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Modelo- Ação de Alimentos - Camila Rassvetov

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA _ VARA DE FAMÍLIA E 
SUCESSÕES DA COMARCA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna xxx, brasileira, menor impúbere, representada por sua mãe 
Elizete, manicure, xxx, por sua advogada, regularmente constituída, conforme 
procuração anexa (doc. 1), com fundamento na Lei n. 5.478/1968 e no art. 1.694 
do Código Civil, vem, respeitosamente, promover: 
 
AÇÃO DE ALIMENTOS 
 
COM PEDIDO LIMINAR DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
contra Alberto, veterinário, xxx, pelas razões de fato e de direito adiante 
articuladas. 
 
 
I. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
 
Inicialmente, afirma a requerente que não possui condições de arcar com 
custas processuais e honorárias advocatícios sem prejuízo do sustento próprio 
bem como o de sua família, razão pela qual faz jus ao benefício da gratuidade da 
justiça, nos termos da Lei 1.060/50. 
II. DOS FATOS 
 
A autora, hoje com 8 anos de idade, é filha do réu e vive com a mãe, 
desde seu nascimento nesta cidade. 
 
Ocorre que, o réu apesar de ter reconhecido a filha oficialmente no 
nascimento, jamais colaborou de forma consistente em seus sustento, 
ajudando esporadicamente com o valor de R$ 600,00 e R$ 800,00 reais 
mensais, na conta da genitora. 
 
Assim, a mãe da autora, vem passando por dificuldades financeiras 
tentando suprir as necessidades de sua filha, recebendo apenas o valor de R$ 
1.200,00 mensais, para dispor, da alimentação, transporte, educação, saúde e 
lazer da criança, somando o total de R$ 2.000,00. 
 
No entanto, por auferir poucos recursos, a genitora arrecadou dívidas, 
necessitando com urgência que o pai contribua de forma constante e justa nas 
despesas relacionadas a sua filha. 
 
Nesse passo, o réu deixou de efetuar os módicos depósitos para 
Bruna, sem qualquer explicação da razão de tal omissão. Tendo em vista, que 
o réu é veterinário, não possuindo outros filhos, auferindo a renda média de R$ 
12.000,00 (doze mil reais). 
 
Diante desse quadro, a mãe da Promovente não detém recursos 
suficientes para sozinha, cumprir a responsabilidade alimentar para com sua 
filha, requerendo o pagamento de R$ 1.760,00 (mil, setecentos e sessenta reais). 
 
III. DO DIREITO 
 
a) Obrigação alimentar 
 
Nos termos do art. 1.694 do Código Civil, é dever dos parentes prestar 
alimentos aos filhos que deles dependem. O réu é pai da autora, como se 
percebe pelo registro de nascimento (doc. 3). 
 
 
Importante lembrar que o § 1º do art. 1.694 é claro ao afirmar que os 
alimentos devem ser fixados à luz do binômio necessidade/possibilidade, 
sendo este verificado à luz da proporcionalidade. 
 
 
No caso, o réu vem pagando módicos e insuficientes valores em prol 
da filha, não havendo regularidade quanto ao valor nem às datas de depósito, o 
que muito a prejudica. 
 
Segundo o art. 2º da Lei de Alimentos, cabe ao credor: 
 
1. Expor suas necessidades; 2. Provar apenas o parentesco ou a 
obrigação de alimentar o devedor; 3) Indicar, além da qualificação do 
demandado, quanto ele ganha aproximadamente (ou de que recursos 
ele dispõe). 
 
De outra banda, é consabido que aos pais cabe o dever de sustentar os 
filhos menores, fornecendo-lhe, sobretudo, alimentação, vestuário, moradia, 
educação, medicamentos etc. 
 
 E essa é a dicção contida na Legislação 
Substantiva Civil, ad litteram: 
 
Art. 1.568 - Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de 
seus bens e dos rendimentos do trabalho, para o sustento da família e a 
educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial. 
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação 
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto 
aos filhos: 
I - dirigir-lhes a criação e a educação; 
Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o 
alimentando, ou dar-lhe hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever 
de prestar o necessário à sua educação, quando menor. 
 
 Do mesmo modo o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, verbo ad verbum: 
 
 Art. 22 - Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos 
filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de 
cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. 
b) Necessidades da alimentanda e possibilidades do alimentante 
 
Impende realçar que, de fato, a genitora não tem condições de sozinha 
arcar com todas as despesas referentes aos alimentos da menor. 
 
As necessidades da autora são evidentes no que tange à moradia, à 
alimentação, ao transporte, à escola, à saúde e ao lazer. 
 
Como se percebe pela documentação anexada a esta petição, as 
necessidades foram claramente expostas e seu quantum foi devidamente 
demonstrado. 
 
A possibilidade do réu também resta claramente configurada, visto sua 
excelente saúde financeira (ele ostenta sinais externos de riqueza, conforme 
fotos anexadas- doc. 4), além da ausência de outras obrigações com familiares, 
visto que vive sozinho e não tem filhos. 
 
A representante da autora foi informada pelo próprio réu que ele 
percebe, como veterinário, o valor médio de R$ 12.000,00 (doze mil reais) 
mensais. 
 
No mais, há regra específica no CPC/2015 sobre a possibilidade de 
distribuição dinâmica do ônus da prova no art. 373, § 1º. 
 
Assim, do ponto de vista legislativo e jurisprudencial, o ônus da prova, 
em relação aos seus vencimentos, deve ser imposto ao réu. 
 
A jurisprudência brasileira não hesita em fixar o valor da pensão 
alimentícia em até 33% dos vencimentos do pai. 
 
Na presente demanda, pede-se valor muito aquém, e a quantia de R$ 
1.760,00 está totalmente dentro das possibilidades financeiras do demandado. 
Vale destacar que a contribuição da genitora seguirá sendo dada em 
cuidados diretos com a filha, alimentação, moradia, medicações, vestuário o 
que mais, se revelar possível. 
 
c) Despesas mensais com a obrigação alimentar 
 
 No tocante às despesas mensais atinentes da filha, de pronto se 
colacionam os seguintes dispêndios (docs. 08/27): 
 
(a) Escola ............................................................ R$ 000,00 
(b) Lazer ............................................................... R$ 000,00 
(c) Aluguel ............................................................ R$ 000,00 
(d) Saúde .............................................................. R$ 000,00 
(e) Alimentação ................................................... R$ 000,00 
(f) Energia .......................................................... R$ 000,00 
 _______________ 
 Total mensal R$ 0.000,00 ( .x.x.x. ) 
 
d) Fixação de alimentos provisórios 
 
Nos termos do art. 4º da Lei n. 5.478/68, ao despachar o pedido, o juiz 
fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o 
credor expressamente declarar que deles não necessita. 
 
A autora necessita com urgência de tal fixação, já que as condições 
financeiras da mãe são precárias. Por ter que suprir sozinha as necessidades 
da filha, precisou acumular tantas dívidas que mal tem crédito no mercado, o 
que pode complicar o acesso da autora aos bens de que necessita. 
 
Assim, faz-se de rigor a fixação dos alimentos provisórios no valor de R$ 
1.760,00 (mil setecentos e sessenta reais) a serem pagos imediatamente com 
vistas a que as despesas do próximo mês possam ser regularmente pagas. 
 
e) Opção pela audiência de conciliação 
 
Em atenção ao art. 319, VII do CPC e ao art. 5º da Lei de Alimentos, a 
autora manifesta seu interesse na realização de sessão conciliatória com o 
objetivo de buscar uma solução consensual para o litígio contando com 
sugestões de uma pessoa imparcial. 
 
IV. PEDIDOS E REQUERIMENTOSAnte o exposto, pede a autora à Vossa Excelência: 
 
a) seja concedido o benefício da justiça gratuita. 
b) a fixação de alimentos provisórios em R$ 1.760,00 (mil setecentos e 
sessenta reais), nos termos do art. 4º da Lei n. 5.478/68; 
c) posteriormente, a condenação do réu, em definitivo, ao pagamento de 
pensão mensal, no mesmo valor, sendo ainda condenado a arcar com o ônus 
da sucumbência atinente às custas, despesas e honorários advocatícios. 
 
Requer, ainda, a autora: 
 
a) o reconhecimento, nos termos do art. 1º, §§ 2º e 3º, da Lei de Alimentos, 
da incidência dos benefícios da justiça gratuita, pois a autora e sua 
representante são pobres na acepção jurídica do termo; 
b) seja o réu citado, nos termos do art. 5º da Lei n. 5.478/68 para, querendo, 
compareça à audiência de conciliação, instrução e julgamento, ocasião em 
que deverá apresentar sua defesa, sob pena de revelia, bem como produzir 
as provas que tiver interesse. 
c) a intimação do representante do Ministério Público para acompanhamento 
do feito. 
 
Provará o alegado por todos os meios permitidos em direito, em especial pela 
juntada de documentos (doc. 5), oitiva de testemunhas, rol anexo (doc. 6) e 
depoimento pessoal do réu, pugnando-se, desde já, pela distribuição 
dinâmica do ônus da prova (art. 373, § 1º, CPC/2015) em relação aos fatos 
de prova inviável pela alimentada. 
 
Dá à causa o valor de R$ xxx 
Termos em que, 
Pedem deferimento. 
Cidade, Data. 
Advogada 
OAB

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