚDE PÚBLICA) Sobre as diferenças e as semelhanças entre a regulação transcricional em bactérias e eucariontes, assinale a alternativa incorreta. a) A RNA polimerase II de eucariontes é muito maior e mais complexa que a RNA polimerase de procarionte. b) Em eucariontes, existem três RNA polimerases e em procariontes apenas uma. c) A RNA polimerase II também atua em eventos de processamento do RNA sintetizado. d) Os RNAs transcritos de eucariontes passam por etapas complexas de processamento, entre elas os íntrons são removidos. e) Tantos os transcritos de eucariontes como procariontes têm as pontas 5’ e 3’ do RNA modi- ficadas depois da transcrição. 011. (BIOLOGIA/BIOLOGIA MOLECULAR/CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS/UNB/CESPE/2006) Assinale a opção correta com referência aos mecanismos de regulação da expressão gênica. a) O óperon lac é controlado por regulação negativa na qual o gene lac1 sintetiza o repressor que se liga à sequência operadora, impedindo a transcrição. b) Um mecanismo muito importante de controle da expressão gênica em eucariontes envolve a formação de grampo no RNA, o que permite que a RNA polimerase aumente sua velocidade de síntese de proteínas. c) No caso do óperon de arabinose, a ligação das proteínas AraC e CAP complexada ao cAMP a um sítio adjacente a araI bloqueia a transcrição de araB, araA e araC. d) O óperon trp possui 5 enzimas capazes de transformar corismato em triptofano. Graças aos estudos com esse óperon, foi possível a identificação de um novo mecanismo de regulação da expressão gênica envolvendo a estabilidade do mRNA. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra 012. (UFU/PROGEP/067/2016) A descoberta dos mecanismos de regulação da expressão do óperon de triptofano (Trp) em Escherichia coli trouxe importantes informações para o entendimento da regulação da transcrição por atenuação. Em relação ao operon Trp, assinale a alternativa INCORRETA. a) O mecanismo de atenuação do óperon Trp utiliza sinais codificados por sequências dentro de uma região líder na extremidade 5’ do RNAm. b) Quando o triptofano está presente em quantidade abundante, o aminoácido liga-se ao repressor Trp, que induz à alteração. c) conformacional, tendo como resultado o aumento da interação com o operador Trp. d) O operon Trp codifica cinco enzimas envolvidas na biossíntese do Triptofano a partir do corismato. e) A interação do repressor com o operador Trp diminui a interação da RNA-polimerase com a região promotora, o que possibilita o início da transcrição dos genes do óperon Trp. 013. (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/CONCURSO PÚBLICO/2010/TECNOLOGISTA EM SAÚDE PÚBLICA) Células procariontes e eucariontes diferem em estrutura celular, nos processos moleculares e, naturalmente, em conteúdo gênico. Dentre as maiores dificuldades em conseguir a expressão de genes eucariontes em células procariontes está o fato de que: a) células procariontes não têm genoma isolado em núcleo celular como os eucariontes. b) genes procariontes não têm íntrons, enquanto nos eucariontes íntros e regiões intergênicas são comuns no genoma. c) genes procariontes estão alinhados em óperons, enquanto nos eucariontes cada gene apresenta seu promotor. d) mecanismos de regulação da expressão são diferentes entre os dois tipos de organismos. e) células procariontes tem tamanho muito menor do que eucariontes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra GABARITO 1. a 2. d 3. a 4. d 5. b 6. C 7. a 8. d 9. c 10. e 11. d 12. d 13. d O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra GABARITO COMENTADO 001. (CONSULPLAN/2008/CODEVASF/BIÓLOGO/PROVA I) Um fato curioso da biologia é a existência de uma grande variedade de tipos celulares, tecidos, órgãos, além de várias vias bioquímicas e fisiológicas, milhares de proteínas sendo expressas no lugar certo e no momento certo... O curioso poderia perguntar por que uma determinada proteína digestiva é expressa em células do sistema digestório e não no cérebro ou coração, por exemplo. A dúvida tem fundamento e razão de ser, afinal de contas, todas as células do corpo de um mesmo indivíduo contêm a mesma informação genética. Esta e outras dúvidas seriam respondidas com base em conceitos da regulação da expressão gênica. Sobre a expressão gênica, pode-se afirmar que: a) Uma proteína denominada repressora, codificada por um gene regulador, possui a função de se ligar à região promotora do operon e, dessa forma, impede a transcrição do(s) gene(s) deste operon. b) A condensação do cromossomo é uma forma de regulação da expressão gênica em eucariotos, sendo que, no estado de heterocromatina, os genes têm sua expressão favorecida.c) O cromossomo procarioto possui o seu material genético organizado em éxons e íntros, sendo somente os primeiros traduzidos em polipeptídeos. d) O triptofano atua como co-repressor no controle da expressão gênica de enzimas necessárias à sua biossíntese, ativando a molécula repressora. e) Um operon é uma estrutura, comum aos cromossomos eucariotos, formada por três regiões funcionais: promotora, operadora e do(s) gene(s), contendo um ou mais genes a ser transcritos. Quando o triptofano é abundante, ele se liga à proteína repressora na sequência do operador. Isso bloqueia fisicamente a RNA polimerase de transcrever os genes da biossíntese do triptofano. A eucromatina corresponde a filamentos de cromatina que estão menos condensados possuindo DNA ativo, ou seja, a célula é capaz de “ler” o conteúdo deste material genético. Apenas o cromossomo eucariótico possui íntrons e éxons. O operon é uma estrutura comum aos cromossomos procarióticos. Letra a. 002. (MARINHA/2018/QUADRO TÉCNICO/PRIMEIRO TENENTE/CIÊNCIAS BIOLÓGICAS) As informações contidas nos genes são convertidas de modo coordenado, pela ação de enzimas, em moléculas de RNA e outras, resultando numa cadeia polipeptídica longa (proteína). Entretanto, há um complexo mecanismo do controle da expressão gênica. O modelo chamado O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra Operon, responsável pela regulação da expressão gênica em organismos procarióticos, para repressão (I) e operação (II) da tradução, tem como sequência: a) I. Gene regulador - repressor - bloqueio dos genes estruturais; II. Substância indutora - inibe e libera repressor - genes estruturais - transcrição - mRNA - tradução. b) I. Substância indutora - gene regulador - repressor - bloqueio dos genes estruturais; II. Co- fator - gene regulador - desrepressor - libera repressor - genes estruturais - transcrição - mRNA – tradução. c) I. Gene regulador - repressor - liga ao gene operador - bloqueio do gene promotor; II. Substância indutora - libera repressor - gene operador livre - RNA polimerase conectado ao gene promotor - RNA polimerase abre gene estrutural - transcrição - mRNA - tradução. d) I. Gene regulador - repressor - bloqueio do gene operador; II. Substância indutora - libera repressor - gene operador livre - RNA polimerase conectado ao gene operador - RNA polimerase abre gene estrutural - transcrição - mRNA - tradução. e) I. Substância indutora - gene regulador - repressor - bloqueio do gene operador; II. Co-fator - libera repressor - gene operador livre - RNA polimerase conectado ao gene operador - RNA polimerase abre gene estrutural - transcrição - mRNA - tradução. Na ausência de lactose, o repressor lac liga-se à sequência operadora do operon e impede que a enzima RNA polimerase, que está ligada ao promotor, inicie a transcrição. Na presença de lactose, parte da lactose é convertida em alolactose, que se liga e inibe a atividade do repressor lac. O complexo lac repressor-alolactose não consegue se ligar à região operadora do operon, liberando a RNA polimerase e causando o início da transcrição. Letra d. 003. (CESPE/UNB/SESA/ES/2013) A regulação da expressão gênica resulta em respostas fisiológicas bastante variadas nos diversos organismos, como o desaparecimento da cauda em girinos e a utilização de determinados tipos de “açúcares” (carboidratos) em bactérias. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. a) Metilações podem ocorrer tanto no DNA quanto em histonas, promovidas pela ação de uma mesma enzima. Em ambos os casos, o resultado é a diminuição da transcrição do gene localizado naquela parte do DNA. b) A acetilação e a desacetilação de histonas são processos que influenciam no controle da expressão gênica. A acetilação, em geral, promove a transcrição de genes e desacetilação a inibe. c) O sistema operon trp (triptofano) pode ser ativado em humanos por uma dieta rica em triptofano, como, por exemplo, o consumo da carne de peru. d) Em bactérias, um exemplo de controle da expressão gênica é o exercido pelo operon lac, que é ativado quando a lactose presente no meio induz a ligação de um coativador à região promotora do gene da lactase. e) A associação do DNA com proteínas chamadas histonas não exerce papel regulatório sobre a transcrição de genes em eucariotos, mas sim, na manutenção da integridade do material genético. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 35www.grancursosonline.com.br Biologia Molecular - Parte III BIOLOGIA MOLECULAR Pollyana Lyra A metilação ocorre apenas nas moléculas de DNA. O sistema operon triptofano só existe em procariotos. Na presença de lactose, parte da lactose é convertida em alolactose, que se liga e inibe a atividade do repressor lac. O complexo lac repressor-alolactose não consegue se ligar à região operadora do operon, liberando a RNA polimerase e causando o início da transcrição. As proteínas histonas também exercem papel regulatório da expressão gênica, tornando os genes mais ou menos acessíveis à ação da RNA-polimerase. Letra a. 004. (FGV/2010) A respeito da regulação da expressão gênica em eucariotos, é correto afirmar que: a) a estrutura da cromatina não tem papel na regulação gênica. b) é realizada somente pela ativação do promotor. c) nunca é realizada pela repressão do promotor. d) o processamento de um mesmo pré-mRNA pode levar à produção de proteínas diferentes. e) é restrito ao processo de transcrição. A estrutura da cromatina tem papel fundamental no controle da expressão gênica, conforme esteja mais ou menos condensada. O controle é feito tanto pela ativação como pela repressão do promotor. Existem controles de expressão gênica pós-transcricionais, como processamen- to do RNA, tais como splicing, aquisição de revestimento e adição da cauda poli-A; tradução e tempo de vida do RNA mensageiro (RNAm) no citosol; e modificações proteicas. Alguns genes podem sofrer splicing alternativo, levando à produção de diferentes moléculas maduras de RNAm a partir do mesmo transcrito inicial (pré mRNA). Letra d. 005. (FGV/2010) Os elementos controladores da expressão gênica denominados enhancers ou acentuadores são: a) sequências de RNA, às quais se ligam proteínas denominadas fatores de transcrição formando um complexo que interage com o promotor. b) sequências do DNA, às quais se ligam proteínas denominadas fatores de transcrição formando um complexo que interage com o promotor. c) sequências do DNA independentes de fatores de transcrição que interagem com o promotor. d) sequências de RNA independentes de fatores de transcrição que interagem com o promotor. e) proteínas que interagem diretamente com o promotor. 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