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Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Revisão: Calculo da solução molar (massa por volume) • A concentração em quantidade de massa consiste na relação entre a quantidade de matéria do soluto, expressa em mols, e o volume da solução em litros. • Também denominada molaridade, concentração molar, ou, concentração em mol/L. 𝑀 = 𝑛1 𝑉 𝑛1 = 𝑚1 𝑀𝑀 𝑀 = 𝑚1 𝑀𝑀 ∗ 𝑉 𝑛1 = 𝑛° 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑀 = 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑀𝑀 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑎 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚1 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 • Obs.: A massa molar MM de uma substância é o somatório da massa de cada elemento que a compõe em suas devidas proporções. Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Exercício: 1) Calcule a massa de cloreto de sódio para a preparação de 1M 𝑁𝑎𝐶𝑙 em 50 mL de água. 𝐶𝑙𝑜𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 = 𝑁𝑎𝐶𝑙 𝑁𝑎 = 22,9897 𝑔/𝑚𝑜𝑙 𝐶𝑙 = 35,453 𝑔/𝑙 𝑁𝑎𝐶𝑙 = 58,4427 𝑔/𝑚𝑜𝑙 𝑀 = 𝑚1 𝑀𝑀 ∗ 𝑉 1 = 𝑚1 58,4427 ∗ 0,05 𝑚1 = 2,92 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 2) Calcule a massa de bicarbonato de sódio para a preparação de 1M 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 em 50 mL de água. 𝐵𝑖𝑐𝑎𝑟𝑏𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑠ó𝑑𝑖𝑜 = 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 𝑁𝑎 = 22,9897 𝑔/𝑚𝑜𝑙 𝐻 = 1,00794 𝑔/𝑚𝑜𝑙 𝐶 = 12,0107 𝑔/𝑚𝑜𝑙 𝑂 = 15,9994 𝑔/𝑚𝑜𝑙 𝑀𝑀𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 = 84,006 𝑔/𝑚𝑜𝑙 𝑀 = 𝑚1 𝑀𝑀 ∗ 𝑉 1 = 𝑚1 84,006 ∗ 0,05 𝑚1 = 4,2 𝑔 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝐶𝑙 Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão 1) Metade de uma célula eletroquímica consiste em um eletrodo de níquel puro em uma solução de í𝒐𝒏𝒔 𝑵𝒊𝟐 + ; a outra metade é um eletrodo de cádmio imerso em uma solução de 𝑪𝒅𝟐 + . (a) Se a célula for do tipo padrão, escreva a reação geral espontânea e calcule a tensão gerada. (b) Calcule o potencial da célula se as concentrações de 𝑪𝒅𝟐 + e 𝑵𝒊𝟐 + forem 0,5 e 10−3𝑀, respectivamente. A direção da reação espontânea ainda é a mesma da célula padrão? Exercício: Determinação das características das células eletroquímicas (Oxidação) (Redução) Solução: (a) O eletrodo de cádmio será oxidado e o níquel será reduzido porque o cádmio está mais abaixo na série de potenciais de eletrodos; assim, as reações espontâneas serão Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Na Tabela, os potenciais de meia célula para cádmio e níquel são: respectivamente, -0,403 e -0,250V. ∆𝑉 = 𝑉𝑁𝑖 0 − 𝑉0𝐶𝑑 = −0,250 − −0,403 = +0,153 Progressivamente mais inerte (Catódico) (Oxidante) Progressivamente mais ativo (Anódico) (Redutor) Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão (b) Para esta parte do problema, a Equação Nernst deve ser utilizada, uma vez que as concentrações da solução de meia célula não são mais 1M. • Neste ponto, é necessário fazer uma estimativa calculada sobre quais espécies de metal são oxidadas (ou reduzidas). • Esta escolha será afirmada ou refutada com base no sinal de na conclusão do cálculo. • Por uma questão de argumento, suponhamos que, ao contrário da parte (a), o níquel seja oxidado e o cádmio seja reduzido de acordo com Como é ∆𝑉 negativo, a direção da reação espontânea é oposta à da Equação em (a). Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Pilha Eletroquímica Componentes: • Anodo – eletrodo em que há oxidação e onde a corrente elétrica, em forma de íons metálicos positivos, entra no eletrólito. • Eletrólito – condutor (usualmente um líquido) contendo íons que transportam a corrente elétrica do anodo para o catodo. • Catodo - Eletrodo que recebe os elétrons sofrendo redução 𝐸𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = 𝐸𝑐𝑎𝑡𝑜𝑑𝑜 − 𝐸𝑎𝑛𝑜𝑑𝑜 Ex: Pilha de ferro e cobre a 1M Fe 𝐹𝑒2+ 1𝑀 𝐶𝑢2+ 1𝑀 𝐶𝑢 𝐸𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = +0, 337 − −0,44 = +0,777𝑉 Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Fe 𝐹𝑒2+ 1𝑀 𝐶𝑢2+ 1𝑀 𝐶𝑢 𝐸𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = +0, 337 − −0,44 = +0,777𝑉 Anodo (doa elétrons) Catodo (recebe elétrons) 𝐸𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = 𝐸𝑐𝑎𝑡𝑜𝑑𝑜 − 𝐸𝑎𝑛𝑜𝑑𝑜 Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Considerando a reação que ocorre em uma pilha como: 𝑎𝐴 + 𝑏𝐵 → 𝑐𝐶 + 𝑑𝐷 Sua força eletromotriz (fem) E, é dada pela equação de Nernst: ou Em que 𝑎𝐴 e 𝑎𝐵 são as atividades das substâncias A e B, que estão no estado oxidado, e 𝑎𝐶 e 𝑎𝐷 são as atividades das substâncias C e D, que estão no estado reduzido. Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Pilha de metais diferentes ou Pilha Galvânica • O metal mais ativo na tabela de potencial de eletrodo age como anodo • Cede elétrons e é corroído • Exemplo: Uma tubulação de Ferro enterrada em um solo salino (solo na presença de água salgada ou salobra) com uma válvula de latão (liga de cobre e zinco) irá gera um potencial elétrico mais acentuado próximo ao contato ferro-latão, corroendo o tudo de ferro que funciona como anodo da pilha. 𝐹𝑒 → 𝐹𝑒2+ + 2𝑒 (oxidação) • E o eletrodo de latão funciona como catodo 𝐻2𝑂 + Τ 1 2𝑂2 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio aerado) 2𝐻2𝑂 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio não aerado) ou 2𝐻− + 2𝑒 → 2𝐻 → 𝐻2 (meio ácido) Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Exercício: 2) Em bécher de 250ml de solução aquosa de cloreto de sódio são imersos dois eletrodos metálicos de zinco e ferro. a) pesquise na tabela de potencial de eletrodo os valores para os eletrodos de zinco e de ferro e determine quem é o anodo e quem é catodo. b) Calcule o potencial da pilha. c) escreva as reações anódica e catódica Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Pilha ativa-passiva • Alguns materiais tendem a se tornarem passivos devido à formação de uma película fina aderente de óxido ou outro composto insolúvel a sua superfície. • Alumínio • Chumbo • Aço inoxidável • Titânio • Ferro • Cromo • Íons de cloro (cloretos), brometo e iodeto destroem ou impedem a passivação. • Formam pequenos pontos de metal ativo (anodo) circundado por grandes áreas de metal passivado (catodos) • Forma-se uma pilha ativa passiva com potencial de 0,5V Ex. Um placa de aço inoxidável 304 é riscada e em seguida é aplicada sobre a placa uma solução de sulfato de cobre a 10% 𝐹𝑒 + 𝐶𝑢𝑆𝑂4 → 𝐹𝑒𝑆𝑂4 + 𝐶𝑢 Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Pilha Eletrolítica • Ocorre quando a diferença de potencial vem de uma fonte de energia externa • Quando o processo é espontâneo: • 𝐴 + 𝐵 → 𝐴𝑛+ + 𝐵𝑛− 𝐴 → 𝐴𝑛+ + 𝑛𝑒 𝐵 + 𝑛𝑒 → 𝐵𝑛− • Processo não espontâneo: Processo eletrolítico (decomposição de uma substância por corrente elétrica) • 𝐴𝑛+ + 𝐵𝑛− → 𝐴 + 𝐵 𝐴𝑛+ + 𝑛𝑒 → 𝐴 𝐵𝑛− → 𝐵 + 𝑛𝑒 Ex. 𝑁𝑎 → 𝑁𝑎+ + 1𝑒 (oxidação) Τ1 2𝐶𝑙 + 1𝑒 → 𝐶𝑙 − (redução) 𝑁𝑎 + ൗ1 2𝐶𝑙 → 𝑁𝑎 +𝐶𝑙− 𝑁𝑎𝐶𝑙 → 𝑁𝑎 + ൗ1 2𝐶𝑙2 𝑁𝑎+ + 1𝑒 → 𝑁𝑎 (redução) 𝐶𝑙 → Τ1 2𝐶𝑙 + 1𝑒 (oxidação) Corrente elétrica Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão 𝐹𝑒 → 𝐹𝑒2+ + 2𝑒 𝐻2𝑂 + Τ 1 2𝑂2 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio aerado) 2𝐻2𝑂 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio não aerado) • Uma pilha eletrolítica com eletrodos de ferro imersos em um eletrólito, solução aquosa diluída de 𝑁𝑎𝐶𝑙, têm-se as reações: • anodo • catodo Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • A massa de material oxidado ou corroído na área anódica pode ser calculada usando-se a relação entre a quantidade de corrente que passa através de um eletrólito e a massa de material que é oxidado ou reduzido nos eletrodos. 𝑀 = 𝑘𝐼𝑡 𝑀 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒 𝐾 = 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑡𝑟𝑜𝑞𝑢í𝑚𝑖𝑐𝑜 (massa atômica / nº de elétrons cedidos) 𝐼 = 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑚 𝑎𝑚𝑝è𝑟𝑒 (𝐴) 𝑇 = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠. Ex. Cálculo da massa de ferro consumido anodicamente pela passagem de um ampère duranteum ano 1𝐹 = 96500 Τ𝑐𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏 𝑚𝑜𝑙 1 𝑐𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏 = 1𝐴 ∗ 𝑠 1𝐴 ∗ 𝑎𝑛𝑜 = 60 ∗ 60 ∗ 24 ∗ 365 = 31.536.000 𝑐𝑜𝑢𝑙𝑢𝑚𝑏 31.536.000 96.500 = 326,8 𝐹 1𝐹 = 55,85 2 (equivalente eletroquímico) 326,8 𝐹 = 𝑥 𝑥 = 9,125𝑘𝑔 A massa de ferro consumida será: Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Experimento: Em um bécher contendo 100ml de solução aquosa a 3% de NaCl, imergir dois eletrodos metálicos, sendo um de cobre e outro de ferro, ligando-os respectivamente ao polo negativo (catodo ) e ao polo positivo (anodo) de uma fonte de corrente contínua. Observa-se: • Anodo • catodo 𝐹𝑒 → 𝐹𝑒2+ + 2𝑒 𝐻2𝑂 + Τ 1 2𝑂2 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio aerado) 2𝐻2𝑂 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio não aerado) Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • Repetindo o mesmo experimento invertendo a polaridade da fonte de energia: Observa-se: • Anodo • catodo 𝐶𝑢 → 𝐶𝑢2+ + 2𝑒 𝐻2𝑂 + Τ 1 2𝑂2 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio aerado) 2𝐻2𝑂 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio não aerado) Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão • Repetindo o mesmo experimento porém utilizando eletrodos de ferro e grafite: Observa-se: • Anodo • catodo 𝐻2𝑂 + Τ 1 2𝑂2 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio aerado) 2𝐻2𝑂 + 2𝑒 → 2𝑂𝐻 − (meio não aerado) 𝐻2𝑂 → 2𝐻 + + ൗ1 2𝑂2 + 2𝑒 G R A F I T E • Neste caso ocorre a eletrólise da água e os eletrodos ficam protegidos Corrente elétrica Prof. Eng. Vicente Oliveira Vicente Oliveira Engenharia Corrosão Conclusão: • O metal que funciona como anodo de uma pilha eletrolítica é rapidamente oxidado. • O metal que funciona como catodo fica protegido, mas como neste caso a proteção é dada pela energia externa aplicada e não pelo anodo, pode-se utilizar um anodo inerte, como o grafite. • Isto explica o fenômeno da “proteção catódica” por corrente forçada.
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