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Modelo - Ação de Divórcio Litigioso - Camila Rassvetov

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUÍZ (A) DE DIREITO 
DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE XXX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autos nº 
 
 
LARA MARTINS PEREIRA, brasileira, casada, analista de sistemas, portadora 
da cédula de identidade RG n. xxx, inscrita no CPF/MF sob n. xxx, usuária do endereço 
eletrônico xxx , residente e domiciliada nesta cidade, em xxx por sua advogada infra-
assinada , vem, respeitosamente, propor: 
 
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO PELO PROCEDIMENTO ESPECIAL 
DAS AÇÕES DE FAMÍLIA 
 
Em face de OESLEI PEREIRA, brasileiro, casado, bancário, portador da cédula 
de identidade RG n. xxx e inscrito no CPF/MF sob n.xxx , usuário do endereço eletrônico 
xxx , residente e domiciliado nesta cidade em xxx, pelas razões de fato e de direito a seguir 
aduzidas. 
 
I. DOS FATOS 
As partes são casadas sob o regime de comunhão parcial de bens desde agosto de 
2008, conforme se verifica da certidão de casamento (doc. anexo). Desta realação nasceu 
Alen, atualmente menor impúebere com 3 (três) anos de idade. 
Após anos de convívio, o réu deixou o de descumprir suas obrigações referente ao 
companherismo e afetividade com a esposa, deixando o lar em janeiro de 2022, deixando 
o filho com a autora. 
O casal divorciando ao longo da vida marital conquistou considerável patrimonio, 
sendo esses R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais) e um caro no valor de R$ 90.000,00 
(noventa mil reais). 
Embora o casal se encontre separado de fato, o réu, nunca aceitou realizar o 
divórcio de forma consensual, razão pela qual se tornou necessária a propositura da 
presente demanda. 
 
II. DO DIREITO 
 
a) DA ASSISTÊNCIA JUDICÁRIA GRATUÍTA 
Requerente não possui condições de arcar com as custas do processo sem 
prejuízo de seu próprio sustento, tal como de sua família, fazendo jus aos benefícios da 
justiça gratuita, com base nos Art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil. 
Como a Requerente aufere como fonte de renda exclusiva seus rendimentos 
como professora, resta claramente comprovado a impossibilidade de arcar com as custas 
e despesas processuais. 
Cita-se, portanto, o principal artigo da Lei no13.105 de março de 2015 (Novo 
Código de Processo Civil) que demonstra de que a Requerente faz jus a Assistência 
Judiciária Gratuita: 
I- Art. 98 do NCPC. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, 
com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas 
processuais e os honorários advocatícios têm direito à gratuidade da 
justiça, na forma da lei. 
II- § 1o A gratuidade da justiça compreende: 
III- I - as taxas ou as custas judiciais; 
IV- II - os selos postais; 
V- III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a 
publicação em outros meios; 
VI- IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá 
do empregador salário integral, como se em serviço estivesse; 
VII- V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e 
de outros exames considerados essenciais; 
VIII- VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete 
ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de 
documento redigido em língua estrangeira; 
IX- VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida 
para instauração da execução; 
X- VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para 
propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes 
ao exercício da ampla defesa e do contraditório; 
XI- IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência 
da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário 
à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no 
qual o benefício tenha sido concedido. 
XII- Para tanto, faz-se juntada da documentação necessária: 
XIII- - Declaração de Hipossuficiência 
XIV- Diante de todo o exposto requer a concessão dos benefícios previstos no 
Art. 98 e seguintes. da Lei no 13.105/15 (Novo Código de Processo 
Civil). 
b) DO DIVÓRCIO 
Diante do art. 226, § 6.º, da Constituição Federal, o casamento civil pode ser dissolvido 
pelo divórcio. Contudo, a demostra que não tem mais interesse na união, sendo seu direito 
potestativo divorciar-se do marido, não havendo motivo jurídico que justifique a manutenção do 
casamento diante da falta de vontade da autora de seguir casada. 
 
c) GUARDA, VISITAS E PENSÃO ALIMENTÍCIA 
A guarda do filho menor, que já está de fato com a mãe, permanecerá com a autora, 
por atender tal situação ao melhor interesse da criança – essa conclusão decorre do 
entendimento das partes, que assim ajustaram no momento em que o réu saiu do lar 
conjugal. 
O direito de convivência familiar é assegurado ao réu e vem se verificando regularmente, 
não sendo objeto de discordância. O regime de retirada da criança do lar materno tem 
sido aquele contemplado usualmente no cenário jurisprudencial: a cada 15 (quinze) dias, o 
réu busca o menino, na sexta-feira, às 18 horas e o traz de volta no domingo às 18 horas. 
No Dia dos Pais, a criança fica com o réu, o mesmo ocorrendo nas férias escolares nas 
duas primeiras semanas. No Natal a criança fica com a autora e, na virada do ano, com o 
réu. 
No que tange ao valor da contribuição para criar e educar o filho, em atenção ao 
binômio possibilidade/necessidade, requer seja descontado o valor de 1/3 dos rendimentos 
do réu, diretamente de sua folha de pagamento, para crédito na conta da autora, cujos 
dados são (...). O montante, além de ser condizente com as possibilidades do alimentante, 
é coerente com as necessidades do filho, que atualmente vem despendendo o valor de R$ 
(valor em reais), conforme tabela descritiva e recibos de gasto anexos. 
Em caso de desemprego, requer desde logo a definição de que o valor da pensão 
alimentícia equivale a um salário-mínimo mensal. Tal referencial atende à 
proporcionalidade em relação ao cenário atual, considerando que, nos dias de hoje, o réu 
aufere cerca de três vezes tal montante. 
A autora não requer a fixação de pensão alimentícia em seu favor por ter condições 
de trabalhar e, no momento, de se manter. 
 
d) PARTILHA 
 
Pelo fato de o Requerido e a Requerida serem casados pelo regime de comunhão 
universal de bens preceitua o Art. 1667 do CC: 
Art. 1667 do CC. O regime de comunhão universal importa a comunicação de 
todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções 
do artigo seguinte. 
Segue a descrição patrimonial correspondente para que se efetue a partilha 
considerando o direito da autora à metade de seu valor: 
– Apartamento no valor venal de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais), cujos 
dados detalhados constam nos docs. anexos; 
– Veículo automotor com valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), cujas 
especificações seguem nos docs. anexos; 
 
e) RETIRADA DO NOME DE CASADA 
 
Quanto ao nome, com base nos Arts. 17 da Lei 6.515 e 1.578 do Código Civil, a 
Requerente desde já manifesta o desejo de voltar a usar seu nome de solteira. 
Art. 17 da Lei 6.515. Vencida na ação de separação judicial (Art. 5º.” caput”), 
voltará à mulher a usar o nome de solteira. 
Art. 1.578 do CC. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o 
direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge 
inocente e se a alteração não acarretar: 
Desta forma, a autora voltará a adotar o seu nome de solteira, Lara Martins. 
 
f) OPÇÃO PELA NÃO REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO 
 
Tendo em vista a ocorrência de prévias tentativas de solução consensual do conflito 
– infelizmente pautadas pela resistência do réu em admitir o fim do casamento –, a autora 
opta pela não realização de audiência consensual, por entender que tal procedimento 
restaria infrutífero e danoso para as partes especialmente em relação ao tempo de 
decretação do divórcio. 
A opção da autora (referenciada no art.319, VII, do CPC) deve ser respeitada por 
força dos princípios informadores da mediação – notadamente a autonomia da vontade das 
partes (CPC, art. 166 e Lei n. 13.140/2015, art. 2.º, V) –, assim como em observância a 
normas do CPC. Nos termos do art. 3.º, § 2.º, “o Estado promoverá sempre que possível, a 
solução consensual dos conflitos”. O art. 334, § 4.º, II, destaca que não será agendada a 
sessão inicial “quando não se admitir a autocomposição”. 
No entanto, caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer-se a 
designação de audiência de mediação por força do vínculo existente entre as partes. 
Em atenção ao disposto no art. 168 do CPC, indica que escolhe a mediadora 
Mariângela (sobrenome), (estado civil), (profissão), portadora da cédula de identidade RG 
n. (número) e inscrita no CPF sob o n. (número), endereço eletrônico (e-mail), residente 
em (Rua, número, bairro, CEP), integrante do corpo de mediadores deste 
tribunal. Nos termos do art. 168, § 1.º, do CPC, requer sua nomeação para atuar 
nesta demanda em caso de concordância do réu. 
 
III. PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Pelo exposto, requer a autora seja julgado procedente o pedido da presente ação, 
decretando-se o divórcio do casal nos termos pleiteados e sendo o réu condenado a arcar 
com os ônus da sucumbência. 
Requer ainda: 
a) a citação do réu, por oficial de Justiça, sendo o mandado acompanhado de 
contrafé para que conheça os termos da presente ação e, querendo, manifeste-se nos termos 
da lei; 
b) a não designação da sessão inicial de autocomposição por conta do 
potencial infrutífero da iniciativa; 
c) a intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito 
(CPC, art. 178, II); 
d) a expedição de mandado determinando a averbação da sentença de divórcio 
junto ao cartório de registro civil competente, para fins de direito; 
e) a expedição de mandado ao cartório competente para que a requerente volte 
a usar o nome de solteira; 
f) o reconhecimento da incidência integral dos benefícios da gratuidade, com 
fundamento no art. 5.º, LXXIV, da Constituição Federal e do art. 99, § 3.º, do CPC, uma 
vez que a requerente é pessoa pobre e não tem condições de arcar com as despesas do 
processo sem prejuízo de sua subsistência. 
 
Requer provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, especialmente 
por juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do réu. 
Dá à causa o valor de R$ (soma do valor dos bens a partilhar mais o valor equivalente 
a 12 pensões alimentícias – CPC, art. 292, III e VI). 
 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
Local, data, 
Nome do Advogado, 
número da OAB.

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