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Curso: Apraxia de Fala na Infância
PARTE I & II 
Dra. Elisabete Giusti 
Fonoaudióloga Infantil
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
Aquisição e o Desenvolvimento da Fala & Linguagem 
Marco do Desenvolvimento Infantil 
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
Comunicação
Linguagem 
Fala 
Aspectos 
emocionais 
Desenvolvimento 
cognitivo/intelectual 
Comportamento 
Aprendizagem
Alfabetização
Leitura & Escrita 
Interação Social 
Socialização 
Aspectos envolvidos no desenvolvimento da fala e da 
linguagem 
 Aspectos anatômicos/fisiológicos;
 Audição; 
 Estruturas orofaciais; 
 Cognição/desenvolvimento intelectual; 
 Base genética; 
 Estímulos: ambiente familiar; 
 Estímulos: ambiente escolar;
 Bases Neurais: áreas cerebrais: Controle Motor da Fala 
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Desenvolvimento da Fala e da Linguagem 
 Fase pré-lingüística 
 Fase linguística: a partir de 1 ano de idade, com o aparecimento das primeiras 
palavras. 
 Brasil: faltam instrumentos de diagnóstico/acompanhamento do desenvolvimento 
lingüístico; 
 Programas de intervenção precoce; 
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“ATRASO
NA FALA” 
TRANSTORNO DO 
ESPECTRO DO 
AUTISMO - TEA 
TRANSTORNOS 
DE FALA & 
LINGUAGEM 
APRAXIA 
DE FALA NA 
INFÂNCIA 
D.E.L/TDL
DISTÚRBIO
ESPECÍFICO 
DE LINGUAGEM
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
Sempre é importante lembrar...
Autismo?
Perda Auditiva? 
Deficiência Intelectual?
Falta de estímulos/Imaturidade
Distúrbio 
Específico de Linguagem - DEL 
Distúrbios de Fala* 
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DISTÚRBIOS DE FALA
Distúrbios Motores
Apraxia de Fala 
Disartria
 Gagueira 
Alterações 
Anatômicas
Ex: Fissura
Ou 
Perdas Auditivas 
Transtorno 
Fonológico 
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Diferenciando: Fala & Linguagem 
LINGUAGEM 
 Recepção: capacidade de receber e compreender a linguagem. 
 Expressão: processo de produção de palavras, frases para transmitir uma idéia 
ou mensagem. 
 Conteúdo: conhecimento de mundo (vocabulário, relações, categorização) 
significado das palavras (léxico mental). Semântica. 
 Forma: normas linguísticas que regem a combinação dos sons, organização 
das palavras em frases: Fonologia, Morfologia e Sintaxe (desenvolvimento 
gramatical) 
 Uso: normas para o uso da linguagem no contexto social. Comunicação social.
FALA 
 PRODUÇÃO dos sons (sequencialização de fonemas para formação das 
palavras): realização motora. 
Semântica 
Morfologia 
Sintaxe
Pragmática
Fonologia 
Produção de 
fala 
Controle 
Motor 
da Fala 
Modelo: Bloom & Lahey, 1978
Balbucio rudimentar: “brinca com os sons” (auto-balbucio)
Balbucio canônico: C.V: 5 meses
Balbucio canônico: C.V: até 10 meses
1 ano: Primeiras Palavras *10 palavras
18 meses: Justaposições *30 a 50 palavras
2 anos: frases *200 palavras 
3 anos: frases/relatos simples
Vocalizações/sequencias fônicas: a partir de 2 meses 
Atenção aos marcos 
de desenvolvimento!
Dra. Elisabete Giusti Direitos Reservados 
Conhecendo a Apraxia de Fala na Infância 
Dra. Elisabete Giusti Direitos Reservados 
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 
CHILDHOOD APRAXIA OF SPEECH – CAS 
DIFERENTES NOMES....Significam as mesmas coisas?
DISPRAXIA DESENVOLVIMENTAL
DISPRAXIA VERBAL DO DESENVOLVIMENTO 
APRAXIA DESENVOLVIMENTAL DE FALA 
APRAXIA VERBAL 
APRAXIA ARTICULATÓRIA 
DISPRAXIA ARTICULATÓRIA 
....
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
AMERICAN SPEECH-LANGUAGE-HEARING ASSOCIATION (ASHA) 
www.asha.org/docs/html/TR2007-00278.html
Apenas um termo: CAS: Childhood Apraxia of Speech 
Apraxia de Fala na Infância 
BRASIL: não existe padronização de terminologia 
APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 
CHILDHOOD APRAXIA OF SPEECH – CAS 
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
Technical Report
Childhood Apraxia of Speech
Ad Hoc Committee on Apraxia of Speech in Children
About this Document
This technical report was developed by the American Speech-Language-Hearing Association (ASHA) Ad Hoc Committee on Apraxia of Speech in Children. The report reviews the
research background that supports the ASHA position statement on Childhood Apraxia of Speech (2007). Members of the Committee were Lawrence Shriberg (chair), Christina 
Gildersleeve-Neumann, David Hammer, Rebecca McCauley, Shelley Velleman, and Roseanne Clausen (ex officio). Celia Hooper, ASHA vice president for professional practices in 
speech-language pathology (2003–2005), and Brian Shulman, ASHA vice president for professional practices in speech-language pathology (2006–2008), served as the monitoring
officers. The Committee thanks Sharon Gretz, Heather Lohmeier, Rob Mullen, and Alison Scheer-Cohen, as well as the many select and widespread peer reviewers who provided
insightful comments on drafts of this report.
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Praxia= Praxis: Ação
 Ação simultânea de grupos musculares diferentes: movimentos voluntários 
 Capacidade de executar movimentos coordenados. Ação. Movimento. 
 Praxia: é a habilidade do cérebro de conceber, organizar e executar uma sequência de 
ações não familiares (Ayres, 1973). 
 Praxia: habilidade que nos permite interagir efetivamente com o mundo físico (Ayres, 
1985). 
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Componentes da Praxia 
May-Benson, 2002, 2004, 2009, 2015 
Alerta, Ritmo e Sequenciamento
1. Ideação 
2. Organização Motora: Planejamento Motor 
3. Execução
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Observações que podem indicar dificuldades com a PRAXIS 
May-Benson, 2002, 2004, 2009, 2015 
 Alterações no nível de alerta: super ativa, sem foco, voz alta, respiração irregular, sono irregular, 
 Ações da criança parecem desorganizadas (podem desorganizar o Terapeuta); 
 Movimentos bruscos, duros ou sem fluidez; 
 Dificuldade na discriminação de força; 
 Dificuldade para sequenciar tarefas com várias etapas; 
 Pouca variação no brincar, rigidez, frustração; 
 Leva muito tempo para gerar/ter uma idéia; 
 Necessita de reforço para completar uma tarefa; 
 Pobre imaginação, pobre conhecimento dos objetos e ações, 
 Pobre consciência corporal, pobre noção corpo x espaço; 
 Pobre imitação: gestos, expressões, uso de objetos, movimentos, ações; 
 Pobre iniciativa em ambientes novos; 
 Faz movimentos com a boca durante atividades que requerem esforço; 
 Dificuldade para cruzar a linha média, rotação do tronco, deslocamento de peso; movimentos bilaterais são difíceis; 
 Dificuldade para coordenar sequência de movimentos; 
 Dificuldade para preparar seu corpo para pular/descer, pegar uma bola; 
 Dificuldade em jogos de perseguição, evitar colisões, amarelinha, etc.
Avaliação com 
Terapeuta 
Ocupacional! 
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Apraxia – além da fala... 
Apraxia & Processamento Sensorial 
Apraxia & Organização/Funções Executivas 
Apraxia & Dificuldades de Aprendizagem 
Apraxia & Brincar 
Apraxia & habilidades sociais 
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
Planejamento Motor da Fala Planejamento Motor da Fala 
 Falar é uma tarefa complexa
 Envolve muitos músculos e partes do corpo. 
 Movimentos devem ser muito precisos. 
 Modelo de Produção de Fala (Caruso & Strand, 1999) 
COGNIÇÃO: Idéia/Consciência do que falar 
LINGUAGEM: acesso lexical, mapeamento
fonológico, sintaxe = formulação linguagem
PLANEJAMENTO MOTOR: planejamento, 
programação e execução 
APRAXIA 
Processo Sensório-Motor
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PLANEJAMENTO MOTOR DA FALA 
Strand, 1999; 2009 
Planejamento da fala: parâmetros de movimentos/gestos 
articulatórios.
 Seleção dos músculos – movimentos articulatórios específicos
 Direção dos movimentos dos articuladores
 Distância que precisam de movimentar 
 Velocidade do movimento 
 “Timing” do movimento
 Força aplicada aos articuladores 
Strand,2009; Maas et. al 2008;
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ESTÁGIO VII
PROSÓDIA
ESTÁGIO VI
SEQUENCIA DE MOVIMENTOS
CO-ARTICULAÇÃO: MÚLTIPLOS PLANOS
ESTÁGIO V
CONTROLE LINGUAL
PLANO DE MOVIMENTO ANTERO-POSTERIOR 
E INFERIOR-SUPERIOR
ESTÁGIO IV
CONTROLE LABIO-FACIAL 
PLANO DE MOVIMENTO HORIZONTAL
ESTÁGIO III
CONTROLE MANDIBULAR
PLANO VERTICAL DE MOVIMENTO
ESTÁGIO I
TÔNUS
ESTÁGIO II
CONTROLE FONATÓRIO
SUPORTE
RESPIRATÓRIO
Produção segmental 
& tempo & duração
Tempo
Hierarquia do 
Controle Motor
da Fala 
Hayden, 1995
Institute Prompt
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APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 
CHILDHOOD APRAXIA OF SPEECH – CAS 
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
“BOLA” 
“OA”
“BU”
APRAXIA: DISTÚRBIO MOTOR DA FALA. 
ALTERAÇÃO NO PROCESSAMENTO NEUROLÓGICO. 
O CÉREBRO NÃO ENVIA AO SISTEMA MOTOR
OS COMANDOS ADEQUADOS PARA A PRODUÇÃO 
DO SOM. 
FONOAUDIÓLOGO: “PAPEL DO CÉREBRO”
“DA”
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 
CHILDHOOD APRAXIA OF SPEECH – CAS 
DEFINIÇÃO
 “Apraxia é um distúrbio neurológico motor da fala na infância, resultante de um déficit na consistência e precisão dos 
movimentos necessários à fala, na ausência de déficits neuromusculares (por exemplo, reflexos anormais, tônus alterado); 
 Pode ocorrer como resultado de impedimento neurológico de origem conhecida, associada a desordens 
neurodesenvolvimentais complexas, de etiologia conhecida ou não, ou 
 Como um distúrbio neurogênico idiopático de produção dos sons da fala”. 
 Impacta na habilidade da criança em posicionar, temporizar a sequência dos gestos articulatórios.
 Alteração nos parâmetros de planejamento e/ou programação espaço-temporal das sequências de movimentos e que 
resultam em erros na produção da fala e na prosódia. 
(Ad Hoc Committee on Apraxia of Speech in Children, ASHA 2007)
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APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 
CHILDHOOD APRAXIA OF SPEECH – CAS 
APRAXIA:
CONTROLE MOTOR 
DA FALA
Sequência de movimentos
Prosódia Alterada
Parâmetros dos movimentos
Variabilidade/Instabilidade 
Plano motor: 
Memória Motora
Controle 
Voluntário & 
Automático 
Imitação 
Co-articulação
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 
CHILDHOOD APRAXIA OF SPEECH – CAS 
CHECKLIST DE SINAIS 
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Checklist das Características da Apraxia da Fala: 
Nascimento – ATÉ 1 ANO: 
 Vocalizações e balbucio diminuídos;
 Pode ter dificuldades de alimentação: dificuldade para sugar, para 
coordenar movimentos de sucção/respiração/deglutição;
 Pode ter presença de baba (sialorréia); 
 Primeiras palavras aparecem mais tarde (depois dos 14 meses) ou não 
aparecem. 
 Pode não conseguir falar “papai” e/ou “mamãe; 
(Asha, 2007; Fish 2016)
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Checklist das Características da Apraxia da Fala: 
 Significativo “gap” entre recepção e expressão da linguagem; 
 Pobre repertório de fonemas: vogais e consoantes; 
 Quanto mais extensa a palavra, mais dificuldade apresentará.
 Imitação pobre ou reduzida: não consegue imitar palavras e frases; não consegue fazer 
as aproximações, não progride nas imitações; 
 “Esforço” para falar ou “procurar/tatear” 
 Problemas de processamento da linguagem; 
 Quando estiver ansiosa, mais acentuada será a dificuldade. 
Kaufman, 1995; Forrest, 2003; Asha 2007; Fish, 2016
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Processamento de linguagem em crianças com Apraxia de Fala 
Dollaghan, C. (University of Pittsburgh) - Casana
 Fala e compreensão estão intimamente relacionados. 
 Alguns sinais: compreende palavras isoladas mas não frases ou expressões. 
 Pode variar a compreensão: não é problema de comportamento! 
 Frases longas, abstratas, complexas são especialmente difíceis. 
 Pode não responder; “paralisar”; repetir parte da pergunta; usar constantemente “ãh”. 
Sempre atenção: AUDIÇÃO!: Não confundir perda auditiva com 
dificuldade de processamento da linguagem!
Dra. Elisabete Giusti – Direitos Reservados
Checklist das Características da Apraxia da Fala:
 Prosódia (melodia) da fala é diferente: fala monótona/lentificada ou acelerada 
 Ritmo e acentuação. 
 Pode “perder” palavras ou sons; 
 Perde sons no meio das palavras 
 Quanto mais longas as frases, maior será a ininteligibilidade de fala 
 Desenvolve comunicação gestual ou não-verbal* (atenção: apraxia de membros 
superiores)
 Disfluências, procura, hesitações para encontrar a palavra certa; 
Kaufman, 1995; Forrest, 2003; Asha 2007; Fish, 2016
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Checklist dos aspectos não-verbais: podem ou não estar presentes!
 Dificuldade na imitação de movimentos orais (não-verbais): dificuldade na mobilidade, 
movimentação de lábios, língua, mandíbula, bochechas. Ou pode realizar isoladamente 
mas não em sequência. 
 Dificuldades relacionadas ao planejamento e programação motora e não ao tônus 
muscular. 
 Dificuldade na alimentação
 APRAXIA oral/não-verbal (MOVIMENTOS ORAIS) x APRAXIA verbal (FALA)
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APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA 
Checklist das Características: aspectos não-verbais 
 Pode apresentar atraso no desenvolvimento motor
 Pobre coordenação motora global
 Pobre coordenação motora fina (escrever, desenhar, pintar, quebra-cabeça, dar 
laço, pentear o cabelo, comer, tomar banho, etc. 
 Crianças desorganizadas; “estabanadas”; “síndrome da criança desajeitada”
 FISIOTERAPEUTAS, TERAPEUTAS OCUPACIONAIS, 
PSICOMOTRICISTAS, etc. 
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Checklist – Apraxia de fala em crianças
Clinica Mayo, EUA: principais sinais 
 Repertório limitado de vogais; erros de vogais; troca de vogais; 
 Variabilidade de erros; 
 Erros incomuns, idiossincráticos (Difícil caracterização/transcrição!); 
 Aumento dos erros quanto mais extensa a palavra; 
 Variabilidade de contexto; 
 Dificuldades no controle voluntário, início das palavras, em comparação com palavras 
aprendidas/automáticas ou modeladas. 
 Prejuízo nas tarefas de diadococinesia (Ex. repetir sequências como: PAPAPA, PATAKA) 
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Checklist – Apraxia de fala em crianças
Clinica Mayo: principais sinais 
• Distúrbios da prosódia: déficits na duração dos sons e pausas entre e dentro das sílabas; 
instabilidade; fala monótona. 
• Procura da posição articulatória podem ser observados (pode não apresentar na avaliação, 
mas observável em algum momento de tratamento).
• Pode também demonstrar dificuldades nos movimentos não-verbais (apraxia oral). 
• ASHA: 3 principais sinais: erros inconsistentes de vogais e consoantes; “quebra” da co-
articulação; prosódia inapropriada. 
Forrest. K. (2003) Diagnostic criteria of development apraxia of speech used by clinical speech-language pathologists. 
American Journal of Speech-Language Pathology, 12(3), pp. 376 – 380.)
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QUEM É RESPONSÁVEL PELO DIAGNÓSTICO? 
“ O Fonoaudiólogo capacitado e com experiência em transtornos de fala e de linguagem, 
incluindo os distúrbios motores de fala é o profissional apropriado para avaliar e 
diagnosticar a Apraxia de Fala na infância”. 
(ASHA, Ad Hoc Committee on Apraxia of Speech in Children, 2007). 
Outros profissionais, como Pediatras e Neuropediatras ou outros profissionais podem 
suspeitar do diagnóstico, mas é o Fonoaudiólogo especialista em distúrbios motores da fala, 
que poderá fazer o diagnóstico diferencial e determinar o plano de tratamento. 
Alterações no Desenvolvimento da Fala e da Linguagem: Diagnóstico 
Diferencial 
Desenvolvimento da Fala & Linguagem: 
Principais aspectos que devem ser observados 
 Interação/ comportamento geral 
 Iniciativa comunicativa 
 Interesse pela comunicação 
 Habilidades simbólicas 
 Habilidades de imitação 
 Linguagem Receptiva
Linguagem Expressiva 
 Vocalizações 
 Balbucio 
 Aparecimento das primeiras palavras; 
 Combinação de palavras 
 Produção de frases 
 Uso de gestos indicativos 
 Uso de gestos representativos 
 Vocabulário 
 Habilidade para aprender novas palavras 
 Produção dos sons da fala 
 Capacidade para relatar fatos vivenciados 
 Linguagem funcional/ Comunicação Social 
 Habilidade de realizar troca de turnos
 Engajamento na situação comunicativa 
 Qualidade das respostas 
 Fluência verbal 
 Motricidade Orofacial 
 Praxias orais e verbais 
 Desenvolvimento do grafismo
 Alfabetização/ Leitura e Escrita 
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Atraso/Retardo na Aquisição 
e desenvolvimento da 
Linguagem
Distúrbio Específico de 
Linguagem
(Stark e Tallal, 1981; Bishop, 1992; Reed, 1992; 
Rice, 1997)
TEA: Transtorno do Espectro 
do Autismo 
(DSM-V) 
Apraxia de Fala 
(Asha, 2007)
IMPORTANTE: influência ambiental. Privação
de estímulos. 
Aspectos da linguagem se desenvolvem de 
forma mais lenta, mas a criança adquire os 
componentes na mesma sequência observada 
no desenvolvimento normal. 
O grau de retardo ou atraso é basicamente o 
mesmo para todos os aspectos da linguagem. 
Aparenta um desenvolvimento imaturo para a 
idade. 
Boa evolução.
Alteração primária de linguagem. 
Alteração na compreensão e na expressão da 
linguagem. Crianças cujas dificuldades são 
específicas dos aspectos linguísticos. 
Fatores de exclusão: deficiência auditiva, 
déficit cognitivo, impedimentos motores, 
transtornos globais do desenvolvimento, 
distúrbios sócio-emocionais, lesões 
neurológicas marcadas. 
Fatores de inclusão: Baixo desempenho nos 
testes de linguagem. Gap entre idade 
cronológica e idade linguística. 
Discrepância entre o desenvolvimento 
cognitivo verbal e não-verbal. 
Algumas manifestações: falha na expansão 
vocabular, pobre recuperação lexical, memória 
limitada, alterações morfológicas, sintáticas, 
dificuldades com pronomes, preposições, 
déficits pragmáticos e sociais, pobre 
habilidades de consciência fonológica, etc...
Déficits clinicamente significativos e 
persistentes na comunicação social e nas 
interações sociais, manifestadas de todas as 
maneiras seguintes:
1.Déficits expressivos na comunicação não 
verbal e verbal usadas para interação social;
b. Falta de reciprocidade social;
c. Incapacidade para desenvolver e manter 
relacionamentos de amizade apropriados para 
o estágio de desenvolvimento.
2.Padrões restritos e repetitivos de 
comportamento, interesses e atividades, 
manifestados por pelo menos duas das 
maneiras abaixo:
a. Comportamentos motores ou verbais 
estereotipados, ou comportamentos 
sensoriais incomuns;
b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e 
padrões ritualizados de comportamento;
c. Interesses restritos, fixos e intensos.
3.Os sintomas devem estar presentes no 
início da infância, mas podem não se 
manifestar completamente até que as 
demandas sociais excedam o limite de suas 
capacidades.
Distúrbio Motor da FALA. Déficit nos
parâmetros de planejamento e/ou na 
programação espaço-temporal das sequencias 
de movimentos que ocasionam erros na 
produção da fala e na prosódia.

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