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Maria Eduarda de Alencar – Odontologia 2019.2 Preparos Cavitários Classe I para Amálgama Introdução → Classe I - Compreende a oclusal dos molares e pré- molares, 2/3 oclusais da face vestibular dos molares inferiores, 2/3 oclusais da face palatina dos molares superiores, face palatina dos incisivos e caninos superiores, face vestibular dos incisivos superiores – classe I de Sockwell – e tubérculo de Carabelli; → Amálgama !!! Vantagens - Fácil manuseio, baixo custo, técnica simples, resistência ao desgaste, resistência à fratura e resistência à infiltração; !!! Desvantagens - Estética desfavorável e falta de adesão à estrutura dental; → Amálgama Adesivo - Na década de 80 Staninec e Holt desenvolveram o amálgama adesivo. Não há amálgama adesivo pronto, é necessária a associação do amálgama com outros materiais; - Entre os produtos utilizados para a adesão do amálgama às estruturas dentais, temos: cimentos, resinosos adesivos, cimentos ionômero de vidro e sistemas adesivos; - Os cimentos de ionômero de vidro possuem uma maior indicação em função da adesão que tem aos metais e a todos os tecidos dentais; !!! Vantagens - Preparo cavitário mais conservador, gera uma melhor adaptação marginal e uma redução de cáries secundárias, aumento da retenção do amálgama na cavidade e evita tatuagens na dentina por produtos de corrosão do amálgama. Preparo Cavitário para Amálgama - Ocorre em algumas etapas: forma de contorno, forma de resistência, forma de retenção, forma de conveniência, remoção da dentina cariada remanescente, acabamento das paredes da cavidade e limpeza da cavidade; → Forma de Contorno - É o tempo operatório que visa delimitar a área da superfície do dente que deverá ser incluída no preparo cavitário; - Todo esmalte sem apoio deve ser removido – isso vale não só para o amálgama convencional, mas também para o adesivo; - O preparo deverá englobar a lesão cariosa, sulcos, cicatrículas e fissuras, variando de acordo com a anatomia do dente – isso para o amálgama convencional, no amálgama adesivo remove-se apenas a parte com lesão de cárie; - Deve-se preservar as estruturas de reforço – vertentes cuspídeas, cristas marginais e pontes de esmalte – sempre que possível. Mas se elas tiverem menos que 1 mm, é necessário englobar elas no preparo; → Forma de Resistência - Características dada a cavidade para que as estruturas remanescentes e a restauração sejam capazes de resistir às forças mastigatórias, sendo elas: 1° Manutenção das cúspides próximas ao preparo, contornando e sem invadir as vertentes; 2° Preservação de estruturas de reforço, como cristas marginais e pontes de esmalte; 3° As paredes vestibular e lingual devem ser paralelas entre si e perpendiculares a parede pulpar, que deve ser plana e horizontal; 4° As paredes proximais devem divergir levemente para oclusal, acompanhando os prismas de esmalte, isso dará mais resistência a estrutura dentária remanescente; → Forma de Retenção - Forma dada a cavidade para torná-la capaz de reter a restauração, evitando o seu deslocamento; !!! Caixa Oclusal - Preparos Auto-retentivos: Não é necessário fazer retenção, pois a profundidade é maior que a largura; - Preparos Não Retentivos: A largura é maior que a profundidade, por isso é necessário fazer retenções adicionais na base das cúspides; → Forma de Conveniência - Existem várias formas de conveniência, elas visam facilitar o trabalho do Cirurgião-Dentista e permitir um bom resultado com a restauração, são exemplos delas o isolamento do campo operatório e a remoção da dentina cariada; → Acabamento das Paredes da Cavidade - Consiste na remoção dos prismas de esmalte sem suporte e regularização das paredes circundantes e de fundo, utilizando uma broca cilíndrica lisa ou o instrumento manual chamado de enxada; - Ao final desta etapa, a parede pulpar deve estar plana, exceto no caso dos primeiros molares inferiores, as paredes circundantes lisas e o ângulo cavo-superficial nítido e sem bisel; → Limpeza da Cavidade - Consiste na remoção de partículas remanescentes do preparo cavitário – isso também é feito no preparo para aplicação do amálgama adesivo – possibilitando a colocação do material restaurador em uma cavidade limpa; - Pode ser feita com jatos de ar e água e solução de hidróxido de cálcio. Preparo Cavitário nos 1° PMI - Nesses dentes é possível realizar vários tipos de preparo, como preparos do tipo ponto, risco e olho de cobra; - Tipo Ponto: Pré-molares e molares – quando apenas um ponto do sulco principal foi atingido pela cárie; - Tipo Risco: Pré-molares e molares – quando apenas o sulco principal foi atingido pela cárie; - Tipo Olho de Cobra: Pré-molares inferiores – quando a lesão não atingiu as estruturas de reforço do esmalte, ponte de esmalte e cristas marginais; - Esses dentes tem uma característica especial, a parede pulpar deles não deve ser plana e sim com uma inclinação apical, pois os cornos pulpares deles são mais pronunciados na porção vestibular – assim como a cúspide. Preparo Cavitário para Amálgama Adesivo - Para o amálgama adesivo faz-se um preparo mais conservador; → Técnica Operatória !!! Forma de Contorno - Delimita-se apenas a região com dentina cariada; !!! Isolamento do Campo Operatório - Se houver risco de exposição pulpar ele deve ser feito antes do preparo; !!! Preparo Cavitário - Com a broca 330 – formato de pera invertida, já é arredondada, dando o formato arredondado necessário para os ângulos internos – faz-se uma canaleta central, seguindo o contorno e removendo apenas a região necessária; - Caixa Oclusal: Ângulos do segundo grupo – parede circundante com uma parede de fundo da cavidade – arredondados e paredes circundantes convergentes para oclusal; !!! Aplicação do Material Adesivo (CIV): Se for necessária a proteção pulpar – cavidades muito profundas – é feita a proteção pulpar antes; !!! Inserção e Condensação do Amálgama; !!! Escultura e Brunidura; !!! Acabamento e Polimento. Preparo Cavitário Classe I Composta - A classe I composta são preparos cavitários realizados em áreas de má coalescência do esmalte, onde estão envolvidas duas faces do elemento dentário, podendo ser: face oclusal e 2/3 oclusais da face vestibular de molares inferiores ou face oclusal e 2/3 oclusais da face palatina de molares superiores; Amálgama Convencional → Forma de Contorno - O preparo inclui, além da caixa oclusal, a extensão total do sulco lingual dos molares superiores e do sulco vestibular dos molares inferiores; OBS.: Quando duas cavidades distintas estiverem separadas por estruturas sadia com menos 1 mm, elas deverão ser unidas. Caso contrário, essa estrutura deverá ser mantida, preparando-se assim duas cavidades distintas. → Forma de Resistência - Assim como na classe I simples, deve-se presar pela manutenção das cúspides próximas ao preparo, contornando-as sem invadir as vertentes, e preservar as estruturas de reforço, como cristas, marginais de ponte de esmalte. A fim de dar maior resistência ao preparo; → Forma de Retenção - Caixa Oclusal: A parede pulpar deve ser plana, podendo acompanhar a inclinação da ponte de esmalte, e as paredes circundantes devem ser paralelas entre si ou a mesial e a distal devem divergir para a oclusal; - Caixa Vestibular ou Palatina: Deve ter a profundidade = 1 ½ diâmetro da broca; largura = diâmetro da broca. O ângulo áxio-pulpar deve ser arredondado, as paredes circundantes mesial e distal devem ser paralelas ou convergentes para oclusal, os ângulos diedros mésio-axial e disto- axial devem ser acentuados; - Parede Axial: Paralela à superfície externa do dente; - Parede Gengival: Perpendicular a superfície externa do dente; !!! Retenções Adicionais - Caixa Oclusal: Quando não há envolvimento da ponta de esmalte, a profundidade é maiorque a largura, portanto, não é necessário se fazer retenção adicional. Quando há envolvimento da ponte de esmalte, a largura é maior que a profundidade, sendo assim, é necessário realizar uma retenção adicional na base das cúspides; - Caixa Vestibular ou Palatina: As retenções adicionais são feitas nos ângulos diedros, mésio- axial e disto-axial, ultrapassando ligeiramente o ângulo áxio-pulpar; → Forma de Conveniência - O próprio preparo é uma forma de conveniência e o isolamento e restauração também; Amálgama Adesivo → Sequência Operatória - Delimita-se apenas a região com dentina cariada. Em seguida segue-se para o preparo, com a broca 330 inclinada, faz-se um sulco na oclusal, e após completar toda a caixa oclusal, também com a broca inclinada, faz-se a caixa vestibular ou palatina, garantindo que a parede axial seja paralela à superfície externa do dente; !!! É muito importante garantir que as paredes circundantes sejam convergentes para oclusal e os ângulos diedros do segundo grupo sejam arredondados.
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