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IMUNOLOGIA BASICA - UNIDADE DE ESTUDO DE CASO_leishmaniose

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CLAUDIO J. E. DE ANDRADE - 28508
NUTRIÇÃO - BACHARELADO
 IMUNOLOGIA BASICA - UNIDADE DE ESTUDO DE CASO
Situação
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) 
A leishmaniose tegumentar americana (LTA), caracteriza-se em doença antropozonótica, envolvendo protozoários das espécies do gênero Leishmania, os parasitos acometem principalmente a pele e/ou mucosas e cartilagens. O Brasil alta incidência, configurando cerca de 35.000 casos notificados anualmente. Os casos de leishmaniose são frentes em indivíduos submetidos e ou expostos a regiões onde exista a presença de coleções hídricas, agente transmissor e portadores dos protozoários causadores da doença. O mosquito transmissor denomina-se popularmente de mosquito “PALHA’, a fêmea em função da nutrição, realiza hematofagia, procedimento natural, porém, o mosquito estando contaminado com o protozoário, decorrerá em transmissão ao indivíduo exposto.
Quais células potencializam a resposta imunológica frente as diferentes espécies de Leishmania sp? 
Resposta
O equilíbrio da infecção depende de alguns fatores: após a penetração, as leishmanias induzem a produção de TNF-alfa pelos macrófagos, o que potencializa a ação do IFN-gama que vai promover a ativação dos macrófagos. Por outro lado induz também a produção de TGF-beta que inibe o IFN-gama, estando, portanto, relacionada à não ativação dos macrófagos. Dentro da dinâmica do processo inflamatório, em sua fase inicial, temos que assinalar que as células NK produzem IFN-gama e as plaquetas, que rapidamente chegam ao foco inflamatório, são capazes de transportar TGF-beta. Este complexo de ações determina o estado de resistência do hospedeiro a esta infecção, fato que é controlado geneticamente. Temos assim, por exemplo, no modelo murino, linhagens de camundongos que são resistentes à L. major (camundongos C57BL/6) cujas lesões se curam espontameamente após desenvolverem lesões cutâneas e se tornam resistentes à reinfecção. Nesta resistência, populações de células com perfil de linfocinas do tipo Th2: IL-4, IL-5, IL-6 e IL-10; enquanto sub-populações Th1 produz IL-2, IFN-gama e TNF-alfa. Tanto Th1 quanto Th2 produzem IL-3 e GM-C5F. Devemos salientar também que a presença de leishmania no interior de macrófagos interfere com a apresentação do antígeno e pode influenciar no curso da doença. Um outro fato que também tem chamado a atenção de alguns pesquisadores é o efeito imunossupressor de componentes da saliva do flebótomo. O sistema imune da pele tem sido definido como um complexo de reações imunológicas e de células correlacionadas a estes fenômenos que ocorrem na região cutânea. As células do sistema imunológico cutâneo interagem com a resposta imune, envolvendo um conjunto de fatores humorais que podem estar relacionados com a imunidade natural (queratinócitos, histiócitos, monócitos, granulócitos e mastócitos) ou com a imunidade adquirida (células de Langerhans, células T e células endoteliais). O sistema imune da pele participa de mecanismos imuno regulatórios envolvidos na leishmaniose cutânea. As células de Langerhans expressam em sua membrana antígenos de histocompatibilidade de classe II e funcionam como células apresentadoras de antígeno, podendo ser colonizadas pelo parasito, como já foi demonstrado no modelo experimental. A epiderme de pacientes com leishmaniose cutânea localizada (LCL) apresenta-se com um número elevado de células de Langerhans e queratinócitos expressando ICAM-1 e MHC II, nesta predominando uma resposta TH1. A leishmaniose mucocutânea (LMC) é caracterizada pela expressão exacerbada de ICAM-1 e HLA-DR pelos queratinócitos, uma deficiência de células de Langerhans, movimento de células T na epiderme e um granuloma do tipo Th1 e/ou Th2. Na leishmaniose cutânea difusa (LCD) os queratinócitos não expressam ICAM-1 ou HLA-DR, existem poucas células de Langerhans e uma produção incompleta de citoquinas. Na LCD o granuloma exibe uma resposta Th.
Fonte: http://www.dbbm.fiocruz.br/tropical/leishman/leishext/html/imuno-patologia.htm

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