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Farmacodinâmica X Farmacocinética: A farmacodinâmica estuda o que o fármaco faz com o corpo/no organismo > efeitos bioquímicos e fisiológicos e mecanismos de ação; A farmacocinética estuda o que o corpo faz com o fármaco > percurso do fármaco no organismo; HISTÓRICO • Antagonismo mútuo: - Langley estudou compostos naturais através da extração do composto para estudar o comportamento do composto principal. Assim, ele visualizou que a Pilocarpina induzia a salivação de cães, enquanto a atropina era capaz de diminuir a salivação dos cães; - Outro experimento foi realizado com galo, com a nicotina, a qual era responsável pela contração muscular dessa ave (gráfico A). Também foi utilizado outro princípio ativo (curare), que é capaz de promover o relaxamento muscular (gráfico B > decrescente devido à atividade contrária à nicotina); - Além disso, ele fez outro experimento com a nicotina e o curare aplicados juntos, contudo, estimulando eletricamente pontos diferentes. Quando estimulava o nervo, não acontecia a contração muscular, mas se fosse estimulado o músculo, ocorria a contração muscular. Desse modo, ele foi capaz de concluir que para se ter uma ação através da indução de um princípio ativo em um determinado local, era necessário ter uma substância receptiva; INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR - O fármaco precisa se ligar a um fator farmacológico para poder ativar uma maquinaria dentro da célula (transdução de sinal) para produzir o efeito biológico. Como cada fármaco possui o seu receptor específico, os fármacos não seriam capazes de se ligar a outro tipo de receptor, consequentemente não poderia causar um efeito; OBS.: É importante evidenciar que o fármaco não é capaz de criar uma função, e sim modificar uma determinada função; - Receptores são moléculas proteicas cuja função é reconhecer os sinais químicos endógenos e responder a eles. As ligações químicas se formam entre as moléculas do fármaco e os sítios de ligação de seus receptores; • Seletividade: - É necessário que o fármaco aja de modo seletivo sobre células e tecidos específicos, precisando exibir alto grau de seletividade pelo ponto de ligação; - Seletividade é a diferença de atividade que uma determinada molécula biologicamente ativa tem para dois ou mais processos. A diferença de atividade é sempre relativa e não absoluta, ou seja, aumentando-se suficientemente a dose/concentração, a ativação do outro processo ocorrerá, podendo aparecer os efeitos adversos; Farmacodinâmica - Os alvos farmacológicos (presentes em órgãos e tecidos) costumam também mostrar alto grau de seletividade pelo ligante. Exemplos: Angiotensina atua sobre o músculo liso vascular e o túbulo renal, mas possui pouco efeito nos outros tipos de músculo liso ou sobre o epitélio intestinal; • Especificidade: - É considerada como uma forma extrema de seletividade onde nenhum aumento na concentração ([]) da molécula será suficiente para ativar o outro processo; - Conceito utópico: “nenhum fármaco causa efeito único, específico: os fármacos são apenas seletivos, em vez de específicos em suas ações” (Von Zastrow); - Desse modo, os fármacos ligam-se aos seus receptores através de interações químicas, e isso depende do tipo de ligação que o fármaco é capaz de fazer, as ligações covalentes são as mais fortes, por exemplo. Então segue o princípio das forças de ligações da química. Os fármacos geralmente fazem ligações mais fracas, podendo ser reversíveis; • Fatores que interferem: - Estereoquímica do fármaco; Geralmente, os fármacos são moléculas quirais (não conseguem ser sobrepostas como um espelho, além disso são misturas racêmicas, possuindo dois enantiômeros (50% destrógiro/R e 50% levogiro/S). Ex: varfanina, o enantiômero (S) é 4x mais potente que o enantiômero (R); - Interações químicas; - Estrutura do fármaco; - Estrutura do receptor; - Características do fármaco (afinidade, eficácia); Afinidade = capacidade de ligação do fármaco ao receptor – controla a ocupação; Eficácia = capacidade de ativação do receptor e de indução do efeito fisiológico – controla a ativação; - Características dos tecidos/células (n° de receptores, capacidade de ampliação do sinal); - Conformação do receptor; Teoria de dois estados do receptor: ocorre a ativação de receptores mesmo na ausência de ligantes; Teoria do receptor ativo após ligação com o fármaco (mais aceita): a soma do fármaco ao receptor resulta na forma ativada, o que introduz o termo de eficácia (altera a conformação do receptor); • Teoria de Clark/Teoria da Ocupação: - Clark (1933) defendia que os receptores ocupados estão em relação direta com o efeito, sendo que o efeito máximo seria atingido quando todos os receptores estivessem ocupados; - Isso dependeria de K1 (constante de afinidade/de velocidade de associação) e de K2 (constante de velocidade de dissociação). Essa teoria obedecia ao princípio da lei da ação das massas, em que a velocidade da formação do produto é a mesma velocidade para a dissociação do produto; - Algum tempo depois, foi descoberto que a resposta poderia ocorrer memo quando não houvesse o número total de receptores ocupados, ou seja, não é proporcional; • Eficácia X Potência: - Eficácia: A = C = D > B; - Potência: A > C > D > B; A potência indica a dose ou concentração que é necessária para que um fármaco produza um determinado efeito. Quanto mais deslocado para a esquerda, maior a potência; CURVAS DOSE-RESPOSTA - Também chamadas curvas concentração-efeito, tem como objetivo avaliar a relação entre a dose do fármaco e a resposta tecidual; - Qualquer curva dose-resposta pode ser definida pelo limiar (onde a resposta começa ao longo do eixo da concentração), pela inclinação (o aumento da resposta em função da dose) e pela resposta máxima; - A DE50 é a dose necessária para se obter 50% do efeito máximo; - Esses gráficos serão hipérboles retangulares, pois são valores inversamente proporcionais. O gráfico sigmoide ocorre quando os valores da dose estão em log (permite maiores variações); - A curva dose-resposta graduada é a mais utilizada na farmacologia; • Curva dose-resposta quantal: - Nessa curva, que avalia populações, a dose em miligrama estará em X, e no eixo Y será a quantidade de indivíduos que obtém uma resposta a esse fármaco; -Assim, é capaz de avaliar o índice terapêutico (divisão do valor da dose tóxica pela dose terapêutica). Desse modo, quanto maior o valor do índice terapêutico, menor será a chance desse fármaco ser tóxico ao paciente, sendo, portanto, mais seguro; AGONISTAS - Molécula que se liga ao receptor e o estabiliza em determinada conformação ativa; • Plenos/totais: - Se ligam ao sítio ortostérico do receptor, isto é, atingem sua resposta no mesmo sítio da resposta do agonista endógeno, que pode ser um neurotransmissor, por exemplo, noradrenalina e acetilcolina; - Apresentam eficácia/atividade intrínseca = 1, sendo capazes de provocar respostas máximas, mesmo com pouca ocupação de receptores; • Parciais: - Se ligam ao sítio ortostérico do receptor. Possuem eficácia intermediária, entre 0 e 1 (sempre < 1), sendo capazes de produzir apenas efeitos submáximos; Ocupação de receptores; OBS.: Na presença de um agonista pleno, o agonista parcial se comporta como antagonista competitivo; • Inversos: - Se ligam ao sítio ortostérico do receptor. Apresentam seletividade pelo estado de repouso do receptor, isto é, ligam-se à conformação inativa do receptor e a estabilizam, desviando, assim, o equilíbrio para o estado inativo do receptor. Dessa forma, diminuem a ativação constitutiva, tendo uma eficácia negativa, podendo alterar a resposta do fármaco. Na presença de um agonista pleno, oagonista inverso se comporta como antagonista competitivo; • Alostéricos positivos: - Se ligam ao sítio alostérico do receptor, isto é, a um sítio espacialmente diferente daquele em que o agonista endógeno atua, sendo um ligante que modifica a ação do agonista ortostérico, ativando o agonista endógeno; OBS.: Agonismo tendencioso O modelo dos dois estados do receptor apresenta um problema importante: os receptores não estão restritos a dois estados distintos e podem apresentar mais do que uma conformação inativa e outra ativa (ex.: os receptores acoplados a sistemas de segundo mensageiro podem acoplar-se a mais do que uma via intracelular efetora, desencadeando duas ou mais respostas simultâneas). Diferentes agonistas podem exibir tendência para gerar uma resposta em vez da outra, ainda que estejam atuando no mesmo receptor, provavelmente porque estabilizam diferentes estados conformacionais do receptor; ANTAGONISTAS - Molécula que inibe a ação do agonista, mas não exerce nenhum efeito na ausência do agonista (eficácia = 0); • Farmacológicos: a) Classificação em relação ao sítio de ligação: a.1) Ortostérico - Se liga ao receptor pelo mesmo sítio do agonista endógeno; a.1.1) Ortostérico Competitivo Reversível - Superável > pode ser superado com o ↑ da concentração do agonista; - Exemplos: propranolol, haloperidol, nimesulida; Pode-se observar que o agonista sozinho é capaz de gerar uma resposta, a qual é diretamente proporcional à sua concentração. Ao ser adicionado um antagonista, para continuar havendo a resposta máxima do agonista, é necessário aumentar a sua concentração, uma vez que o antagonista ocupou alguns receptores. É possível observar, portanto, o deslocamento da curva para a direita; a.1.2) Ortostérico Competitivo Irreversível - Insuperável > uma vez que o antagonista se liga ao receptor, será necessária a síntese de novas proteínas do receptor para que ocorra novamente a ligação com o agonista, não sendo suficiente o aumento da sua concentração; - Exemplos: ácido acetilsalicílico, omeprazol (inibe a bomba de prótons irreversivelmente), agentes alquilantes como beta-haloalquilaminas e fenoxibenzamina; O efeito máximo do agonista não é observado, pois os receptores não se encontram mais disponíveis, já que sua ligação com o antagonista é muito forte; OBS.: RESERVA DE RECEPTORES Num primeiro momento, aparenta haver a existência de um antagonista reversível (2ª e 3ª curvas), pois ocorre deslocamento para a direita, atingindo-se o efeito máximo. No entanto, a 4ª curva demonstra a existência de um antagonista irreversível, por não alcançar o efeito máximo nessa dada concentração. A capacidade inicial do agonista continuar atuando se dá pela presença de uma reserva de receptores; a.2) Alostérico - Se liga, no mesmo receptor, a um sítio diferente daquele que o agonista endógeno ocupa; - São os moduladores negativos alostéricos, isto é, diminuem a ação (pela afinidade e/ou eficácia) do agonista ortostérico; a.2.1) Superável - Afeta somente a afinidade; a.2.2.) Insuperável - Afeta também a eficácia; b) Classificação em relação à ligação ao receptor: b.1) Reversível b.2) Irreversível c) Classificação em relação ao efeito na resposta máxima: c.1) Superável - O agonista volta a ter resposta máxima, superando o efeito do antagonista; c.2) Insuperável - Após a ligação do antagonista, o agonista não consegue voltar a ter o seu efeito máximo; OBS.: Como a maioria dos receptores mostra preferência pelo estado inativo, por isso, não há diferença prática entre um antagonista competitivo e um agonista inverso; • Químicos: - Duas substâncias combinam-se em solução, de modo que resulta na perda do efeito. Exemplos: Agente quelante (dimercaprol) X metais pesados; Protamina X heparina; Ac- anticitocina X citocina; • Farmacocinéticos: - Reduz efetivamente o fármaco ativo em seu sítio de ação, envolvendo alterações na absorção, metabolismo ou excreção de uma outra droga. Exemplos: fenobarbital acelera o metabolismo da varfarina; - Aumento na velocidade de degradação metabólica da droga ativa; diminuição na velocidade de absorção da droga ativa pelo TGI ou aumento na taxa de excreção renal... • Fisiológicos: - São antagonistas indiretos. Ocorre quando dois fármacos cujas ações opostas no organismo tendem a se anular mutuamente (efeitos fisiológicos opostos); Exemplos: SNS – Noradrenalina (beta1) – inotropismo positivo, cronotropismo positivo; SNP – Acetilcolina (M2 muscarínico) – inotropismo negativo, cronotropismo negativo; Histamina aumenta a secreção ácida e o omeprazol diminui a secreção ácida (bomba de prótons); OBS.: Resumo/Agonistas X Antagonistas Um fármaco pode agir como agonista pleno em um tecido, porém agonista parcial em outro, e fármacos podem apresentar diferenças em suas potências em diferentes tecidos embora o receptor seja o mesmo; INTERAÇÕES NA TERAPÊUTICA • Antagonismo: - Interação de fármacos que diminuem a eficácia após combinação; - Quando o efeito de um fármaco é diminuído ou abolido pela presença de outro fármaco; - Efeitos menores que os esperados indicam antagonismo; • Aditividade: - Os fármacos não interagem (um fármaco não tem efeito sobre a ligação de outro); - O efeito resultante da associação de 2 fármacos consiste simplesmente na soma aritmética dos efeitos individuais dos fármacos; - Efeitos idênticos (da somatória de cada fármaco individual) indicam aditividade; Exemplo: observado com dois agentes bacteriostáticos; • Sinergismo: - É quando o efeito da combinação de dois fármacos é superior àquele esperado baseado na simples aditividade. Efeitos maiores do que o esperado indica sinergismo; Farmacocinético: geralmente durante o processo de metabolização. Exemplo: O ritonavir inibe a intensa metabolização do saquinavir, via CYP3A4, aumentando assim a sua concentração plasmática e seu T1/2; Farmacodinâmico: efeito final resultante da ação de dois fármacos em alvos moleculares distintos. Exemplo: Penicilina e aminoglicosídeo – endocardite bacteriana. Inibe a biossíntese da parede celular pela penicilina (interfere na síntese de peptidoglicano), possibilitando a penetração de aminoglicosídeo (interfere na síntese de proteínas) na camada espessa de peptidoglicano de microrganismos gram-positivo; • Potencialização/potenciação: - Associação/ combinação entre um fármaco A, que tem efeito, e um fármaco B sem efeito próprio, quando o efeito resultante é maior do que o fármaco A sozinho; OBS.: Combinação: princípios ativos em uma mesma forma farmacêutica; Associação: princípios ativos diferentes em formas farmacêuticas diferentes; • Efetividade X Eficiência: - Efetividade: utilizado para medir o efeito de um medicamento na terapêutica, ou seja, em condições “reais” da população como um todo; - Eficiência: avalia a relação custo-efetividade de um tratamento para o paciente ou sociedade; CONCEITOS IMPORTANTES • Dessensibilização/Taquifilaxia: - Processo que diminui a capacidade de um receptor de responder à estimulação por um fármaco; - O efeito do fármaco diminui normalmente em poucos minutos; - Na maioria das vezes, ocorre em receptores acoplados à proteína G; - Pode ser: Homóloga: do receptor alvo do agonista; Heteróloga: por uma alteração induzida pelo fármaco em um ponto comum de convergência nos mecanismos de ação de receptores envolvidos, como molécula efetora compartilhada; ARR = arrestina; GRK = quinase receptora acoplada à proteína G; Dyn = dinamina; PP2A = fosfatase 2ª; OBS.: Up-regulation e down-regulation do receptor Ocorrem a longo prazo; O agonista pode promover a down-regulation, na qual há internalização dos receptores na membrana;O antagonista pode gerar uma up-regulation, aumentando a quantidade de receptores, tendo como consequência a supersensibilidade após a desnervação; • Tolerância: - Diminuição mais gradual da responsividade a um fármaco, podendo levar horas, dias ou semanas para se desenvolver; • Refratariedade: - É aplicado principalmente em relação à perda da eficácia terapêutica; • Resistência a um fármaco: - É uma expressão utilizada para descrever a perda de eficácia dos fármacos antimicrobianos ou antineoplásicos; - Esses mecanismos podem dar origem a fenômenos como: alteração conformacional do receptor; fosforilação do receptor; internalização do receptor (endocitose) = translocação; alteração no metabolismo do fármaco; adaptação fisiológica – resposta homeostática; extrusão ativa do fármaco das células (relevante principalmente na quimioterapia antineoplásica); RECEPTORES OBS.: Receptores órfãos São receptores cujos ligantes endógenos são desconhecidos; • Receptores ionotrópicos/ligados a canais iônicos: - Participam principalmente da transmissão rápida (milissegundos); - Ligação do fármaco ao seu receptor > despolarização ou hiperpolarização da célula > efeitos celulares; - Exemplos: Receptores nicotínicos: 17 isoformas funcionais (músculo – receptores heteropentâmeros; gânglio e SNC – receptores homo e heteropentâmeros); Receptores GABAa: alfa 1 – medeia as atividades sedativa, anticonvulsivante e hipnótica (adição); alfa 2 – medeia a atividade ansiolítica; alfa 2/3/5 – medeiam o relaxamento muscular; alfa 1/5 – medeiam os efeitos amnésicos; Receptores AMPA, Caianato e NMDA de Glutamato (passa principalmente cálcio); OBS.: Receptores ligados a canais iônicos ≠ canais iônicos controlados por voltagem: esse último não possui ligantes endógenos, sendo ativados pela despolarização da membrana (os efetores e transdutores são os íons); • Receptores acoplados à proteína G: - Também chamados de receptores metabotrópicos ou de 7 domínios transmembrana; - Existem vários tipos de proteínas G, que interagem com diferentes receptores e controlam diferentes efetores: Gs (AC), Gi (SC, canais iônicos), Gq (PLC), G0 (canais iônicos), G12/13 (interações com quinases)...; - A transmissão ocorre de maneira um pouco mais lenta (segundos); - Os GPCR humanos são usados como alvos de cerca de 30% dos fármacos comercializados; - Possuem o sítio de ligação do fármaco na região N-terminal e o sítio de ligação da proteína G no domínio C-terminal; Quando o GTP se liga à subunidade alfa, forma um complexo ativo, e outro complexo ativo das subunidades beta e gama, que serão responsáveis pela modulação dos efeitos. Ao final, tem-se a hidrólise do GTP por essas proteínas reguladoras de sinalização da proteína G, voltando ao estado de repouso; O efetor beta-gama pode estar associado à abertura dos canais de potássio, à diminuição de canais de cálcio, à ativação de PI3K (fosfatidil-inositol-3-quinase). A proteína efetora alfa-GTP pode estar associada ao aumento de adenilil-ciclase/AC (Gs), à diminuição da atividade da enzima adenilil-ciclase (Gi), ou ao aumento da atividade da fosfolipase C/PLC (Gq); OBS.: Principais efetores controlados por proteína G e seus segundos mensageiros Adenilato ciclase – AMPc (G1 e Gs); Fosfolipase C – IP3 e diacilglicerol/DAG (Gq); Canais iônicos – em especial Ca²+ e K+ (subunidade beta gama, G0 e Gi); Proteínas quinase Rho A/ Rho quinase (G12/13) – envolvida no crescimento e proliferação celular, na contração da musculatura lisa; Proteínas da família MAP quinase (ativadas por mitógenos); Subunidades alfa e beta gama e arrestina – envolvida no controle de muitas funções celulares, incluindo a divisão celular; - Efeitos controlados por proteína G: A fosfolipase C (PLC) converte o bifosfato-inositol (PIP2) em diacilglicerol (DAG) e trifosfato-inositol (IP3), o qual, atuando em seus receptores de rianodina no retículo sarcoplasmático, realiza a modulação do cálcio que, junto ao DAG, ao ativar a proteína-quinase C (PKC), auxiliam na fosforilação de proteínas, essencial para a resposta celular; Ex.: mesma proteína c/ efetores diferentes – Gi c/ adenilato ciclase e canais de cálcio; proteínas diferentes c/ mesmo efetor – Gi e Gs c/ adenilato ciclase; - Mecanismo alternativo de ativação do receptor acoplado à proteína G: - Internalização mediada por beta-arrestina: • Receptores ligados a enzimas intracelulares: - Representados pelos receptores tirosina-quinase (com* ou sem** atividade enzimática intrínseca); - Envolvidos em processos de divisão, crescimento e diferenciação celular; - A transmissão demora horas para ocorrer, uma vez que demanda uma transcrição gênica; - Podem ser ativados por fatores de crescimento neuronal, epidérmico e insulina; Receptor Guanilato Ciclase ligado à membrana* – ativado pelo peptídio natriurético atrial; Pode, ainda, gerar guanilato-ciclase solúvel, que pode ser ativada pelo óxido nítrico (NO), liberado pela célula endotelial, que age via GMP cíclico para produzir os efeitos celulares; Receptor de Serina-Treonina quinases* – ativado pelo TGF-b (fator de crescimento transformador); Receptor de citocinas – via Jak (Janus quinase)/Stat** - controla a síntese e liberação de mediadores inflamatórios – interferons, fatores estimuladores de colônias; • Receptores intracelulares: - Anteriormente chamados de nucleares (porém, podem estar situados no citoplasma da célula), também controlam a transcrição gênica; - Os efeitos são produzidos em consequência da síntese alterada de proteínas e, portanto, de início lento (horas); - Exemplos: glicocorticoides, hormônios esteróides, hormônios tiroideanos, vitamina D, ácido retinóico...; Os receptores geralmente estão ligados a proteínas chaperonas/de choque térmico/HSP, ocorrendo uma mudança de conformação (formação de dímeros que irão se direcionar ao núcleo, onde poderão modular a transcrição gênica por coativação ou repressão de genes); - Resumo:
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