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Anne Karolyne Morato – P4 Introdução: Definição: → É uma onda mecânica de alta frequência, que transmite energia de um ponto para o outro entre moléculas, produzindo vibrações acústicas inaudíveis de alta frequência que podem produzir efeito fisiológico térmico ou não térmico sobre um tecido biológico. Pode ser chamada de ecografia. Não utiliza radiação ionizante, mas sim ondas sonoras. → Hipoecogênico/hipoecóico: menos eco = imagem mais escura. → Hiperecogênico/hiperecóico: mais eco = imagem mais clara (melhor qualidade). → Isoecogênico: cor quase igual ao tecido adjacente. → Anecogênico: não gera eco = imagem preta (exemplo: sangue, líquidos). → Eco: é a resposta da onda sonora do corpo. Bases Físicas: Baseada na ecolocalização. Mede a impedância acústica dos tecidos e ondas mecânicas. Usa o efeito doppler para analisar o movimento (fluxo). Usa frequências inaudíveis (entre 1 MHz e 100 MHz). • Sons graves (menos frequência) penetram mais que sons agudos (maior frequência). • Os mais utilizados são 1 e 3 MHz. Alta resolução espacial (2 pontos) e temporal (menor tempo para gerar imagem). frequência = resolução espacial = penetração Ou seja, quanto maior a frequência do transdutor, maior a resolução espacial, porem ela penetra menos nos tecidos. (em órgãos mais profundos, deve-se utilizar transdutores com menor frequência para conseguir maior penetração). Ultrassom Anne Karolyne Morato – P4 Equipamento: Transdutores: → Equipamento que converte uma forma de energia em outra, parte que entra em contato com a pele do paciente. Energia elétrica → energia de ultrassom. Se baseia no eco (tempo e ondas) para a formação da imagem. → Formados por cristais ou materiais piezoelétricos (PZT), que são capazes de gerar e detectar o ultrassom. São os mais utilizados por apresentarem as potencias sônicas mais elevadas. → Tem 2 efeitos: Piezoelétricos: pega energia elétrica e transforma em ondas sonoras → Propriedade de emitir e captar som. Piezoreverso: converte o eco em sinal elétrico (produção da imagem). Formação da imagem: → Os cristais PZT convertem energia elétrica em energia mecânica (sonora, usada no ultrassom). A corrente elétrica é gerada na mesma frequência do cristal, ela se propaga através do cristal que expande e contrai/vibra na frequência da oscilação elétrica. O eco nos órgãos é detectado (de acordo com a densidade dele) no retorno pelos cristais, retorna ao transdutor e são convertidos em sinais elétricos (imagem no computador). → O feixe sonoro é emitido em direção a estrutura (objeto de estudo) e então, refletido ao deparar-se com interfaces existentes entre os tecidos, que possuem diferentes impedâncias acústicas. Z = impedância acústica (dificuldade do som de atravessar o meio/órgão). • Z = P (densidade do órgão) x V (velocidade das ondas/som). Frequências util izadas: → Variam de acordo com o uso e o exame. → A frequência é INVERSAMENTE proporcional a penetração. 1 MHz = penetração de 11 cm (mais comum para diagnostico, profundidade). 3 MHz = penetração de 4 cm (mais comum para tratamento). 5 MHz = penetração de 2,5 cm (mais comum para tratamento, profundidade). Anne Karolyne Morato – P4 → A frequência de 3 MHz é absorvida 3x mais rápido que a de 1 MHZ, essa maior taxa de absorção resulta em pico de aquecimento mais rápido dos tecidos. → Fatores importantes para determinar a dosagem a ser utilizada: Tamanho da área a ser tratada; Profundidade da lesão; Natureza da lesão. Função do gel durante o exame: → Melhora o deslizamento do transdutor; Por ter áreas que variam a frequência e modificam a produção da imagem, o transdutor precisa estar em movimento. → Impede a interposição de ar entre o transdutor e a pele; → Evita queimaduras; Comportamento dos tecidos ao som: Liquido: Atenua pouco som que se propaga livremente e rápido. Sem praticamente sofrer reflexão. Osso: Atenuação total = reflexão total. Imagem hiperecogênica. Gera sombra acústica posterior. Tecidos (músculo): Reflexão parcial. Imagem cogênica. absorção = frequência = reflexão = penetração. absorção = frequência = reflexão = penetração. A ABSORÇÃO É INVERSAMENTE PROPORCIONA AO REFLEXO. Anne Karolyne Morato – P4 Principais aplicações: → Método de complementação de imagens no diagnóstico da mama; → Diagnostico de cistos; Comprova a existência ou não. Taxa de acertos de 100%. Avaliação dos achados palpáveis. Evita biopsias desnecessárias em cistos. → Diagnostico em cardiologia: Detecta alterações estruturais e/ou funcionais. Ecocardiograma. → Ginecologia: Tamanho de útero e ovários; Diagnostico de patologias mamárias; Possíveis existências de tumores malignos no útero e ovários; Gerenciar infertilidade dos ovários. Doppler: → Função especial dos estudos de ultrassonografia. → Permite a detecção e avaliação de estruturas em movimento, exemplo: fluxo sanguíneo. Quando a fonte sonora se desloca, muda-se a percepção da frequência sonora. → Ultrassom com Doppler: Informações quantitativas e qualitativas quanto ao fluxo sanguíneo. Possui grande número de aplicações: • Doenças venosas tromboembólicas; • Lesões ateroscleróticas obstrutivas das artérias; • Paciente pós transplante renal; • Infertilidade e desenvolvimento precoce do embrião; • Fluxo vascular em processos neoplásicos. Azul = veia / vermelho = artéria Anne Karolyne Morato – P4 → Um exame Doppler é justificado por: Suspeita de crescimento reduzido ou interrupção do crescimento do feto; Situações anormais da frequência cardíaca fetal; Suspeita de defeito no coração/enfermidades do coração; Suspeita de má-formação ou enfermidade do feto; Enfermidade da mãe causada pela gravidez; • Exemplo: alta pressão sanguínea, pré-eclâmpsia, diabetes, enfermidade renal, determinadas infecções (como a rubéola). Vantagens e desvantagens: → Vantagens: Bom, barato, pode ser portátil, segurança, sem efeitos colaterais conhecidos; Não usa radiação ionizante (x TC); Permitido em pacientes com marcapassos ou clips metálicos neurocirúrgicos (x RM); Múltiplos planos de análise; Imagens em tempo real, dinâmico. → Desvantagens: Ruim para estruturas com gás e/ou ossos; • O osso reflete muito e não permite a visualização por trás. • O osso gera sombra acústica. • O gás não deixa o som passar bem. Ruim para pacientes acima do peso; • Alta impedância acústica. Ultrassom com doppler colorido Anne Karolyne Morato – P4 Efeitos: → Dependem de: Frequência utilizada; Do tempo de exposição; Do estado fisiológico do tecido. → Térmicos: Negativos: • Aquecimento tecidual ( a frequência = o aquecimento). • Temperatura acima de 45º e o tempo acima de 5 minutos podem ser potencialmente lesivos. • Os pacientes costumam sentir dor antes de se atingir a temperatura extrema. Positivos: • Aumenta a extensibilidade das fibras de colágeno encontrada nos tendões. • Diminui a rigidez articular. • Reduz o espasmo muscular. • Modulação da dor. • Aumento do fluxo sanguíneo. → Não térmicos: Negativos: • Pode gerar radicais livres. Ultrassonografia tridimensional: → A forma que o exame é realizado não difere muito do ultrassom comum. → A grande diferença está no pós-processamento das imagens. Vários cortes bidimensionais são obtidos por um sensor apropriado e o aparelho de ultrassonografia faz a reconstrução destes cortes para gerar a imagem em 3D/4D. • 4D = imagem do 3D em tempo real. → Vantagens: Mais fácil de saber o sexo do bebê; Imagens mais realistas; Detalhes de malformações; Identifica se os bebês gêmeos estão na mesma placenta ou não; Posição do feto, se o cordão umbilical está ao redor do pescoço.Mais preciso no diagnóstico do câncer de mama em jovens.
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