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Sucessão legítima

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Sucessão legítima
Regras da sucessão legítima grau mais a: art. 1.829 c.c
1º A existência de herdeiros de uma classe exclui herdeiros da classe seguinte, com algumas ressalvas (arts. 1.89, incisos I e II; e 1.790, Incisos I e II do c.c).
2º regra: Dentro de uma classe de herdeiros, os de mais próximo excluem os de grau mais remoto (arts. 1.833, 1.835 e 1.840 c.c)
Exceções:
a) Classe dos colaterais: Os sobrinhos do falecido tem preferência sobre os tios (art. 1.843 c.c)
b) Direito de representação: conferido na linha reta descendente (art. 1.852 c.c) e na linha colateral entre irmã e sobrinho do falecido (art. 1.853, C.C). Existe o direito de representação em caso de pre-morte. 
c) Exclusão de herdeiro pela indignidade ou deserdação.
2. Sucessão na linha reta descendente: art. 1.829, Inc. I, C.C
Regras: a) art. 1.833 c.c: O grau mais próximo exclui o mais remoto, salvo o direito de representação.
Art. 1.835, c.c : Partilha por cabeça ou por estirpe ou por representação ou por direito próprio, que são expressões sinônimas.
Ascendentes
Sucessão do Cônjuge.
No antigo código civil de 1916, o cônjuge não era herdeiro necessário e somente era convocado na sucessão quando houvesse ausência de sucessores na linha reta. Entretanto, no novo código civil de 2002, o cônjuge poderá ser herdeiro e meeiro se for o caso (pois dependerá do regime de bens e em alguns casos o cônjuge será herdeiro), herdeiro necessário, conforme o art. 1.845 c.c Pelo código civil de 1916 existia-se a seguinte ordem:
a) Ordem de vocação hereditária, que subdividia em:
- Descendentes
- Ascendentes
- Cônjuge
- Colaterais
O cônjuge só herdava na parte de herdeiro e não como meeiro. O cônjuge só herdava quando o falecido não ter deixado descendentes e ascendentes em vida. 
No tocante ao novo código civil de 2002
Requisitos necessários para que o cônjuge seja herdeiro (art. 1.830 c.c)
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
Hipóteses de sucessão.
a) Concordância do cônjuge com descendentes do falecido (art. 1.829, Inciso I, C.C) que diz:
Art. 1.829 I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
No tocante ao regime de bens
Regime da comunhão universal de bens: Não herda, somente os descendentes, mas o cônjuge será meeiro.
Regime da separação obrigatória ou legal de bens: Não herda. Quem é casado no regime de separação obrigatória ou legal de bens não será herdeiro, mas o cônjuge será meeiro
Regime da separação convencional de bens: Existem duas correntes
1ª corrente: No regime de separação convencional de bens, como o cônjuge não é meeiro, o mesmo será herdeiro, de acordo com as ideias de Miguel Reale. Essa é a corrente majoritária;
2ª corrente: Não herda
Súmula 377 STF - “NO REGIME DE SEPARAÇÃO LEGAL DE BENS, COMUNICAM-SE OS ADQUIRIDOS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO.”
No tocante ao regime da comunhão parcial de bens: 
1ª corrente: Sobre bens particulares. É a corrente majoritária. Por essa corrente, 
Enunciado 270 da III Jornada de Direito Civil – Art. 1.829: O art. 1.829, inc. I, só assegura ao cônjuge sobrevivente o direito de concorrência com os descendentes do autor da herança quando casados no regime da separação convencional de bens ou, se casados nos regimes da comunhão parcial ou participação final nos aqüestos, o falecido possuísse bens particulares, hipóteses em que a concorrência se restringe a tais bens, devendo os bens comuns (meação) ser partilhados exclusivamente entre os descendentes.
Requisitos necessários para que o cônjuge seja herdeiro: Art. 1830 c.c
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
Enunciado 2 do x congresso de direito de família de 2015: A separação de fato põe fim ao regime de bens e importa extinção dos deveres entre cônjuges e entre companheiros.
Hipóteses de sucessão:
a) Concorrência do cônjuge com descendentes do falecido: (art. 1.829 Inciso I do c.c):
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
2ª corrente: Concorrência nos bens particulares desde que inexistente patrimônio comum. Se deixou patrimônio comum, já se considera como meeiro, não tendo o direito à herança;
3ª corrente: Fala sobre a totalidade do patrimônio, ou seja, irá herdar todo patrimônio, desde que tenha deixado bens particulares, herdando na totalidade dos bens;
4ª corrente: Sobre bens comuns. A pessoa será herdeira de bens comum, vendando assim o direito à herança para bens particulares.
Quinhão do cônjuge que concorre com descendentes: Art. 1.832 c.c
- Concorrência com filhos comuns: O Conjugue tem direito à ¼ da herança. Até 3 filhos comuns, presume-se o direito à ¼ da herança. Tendo em vista 2 filhos, divide-se em 1/3 e dois filhos, ½ da herança. 
 Tendo em vista + 4 filhos e seguintes, divide-se ¼ para o conjugue e ¾ para os filhos. 
Deve-se, contudo, perguntar:
1) É meeiro? Se sim, retira-se a meação. Se não, fica na mesma;
2) É herdeiro? Não. Divide-se a herança entre os descendentes. Se sim, herda sobre qual patrimônio?
3) Deve-se observar o mínimo de ¼? Se sim, observa-se os filhos comum e se forem 4 filhos ou além de 4 filhos.
Para atingir o objetivo de ¼ devem-se ter os seguintes requisitos:
a) O cônjuge deve ter filhos em comum, tendo no mínimo 4 filhos ou mais;
- Concorrência com filhos comuns: A quota não pode ser inferior a ¼ 
Tendo em vista a possibilidade um dos conjugues tiver 4 filhos em comum no casamento, e, no entanto, uns dos filhos morre, deixando seus herdeiros (3 filhos por exemplo), haverá o direito de estirpe e a divisão será 1/5 e não ¼ por causa da representação. 
É por exemplo João Pedro casado com Joana Braga, tem 4 filhos, Juca, José, Jorge e Jorgina. Jorgina tem 3 filhos, sendo estes Joaquim, Cecilia e Alexandre. Jorgina morre. Joaquim, Cecilia e Alexandre caso haja o falecimento de João Pedro, herdarão por estirpe os bens. Neste sentido, a quota não será 1/4, mas 1/5.
Concorrência do cônjuge com ascendentes do falecido
Concorrência do cônjuge com ascendentes do falecido (art. 1.829 II c.c) 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais até 4º grau e companheiro (acréscimo meu).
Quinhão do cônjuge que concorre com ascendentes: art. 1.837 c.c
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
-Ascendentes em 1º grau: ao cônjuge caberá 1/3 da herança
- Apenas com ascendente de 1º grau ou com ascendentes de maior grau: ao cônjuge caberá a herança
Obs. Meação não incide ITCD
Quando se fala concorrência de cônjuge com ascendente, o regime de bens só possui relevância na retirada da meação. Na linha reta ascendente não há direito de representação.
Cônjuge como herdeiro da totalidade da herança: art. 1.829, III e 1.838 c.c
Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
III - ao cônjuge sobrevivente 
Cônjuge como herdeiro da totalidade da herança: art. 1.829, III e 1.838 c.c
Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
III - ao cônjuge sobrevivente 
Companheiro:
Sucessão legítima do companheiro: O código civil de 1916 não existia regulamentação de união estável em Direito de família e sucessões. A união estável surgiu através da lei 8.971/94 e pela lei 9.278/96, reconhecendo tal direito, mas, era um requisito temporal de convivência num período máximo de 5 anos na lei 8.971/94. Por conseguinte, a lei 9.278/96 alterou esse regime, indagando que a união estável poderá ser iniciada a partir de 1 mês de relacionamento. Nessas duas leis, o companheiro nunca foi e seria herdeiro necessário.
Pelo código civil de 1916, a ordem de vocação hereditária era: 1º) Descendentes; 2º) Ascendentes; 3º) Cônjuge; 4º) Colateral até o 4º grau. As respectivas leis promulgadas, adicionou o companheiro a ordem de vocação hereditária, tendo em vista que assegurou os mesmos direitos do cônjuge na respectiva ordem de vocação hereditária. Neste sentido, o companheiro só tinha direito à herança se porventura o falecido não tiver sucessores na linha reta, seja ascendente ou descendente e o mesmo (companheiro sobrevivente) tinha o direito real de habitação de forma vitalícia. 
No Código Civil de 2002, nos moldes do art. 1.790, deu um tratamento diferenciado entre o cônjuge e companheiro. 
O art. 1.790 do c.c diz:
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
Neste sentido, o cônjuge será herdeiro ou meeiro se for o caso e nunca será herdeiro necessário, tendo em vista que o mesmo só herdará bens onerosos na constância da união estável, independentemente do regime de bens.
Concorrência do companheiro com descendentes do falecido: Art. 1.790, I, II do c.c: O companheiro herdará concomitantemente com os herdeiros os bens adquiridos na constância da união estável. 
Existe, no entanto:
a) Filiação (Descendentes) comum: Tem-se a quota equivalente a que por lei foi atribuída ao filho. O companheiro herda a mesma quota que os descendentes;
b) Filiação (Descendentes) exclusiva do falecido: Quando há o descendente só do falecido: O companheiro herda a metade da herança de cada um dos descendentes;
c) Filiação hibrida: É quando o companheiro filhos exclusivamente, ou seja, somente dele e filhos com o casal. 
Sucessão legítima do companheiro
a) Concorrência do companheiro com descendentes do falecido: art. 1.790, I e II do C.C
Viver união estável não formalizada = Regime de comunhão parcial de bens. Na união estável para verificar o regime de bens, só tem relevância para verificar a meação, pois, o regime de bens não tem relevância para se verificar eventuais direitos sucessórios. O companheiro sempre será herdeiro dos bens adquiridos onerosamente na constância da união, independentemente dos regimes de bens.
Enunciado 266 da III Jornada do CJF:
b) Concorrência do companheiro com ascendentes do falecido: art. 1.790 III c.c.: O companheiro só herda de bens adquiridos onerosamente na constância da união. Consequentemente, o companheiro não herda bens particulares. 
	Comunhão parcial
	Cônjuge
	Companheiro
	- Tem-se a meação de bens comuns;
- Tem-se o direito de herdar bens particulares.
	- Tem-se a meação de bens comuns;
- Tem-se o direito de herdar bens comuns
O companheiro terá o quinhão de 1/3 da herança.
c) Concorrência do companheiro com colaterais do falecido: Tem-se o quinhão de 1/3 da herança (art. 1.790, III, C.C): Companheiro herdará concomitantemente com os colaterais, na proporção de 1/3;
d) Companheiro como herdeiro da totalidade da herança (art. 1.790 IV C.C): Interpreta-se não há herdeiros. O companheiro herdará os bens adquiridos onerosamente na constância da união estável em sua totalidade, porém, os bens particulares pertencerão ao Estado. 
Polêmica sobre o art. 1.790 c.c: 
Direito real de habitação ao companheiro: O direito real de habitação será concedido ao companheiro, desde que seja o único imóvel habitado do casal.

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