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Regras da Sucessão Legítima

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Regras da Sucessão Legítima
“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais”.
Sucessão legítima na linha reta descendente
“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;”
Obs.: Nos exemplos abaixo o de cujus não deixou cônjuge ou companheira. 
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de representação. 
Descendente pré-morto (herdeiros recebem por representação) 
Descendente pré-morto (herdeiros recebem por representação) 
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.
Observe-se que não há direito de representação. Os herdeiros recebem por direito próprio. 
“D” recebe por direito próprio
“F” recebe por direito próprio
“G” e “H” recebem por representação a E
Sucessão legítima na linha reta ascendente
“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;” 
Obs.: Nos exemplos abaixo o de cujus não deixou cônjuge ou companheira. 
Art. 1.836, § 1o. Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.
Obs.: Não há direito de representação na linha ascendente.
Art. 1.836, § 2o. Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna.
Art. 1.836, § 2o. Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna.
Sucessão legítima na linha colateral
“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
IV - aos colaterais”.
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar.
Sucessão legítima na linha colateral
“Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os unilaterais. 
Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
§ 1o Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.
§ 2o Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes herdará a metade do que herdar cada um daqueles.
§ 3o Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por igual”. 
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colatera
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
Sucessão legítima na linha colateral
É de se lembrar, ainda, que os parentes colaterais do de cujus herdam em concorrência com o(a) companheiro(a), conforme estabelecido no art. 1.790, III, do Código Civil, nos seguintes termos:
“Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança”. 
Exemplificando: Suponhamos que A, companheiro de B, faleceu sem deixar parentes ascendentes e descendentes; deixou um sobrinho. O falecido tinha dois bens: um apartamento adquirido antes da união estável e uma casa, comprada após o início da convivência com B. A sucessão dar-se-á da seguinte forma:
50% da casa caberão à B (meação); os outros 50% da casa caberão a B (1/3) e ao sobrinho (2/3);
100% do apartamento caberão ao sobrinho. 
Sucessão legítima do cônjuge
“Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente.
Sucessão legítima do cônjuge com descendentes
Regimes em que o cônjuge concorrerá com os descendentes:
Separação convencional de bens – não há meação, consequentemente, o cônjuge sobrevivente participa da sucessão;
Comunhão parcial de bens em que o autor da herança deixou bens particulares – exemplo: “A” tem uma casa adquirida antes de se casar com “B”, pelo regime da comunhão parcial. O casal tem dois filhos e adquiriu após o casamento um terreno. Partilha dos bens após a morte de “A”: casa (bem particular do falecido) – como não há meação, o bem será dividido entre “B” e os filhos; terreno (bem comum) – há meação, portanto, metade do bem será de “B” (meação) e a outra metade será dividida entre os filhos;
Regimes em que o cônjuge concorrerá com os descendentes:
3) Participação final nos aquestos – segue a mesma regra da sucessão em se tratando de comunhão parcial de bens acima estudada. 
Regimes em que o cônjuge não concorrerá com os descendentes:
1) Comunhão universal de bens;
2) Separação obrigatória de bens;
3) Comunhão parcial de bens em que o autor da herança não deixou bens particulares. 
Qual o quota-parte que caberá ao cônjuge do falecido quando concorrer com os descendentes? 1ª Resposta: Se concorrer com filhoscomuns, receberá quota igual a que caberá a cada um dos filhos, não podendo herdar menor que ¼ do patrimônio.
Exemplos:
Cônjuge e 1 filho comum: ½ cônjuge e ½ filho;
Cônjuge e 2 filhos comuns: 1/3 cônjuge e 1/3 para cada filho;
Cônjuge e 3 filhos comuns: ¼ cônjuge e ¼ para cada filho;
Cônjuge e 4 filhos comuns: ¼ cônjuge e ¾ para os 4 filhos;
Cônjuge e 5 filhos comuns: ¼ cônjuge e ¾ para os 5 filhos;
2ª Resposta: Se concorrer com filhos exclusivos, receberá quota igual a que caberá a cada um dos filhos.
Exemplos:
Cônjuge e 1 filho exclusivo: ½ cônjuge e ½ filho;
Cônjuge e 2 filhos exclusivos: 1/3 cônjuge e 1/3 para cada filho;
Cônjuge e 3 filhos exclusivos : ¼ cônjuge e ¼ para cada filho;
Cônjuge e 4 filhos exclusivos : 1/5 cônjuge e 1/5 para cada filho;
Cônjuge e 5 filhos exclusivos : 1/6 cônjuge e 1/6 para cada filho;
.3ª Resposta: Se concorrer com filhos comuns e exclusivos, receberá quota igual a que caberá a cada um dos filhos (corrente majoritária). Não há, portanto, reserva mínima de ¼ para o cônjuge sobrevivente.
Sucessão legítima do cônjuge com ascendentes
O cônjuge concorre com os ascendentes do falecido qualquer que seja o regime de bens do casamento. Lembre-se de que o cônjuge, apesar de ter a meação garantida pelo regime de bens adotado, terá também a concorrência sucessória sobre a herança. 
Observe-se os exemplos a seguir:
1º exemplo: “A” casou-se com “B” pela comunhão universal de bens. “A” possuía uma casa adquirida antes do casamento e um apartamento comprado após o matrimônio. “A” faleceu e deixou como herdeiros sua esposa e seus pais. Como será a partilha dos bens? Metade do patrimônio caberá a “B” (meação) e a outra metade será dividida entre “B” e os pais de “A”.
2º exemplo: “A” casou-se com “B” pela comunhão parcial de bens. “A” possuía uma casa adquirida antes do casamento e um apartamento comprado após o matrimônio. “A” faleceu e deixou como herdeiros sua esposa e seus pais. Como será a partilha dos bens? A casa será partilhada entre os herdeiros. Metade do apartamento caberá a “B” (meação) e a outra metade será dividida entre “B” e os pais de “A”.
3º exemplo: “A” casou-se com “B” pela comunhão separação convencional. “A” possuía uma casa adquirida antes do casamento e um apartamento comprado após o matrimônio. “A” faleceu e deixou como herdeiros sua esposa e seus pais. Como será a partilha dos bens? Todo o patrimônio pertencente a “A” será partilhado entre sua esposa “B” e seus pais.
A pergunta agora é: qual a quota-parte do cônjuge do falecido quando concorrer com os ascendentes? Resposta: Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
Sucessão legítima do cônjuge com ascendentes
Sucessão legítima do cônjuge com ascendentes
Sucessão legítima do cônjuge com ascendentes

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