Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ASPECTOS CLÍNICOS MULTIFATORIAIS ASSOCIADOS À SÍNDROME DE SJÖGREN Grupo: Beatriz Gomes da Fonseca, Lucas Brumatti Setubal, Luísa D’Ávila Camargo, Matheus Gonçalves Santos, Nathália Moreira Marques, Victória Pagani Samora Sousa Disciplina: Fisiologia Médica Turma: 107 RELATO DO CASO Paciente do sexo masculino, 49 anos, natural de Vitória (ES), reside no município de Serra (ES), casado, evangélico, pardo, 71kg, 170cm e atua como mecânico automotivo. Foi referenciado ao Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM) relatando perda ponderal de 40 kg nos últimos sete meses, vômitos diários e incapacidade de deambular há dois meses. Ao exame físico neurológico, apresentou tetraparesia, associada à hipoestesia tátil dolorosa a partir de crista ilíaca, artrestesia alterada, impotência sexual e incontinência fecal e urinária. EVOLUÇÃO EM ATENDIMENTO HOSPITALAR Tomografia de abdome superior revelou hernia supraumbilical apresentando em seu interior parte do cólon ascendente e do cólon transverso e região antro pilórica do estômago, destacando-se grande dilatação da câmara gástrica no interior da hérnia e a montante. Esse achado justifica o quadro de desnutrição grave apresentado. Inicia-se, então, dieta parenteral e por via nasogástrica, além de correção manual da hérnia, porém não foi evidenciada melhora total da neuropatia, prosseguindo-se com a investigação. CONDUTA MÉDICA ● Dosagem de anti-LA positiva, ● Aumento gradual da concentração sérica de uréia (maior valor: 212 mg/dL), ● Proteína C reativa aumentada (maior valor: 75,9 mg/L) ; ● Quadro de parotidite bacteriana aguda. ● Suspeita de Síndrome de Sjögren, confirmada também por teste de Schirmer. ● Tratamento: Pulsoterapia com Ciclofosfamida associada a corticoides DE SJÖGREN A SÍNDROME MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES OCULARES Ceratoconjuntivite seca MANIFESTAÇÕES MÚSCULO- ESQUELÉTICAS Fadiga, Artralgias e Artrites MANIFESTAÇÕES ORAIS Xerostomia, Infecções e Aumento da Parótida MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS Secura da mucosa nasal, Falta de ar e Infecções FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME DE SJOGREN LIBERAÇÃO DE AUTOANTÍGENOS REATIVOS RECRUTAMENTO LINFOCITÁRIO APOPTOSE DE CÉLULAS EPITELIAIS PRODUÇÃO DE AUTOANTICORPOS DESTRUIÇÃO DAS GLÂNDULAS SALIVARES E LACRIMAIS LIBERAÇÃO DE CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME DE SJOGREN GLÂNDULAS PARÓTIDAS α-AMILASE SALIVAR E GLICOPROTEÍNA (MUCINA) HIGIENE, SAÚDE E CONFORTO DA CAVIDADE ORAL INÍCIO DA DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS E GORDURAS APRESENTAÇÃO RARA PDIC POLINEUROPATIA DESMIELINIZANTE INFLAMATÓRIA CRÔNICA DESMIELINIZAÇÃO REPETIDAS DESMIELINIZAÇÕES E REMIELINIZAÇÕES CRONICIDADE PROCESSO QUE DECORRE EM ALGUNS MESES MECANISMO PATOGÊNESE DA NEUROPATIA 0,7 a 10,3 100.000A CADA Neuropatia periférica relacionada a carência vitaminosa ● Deficiência da Vitamina B1 (tiamina): propagação do impulso nervoso e sua deficiência pode ocasionar desmielinização; ● Deficiência de Vitamina B2 (riboflavina): neuropatia sensorial e sensorial-motora; ● Deficiência da Vitamina B6 (piridoxina): biossíntese de esfingolipídios e síntese de neurotransmissores; ● Deficiência da Vitamina B12 (cobalamina): cofator para a síntese de DNA. EXCREÇÃO DE UREIA INMUNOTERAPIA Saturno es un gigante helado y tiene anillos BIOQUÍMICA Neptuno es el planeta más alejado de Sol FISIOTERAPIA Júpiter es el planeta más grande de todos FORMAÇÃO DA URINA Fonte: Guyton - Tratado de Fisiologia Médica FORMAÇÃO DA URINA Túbulo contorcido proximal Alça de henle fina Alça de henle espessa Túbulo contorcido distal Túbulo coletor 50% ureia reabsorvida Parte da ureia reabsorvida PROTEÍNA C REATIVA ● Condições inflamatórias como infecções crônicas ou artrites inflamatórias, como a artrite reumatóide; ● IL-6; ● Sintetizada pelo Fígado; ● Aumentam em resposta à inflamação fase aguda; ● Reconhecimento e clearance de patógenos ou células danificadas; ● Aumentam e caem rapidamente. VALORES DE REFERÊNCIA: ● Entre 1,0 a 10,0 mg/L: geralmente indicam inflamações leves ou infecções ligeiras como gengivite, gripe ou resfriado; ● Entre 10,0 a 40,0 mg/L: pode ser sinal de infecções mais graves e infecções moderadas, como catapora, COVID-19 ou outra infecção respiratória; ● Mais de 40 mg/L: geralmente indica infecção bacteriana; * parotidite bacteriana aguda ● Mais de 200 mg/L: pode indicar Sepse, uma situação grave que coloca em risco a vida da pessoa. RARIDADE 01. CARÁTER MULTISSISTÊMICO 02. EXAME FÍSICO E HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 03. DIAGNÓSTICO E MANEJO 04. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS AMADO, F. Proteína C reativa (PCR): o que você precisa saber para sua prática clínica. Disponível em: <https://pebmed.com.br/proteina-c-reativa-pcr-o-que-voce-precisa-saber-para-sua-pratica-clinica/>. Acesso em: 22 mar. 2022 KANG, PB. Overview of acquired peripheral neuropathies in children. UpToDate; Feb 2022 [Acesso em: 14 março 2022]. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/overview-of-acquired-peripheral-neuropathies-in-children. Proteína C-reativa (PCR): o que é e porque pode estar alta. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/proteina-c-reativa/>. Acesso em: 22 mar. 2022. Proteína C Reativa - Rede D’Or São Luiz. Disponível em: <https://www.rededorsaoluiz.com.br/exames-e-procedimentos/analises-clinicas/proteina-c-reativa>. Acesso em: 23 mar. 2022. VARELLA, P. P. V.; FORTE, W. C. N. Citocinas: revisão. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 24, n. 4, p. 146–154, 2001. AIRES, Margarida M. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. GARCÍA-CARRASCO, M et al. Pathophysiology of Sjögren's Syndrome. Archives of Medical Research 2006;37:921–32. https://doi.org/10.1016/j.arcmed.2006.08.002. MUITO OBRIGADO!
Compartilhar