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STAE 01

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Sistemas de Tratamento de Água e Esgoto
Plano de Ensino
VIII – BIBLIOGRAFIA
➢ BÁSICA
✓ PHILIPPI JR, Arlindo.; GALVÂO JR, Alceu de Castro. Gestão do
Saneamento Básico: abastecimento de água e esgotamento
sanitário (Coleção Ambiental). Barueri, São Paulo. Manole. 2012.
ISBN: 978-85-204-2975-4.
✓ RICHTER, Carlos A. Tratamento de Lodos de Estações de
Tratamento de Água. São Paulo. Editora Blucher. 2001. ISBN:
978-85-212-0289-9
✓ RICHTER, Carlos A; AZEVEDO NETO, José Martiniano.
Tratamento de Água: Tecnologia Atualizada. Editora Blucher.
São Paulo. 1991. ISBN 978-85-212-0053-6.
Plano de Ensino
VIII – BIBLIOGRAFIA
➢ COMPLEMENTAR
✓ ANJOS JR, Ary. Haro dos. Gestão Estratégica do Saneamento. Série
Sustentabilidade. Barueri, São Paulo. Manole. 2011. ISBN: 978-85-
204-3132-0
✓ AZEVEDO NETO, José Martiniano; FERNANDEZ Y FERNANDEZ,
Miguel. Manual de Hidráulica. 9ª Ed. Editora Blucher. São Paulo.
2018. ISBN 978-85-212-0889-1.
✓ GALVÃO JR, Alceu de Castro; MELO, Alisson José Maia; MONTEIRO,
Mario Augusto P (organizadores); PHILIPPI JR, Arlindo (coordenador).
Regulação do Saneamento Básico (Coleção Ambiental). Barueri, São
Paulo. Manole. 2013. ISBN: 978-85-204-3267-9.
✓ MENDONÇA, Sérgio Rolim; MENDONÇA, Luciana Coelho. Sistemas
Sustentáveis de Esgoto. São Paulo. Editora Blucher. 2017. ISBN:
978-85-212-0961-4
✓ METCALF, EDDY. Tratamento de efluentes e recuperação de
recursos. 5ª ed. Porto Alegre. AMGH Editora Ltda. 2016. ISBN: 978-
85-8055-524-0.
Legislação Federal – ABNT (NBRs)
➢ 10.151 e 10.152 – Ruídos;
➢ 10.004 a 10.007 - Classificação de resíduos;
➢ 12235 - acondicionamento de resíduos classe I;
➢ 11174 - acondicionamento de resíduos classe II;
➢ 12.267 - Normas para Elaboração de Plano Diretor;
➢ 12213 - Projeto de adutora de água para abastecimento público;
➢ 12216 - Projeto de estação de tratamento de água para
abastecimento público;
➢ 12209 - Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário ;
➢ 12212 - Projeto de poço para captação de água subterrânea;
➢ 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;
➢ 12214 - Projeto de sistema de bombeamento de água para
abastecimento público;
Legislação Federal – ABNT (NBRs)
➢ 13969 -Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e
disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e
operação;
➢ 5101 - Iluminação pública;
➢ 15.527 - Água de Chuva - Aproveitamento de Coberturas em Áreas
Urbanas para Fins Não Potáveis – Requisitos;
➢ 10.844 - Instalações Prediais de Águas Pluviais;
➢ NBR 14970 - Acessibilidade Veículos;
➢ NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações Mobiliário;
Normas de Qualidade
➢ ISO 9000 - Gestão da Qualidade;
➢ ISO 14000 – Sistema de Gestão Ambiental;
➢ OHSAS 18001 - Saúde e segurança ocupacional;
➢ ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social (SA 8000).
Legislação Federal - ANVISA
➢ CÓDIGO SANITÁRIO FEDERAL - Lei Federal nº 6.437, de
20/08/1977 - "Define as infrações sanitárias e as respectivas
penalidades."
➢ PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 - "Dispõe
sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade"., hoje
substituída ela PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 5, DE 28 DE
SETEMBRO DE 2017 – ANEXO XX (do controle e da vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade (origem: prt ms/gm 2914/2011))
Legislação Federal – ME (NRs)
➢ ME (37) - https://www.gov.br/trabalho/pt-br
✓ Importante para os locais de desenvolvimento de trabalhos públicos
✓ Observar aspectos construtivos e de acabamento (pintura) em
acordo com o tipo de utilização.
https://www.gov.br/trabalho/pt-br
Normas para Projetos de Sistemas de Abastecimento de 
Água
➢ NBR 12 211 – Estudos de Concepção de Sistemas Públicos de
Abastecimento de Água;
➢ NBR 12 212 – Projeto de Poço para Captação de Água
Subterrânea;
➢ NBR 12 213 – Projeto de Captação de Água de Superfície para
Abastecimento Público;
➢ NBR 12 214 – Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para
Abastecimento Público;
➢ NBR 12 215 – Projeto de Adutora de Água para Abastecimento
Público;
➢ NBR 12 216 – Projeto de Estação de Tratamento de Água para
Abastecimento Público;
➢ NBR 12 217 – Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para
Abastecimento Público;
➢ NBR 12 218 – Projeto de Rede de Distribuição de Água para
Abastecimento Público.
Normas para Projetos de Esgotos
➢ NBR 8160/1999 - Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e
Execução
➢ NBR 9649/1986 - Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário
➢ NBR 7367/1988 - Projeto e assentamento de tubulações de PVC
rígido para sistemas de esgoto sanitário
➢ NBR 9648/1986 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto
sanitário
➢ NBR 9814/1987 - Execução de rede coletora de esgoto sanitário
➢ NBR 12207/89 - Projeto de interceptores para esgoto sanitário
Normas para Projetos de Esgotos
➢ NBR 12208/1987- Projeto de estações elevatórias de esgoto
sanitário
➢ NBR 12266/1992 - Projeto e execução de valas para assentamento
de tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana
➢ NBR 5645/1989 - Tubo cerâmico para Canalizações
➢ NBR 8890/2003 - Tubo de concreto armado, de seção circular para
esgoto sanitário
➢ NBR 10845/1988 - Tubo de poliéster reforçado com fibras de vidro,
com junta elástica, para esgoto sanitário
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 6938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional do
Meio Ambiente.
• Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental
propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso
coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 6938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional do
Meio Ambiente.
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente 
poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas 
para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a 
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para 
participação ativa na defesa do meio ambiente.
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 6938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional do
Meio Ambiente.
• Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga
e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das
características do meio ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de
atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos;
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 6938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional do
Meio Ambiente.
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou
privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade
causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores,
superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo,o
subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 6938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional do
Meio Ambiente.
• Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio
ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa
à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade
ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos
ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais
orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 6938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional do
Meio Ambiente.
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à
divulgação de dados e informações ambientais e à formação de
uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da
qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com
vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente,
concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à
vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de
recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da
contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins
econômicos.
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 6938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional do
Meio Ambiente.
• Art 5º - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão
formuladas em normas e planos, destinados a orientar a ação dos
Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios
e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da
qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico,
observados os princípios estabelecidos no art. 2º desta Lei.
• Parágrafo único - As atividades empresariais públicas ou privadas
serão exercidas em consonância com as diretrizes da Política
Nacional do Meio Ambiente.
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
• Art. 2º Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados 
com base nos seguintes princípios fundamentais:
I - universalização do acesso;
II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as 
atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de 
saneamento básico, propiciando à população o acesso na 
conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das 
ações e resultados;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana 
e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à 
saúde pública e à proteção do meio ambiente;
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de 
drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização 
preventiva das respectivas redes, adequados à saúde pública e à 
segurança da vida e do patrimônio público e privado;
V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as 
peculiaridades locais e regionais;
VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e 
regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua 
erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e 
outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da 
qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator 
determinante;
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a 
capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções 
graduais e progressivas;
IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações 
e processos decisórios institucionalizados;
X - controle social;
XI - segurança, qualidade e regularidade;
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão 
eficiente dos recursos hídricos.
XIII - adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de 
água.
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
• Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e 
instalações operacionais de:
a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, 
infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público 
de água potável, desde a captação até as ligações prediais e 
respectivos instrumentos de medição;
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, 
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, 
tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, 
desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio 
ambiente;
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de 
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, 
transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico 
e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias 
públicas;
d) drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização 
preventiva das respectivas redes urbanas: conjunto de atividades, 
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de 
águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o 
amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final 
das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
II - gestão associada: associação voluntária de entes federados, 
por convênio de cooperação ou consórcio público, conforme 
disposto no art. 241 da Constituição Federal;
III - universalização: ampliação progressiva do acesso de todos os 
domicílios ocupados ao saneamento básico;
IV - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que 
garantem à sociedade informações, representações técnicas e 
participações nos processos de formulação de políticas, de 
planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de 
saneamento básico;
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
VI - prestação regionalizada: aquela em que um único prestador 
atende a 2 (dois) ou mais titulares;
VII - subsídios: instrumento econômico de política social para 
garantir a universalização do acesso ao saneamento básico, 
especialmente para populações e localidades de baixa renda;
VIII - localidade de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, 
povoados, núcleos, lugarejos e aldeias, assim definidos pela 
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
• Art. 4º Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de 
saneamento básico.
• Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos na prestação de 
serviços públicos de saneamento básico, inclusive para disposição 
ou diluição de esgotos e outros resíduos líquidos, é sujeita a 
outorga de direito de uso, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de 
janeiro de 1997, de seus regulamentos e das legislações estaduais.
❖ Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997 - Política Nacional de 
Recursos Hídricos.
• Art. 5º Não constitui serviço público a ação de saneamento 
executada por meio de soluções individuais, desde que o usuário 
não dependa de terceiros para operar os serviços, bem como as 
ações e serviços de saneamentobásico de responsabilidade 
privada, incluindo o manejo de resíduos de responsabilidade do 
gerador.
Políticas Públicas / Leis
➢ Lei Nº 11445, de 05 de janeiro de 2007 – Política Nacional de
Saneamento Básico.
• Art. 6º O lixo originário de atividades comerciais, industriais e de 
serviços cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída ao 
gerador pode, por decisão do poder público, ser considerado 
resíduo sólido urbano.
• Art. 7º Para os efeitos desta Lei, o serviço público de limpeza 
urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos é composto pelas 
seguintes atividades:
• I - de coleta, transbordo e transporte dos resíduos relacionados na 
alínea c do inciso I do caput do art. 3o desta Lei;
• II - de triagem para fins de reúso ou reciclagem, de tratamento, 
inclusive por compostagem, e de disposição final dos resíduos 
relacionados na alínea c do inciso I do caput do art. 3o desta Lei;
• III - de varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros 
públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública 
urbana.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
➢ O conceito de Promoção de Saúde proposto pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), desde a Conferência de Ottawa, em
1986, é visto como o princípio orientador das ações de saúde em
todo o mundo.
➢ Parte do pressuposto de que um dos mais importantes fatores
determinantes da saúde são as condições ambientais.
➢ O conceito de saúde entendido como um estado de completo
bem-estar:
• Físico,
• Mental, e
• Social.
(Não restringe o problema sanitário ao âmbito das doenças).
➢ Hoje, além das ações de prevenção e assistência, considera-se
cada vez mais importante atuar sobre os fatores determinantes da
saúde.
➢ É este o propósito da promoção da saúde, que constitui o elemento
principal da proposta da Organização Mundial de Saúde e da
Organização Pan-Americana se Saúde (Opas).
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
➢ A maioria dos problemas sanitários que afeta a população mundial,
está intrinsecamente relacionados com o meio ambiente.
✓ Exemplo:
• Diarreia tem mais de quatro bilhões de casos por ano. Entre as
causas dessa doença destacam-se as condições inadequadas de
saneamento.
➢ Mais de um bilhão dos habitantes da Terra não têm acesso a
habitação segura e a serviços básicos, embora todo ser humano
tenha direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a
natureza.
➢ No Brasil as doenças como cólera, dengue, esquistossomose e
leptospirose são resultantes da falta ou inadequação de
saneamento, especialmente em áreas pobres, que têm agravado o
quadro epidemiológico.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
➢ Atualmente, cerca de 90% da população urbana brasileira é
atendida com água potável e 60% com redes coletoras de esgotos.
➢ O déficit, ainda existente, está localizado, basicamente, nos bolsões
de pobreza, ou seja, nas favelas, nas periferias das cidades, na
zona rural e no interior.
➢ Investir em saneamento é a única forma de se reverter o quadro
existente.
➢ Dados divulgados pelo Ministério da Saúde afirmam que para cada
R$ 1,00 (hum real) investido no setor de saneamento, economiza-
se R$ 4,00 (quatro reais) na área de medicina curativa.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
➢ Atualmente, cerca de 90% da população urbana brasileira é
atendida com água potável e 60% com redes coletoras de esgotos.
➢ O déficit, ainda existente, está localizado, basicamente, nos bolsões
de pobreza, ou seja, nas favelas, nas periferias das cidades, na
zona rural e no interior.
➢ Investir em saneamento é a única forma de se reverter o quadro
existente.
➢ Dados divulgados pelo Ministério da Saúde afirmam que para cada
R$ 1,00 (hum real) investido no setor de saneamento, economiza-
se R$ 4,00 (quatro reais) na área de medicina curativa.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
➢ Entretanto, é preciso que se veja o outro lado da moeda pois o
homem não pode ver a natureza como uma fonte inesgotável de
recursos, que pode ser predada em ritmo ascendente para bancar
necessidades de consumo que poderiam ser atendidas de maneira
racional, evitando a devastação da fauna, da flora, da água e de
fontes preciosas de matérias-primas.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Conceitos Fundamentais.
➢ SAÚDE: é um estado de completo bem-estar físico, mental e social,
e não apenas a ausência de doença ou enfermidade (Organização
Mundial da Saúde).
➢ SAÚDE PÚBLICA: é a ciência e arte de promover, proteger e
recuperar a saúde, através de medidas de alcance coletivo e de
motivação da população.
➢ SANEAMENTO: é o controle de todos os fatores do meio físico do
homem, que exercem ou podem exercer efeito deletério, sobre seu
bem-estar físico, mental ou social (Organização Mundial da Saúde).
➢ DIREITO À SAÚDE: o gozo de melhor estado de saúde, constitui
um direito fundamental de todos os seres humanos, sejam quais
forem sua raça, sua religião, suas opiniões políticas, sua condição
econômica e social (Preâmbulo da Constituição da Organização
Mundial da Saúde).
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Objetivos do Saneamento do Meio.
➢ Abastecimento de água;
➢ Coleta e disposição de águas residuárias (esgotos sanitários,
resíduos líquidos industriais e, águas pluviais);
➢ Acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou destino final
dos resíduos sólidos (lixo);
➢ Controle da poluição ambiental – água, ar e solo, acústica e visual;
➢ Controle de artrópodes e de roedores de importância em saúde
pública;
➢ Saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação e
de recreação e dos hospitais;
➢ Saneamento e planejamento territorial;
➢ Saneamento dos meios de transporte;
➢ Saneamento em situações de emergência;
➢ Aspectos diversos de interesse no saneamento do meio (cemitérios,
aeroportos, ventilação, iluminação, insolação, etc.).
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Objetivos do Saneamento do Meio.
➢ Abastecimento de água;
➢ Coleta e disposição de águas residuárias (esgotos sanitários,
resíduos líquidos industriais e, águas pluviais);
➢ Acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou destino final
dos resíduos sólidos (lixo);
➢ Controle da poluição ambiental – água, ar e solo, acústica e visual;
➢ Controle de artrópodes e de roedores de importância em saúde
pública;
➢ Saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação e
de recreação e dos hospitais;
➢ Saneamento e planejamento territorial;
➢ Saneamento dos meios de transporte;
➢ Saneamento em situações de emergência;
➢ Aspectos diversos de interesse no saneamento do meio (cemitérios,
aeroportos, ventilação, iluminação, insolação, etc.).
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Distribuição da água na terra.
➢ A água é o constituinte inorgânico mais abundante na matéria viva:
no homem, mais de 60% do seu peso é constituído por água, e em
certos animais aquáticos esta porcentagem sobe a 98%.
➢ A água é fundamental para a manutenção da vida, razão pela qual é
importante saber como ela se distribui no planeta, e como ela
circula de um meio para o outro.
➢ Os 1,36 x 1018 m³ de água disponível existente na Terra distribuem
da seguinte forma:
Água do mar --------- 97% 
Geleiras ----------------- 2,2%
(97% água subterrânea) 
(3% água superficial) 
Água doce ------------ 0,8%
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Ciclo hidrológico.
➢ HIDROLOGIA: segundo Meyer, hidrologia é a ciência natural que
trata dos fenômenos relativos à água em todos os seus estados, da
sua distribuição e ocorrência na atmosfera, na superfície terrestre e
no solo, e da relação desses fenômenos com a vida e as atividades
do homem.
➢ CICLO HIDROLÓGICO: uma vez visto como a água se distribui em
nosso planeta, é importante também o conhecimento de como a
água se movimenta de um meio para outro na Terra. A essa
circulação da água se dá o nome de ciclo hidrológico. A Figura 1.1
apresenta o ciclo hidrológico, onde se distinguem os seguintes
mecanismos de transferência de água:
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTODE ÁGUA
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Importância da água.
➢ A água constitui um elemento essencial à vida animal e vegetal.
Seu papel no desenvolvimento da civilização é reconhecido desde a
mais alta antiguidade; Hipócrates (460-354 A.C.) já afirmava: “a
influência da água sobre a saúde é grande”.
➢ O homem tem necessidade de água de qualidade adequada e em
quantidade suficiente para todas suas necessidades, não só para
proteção de sua saúde, como também para o seu desenvolvimento
econômico. Assim, a importância do abastecimento de água deve
ser encarada sob os aspectos sanitário e econômico.
➢ Deve-se ter em mente que a qualidade e a quantidade de água a
ser utilizada num sistema de abastecimento estão, intimamente,
relacionados às características do manancial.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Importância sanitária do abastecimento de água .
➢ A implantação ou melhoria dos serviços de abastecimento de
água traz como resultado uma rápida e sensível melhoria na
saúde e nas condições de vida de uma comunidade,
principalmente através do controle e prevenção de doenças, da
promoção de hábitos higiênicos, do desenvolvimento de esportes,
como natação, e da melhoria da limpeza pública; reflete-se,
também, no estabelecimento de meios que importam em melhoria
do conforto e da segurança coletiva, como instalação de ar
condicionado e de aparelhamento de combate a incêndios.
➢ Constitui o melhor investimento em benefício da saúde pública.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Importância sanitária do abastecimento de água .
➢ Ressalta-se, assim, conforme tem sido constatado em muitos
lugares, que a implantação ou melhoria dos sistemas de
abastecimento de água traz como conseqüência uma diminuição
sensível na incidência das doenças relacionadas à água.
➢ Estes efeitos benéficos acentuam bastante com a implantação
e melhoria dos sistemas de esgotos sanitários.
➢ Por outro lado, tem também sido constatado que a implantação de
sistemas adequados de abastecimento de água e de destino dos
dejetos, a par da diminuição das doenças transmissíveis pela água,
indiretamente ocorre a diminuição da incidência de uma série de
outras doenças, não relacionadas diretamente aos excretos ou ao
abastecimento de água (Efeito Mills Reincke).
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Importância sanitária do abastecimento de água.
Ou seja:
➢ Repercute imediatamente sobre a saúde da população:
✓ ocorre a erradicação de doenças de veiculação ou de origem
hídrica;
✓ ocorre a diminuição dos índices de mortalidade geral e em especial
da mortalidade infantil;
✓ as melhores condições de higiene pessoal e do ambiente implica na
diminuição de uma série de doenças não relacionadas diretamente
à água. (Efeito Mills-Reincke).
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Efeito Mills-Reincke.
➢ No início de 1893, após estudarem numerosas comunidades
urbanas, os pesquisadores de saúde pública, Mills e Reincke, na
América do Norte e na Alemanha, respectivamente, descobriram
que, quando a fonte de abastecimento de água contaminada era
trocada ou a água era purificada, a saúde da comunidade
aumentava de maneira significativa, muito acima da expectativa
decorrente da redução devido à eliminação de doenças
transmissíveis pela água, sobretudo da febre tifóide.
➢ Esta descoberta foi denominada de fenômeno MillsReincke.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Importância econômica do abastecimento de água.
➢ A importância econômica do abastecimento de água é também de
grande relevância. Sua implantação se traduz em:
• Aumento de vida média da população servida;
• Diminuição da mortalidade em geral e, em particular, da infantil,
• Redução do número de horas com diversas doenças.
➢ Estes fatos se refletem, portanto, num aumento sensível de horas
de trabalho dos membros de uma comunidade, e com isto aumento
de produção.
➢ A influência da água, do ponto de vista econômico, faz-se sentir
mais diretamente no desenvolvimento industrial, por constituir, ou
matéria-prima em muitas indústrias, como as de bebida, ou meio de
operação, como água para caldeiras, etc.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Aproveitamento dos recursos hídricos naturais.
➢ Para a saúde e progresso de toda a comunidade é de fundamental
importância que esta comunidade tenha à disposição:
• Água de qualidade adequada; e
• Em quantidade suficiente para todas suas necessidades.
➢ Entretanto, as águas naturais se destinam os vários fins, tais como:
• abastecimento de populações,
• fins industriais,
• produção de energia elétrica,
• fins recreacionais,
• Navegação, e
• fins agropecuários.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Aproveitamento dos recursos hídricos naturais.
➢ Para tanto é necessário haver um planejamento adequado da
utilização dos recursos hídricos de uma região, de modo a se
procurar satisfazer a estas variadas finalidades.
➢ Nos últimos quarenta anos e mais fortemente nos últimos
qüinqüênios a tendência para o planejamento integral da utilização
dos recursos de uma bacia hidrográfica vem cada vez mais se
impondo.
➢ Portanto, é necessário e conveniente, que nos estudos de sistemas
de abastecimento de água se considere as diversas finalidades a
que se destinam as águas naturais, inclusive para garantir:
➢ Qualidade da água,
➢ Quantidade suficiente para os usos, e
➢ Proteção dos mananciais de água de uma região, evitando a sua
poluição.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Ciclo do uso da água.
➢ Além do ciclo da água no globo terrestre, existem ciclos internos,
em que a água permanece na sua forma líquida, mas tem as suas
características alteradas em virtude de sua utilização. Neste ciclo, a
qualidade da água é alterada em cada etapa do seu percurso.
Figura 1.2: Ciclo do uso da água
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Aproveitamento dos recursos hídricos naturais.
Descrição das etapas envolvidas na Figura 1.2.
✓ ÁGUA BRUTA – inicialmente, a água é retirada do rio, lago ou
lençol subterrâneo, possuindo uma determinada qualidade.
✓ ÁGUA TRATADA – após a captação, a água sofre transformações
durante o seu tratamento para se adequar aos usos previstos (ex.
abastecimento público ou industrial).
✓ ÁGUA USADA (esgoto bruto) – com a utilização da água, a mesma
sofre novas transformações na sua qualidade, vindo a constituir-se
em um despejo líquido.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Aproveitamento dos recursos hídricos naturais.
Descrição das etapas envolvidas na Figura 1.2.
✓ ESGOTO TRATADO – visando remover os seus principais
poluentes, os despejos sofrem um tratamento antes de serem
lançados ao corpo receptor. O tratamento dos esgotos é
responsável por uma nova alteração na qualidade do líquido.
✓ CORPO RECEPTOR – o efluente do tratamento dos esgotos atinge
o corpo receptor, onde face à diluição e mecanismos de
autodepuração, a qualidade da água volta a sofrer novas
modificações.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Aproveitamento dos recursos hídricos naturais.
➢ Principais usos da água:
• Abastecimento doméstico;
• Abastecimento industrial;
• Irrigação;
• Dessedentação de animais;
• Aqüicultura;
• Preservação da flora e da fauna;
• Recreação e lazer;
• Harmonia paisagística;
• Geração de energia elétrica;
• Navegação;
• Diluição de despejos.
IMPORTÂNCIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
❖ Aproveitamento dos recursos hídricos naturais.
➢ Destes usos, os primeiros (abastecimento doméstico,
abastecimento industrial, irrigação e possivelmente
dessedentação de animal) implicam na retirada da água das
coleções hídrica onde se encontram.
➢ Os demais usos são desempenhados na própria coleção de água.
➢ Em termos gerais, apenas os dois primeiros usos (abastecimento
doméstico e abastecimento industrial) estão freqüentemente
associados a um tratamento prévio da água, face aos requisitos
de qualidade mais exigentes.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Usos da água e saúde.
➢ Dos muitos usos que a água podeter, alguns estão mais
intimamente relacionados com a saúde humana:
a. a água é utilizada como bebida ou na preparação de alimentos;
b. a água é utilizada no asseio corporal ou a que, por razões
profissionais ou outras quaisquer, venham a ter contato direto com
a pele ou mucosas do corpo humano: ex.: trabalhadores agrícolas
em cultura por inundações, lavadeiras, atividades recreativas
(lagos, piscinas, etc.);
c. a água é empregada na manutenção da higiene do ambiente e, em
especial, dos locais, instalações e utensílios usados no manuseio,
preparo e ingestão de alimentos (domicílio, restaurantes, bares,
etc.,);
d. a água é utilizada na rega de hortaliças ou nos criadouros de
moluscos - ostras, mariscos e mexilhões.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Usos da água e saúde.
➢ Nos países em desenvolvimento, 80% dos leitos hospitalares são
ocupados por pessoas com doenças causadas, direta ou
indiretamente, pela água de má qualidade e por falta de
saneamento.
➢ A nocividade da água pode resultar de sua má qualidade.
➢ E a quantidade insuficiente de água também pode causar
problemas.
➢ Em (a) e (d) influi a qualidade,
a. a água é utilizada como bebida ou na preparação de alimentos;
d. a água é utilizada na rega de hortaliças ou nos criadouros de
moluscos - ostras, mariscos e mexilhões.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Usos da água e saúde.
➢ Em (a) e (d) influi a qualidade, e em (b) e (c), além da qualidade, é
muito importante a quantidade disponível, que, em alguns casos é fator
preponderante.
b. a água é utilizada no asseio corporal ou a que, por razões
profissionais ou outras quaisquer, venham a ter contato direto com a
pele ou mucosas do corpo humano: ex.: trabalhadores agrícolas em
cultura por inundações, lavadeiras, atividades recreativas (lagos,
piscinas, etc.);
c. a água é empregada na manutenção da higiene do ambiente e, em
especial, dos locais, instalações e utensílios usados no manuseio,
preparo e ingestão de alimentos (domicílio, restaurantes, bares, etc.,).
➢ A relação entre qualidade da água e doenças, intuitivamente
suspeitada ou admitida desde a mais remota antiguidade, só ficou
provada cientificamente, a partir de meados do século passado
(epidemia de cólera em Londres, 1854 – John Snow).
John Snow e a 
transmissão da cólera
 John Snow, médico inglês pioneiro 
em técnicas de anestesia com éter 
e colofórmio;
 Ano: 1854;
 Local: Bairro de Soho em Londres;
 Problema: Mais sério surto de 
cólera da cidade na história;
 Pessoas que haviam bebido água 
da fonte de Broad Street
 Primeira vez alguém utilizava 
dados e mapas para entender e 
impedir uma infecção;
 Na época de que a cólera seria 
transmitida pelo mau cheiro (teoria 
do miasma);
 Entre ele propor sua teoria em 
1849, demonstrá-la diretamente ao 
fechar a bomba em 1854, e as 
autoridades londrinas aceitarem 
sua teoria e impedirem outro surto 
em 1866, foram quase 20 anos 
para que suas ideias fossem 
aceitas.
http://en.wikipedia.org/wiki/Miasma_theory
Sistemas Urbanos de Esgotos Sanitários
✓ Terminologia:
j) Sistema unitário de esgotamento: sistema de esgoto em que as
águas pluviais e o esgoto sanitário escoam nas mesmas
canalizações;
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Usos da água e saúde.
➢ O fator quantidade tem tanta ou mais importância que a
qualidade, na prevenção de algumas doenças.
➢ A escassez da água, dificultando a limpeza corporal e a do
ambiente, permite a disseminação de enfermidades associadas à
falta de higiene.
➢ Assim, a incidência de certas doenças diarreicas, do tipo shigelose
(disenteria bacteriana), varia inversamente à quantidade de água
disponível “per capita”, mesmo que essa água seja de qualidade
muito boa.
➢ A tracoma (doença inflamatória ocular bacteriana - conjuntivite
granulomatosa), que ocorre em vastas áreas de zona rural
brasileira, tem como uma das bases de sua profilaxia, o
abastecimento d´água no domicílio, em quantidade para permitir o
asseio corporal satisfatório.
➢ Também algumas doenças cutâneas e infestações por
ectoparasitos, como os piolhos, podem ser evitadas ou atenuadas
onde existe conjugação de bons hábitos higiênicos e quantidades
de água suficiente.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água como veículo.
➢ O sistema de abastecimento de água de uma comunidade desde a
captação, adução, tratamento, recalque e distribuição, inclusive
reservação, bem como dos domicílios e edifícios em geral, deve ser
bem projetado, construído, operado, mantido e conservado, para
que a água não se torne veículo de transmissão de diversas
doenças; que podem ser classificadas em dois grupos:
• Doenças de transmissão hídrica;
(a água atua como veículo propriamente dito, do agente infeccioso – Ex.: febre
tifóide, disenteria bacilar, etc.).
• Doenças de origem hídrica.
(decorrentes de certas substâncias, denominados contaminantes tóxicos,
contidas na água em teor inadequado, e que dão origem a doenças como
fluorose, metemoglobinemia, bócio e saturnismo).
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de transmissão hídrica.
➢ A água é um importante veículo de transmissão de doenças
notadamente do aparelho intestinal.
➢ Os microrganismos patogênicos responsáveis por essas doenças
atingem a água com os excretos de pessoas ou animais infectados,
dando como conseqüências as denominadas “doenças de
transmissão hídrica”.
➢ Em geral, os microrganismos normalmente presentes na água
podem:
➢ Ter seu “habitat” normal nas águas de superfície;
➢ Ter sido carreados pelas enxurradas;
➢ Provir de esgotos domésticos e outros resíduos orgânicos, que
atingiram a água por diversos meios;
➢ Ter sido trazidos pelas chuvas na lavagem da atmosfera.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de transmissão hídrica.
➢ Os micro-organismos patogênicos não são de fácil identificação em
laboratório, para tanto utilizam-se assim os microrganismos do
grupo coliforme.
➢ Neste grupo encontram-se os coliformes fecais:
• Habitantes normais dos intestinos dos animais superiores e outros
de vida livre;
• São de fácil identificação;
• Sua presença indica provável existência de excreta e, portanto,
possibilidade de ocorrência de germes patogênicos de origem
intestinal.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de transmissão hídrica.
➢ Para determinar o grau de contaminação de uma água utiliza-se o
índice de coli.
➢ Em princípio, existe uma certa correlação entre o número de
coliformes e doenças de transmissão hídrica;
➢ Estudos epidemiológicos, com base na estatística, podem,
inclusive, correlacionar o número de coliformes com o número de
determinados microrganismos patogênicos.
➢ A presença de coliformes nem sempre indica a obrigatoriedade de
existência de agentes patogênicos e, portanto, de ocorrência de
doenças.
➢ Mas a presença de coliformes, em determinadas concentrações,
deve ser encarada como um sinal de alerta indicando a
possibilidade de haver uma poluição e/ou contaminação fecal,
principalmente quando ocorrem variações bruscas do número de
coliformes numa determinada água.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de transmissão hídrica.
➢ Relativamente aos microrganismos patogênicos, as doenças de
transmissão hídrica podem ser ocasionadas por:
• Bactérias: febre tifóide, febres paratifóides, disenteria bacilar, cólera;
• Protozoários: amebíase ou disenteria amebiana;
• Vermes (helmintos) e larvas: esquistossomíase;
• Vírus: hepatite infecciosa e poliomielite.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de origem hídrica.
➢ Os quatro tipos de contaminantes tóxicos podem ser nos sistemas
públicos de abastecimento de água são:
• Contaminantes naturais de uma água que esteve em contato com
formação mineral venenosa;
• Contaminantes naturais de uma água na qual se desenvolveram
determinadas colônias de microrganismos venenosos;
• Contaminantes introduzidos na água em virtude de certas obras
hidráulicas defeituosas (principalmente tubos metálicos) ou de
práticas inadequadas no tratamento da água;
• Contaminantesintroduzidos nos cursos d´água por certos dejetos
industriais.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de origem hídrica.
➢ Os quatro tipos de contaminantes tóxicos podem ser nos sistemas
públicos de abastecimento de água são:
• Contaminantes naturais de uma água que esteve em contato com
formação mineral venenosa;
✓ Incluem o flúor, o selênio, o arsênico e o boro, e, com exceção do
flúor, raramente são encontrados em teores capazes de ocasionar
danos.
✓ Quanto ao flúor, teores maiores que 1 ppm são responsáveis pela
fluorose dos dentes, e, por outro lado, ausência de fluoretos
beneficia o aparecimento de cáries dentárias; o teor ótimo é em
torno de 1 ppm.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de origem hídrica.
➢ Os quatro tipos de contaminantes tóxicos podem ser nos sistemas
públicos de abastecimento de água são:
• Contaminantes naturais de uma água na qual se desenvolveram
determinadas colônias de microrganismos venenosos;
✓ Certos tipos de algas, dão à água aspecto repulsivo ao homem, que
tem assim uma defesa natural através dos seus sentidos;
✓ A mortalidade de gado que ingere esses contaminantes tem sido
verificada.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de origem hídrica.
➢ Os quatro tipos de contaminantes tóxicos podem ser nos sistemas
públicos de abastecimento de água são:
• Contaminantes introduzidos na água em virtude de certas obras
hidráulicas defeituosas (principalmente tubos metálicos) ou de
práticas inadequadas no tratamento da água;
✓ Os contaminantes introduzidos pela corrosão de tubulações
metálicas podem ocasionar distúrbios, principalmente em águas
moles ou que contenham certo teor de dióxido de carbono (o que
pode ocorrer por prática inadequada no tratamento da água).
✓ Dos metais empregados nas tubulações, o único de toxidez
comprovada (e cumulativa) é o chumbo, que pode ocasionar o
envenenamento conhecido como saturnismo
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Doenças de origem hídrica.
➢ Os quatro tipos de contaminantes tóxicos podem ser nos sistemas
públicos de abastecimento de água são:
• Contaminantes introduzidos nos cursos d´água por certos dejetos
industriais.
✓ Cobre, zinco e ferro, mesmo em pequenas quantidades, dão à água
gosto metálico característico e são responsáveis por certos
distúrbios em determinadas operações industriais.
✓ Todas as variedades de contaminantes tóxicos podem provir dos
despejos líquidos industriais.
✓ Daí a importância sanitária do controle de despejos industriais.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças causadas por agentes microbianos
➢ São doenças que apresentam caráter infeccioso ou parasitário.
Quanto á via de penetração no organismo pode-se adquirir doenças
por:
• via predominantemente oral;
• via predominantemente cutânea-pele ou mucosa.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças adquiridas por via oral
➢ Agrupando as doenças de via predominantemente oral, segundo a
importância de água como veículo, tem-se:
• cólera (bactéria: Vibrio Cholerae);
• febre tifóide (bactéria: SalmonelaTyphi) ;
• febre paratifóide (bactéria: Salmonela Paratyphi);
• hepatite infecciosa (vírus);
• gastroenterites (diarréias) infantis (p.ex.: bactéria: Escherichia Coli).
• A veiculação dos agentes etiológicos destas moléstias através da
água, é a mais freqüente e mais eficiente.
• Ex.: desaparecimento da cólera em todos os países que adotaram
práticas eficientes de purificação da água potável.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças adquiridas por via oral
➢ Num segundo grupo:
• Disenteria bacilar;
• Disenteria amebiana ou amebíase;
• Poliomielite.
➢ Podem ser incluídas como doenças de veiculação hídrica, mas não
serem classificadas de parelha com o primeiro, ou seja, existem
outros meios de difusão mais atuantes na maioria dos casos.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças adquiridas por via oral
➢ Num terceiro grupo:
❖ A importância da água como veículo seria menor. É o caso das:
• Helmintoses;
• Tuberculoses
➢ Embora a tuberculose comumente não seja considerada infecção
transmissível, direta e indiretamente pela água, a possibilidade de
existência de casos adquiridos por essa via não ser negada, o que
se atribui à grande resistência do bacilo responsável pela doença,
em certas condições ambientais.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças adquiridas principalmente por via cutânea – pele e
mucosa:
• Esquistossomose;
• Leptospirose;
• Outras doenças que se referem aos banhos em piscinas, praias, 
rios etc.: doenças nos olhos, ouvidos e vias áreas superiores 
(conjuntivites, otites, corizas, sinusites, etc.) têm sido atribuídas a 
banhos em piscinas, praias, etc., pela possibilidade das águas 
poderem estar contaminadas por bactérias ou vírus.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ A água é imprescindível, também, ao ciclo biológico de muitos
vetores animados, responsáveis por graves doenças.
➢ Exemplo, os mosquitos que transmitem a malária e a febre amarela,
têm a fase larvária, obrigatoriamente, em meio aquático.
➢ Assim, doenças como malária, indiretamente, estão relacionadas
com a água; neste caso, a água não atua como veículo, mas o
mosquito transmissor se procria nas coleções de água, e portanto,
ao se estudar a construção de um reservatório de acumulação e
destinado ao abastecimento de água, deve-se investigar as
espécies de mosquitos existentes na área de inundação e
vizinhança, bem como aspectos epidemiológicos relacionados à
malária.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças causadas por agentes químicos
• A água, através de seu ciclo hidrológico, está em permanente 
contato com os constituintes da atmosfera e da crosta terrestre, 
dissolvendo muitos elementos e carreando outros em suspensão. 
Além disso, o homem por suas múltiplas atividades, nela introduz 
substâncias das mais diversas naturezas. Assim, podemos 
distinguir poluentes naturais e artificiais.
• Os poluentes naturais compreendem substâncias minerais e 
orgânicas, dissolvidas ou em suspensão e gases provenientes da 
atmosfera ou das transformações microbianas da matéria orgânica.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças causadas por agentes químicos
• Os poluentes artificiais podem resultar:
• Das substâncias empregadas no tratamento da água: sulfato de 
alumínio, cal, etc.;
• Do uso crescente de pesticidas (herbicidas, carrapaticidas, 
inseticidas, raticidas, etc), largamente empregados no combate às 
pragas da agricultura e aos vetores de doenças humanas e de 
animais. Em sua grande maioria são compostos orgânicos 
sintéticos, que de um modo ou de outro, podem poluir as águas 
subterrâneas ou superficiais;
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças causadas por agentes químicos
• Dos esgotos sanitários que, além de substâncias como detergentes, 
encerram matéria orgânica, cujas transformações por ação 
microbiana têm muita importância para o balanço de oxigênio dos 
cursos d´água, além de outras alterações de natureza química que 
aí podem promover;
• Da emissão das chaminés das fábricas, incineradores, etc. Algumas 
dessas substâncias acabam por se precipitar diretamente na água 
ou para ela são carregadas pelas chuvas, ou em decorrência do 
processo de incineração, por exemplo.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Água e doenças.
➢ Doenças causadas por agentes químicos
✓ Os efeitos que os poluentes naturais ou artificiais podem ter sobre o 
organismo humano dependem da concentração da substância na 
água, da toxidez específica para o ser humano e da suscetibilidade 
individual, que é variável de pessoa a pessoa.
✓ Praticamente, para todos os poluentes, existem concentrações 
inofensivas, que, aumentadas, podem começar a agir sobre o 
organismo e, se atingirem certo nível, os fenômenos tóxicos se 
acentuarão, sendo capazes de levar até à morte.ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Medidas gerais de proteção.
➢ O perigo da transmissão de doenças infecciosas pela água, refere-
se, na prática, às doenças infecciosas intestinais e a profilaxia gira
em torno das seguintes medidas:
✓ Proteção dos mananciais, inclusive medidas de controle de poluição
das águas;
✓ Tratamento adequado da água, com operação continuamente
satisfatória;
✓ Sistema de distribuição da água bem projetado, construído, mantido
e operado. Deve-se manter a água na rede com pressão adequada;
✓ Controle permanente da qualidade bacteriológica e química da
água da rede de distribuição, ou, preferivelmente, na torneira do
consumidor;
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Medidas gerais de proteção.
✓ Solução sanitária para o problema da coleta e da disposição dos
esgotos e, em particular dos dejetos humanos, tendo sempre como
uma das finalidades a proteção do abastecimento de água potável;
✓ Observar, na zona rural, as medidas indicadas para a proteção dos
poços, nascentes e mananciais de superfície, inclusive a construção
de sistema mais aconselháveis para o destino satisfatório dos
dejetos, evitando a poluição direta da superfície, do solo ou das
coleções líquidas;
✓ Melhoria da qualidade da água suprida às pequenas comunidades,
auxiliando-as técnicas e financeiramente a utilizarem métodos
simples e pouco dispendiosos de tratamento, inclusive desinfecção,
quando necessário.
ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
❖ Ainda que dados os diferentes modos de transmissão das doenças
relacionadas à água e sua profilaxia, torna-se necessário que, a par
dos serviços de abastecimento de água, outros também devam ser
executados, tais como:
• acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e/ou disposição
final de lixo (resíduos sólidos);
• controle de artrópodes, notadamente moscas domésticas e das
baratas , e
• controle dos seus manipuladores.

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