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SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3 1 MOTIVAÇÃO .............................................................................................. 4 2 TEORIAS MOTIVACIONAIS ....................................................................... 6 2.1 Teoria de Maslow ................................................................................. 7 2.2 Teoria de Herzberg .............................................................................. 9 2.3 Teoria X e Y de Mc Gregor ................................................................. 11 3 Recursos Motivadores .............................................................................. 13 4 Automotivação .......................................................................................... 15 4.1 10 Dicas para viver com entusiasmo .................................................. 18 5 LIDERANÇA ............................................................................................. 20 5.1 Teorias da Liderança .......................................................................... 22 5.2 Estilos de Liderança ........................................................................... 26 5.2.1 Estilo Autocrático .......................................................................... 26 5.2.2 Estilo Democrático ....................................................................... 27 5.2.3 Estilo Liberal ................................................................................. 27 5.2.4 Estilo Eficaz .................................................................................. 28 5.3 Diferença entre Chefe e Líder ............................................................ 28 5.3.1 Características do perfil do líder ................................................... 30 5.3.2 Tipos de Líder .............................................................................. 33 6 A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA NA MOTIVAÇÃO DA EQUIPE ............. 37 7 CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO E CRESCIMENTO ..................................... 42 8 INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO ................................................... 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 49 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 50 3 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 1 MOTIVAÇÃO Fonte: gazinatacado.com.br Motivação é um estímulo interior que se altera a cada momento ao longo da vida. Esse estímulo conduz e acentua as metas e objetivos de uma pessoa. Envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais e é um processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados com o cumprimento de objetivos. Motivação é ter um motivo para fazer determinada tarefa, agir com algum propósito ou razão. Ser feliz ou estar feliz no período de execução da tarefa, auxiliado por fatores externos, mas principalmente pelos internos. O sentir-se bem num ambiente holístico, ambientar pessoas e manter-se em paz e harmonia, com a soma dos diversos papéis que encaramos neste teatro da vida chamado "sociedade", resulta em uma parcialidade única e que requer cuidados e atenção (KLAVA, 2010, apud TEIXEIRA, 2018, p.21). Sem motivação é muito mais difícil cumprir algumas tarefas, por isso é muito importante ter motivação para estudar, para fazer exercício físico, para trabalhar, etc. A motivação é um dos temas mais importantes dentro de uma organização, e sem dúvida um dos maiores desafios para os líderes administrar e motivar seus colaboradores. O cotidiano das empresas é caracterizado por atividades que exigem dependência mútua entre colaboradores e gestores, e a motivação é o instrumento essencial na busca dessa interação. Para que uma empresa obtenha sucesso não é suficiente que ofereça os melhores produtos ou serviços, tem que estar com seus 5 funcionários motivados, dispostos e habilitados para contribuírem com a evolução da empresa. A aplicação das técnicas motivacionais é uma ferramenta imprescindível no mercado atual, já que as empresas necessitam desenvolver mecanismo que se transformem em ações eficazes e produtivas que resultarão em uma melhor assistência aos clientes. Para o maior nome da literatura brasileira em administração, Chiavenato, a discussão do conceito motivação envolve indivíduo, ambiente e motivos. O conceito de motivação tem sido utilizado com diferentes sentidos. De um modo genérico, motivo é a força ou impulso que leva a pessoa a agir de determinada maneira, isto é, dá origem a um comportamento específico. Esse impulso à ação pode ser provocado por um estímulo externo (promovido do ambiente) ou pode ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo. (CHIAVENATO, 2007, p. 296, apud OLIVEIRA, 2018, p. 2). Segundo Chiavenato (2007), a motivação representa a ação de forças ativas e impulsionadoras das necessidades humanas, porém as pessoas são distintas entre si no que fere a motivação, o que torna importante considerar a peculiaridade humana, ou seja, cada pessoa tem a capacidade de se motivar ou desmotivar, também chamada de automotivação, ou motivação intrínseca que tem seu princípio em fatores internos da pessoa, está relacionada à suas preferências, seu jeito, e está ligada à realização pessoal dos indivíduos, fazendo com que alguns deem o melhor de si, façam o possível para conquistar o que almejam, e muitas vezes, alguns acabam até mesmo “passando por cima” de outras pessoas. Já a motivação extrínseca está ligada a fatores externos, a situações, como recompensas e benefícios, um elemento essencial para o desenvolvimento do ser humano. Motivação é um tópico muito estudado pela psicologia, para saber o que faz com que as pessoas se comportem da maneira que fazem, de onde sai a motivação, e o que ocorre quando as pessoas não são motivadas. A motivação é avaliada em certos tratamentos psicológicos em que é imprescindível medir a disposição real que um indivíduo tem para iniciar um tratamento. Podemos dizer então que motivação é tudo o que faz uma pessoa querer algo, tem tudo a ver com vontade, com interesse e iniciativa. A motivação vem das necessidades de cada ser humano, cada indivíduo tem uma necessidade. De um modo geral, o que motiva as pessoas dentro de uma organização é o reconhecimento, é ser tratado como ser humano, como uma pessoa com sentimentos, é poder ser 6 ouvido, ter uma boa condição de trabalho, ser respeitado, sentir como se fosse parte da organização; entre outras. 2 TEORIAS MOTIVACIONAIS Fonte: amazonaws.com As teorias motivacionais tiveram início com o processo de administração científica. Qualquer recompensa ou objetivo do comportamento é determinado pela capacidade de satisfazer necessidades e “a maisimportante das explicações modernas sobre o conteúdo da motivação estabelece que as pessoas são motivadas essencialmente pelas necessidades humanas. Quanto mais forte a necessidade, mais intensa é a motivação” (MAXIMIANO, 2006, p. 261, apud OLIVEIRA, 2018, p. 3). Os princípios desse sistema são a organização e a divisão dos serviços de acordo com as aptidões dos colaboradores, com foco de conseguir maior eficácia com o menor tempo possível para executá-la. Foi a partir dessa definição e dos resultados que ela proporciona que outros autores começaram a dar mais importância à motivação dos funcionários e, com isso, criaram as teorias motivacionais, que estudam os fatores que influenciam as pessoas a mover seu comportamento. Os estudos sobre motivação ressaltam a importância de se ter equipes motivadas e as dificuldades para mantê-las com essa motivação, pois, manter as 7 pessoas motivadas está ligada diretamente a satisfação de suas necessidades. A motivação é que permite a evolução e o senso de desenvolvimento e o mecanismo intrínseco que “move” o indivíduo e que o mantém disposto e feliz, pois é à base da realização e da felicidade individual. [...] uma organização é o processo de identificar e grupar logicamente as atividades da empresa, de delinear as autoridades e responsabilidades, de estabelecer as relações de trabalho que devem vigorar entre os indivíduos ou grupos que constituem empresa, [...] (LACOMBE, 2009, p.76, apud MIRANDA, 2016, p. 75). Cada indivíduo de uma organização possui uma necessidade e a satisfação dessas necessidades faz com que o indivíduo crie novas necessidades e expectativas. Caso não sejam alcançadas, poderá haver um processo de desmotivação. Para motivar as pessoas é importante satisfazer as necessidades mais baixas e entender as mais elevadas, isso é remover a insatisfação e fornecer fatores adequados que elevem à satisfação. Devemos pontuar que quando falamos em motivação e recorremos à literatura que trata sobre este assunto, encontramos diversos autores que afirmam que, as pessoas por mais que recebam incentivos para serem mais motivados, sempre irá se deparar com outros fenômenos que os levaram a se desmotivarem. O indivíduo nasce com capacidade de se auto motivar que é de natureza primitiva, instintiva e permite que o ser humano lide, de forma real com esses impulsos básicos e a exigência da realidade externa. Para alcançarmos os objetivos do trabalho é indispensável e fundamental estarmos motivados. São várias as teorias motivacionais, porém, será abordado as teorias mais conhecidas, à hierarquia das necessidades de Abraham H. Maslow, a teoria da motivação de Frederick Herzberg e a teoria X e Y de McGregor. 2.1 Teoria de Maslow Abraham H. Maslow, psicólogo humanista, se baseou na ideia das necessidades humanas. Em uma incessante busca da compreensão do comportamento humano, desenvolveu a reflexão de que as necessidades humanas se dispõem numa hierarquia mais complexa que a simples divisão em dois grupos. 8 Maslow formulou uma teoria de motivação com base no conceito de Hierarquia de Necessidades que influenciam o comportamento humano. Maslow concebeu essa hierarquia pelo fato de o homem ser uma criatura que expande suas necessidades no decorrer da sua vida. À medida que o homem satisfaça suas necessidades básicas, outras mais elevadas tomam o predomínio do seu comportamento (CHIAVENATO, 2003, p.235, apud MIRANDA, 2016, p. 76) Essa teoria diz que cada indivíduo deve seguir essa escada de realizações para enfim atingir a sua auto realização. A sequência das necessidades, das mais imediatas para as subsequentes, é: No nível mais inferior da hierarquia estão às necessidades fisiológicas, como a fome e a sede, estas necessidades básicas possuem a prepotência inicial. Por outro lado, uma vez as necessidades estejam satisfeitas em sua maioria, já não serve mais como elemento de motivação. No segundo nível as necessidades de segurança têm a ver com a aquisição de objetos e relações que protejam seu possuidor contra ameaças futuras, especialmente ameaças à capacidade de satisfazer as necessidades fisiológicas. No terceiro nível as necessidades de amor ou sociais se tornam prepotentes, se as necessidades fisiológicas e de segurança estiverem em sua maioria satisfeitas. O termo amor é usado em uma concepção ampla de comunidade ou pertencimento, a necessidade de amigos, família e colegas inserem-se nesta categoria. No quarto nível as necessidades de estima consistem em respeito, reconhecimento, atenção e consideração dos demais. A autoestima reflete os sentimentos de suficiência pessoal de um indivíduo, podendo ser satisfeitas, em parte, por fontes externas ao indivíduo ou por fontes internas. No quinto nível no topo da hierarquia, se fossem atendias todas as necessidades abaixo das de auto realização, uma pessoa poderia ser considerada basicamente satisfeita, mas ao contrário das demais necessidades a auto realização jamais poderá ser plenamente satisfeita. 9 Fonte: hellerdepaula.com.br De acordo com a hierarquia das necessidades uma pessoa só parte para outra fase da pirâmide no momento em que consegue realizar, satisfazer a necessidade anterior. Levando em conta que um ser humano está sempre buscando melhorias para sua vida. De forma que quando uma necessidade é suprida vai consequentemente surgindo outras em seu lugar (GUSTAVO, 2013, apud MIRANDA, 2016, p. 77). Os estudos mostram que os trabalhadores de níveis mais baixos, se preocupam mais com as necessidades fisiológicas e de segurança, enquanto os de nível mais alto com as necessidades de autoestima e auto realização. As necessidades de auto realização nunca serão totalmente saciadas, toda vez que você saciar uma vontade, um desejo ou alcançar o seu objetivo, a sua realização, você sempre irá querer mais, sempre surgirá outras necessidades e outras realizações para correr atrás, ou seja, você nunca estará totalmente realizado. 2.2 Teoria de Herzberg Frederick Herzberg fundamenta sua teoria da motivação no ambiente externo e no trabalho, na satisfação das pessoas. Com o objetivo de entender o que causa a insatisfação e o que leva a satisfação das pessoas no ambiente de trabalho. Herzberg 10 foi o autor da "Teoria dos Dois Fatores" que aborda a situação de motivação e satisfação das pessoas. As relações de um indivíduo com o seu trabalho são básicas e, sua atitude em relação a este trabalho pode determinar bem o sucesso ou fracasso do indivíduo. Nesta teoria Herzberg verificou e evidenciou através de muitos estudos práticos a presença de que dois fatores distintos devem ser considerados na satisfação do cargo; são eles: os Fatores Higiênicos e os Motivacionais. Fatores motivadores: referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. São os fatores motivacionais que produzem efeito duradouro à satisfação e aumento de produtividade em níveis de excelência. Para Herzberg, o termo motivação envolve sentimento de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional manifestado por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado ao trabalhador. Fatores de motivação (fontes de satisfação no trabalho): Interesse no trabalho; Responsabilidade; Reconhecimento; Realização; Avanço e crescimento. Segundo Herzberg, o que mais contribui para que as pessoas produzam são os fatores motivacionais. Deve-se procurar aumentar ao máximo esses fatores, pois são os principais responsáveis pela melhora dos resultados. Os higiênicos devem ser administrados de forma a não ficarem abaixo do que seria razoável nas condições normais do ambiente em que a empresa opera. (LACOMBE, 2009, p. 162, apud MIRANDA, 2016, p. 79). Fatores higiênicos: referem-se às condições que rodeiam oempregado enquanto trabalha, englobado as condições físicas e ambientais de trabalho. A expressão “higiene” reflete seu caráter preventivo, profilático e necessário. De acordo com as pesquisas de Herzberg, quando os fatores higiênicos são ótimos, eles apenas evitam insatisfação. E quando precários eles provocam a insatisfação dos empregados. Fatores de higiene (fontes de insatisfação no trabalho): Condições de trabalho; Política da companhia; Supervisão; 11 Colegas de trabalho; Salário, prestígio e segurança no emprego. Situam-se no ambiente externo que circunda o indivíduo. Tradicionalmente apenas os fatores higiênicos eram utilizados na motivação dos empregados: o trabalho era considerado uma atividade desagradável e, para fazer com que as pessoas trabalhassem mais, tornava-se necessário o apelo para incentivos situados externamente ao indivíduo em troca do seu trabalho (CHIAVENATO, 2002, p.118, apud MIRANDA, 2016, p. 78). De acordo com Herzberg, os fatores que levam à satisfação no trabalho são separados e distintos daqueles que levam à insatisfação no trabalho. Consequentemente, gerentes que procuram eliminar fatores que criam insatisfação no trabalho podem trazer paz, mas não, necessariamente, motivação. Herzberg, sugere que as características intrinsecamente recompensadoras precisam dar ênfase à realização, ao reconhecimento, ao próprio trabalho, à responsabilidade e ao crescimento, para motivar pessoas. 2.3 Teoria X e Y de Mc Gregor A teoria X e Y foi criada por Douglas Mc Gregor, um professor de psicologia, um dos pensadores mais influentes na área de relações humanas. A teoria basicamente fala sobre dois perfis de personalidade e comportamento dos colaboradores. Em uma teoria, é o perfil mais "preguiçoso”, tradicional, estático, sem motivação. Esse perfil foi denominado de teoria X. Já na outra é o oposto, um colaborador proativo, ambicioso, que gosta de trabalhar. Esse perfil é o de uma pessoa que usa seu potencial para atingir seus objetivos, Mc Gregor o denominou de Teoria Y. Na teoria de McGregor existem duas visões distintas de seres humanos, uma basicamente negativa, rotulada de teoria X, que formam as seguintes pressuposições negativas: 1. Empregados naturalmente não gostam de trabalho e, sempre que possível, tentarão evitá-lo; 2. Visto que os empregados não gostam de trabalhar, eles devem ser coagidos, controlados ou ameaçados com punições para atingirem as metas; 12 3. Empregados evitarão responsabilidades e buscarão orientação formal sempre que possível; 4. A maioria dos trabalhadores coloca segurança acima de todos os outros fatores associados ao trabalho e exibe pouca ambição. E a outra basicamente positiva, rotulada de teoria Y, que forma as seguintes pressuposições positivas: 1. Empregados podem ver trabalho como sendo tão natural quanto descanso ou lazer; 2. Pessoas exercitarão auto orientação e autocontrole se estiverem comprometidas com os objetivos; 3. A pessoa comum pode aprender a aceitar, e até procurar, responsabilidade; 4. A habilidade de tomar decisões inovadoras está amplamente dispersada por toda a população e não é necessariamente de domínio exclusivo daqueles que ocupam posições gerenciais. De acordo com McGregor (1968, apud Robbins, 1999, p. 110), supõe que na teoria X as necessidades de baixa ordem dominam os indivíduos. E na teoria Y supõe que as necessidades de alta ordem dominam os indivíduos. Infelizmente, não há evidencia que confirme nenhum dos conjuntos de pressuposições como válido, mas quando falamos de motivação a resposta é mais bem expressada na estrutura desenvolvida por Maslow, para atender às necessidades de nível mais alto é preciso contemplar fatores que levem à satisfação. 13 3 RECURSOS MOTIVADORES Fonte: saladeemprego.com Os seres humanos são motivados, na maioria das vezes, por uma grande variedade de fatores. Uma pessoa pode gostar de seu trabalho, pois ele atende suas necessidades sociais e de segurança. No entanto, as necessidades humanas estão mudando a cada momento, o que pode motivar uma pessoa hoje, pode não a motivar no dia seguinte. Algumas empresas buscam todos os anos motivarem seus líderes e suas equipes, contratando especialistas para motivá-las, dando treinamentos e palestras, vislumbrando que isto poderá solucionar os seus problemas. Kondo (1994, p. 4, apud TAYLOR, 2009, p. 9) relata que não acredita que existam especialistas e técnicas voltadas especificamente à motivação e, mesmo que existissem, não iriam produzir efeitos duradouros, pois é pretensão pensar que um ser humano possa motivar o seu semelhante. Tudo isto está ligado ao comportamento do indivíduo e como ele irá reagir em determinado momento, o surgimento do próprio senso de estar motivado, é gerido pela mente humana de forma complexa (consciente e inconscientemente) e caracteriza o grau de satisfação de cada pessoa. Influenciar o empregado para que ele seja mais motivado, inclui uma variedade de técnicas, como participação do empregado ou administração participativa, 14 democracia no ambiente de trabalho, delegação de poder e propriedade acionária do empregado; e para isso é necessário o envolvimento do funcionário em um processo participativo e idealizado, para estimular o aumento do comprometimento. Motivar quer dizer “mover para a ação”, mobilizar energias e esforços na busca da realização de determinadas metas. Motivação, portanto, é o que move uma pessoa para uma determinada direção. Em um mundo globalizado e competitivo, a preocupação com a motivação tem um aspecto estratégico; significa incentivar as pessoas para a ação, para a realização e a conquista de objetivos, de modo a evitar a acomodação e a estagnação da criatividade e da inventividade (KNAPIK, 2008, p. 96, apud SILVA, 2017, p. 30). Com um mundo cada vez mais competitivo nas empresas é exigido altos níveis de motivação, principalmente, porque funcionários motivados para realizar o seu trabalho proporcionam melhores resultados. Os recursos para a verdadeira e total motivação indicam que os líderes devem assegurar os seguintes pontos, oferecendo condições para que as pessoas: Sintam-se participantes, conectadas e orgulhosas quanto aos propósitos de suas áreas, unidades de negócio e empresa. Tenham o treinamento e a capacitação para as tarefas que executam. Tenham as informações, equipamentos, ferramentas e materiais para o desempenho de seu trabalho. Tenham o reconhecimento emocional (reforço positivo) por resultados destacados que atingiram. Tenham a recompensa material proporcional à contribuição que trouxeram salários, benefícios, bônus, prêmios, participações, etc. Tenham a possibilidade de auto realização, de crescer e de se desenvolver tanto como pessoas, tanto como profissionais. Tenham a possibilidade de criar, influenciar e melhorar processos, relações e ambiente de trabalho. Sintam-se integrantes e participantes das equipes. Uma das metas básicas de todos os líderes é motivar seus funcionários a desempenhar suas atividades em alto nível, a importância das metas, feedback e incentivos para dirigir e gerenciar pessoas, as tecnologias possibilitam a aplicação da motivação na área de trabalho. O reforço negativo e a punição também podem ser usados para influenciar o comportamento das pessoas, a motivação é simultaneamente única pela sua tendência e múltipla pela diversidade de campos ou 15 áreas onde se manifesta essa tendência ou impulso. Tal diversidade abre a questão de saber se existe alguma necessidade mais poderosa e qual é a hierarquia entre elas. [...] faz-se necessário aumentar a motivação dos colaboradores e, acima de tudo, dispor no quadro de funcionários da empresa de pessoas comprometidas e aderidas às metas e à missão organizacional. (OLIVEIRA, 2015, apud LEITE, 2016,p. 3) Os empregados devem ter capacidade e a empresa deve apoiar o envolvimento dos trabalhadores nas decisões que afetam a autonomia e controle sobre suas vidas de trabalho. E os empregados ficarão mais motivados, comprometidos com a organização, produtivo e satisfeitos com seus empregos. 4 AUTOMOTIVAÇÃO Fonte: www.organizaracasa.com O ser humano automotivado busca uma posição de reconhecimento para influenciar as pessoas. Sua motivação se expressa como um desejo de inspirar outros indivíduos, pois sua relação pessoal e interna (automotivação) já é bem estabelecida, e por lhe resultar em bons frutos, ele deseja compartilhar seus conhecimentos para desenvolver novas pessoas motivadas, e assim como ele capazes de desenvolver e 16 evoluir o sentimento interno, deixando aflorar o lado otimista e perseverante que a automotivação tem como uma de suas características. Permanecer em constante automotivação é um enorme desafio para uma grande parte das pessoas – sem automotivação, a nossa mente é constantemente assaltada por pensamentos negativos e somos também invadidos com pensamentos e ideias de grande incerteza e ansiedade sobre o nosso futuro. É comum enfrentarmos dúvidas existenciais que podem ser uma das causas da depressão. O que constrói a pessoa bem bem-sucedida é o fato dela acreditar na sua automotivação e capacidade de seguir em frente, e de utilizar todos os desafios como um trampolim para a sabedoria. A pessoa com automotivação é aquela que mantém sempre presente na sua mente as situações onde foi bem-sucedida e mantém-se alheia à invasão dos pensamentos de perdedora. Para uma pessoa se automotivar precisa ter um profundo autoconhecimento e saber se autovalorizar, procurando dentro de si o que a move e a faz sorrir com o olhar. “Trabalhar automotivado aciona um grande poder de realização. Porque é mais fácil criar; é mais fácil fazer o que precisa ser feito aqui e agora; é mais fácil espalhar entusiasmo. Apenas uma pessoa trabalhando automotivada já contagia muita gente à sua volta, gerando resultados sinérgicos”. (CATANANTE, 2008, p.1, apud ARAÚJO, 2015, p. 31). Quando em uma empresa existem várias pessoas agindo desta maneira, é seguro afirmar que a mesma será líder no mercado. Quanto mais pessoas automotivadas pertencerem ao quadro de funcionários de uma organização, mais benefícios serão agregados aos colegas, fornecedores, clientes, acionistas e até mesmo familiares e à comunidade. Não há soluções simples para a falta de motivação, no entanto um trabalho constante de desenvolvimento pessoal é uma grande ajuda. Mesmo depois de resolvermos um desafio, outro problema reaparece ao primeiro sinal de fracasso. A chave é compreender seus pensamentos e como eles conduzem suas emoções. Aprendendo a cultivar pensamentos motivadores, neutralizar os negativos, e manter- se focado na tarefa que tem em mãos. Segundo alguns psicólogos, psiquiatras e consultores devemos seguir alguns passos para não desanimarmos e buscarmos forças dentro do evento para nos superarmos. São eles: 17 Jamais se considere uma pessoa derrotada. Avalie o que aconteceu e aprenda com o fracasso; Faça a diferença no seu trabalho, dê algo a mais do que esperam de você, dê aquele Plus que só você sabe qual, faça mais; Mantenha os pés no chão. Avalie bem a situação da empresa e a sua e não alimente expectativas que não possam se cumprir; Estabeleça metas e objetivos que possam ser cumpridos; Alimente sua autoestima, não fique tão dependente da opinião dos outros e dos acontecimentos. Confie mais em você e nas suas capacidades independentemente do que está acontecendo ao seu redor. Acredite. Cultive as outras coisas que são importantes para você, seus amigos, filhos, família. Seja bom para com os outros, faça o bem, doe-se sem pensar em benefícios, conviva mais com aqueles que lhe prestigiam, que gostam de você. Escolha as pessoas ao seu redor, conviva mais com pessoas positivas que lhe fazem bem. Lembre-se sempre que a motivação para enfrentarmos os acontecimentos externos vem das decisões internas e como vamos nos posicionar. Busque os recursos que precisa para enfrentar esta situação dentro de você, pois é lá que estão todos os aprendizados e experiências para enfrentarmos qualquer contratempo. Ninguém pode motivar ninguém! A automotivação vem das necessidades internas de cada indivíduo e não de nossa vontade. Gostamos de atribuir aos outros, objetivos que são nossos e não da pessoa. É fácil perceber quando as pessoas estão atribuindo a outros objetivos, que na realidade são delas mesmas. O que motiva as pessoas é o fato de ser reconhecido, ser tratado como pessoa, ser tratado de modo justo, ser ouvido, desafios, novas oportunidades, orgulho do próprio trabalho, condições de trabalho adequadas, sensação de ser útil, ser aceito. 18 4.1 10 Dicas para viver com entusiasmo Fonte: jrmcoaching.com.br Entusiasmo é uma palavra que, segundo o dicionário, possui origem grega. Ela é composta pelos termos “En Teós” que nos tempos antigos podia ser traduzido como uma exaltação extraordinária daqueles que estavam sob inspiração divina. Entusiasmo, aliás, possui um significado poderoso: “ter um Deus dentro de si”. Para os gregos, que acreditavam em diversos deuses antigamente, o entusiasmado estava possuído por um deus e, por isso, tinha poder para transformar a natureza e seu mundo, fazendo as coisas acontecerem. Trazendo para o mundo atual, para o que entendemos de entusiasmo, deixando crenças e culturas de lado, estar ou ser entusiasmado traz essa sensação de que conseguimos alterar tudo ao nosso redor, bastando ter atitudes favoráveis a essas mudanças e procurando cativar aqueles que estão ao nosso lado. O entusiasmo é a devoção genuína e espontânea a uma busca. É o impulso voluntário que nos leva a querer se aprofundar em algo, por pura paixão. O entusiasmo é a mais fundamental das habilidades transferíveis, pois é o mais poderoso motivador do aprendizado e da criatividade. Em qualquer área. Por definição, o entusiasmo e a paixão não podem ser ensinados por meio de lições obrigatórias e compulsórias. O entusiasmo é como se fosse uma planta que só 19 pode ser silvestre; que não pode ser cultivada por qualquer outra coisa senão a liberdade. É claro que nem sempre é possível conseguir forças para se entusiasmar e seguir adiante. Por vezes, as dificuldades são grandes ou o momento realmente não é dos melhores. Mas se você adotar algumas dicas básicas no seu dia a dia, poderá, pouco a pouco, ter mais entusiasmo em sua vida. São elas: 1. Afaste-se de fatos e de pessoas negativas. Cuidado com as notícias ruins; 2. Aceite e valorize suas ideias; 3. Não reclame. Não fale mal dos outros; 4. Seja alegre. Ria de si mesmo. Seja bem-humorado; 5. Ilumine mais o seu ambiente de trabalho e sua casa. A escuridão traz a depressão; 6. Ser alguém sempre pronto a colaborar; 7. Surpreenda as pessoas dando "momentos mágicos"; 8. Preste atenção aos detalhes. Faça sempre o melhor; 9. Invista em Você. Ande limpo e bem vestido; 10. Não fique parado. Aja! Faça já! Entusiasmo é ação! Às vezes, esquecemos o quanto somos importantes, o quanto nosso trabalho, nosso papel, é importante. Pode ser importante para milhares de pessoas ou para apenas uma e mesmo assim vale a pena. 20 5 LIDERANÇA Fonte: menthes.com.br A liderança é, pois, um fenômeno de influência pessoal exercida em determinada situação através do processo de comunicação humana, com vista a transmissão de determinados objetivos. O comportamento de liderar envolve múltiplas funções, tais como: planificar, informar, avaliar, controlar, estimular, recuperar, recompensar, etc., contudo, liderar é essencialmente, orientar o grupo, as pessoas em direção a determinados objetivos ou metas. Sendo aliderança um processo de influência, é necessário que o líder modifique intencionalmente o comportamento de outras pessoas, o que é possível através do modo como usa o seu poder ou autoridade. Para Chiavenato o conceito de liderança se caracteriza por quatro elementos: Podemos definir liderança como a uma influência interpessoal exercida numa situação dirigida através do processo de comunicação humana com objetivos específicos. Os elementos que caracterizam a liderança são, portanto, quatro: a influência, a situação, o processo de comunicação e os objetivos a alcançar. (CHIAVENATO, 1999, p. 558, apud MONTEIRO, 2015, p. 5) Para Chiavenato, a liderança é um fenômeno social que ocorre exclusivamente em grupos sociais, e está interligada com a influência psicológica e o nível de autoridade exercida pelo líder, sobre as pessoas as quais lidera. O autor entende 21 liderança como uma troca contínua entre líderes e liderados onde um não existe sem o outro, sendo necessária uma relação constante entre as partes. Desse modo, a liderança se encontra entre duas vertentes, a capacidade de direcionar as pessoas a fazerem o que precisam fazer através da motivação, e a predisposição que os próprios seguidores veem como vantagem em seguir aqueles que percebem como a chave de seu próprio sucesso, onde poderão alcançar através do líder seus respectivos objetivos. Ao longo dos anos muito se foi estudado acerca da liderança, diversos autores conceituaram liderança, visto que seu entendimento auxilia em questões pertinentes à várias situações, principalmente no segmento empresarial. A liderança é uma arte que envolve aspectos intelectuais e emocionais que necessitam do devido equilíbrio para obter êxito. “A liderança envolve a cabeça e o coração e é tanto analítica quanto interpessoal. Ter discernimento para saber quando ser sangue-frio, racional e decisivo e quando ser sangue quente, amável e participativo, é um grande desafio pessoal. ” (WHITE, 2007, p. 3, apud MONTEIRO, 2017, p. 5). Liderança é uma prática que existe desde o início das civilizações, e ao longo da história destacaram-se grandes líderes como Jesus Cristo e Gandhi, grandes guerreiros como Napoleão, Alexandre o Grande e Carlos Magno, que foram revolucionários e deixaram sua contribuição para a humanidade. Na idade média os monarcas acreditavam que a liderança era uma herança passada pela nobreza real, e não pelas habilidades necessárias. Outros imperadores como os egípcios acreditavam que sua capacidade de ser um grande líder vinha do céu. Com o passar do tempo a liderança passou por consideráveis mudanças de conceitos e práticas chegando até a era industrial. Com as duas grandes revoluções industriais, a primeira marcada pela chegada do ferro e da energia a vapor, e a segunda pelo aço e pela energia elétrica, a liderança teve uma abordagem organizacional. Hoje em dia, além de causar mudanças é necessário atingir metas no cenário corporativo, onde a ação do líder reflete diretamente na longevidade da organização. Segundo Hunter (2004, p. 23, apud AMARAL, 2017, p. 2), “liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. 22 É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização. Uma liderança é uma condição necessária para que uma aglomeração funcione como grupo. Liderar sempre envolve tentativa por parte do líder (influenciador) para afetar (influenciar) o comportamento de um seguidor (influenciado), ou seguidores. O líder, ao influenciar o grupo nos propósitos, necessita ter objetivos definidos, avaliar intenções, ideais e sentimentos liderados, não demonstrar insegurança e ter controle emocional nas situações difíceis. Faz uso das suas habilidades para que os liderados cooperem e aceitem as responsabilidades inerentes às tarefas a serem executadas e à concordância com os objetivos visados. 5.1 Teorias da Liderança O tema liderança se tornou um dos temas mais estudados nos últimos anos, este tema tem despertado o interesse de vários estudiosos e dirigentes, pois, a capacidade de liderar, influencia diretamente o comportamento das pessoas, a liderança tornou-se uma palavra corrente na linguagem administrativa moderna. Muitos a desejam, principalmente os dirigentes que a veem como um instrumento poderoso para influenciar pessoas e preservar o poder. Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Proximidade física ou temporal não é importante para o processo. Um cientista pode ser influenciado por um colega de profissão que nunca viu ou mesmo que viveu em outra época. Líderes religiosos são capazes de influenciar adeptos que estão muito longe e que tem pouquíssima chance de vê-los pessoalmente. (MAXIMIANO 2006, p.283, apud MONTEIRO, p. 5) Alguns autores consideravam que o líder já nascia líder e que a liderança não poderia ser ensinada; mas ao longo dos anos verificou-se que a liderança pode ser ensinada e que o líder possui uma influência direta na equipe. A liderança é a capacidade de influenciar um grupo em direção à realização de metas e que nem todos os líderes são gerentes; assim como nem todos os gerentes são líderes. O líder conquista o respeito de seus liderados quando valoriza as pessoas, respeitando as diferenças entre elas e destacando o que cada uma tem de melhor. Assim, “o líder indica a conduta e o comportamento que a equipe tem de assumir, sem 23 esquecer o que cada pessoa tem de especial e o que é especial no trabalho que realizam”. (HUNTER, 2006, p.117, apud AMARAL, 2017, p. 3). No passado os estudos sobre liderança, propunham que os líderes possuíam certas características de personalidade especiais que seriam basicamente as principais facilitadoras no desempenho do papel de liderança, desta forma os líderes passaram a ser vistos como pessoas diferentes das outras. Os problemas centrais para uma motivação efetiva pouco mudaram nos últimos 3.000 anos, Bergamini retrata que esses problemas foram enfrentados pelos egípcios na construção das pirâmides, por Alexandre quando criou seu império e pelos gregos quando lutaram contra os troianos. A liderança sempre lidou com o contraditório e o que hoje pode ser coerente, em algum momento poderá ser incoerente. A República de Platão constitui um bom exemplo dessas preocupações iniciais ao falar da adequada educação e treinamento dos líderes políticos, assim como da grande parte dos filósofos políticos que desde essa época procuram lidar com esse problema. O enfoque ou teoria dos traços que enfatiza as qualidades pessoais do líder foi o primeiro estudo sistematizado sobre liderança, até a década de quarenta, o enfoque dos traços predominou, tendo como contribuinte para o sucesso as pesquisas desenvolvidas pelos testes psicológicos incrementados a partir de 1920 até 1950. Para Robbins (2000, apud MONTEIRO, 2017, p. 6) a ideia de que líderes são natos e que possuem apenas traços de personalidades comuns entre todos eles não condiz com a realidade. Estudos feitos acerca da teoria dos traços conclui vagamente que certas características como inteligência, extroversão, auto segurança e empatia, eram na verdade traços que diversos líderes possuíam, no entanto, são características que poderiam ser adquiridas também. As qualidades pessoais do líder, na proposta da teoria dos traços, permitiam supor que os líderes já nasceram como tal, mas agora se passa a aceitar que, uma vez sendo conhecido o comportamento responsável pela liderança eficaz, às pessoas poderiam ser treinadas.De uma maneira específica, o objetivo da investigação dos traços do líder era determinar com precisão o que os líderes são e, como descrevê-lo ou retratá-lo. Mas conforme mostrado por Bergamini, esses pesquisadores estavam particularmente interessados na identificação do tipo de comportamento do líder que é responsável 24 para dirigir seus seguidores, então passaram a dirigir sua atenção para aquilo que o líder faz. O líder que possui esse alto grau de estrutura de iniciação pode ser considerado como alguém que delega tarefas específicas aos membros do grupo, ‟espera que os trabalhadores mantenham um padrão de desempenho definido‟ e enfatiza o cumprimento dos prazos. (ROBBINS 2010, p. 362, apud MONTEIRO, 2017, p. 8). Dentre os traços que diferenciam os líderes dos não-líderes são a ambição e energia, desejo de liderar, honestidade e integridade, autoconfiança, inteligência e conhecimento relevante ao cargo. A falha em esclarecer a importância relativa de vários traços, não separa a causa do efeito (por exemplo, líderes são autoconfiantes ou o sucesso como líder desenvolve a autoconfiança) e ignora fatores situacionais. Já a teoria comportamental busca identificar o que fazem os líderes eficazes, ao invés de procurar saber o que eles foram. Esta teoria, diferente da teoria dos traços, defende que os comportamentos de um líder podem ser aprendidos e as pessoas podem sim, serem treinadas para se comportarem como verdadeiros líderes. Ainda de acordo com os pensamentos de Robbins (2010 p. 362, apud MONTEIRO, 2017, p. 8), as pesquisas feitas para identificar dimensões independentes do comportamento do líder, resultaram em duas categorias, que se mostram responsáveis por grande parte do comportamento de liderança detalhados por funcionários, sendo a estrutura de iniciação que diz respeito ao grau que um líder pode definir e estruturar o próprio papel, com o objetivo de alcançar os objetivos. O líder que tem consideração com a equipe consegue manter relações afetivas no ambiente de trabalho, que são caracterizadas com confiança e respeito entre ambas as partes. Na segunda metade do século XX a falta de resultados consistentes sobre o melhor estilo e forma de se liderar na busca em atingir objetivos organizacionais, levou os pesquisadores a buscar entendimento sobre a liderança por meio da situação na qual ela é exercida, onde foi observado que a eficácia de cada tipo de liderança depende do contexto e da situação em que ela acontece, pois para cada situação, existe um estilo adequado de liderança. O modelo de contingencia de Fiedler é a “a teoria que sustenta que os grupos eficazes dependem da adequação entre o estilo do líder na interação com os subordinados e o grau de controle e influência que a situação lhe proporciona” Fiedler 25 (1964; 1967 apud ROBBINS 2000, p. 363, apud MONTEIRO, 2017, p. 9). Ele acredita que não existe um estilo de liderança que seja definido ideal para qualquer situação, para ele um a liderança se dá em um conjunto das características de sua personalidade e também em virtude da existência de fatores situacionais e da relação que o líder possui com seus subordinados. Conforme diz Chiavenato, a teoria do Caminho-Meta de House (1971) já se refere a aspectos da situação, como a natureza da tarefa, o ambiente de trabalho, os atributos subordinados determinam a quantidade de sucesso de cada tipo de comportamento do líder melhorando a satisfação e o desempenho dos subordinados. O líder deve ser capaz de manifestar os estilos de comportamento, mostrando-se mais eficaz. Desse modo, os subordinados se sentem muito mais seguros, confiantes e motivados à medida que se sentem capazes de realizar as tarefas a ele atribuídas. De acordo com Robbins, nessa abordagem o líder deve esclarecer as eventuais dúvidas para assim ajudar os liderados a encontrar o caminho correto. A teoria de participação e liderança é a “teoria que oferece uma sequência de regras que devem ser seguidas para a determinação da forma e do volume de participação dos liderados no processo decisório de acordo com diferentes situações”. Robbins (2000, p. 368, apud MONTEIRO, 2017, p. 11). Essa teoria supõe que a forma como um líder toma as decisões é igualmente importante quanto à decisão em si e relaciona a forma com que o líder deve se comportar com a participação dos liderados no processo. Algumas pessoas acreditam que a liderança seja uma prerrogativa ligada diretamente a função gerencial. E que só os gerentes ou dirigentes podem liderar as pessoas, se assim fosse não teríamos a necessidade de tanto investimento em palestras ou treinamento. Visando identificar as diferentes lideranças existentes nas organizações, estas precisam desenvolver mecanismos por meio de uma visão holística, buscando assim, a melhor forma de utilização dessas lideranças, a fim de melhorar o comportamento das equipes e fazer com que elas funcionem de forma harmônica e positiva. 26 5.2 Estilos de Liderança Há quatro variações do ambiente de trabalho que controla a vida do grupo: autocrática, democrática, liberal e eficaz. Segundo Chiavenato (1999, p.137, apud MONTEIRO, 2017, p. 12) a teoria mais conhecida que explica a liderança por meio de estilos de comportamentos, sem se preocupar com características pessoais de personalidade do líder refere-se aos estilos de liderança “autocrática” e a “democrática”. Além desses estilos iniciais também existe a teoria liberal que foi incorporada aos estilos de liderança mais adiante. Os estilos determinam o tipo de relação dos líderes com os grupos, dependendo da diversidade da situação e das diversas forças que afetam a conduta dos liderados. Há uma extensa literatura sobre estilos de liderança que trata, principalmente, sobre o nível de intervenção e influência que os líderes possuem em suas equipes. Ainda, apesar de encontrarmos nas organizações diversos estilos de lideranças, é correto afirmar que não há consenso sobre qual estilo é o ideal. 5.2.1 Estilo Autocrático O líder é controlador e coercitivo, decidindo o quê o grupo deve fazer e como fazer. Impõe suas ideias através de um monólogo e toma pessoalmente a maioria das decisões. Isso afeta a produtividade dos seus membros, impede a participação, há indecisão quanto às etapas futuras de trabalho, maior dependência e falta de interesse espontâneo e pró-atividade. Sua postura é direta, não deixando espaço para perguntas e sugestões. Esse estilo de líder tem como objetivo lucro e resultado, e acabam por minar a amizade de grupo, bem como a espontaneidade e iniciativa dos liderados. Um líder autoritário tende a provocar agressividade e frustração no grupo além de aumentar os índices de insatisfação da equipe. “O líder autocrático acredita ser único e indispensável, gosta de impor suas decisões e centraliza o poder, busca a eficácia através de táticas como ameaça e medo. ” (SILVA; MATOS 1992, apud MARTINS, 2008, p. 28) 27 Todavia, o método é válido em várias circunstâncias e o trabalho realizado é maior apesar da insatisfação reinante; mas sem a presença do líder o grupo para por falta de iniciativa. 5.2.2 Estilo Democrático O estilo democrático evidencia a liderança participativa, o grupo toma as decisões, e juntos procuram pela melhor alternativa. Nesse caso o líder aparece como coadjuvante da equipe, porém estabelece sua posição de líder de forma favorável. Sua função é aconselhar tecnicamente o grupo, mostrando as alternativas viáveis aos liderados, que possuem consentimento para decidir, diante do que acreditam ser a melhor opção. O líder democrático faz parte do grupo e usa sua influência para obter participação; acata as ideias, discutindo-as com seus liderados, ao mesmo tempo em que lhes amplia os conhecimentos e cria um clima harmônico e de amizade. Ajuda o grupo a se integrar e a assumir responsabilidade.As decisões são conjuntas e a motivação é maior, o espírito de grupo é mais acentuado, o que ocasiona eficiência geral alta e contínua no trabalho. Daí o desenvolvimento da iniciativa, do espírito inventivo, do senso de responsabilidade e do moral elevado. 5.2.3 Estilo Liberal O líder desse grupo é menos organizado, não orienta seus liderados, omite-se, e o grupo sem liderança e sem objetivos não obtém resultados e o trabalho torna-se inexpressivo. O líder liberal é aquele que permite total liberdade nas decisões, assumindo pouca participação inclusive na divisão de tarefas, se limitando apenas a fazer comentários sobre as atividades. Ele é visto como facilitador do processo, um agente transmissor de informações. Há completa liberdade para a decisão individual, causando fracassos e atrasos nas atividades, desinteresse a ausência de coesão grupal. Os membros se sentem 28 frustrados com a falta de liderança que, por sua vez, lhes frustra a necessidade de clareza, senso de direção e realização. 5.2.4 Estilo Eficaz A liderança eficaz garante uma gestão de sucesso, uma vez que o líder coloca em prática os conceitos necessários para que sua equipe alcance os objetivos da empresa. De acordo com Lacombe e Heilborn (2003, p. 349, apud MONTEIRO, 2017, p. 15), o líder deve mostrar coerência, energia, honestidade e coragem. As pessoas confiam em líderes assim. Elas precisam saber qual a posição do líder em relação à organização e como ele se posiciona em relação ao ambiente. A eficácia na liderança é muito importante, pois ela faz com que seja concretizado o alcance das metas. A eficácia na liderança é muito importante, pois ela faz com que seja concretizado o alcance das metas. Eficácia significa selecionar metas adequadas e depois alcançá-las. Quando é falado em eficácia, diretamente se refere ao sucesso dentro da conclusão de tarefas de uma equipe bem gerida. Para obter o sucesso é necessário saber com precisão qual é o objetivo e também quais os passos a seguir. 5.3 Diferença entre Chefe e Líder Fonte:rhbizz.pt.com.br 29 O líder está mais envolvido no desenvolvimento de todo o processo das metas para o objetivo final planejado, ou seja, o líder está à frente da elaboração, implantação e desenvolvimento das atividades que envolve o processo como um todo. Já o chefe, que não deixa de ser um líder é claro, se baseia mais nos resultados obtidos por esta determinada liderança. O chefe quer saber sobre os números, os gráficos, enfim, dados precisos sobre o objetivo planejado. “Será que seu chefe se parece com algum deles? Vamos ver... Tem o Chefe Abelha, que sempre faz cera e se levanta só para ferrar os outros. Depois, há o Chefe Caranguejo, que só faz o serviço andar para trás. O Chefe Chiclete é aquele que não desgruda! O Chefe Disco Quebrado não se toca nunca e o Chefe Disco Velho só chia. Tem também o Chefe Doril: surgiu problema? Sumiu... Chefe Fósforo esquenta a cabeça por pouco. Chefe James Bond vive espionando as pessoas no trabalho. O Chefe Jóquei sempre cai do cavalo. O Chefe Limão está continuamente azedo. E o Chefe Lombardi? Só fala por trás! O Chefe Morcego só aparece no fim do expediente. O Chefe Orelha é aquele que só fica na escuta... Chefe Papai-Noel só enche o saco de todos. O pior é o Chefe Peixe: na hora do aumento, nada! O Chefe Prego, coitado, só leva na cabeça. E, por último, o mais comum de todos, o Chefe Sorvete: se derrete todo quando vê o diretor”. Já o líder atua de forma diferente. Ele faz com que as pessoas que estão sob o seu comando aceitem e executam o que lhes é solicitado. Além disso, os liderados sentem que estão colaborando, ajudando-o e se sentem realizados com isso. “A capacidade de se relacionar bem, de ser ouvido quando necessário e de estar bem consigo mesmo é o direito que corresponde o paradoxo vital do líder que possui equilíbrio emocional”. (ZANELLI; ANDRADE; BASTOS, 2004, p.165, apud MARTARELLO, 2016, p. 9). O líder é o sujeito que tem seguidores. Ele diz façam isso e todos fazem porque os liderados acreditam nos propósitos do líder. Um líder atuante transmite segurança e confiança. Ele inspira lealdade. É confidente, faz com que as pessoas se sintam à vontade para falar a verdade. O líder toma decisões justas e não protege um ou outro. Todas as suas decisões e atitudes são transparentes, pois ele transmite um senso de justiça. O líder não é infalível, mas quando erra assume o erro, além de que ele busca sempre ter mais acertos do que erros. 30 Como diz Robert Eaton, “Um líder é alguém que pode levar um grupo de pessoas onde elas não querem ir ou a um lugar onde não acham que podem ir”. A maior diferença entre chefe e líder: sensibilidade para identificar, compreender e atender as necessidades da equipe. 5.3.1 Características do perfil do líder Um bom líder nem sempre ocupa o papel de diretor ou gerente dentro de uma organização. O líder deve estar presente em todos os níveis hierárquicos e em todas as áreas de atuação como: participar do desenvolvimento dos valores, do propósito, das metas, das estratégias e das posições da organização e comunicar aos funcionários. Contribuir ativamente para as decisões da empresa, mantendo, ao mesmo tempo, a atenção claramente voltada para os interesses da organização, trabalhar diligentemente para que as decisões importantes da empresa sejam tomadas nos momentos certos, discordar ou valorizar problemas ou decisões quando achar que os interesses da empresa não estiverem sendo atendidos, mas apoiar entusiasticamente a decisão final a partir do momento em que ela for tomada; obter informações necessárias para comunicar os valores, a missão, as metas, as estratégias e as posições da empresa a todos os seus seguidores. Um dos fatores preponderantes nas avaliações dos seguidores sobre a eficácia do líder é a quantidade de tempo e energia em sua dedicação ao trabalho. As primeiras abordagens para explicar a liderança sustentavam que os líderes não eram produzidos, mas já nasciam líderes, mais tarde estes pensamentos foram descartados e foram verificados que muitas características associadas à liderança poderiam ser adquiridas. De acordo com Wagner III (2006, apud MARTARELLO, 2016, p. 8), ultimamente, os pesquisadores começaram a propor várias teorias neo-universais de liderança, que conforme outros modelos anteriores estão centrados numa característica particular do líder e excluem os seguidores e as situações como: Teoria da liderança carismática enfatiza a habilidade do líder de comunicar aos seguidores novas visões de uma organização. Os líderes carismáticos às vezes são chamados de líderes transformacionais, desperta a consciência dos 31 seus seguidores para a importância das metas do grupo, geralmente conseguindo que as pessoas transcendam seus interesses pessoais. Também foram verificados e discutidos através de pesquisas, os traços pessoais dos líderes e como eles tomavam suas decisões, com isso, verificou-se os vários estilos de líderes como, por exemplo: Os líderes autoritários que tomam praticamente todas as decisões por si mesmo eram extremamente submissas ou extremamente agressivas em sua intenção, mais propenso a deixarem à organização e também eram mais produtivos, mas apenas quando eram supervisionados de perto, quando deixados à vontade, esses grupos tendiam a parar de trabalhar. Os líderes democráticos que trabalham com o grupo para ajudar seus membros a chegar às suas próprias decisões, este estilo é o preferido pelos grupos, mas as diferenças culturais devem ser observadas. Os líderes liberais (Laissez – Faire: do francês "deixar fazer") que deixam que o grupo por si só faça o que quiser. Sua posição na tomada de decisões é passiva. As organizações investem em treinamentos, visando dar mais experiências e habilidades aos seus funcionários ecom isso, aumentarem suas receitas, diminuir o tempo de preparação de alguns produtos, bem com, aliviar os conflitos existentes em seu quadro funcional. Wagner III (2006, apud MARTARELLO, 2016, p. 12), afirma que, para compensar qualquer deficiência relativa do cargo, deve ser verificado o perfil ou aptidão, de modo a beneficiar o conhecimento e as diferenças individuais que é crucial para fins de treinamento e transformação de pessoas. O líder precisará extrair o melhor de sua equipe e para isso; se faz necessário o desenvolvimento de habilidades individuais de sua equipe, para adquirir mais experiência e influenciar mais seguidores. As organizações estão em busca de líderes com capacidade de transformar pessoas. Nos dias de hoje o capital humano tem sido mais valorizado e a preocupação com bem-estar dos funcionários tem aumentado à produtividade e melhorado o ambiente de trabalho. As organizações estão cada vez mais definindo as tarefas de forma a expandir a responsabilidade do trabalhador na condução dos vários estágios de uma tarefa, visando alargar a perspectiva dos funcionários. A liderança efetiva pode movimentar as organizações de seu estado corrente para futuros, criar visões de oportunidades potenciais para as organizações, introduzir 32 comprometimento nos empregados para mudar, assim como injetar novas culturas e estratégias nas organizações que mobilizam e enfocam energia e recursos. Os atributos que tendem a ter conotação positiva em nossa cultura tendem a estar positivamente relacionada à produtividade, ao moral e à coesão do grupo. Os líderes surgem quando as organizações enfrentam novos desafios e complexidades que devem ser resolvidas e orientadas, por quem estiver à frente da equipe. As organizações precisam ser lideradas para que possam sobrepujar sua “incapacidade treinada” e adaptar-se às condições que se modificam. Segundo Bennis e Nanus, sem a transformação que ocorre entre líderes e seguidores, não haverá bom funcionamento organizacional. Liderança é o “que” da visão e capacidade para transformar a visão em realidade. Na liderança transformadora há um relacionamento simbiótico entre líderes e liderados, e o que a torna coletiva é o intercâmbio sutil entre as necessidades e vontades dos liderados e a capacidade do líder para entender, estas aspirações coletivas. Bennis e Nanus escrevem em seu livro que: Todos os líderes enfrentam o desafio de sobrepujar a resistência à mudança. Alguns procuram fazer isto pelo simples exercício de poder e controle, mas os líderes efetivos aprenderam que existem maneiras para vencer a resistência à mudança. Isto envolve a consecução de comprometimento voluntário para com valores partilhados. Um líder muitas vezes precisa intermediar as necessidades dos constituintes tanto de dentro como de fora da organização. Esta função exige sensibilidade para as necessidades de muitos elementos-chaves e um senso claro da posição da organização. O líder é responsável pelo conjunto de princípios ou normas que regem o comportamento das pessoas na organização. Os líderes estabelecem o tom escolhendo cuidadosamente as pessoas de que se cerca, de modo que tudo se reúna como um único organismo em harmonia consigo e com o nicho no ambiente. Para que ocorra sucesso na liderança é preciso haver uma fusão entre autoconsideração positiva e otimismo quanto a uma consequência desejada. Os gerentes e supervisores devem exercitar os esforços de persuasão. É preciso que os objetivos do trabalho sejam plenamente aceitos pelas pessoas encarregadas de cumprir a tarefa. 33 Os aspectos humanos mais importantes em termos de uma cultura organizacional são os seguintes: Comunicação e informação; Integração e trabalho em equipe; Motivação e reconhecimento; Criatividade e inovação; Capacidade e desenvolvimento humano; Tomada de decisão; Liderança. A cultura do trabalho nas organizações para o século XXI, estará fincada em líderes construtores de ambientes em que os processos humanos se realizem na plenitude, na relação saudável e em um processo de melhoria contínua. Na construção desse ambiente saudável, as pessoas precisam ser mantidas motivadas para que desempenhe melhor o seu papel dentro da organização, buscando desenvolver competência para determinadas tarefas; sem que para isso precisem de alguém para lhe dizer o que fazer, a tendência deste novo cenário é que os profissionais tenham mais autonomia para criar e com isso, serem mais valorizados dentro e fora das organizações. 5.3.2 Tipos de Líder O líder é visto como a pessoa que injeta energia em seu grupo serve de inspiração, está na vanguarda de qualquer atividade, sabe como encorajar a iniciativa de seus liderados e como extrair de todos o máximo que cada um pode dar. Existem alguns tipos de líderes, entre eles: Tipo 1: Ditador, Conquistador e Destruidor: Empregam a força de vontade e a concentração extremamente direcionadas. Eles são autênticos ditadores, grandes governantes, altamente decididos ou pioneiros em seus setores, que geralmente empregam a força da destruição ou uma atitude conquistadora. “Guiem-me, sigam-me ou não me atrapalhem. ” 34 George S. Patton, General norte-americano na Segunda Guerra Mundial. Tipo 2: Amoroso, Sábio e Preservador: Esses líderes são os mais amados. Sua compaixão e carisma emocional podem derreter até mesmo as pessoas mais insensíveis. ” O que importa não é o quanto fazemos, mas sim a porção de amor que depositamos em nossos atos”. Madre Teresa de Calcutá. Tipo 3: Empresário, Filósofo e Construtor: Você sabe por que o mundo está mais estressado que antes? O estresse pode ser atribuído ao líder do Tipo 3. Eles estão sempre criando e construindo – muito preocupados! Os empreendedores são geradores de ideias, especialmente aquelas que reforcem o resultado financeiro. É por isso que eles tendem a se tornar líderes prósperos. “Já que você precisa pensar de qualquer maneira, pense grande”. Donald Trump, magnata americano da indústria imobiliária. Tipo 4: Artista, Dramaturgo e Entertainer: Você nunca sentirá tédio quando estiver perto de um desses líderes. Eles são capazes de tocar música, dançar ou flertar com você, desde que estejam com ânimo positivo. Porém, quando estão de mau humor, seu drama arruinará não somente o seu dia como talvez sua década! Ou estão felizes ou brigam com você. Os líderes mais evoluídos do Tipo 4 com habilidade para a harmonia tendem a ser diplomatas, embaixadores ou peritos em solucionar crises. Tipo 5: Cientista, Tecnólogo e Inventor: 35 Esse tipo de líder inclui Sir Isaac Newton, Albert Einstein e os principais “malucos geniais” da atualidade, como alguns especialistas em informática. Eles são líderes de mentalidade muito objetiva e, às vezes, são tediosos e ásperos sob a ótica das pessoas mais emotivas, os engenheiros, os contadores, os advogados e as ditas “pessoas com predominância do lado esquerdo do cérebro” pertencem a essa categoria. Tipo 6: Idealista, Leal e Devotado: Os mártires que morrem por uma causa, como Martin Luther King Jr e diversos perseguidos, incluem-se nesse grupo. Eles reúnem naturalmente uma imensa quantidade de seguidores e devotos, em razão de seus ideais. Essas pessoas são os seus melhores amigos quando gostam de você ou de seus ideais, porém serão seus piores inimigos, caso se voltem contra você. Tipo 7: Perfeccionista, Ritualista e Organizador: O lema do líder Tipo 7 é: “A clareza e a ordem estão próximas do Divino”. Esses são os melhores organizadores e gurus para a estruturação, o ritmo e a noção de tempo. Quando se combinam com cientistas do Tipo 5, organizam e erigem fábricas e empresas de desenvolvimento tecnológico. Quando essa qualidade é combinada com qualidades artísticasou musicais, são os melhores maestros e gerentes de shows e óperas da Brodway. Diversos desses líderes são fundadores de excelentes instituições. Tipo 8: Os líderes integrados dos Líderes: Esse tipo é uma combinação entre três ou mais tipos de qualidades de liderança. Os tipos evoluídos mais positivos tornam-se os principais líderes de sua indústria ou profissão. Em termos históricos, Cristo e Buda integram o Tipo 8. Em tempos modernos podemos citar Bill Gates. 36 Os líderes mundialmente aclamados que se tornam mitos pertencem à categoria do Tipo 8. Esses líderes se destacam porque conjugam e combinam aspectos positivos de diversos estilos de liderança. A maioria das organizações mundiais precisa possuir líderes ou equipes do Tipo 8 a fim de estar apta a implementar missões e projetos globais bem-sucedidos. Porém os grupos poderosos mais perigosos também são conduzidos por esse tipo, adotando ideais mais antissociais e esquemas ante evolucionários, com a máfia siciliana, a máfia japonesa Uakusa e os grupos terroristas. O ambiente da empresa é um dos responsáveis pelo aparecimento do líder, e a situação é de suma importância para que isso ocorra. O líder em uma situação não é necessariamente o líder, mesmo no próprio grupo, em uma situação diferente. Como as situações não são as mesmas e as pessoas não podem dominar conhecimentos e qualidades aplicáveis para todas as necessidades surgidas, a cada momento ocupará a liderança do grupo, a pessoa que estiver em condições. Assim o papel do líder é desempenhado continuamente por vários elementos do grupo sob condições especificas. O comportamento de uma equipe poderá mostrar o tipo de líder e as suas necessidades e/ou dificuldades para liderar, haja vista, que o sistema influencia o desempenho de um grupo. Os participantes de um grupo podem, ou não, explicitar quem tem a verdadeira liderança no grupo, mas de modo geral reconhecem os líderes informais de algum modo – seja por um maior respeito ou apenas fazendo perguntas ou pedindo ajuda. 37 6 A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA NA MOTIVAÇÃO DA EQUIPE Fonte:agendor.com.br Motivação é um dos assuntos mais discutidos no ambiente organizacional, pois as organizações começaram a perceber que para se manter em um mercado tão competitivo é necessário conhecer as necessidades humanas, de modo a manter uma boa relação com seus colaboradores. Os líderes e suas equipes são responsáveis pelo crescimento de sua organização, bem como, também é de responsabilidade de quem promove os líderes, sem observar se ele possui as competências essências para desempenhar a função de líder de equipe. O excesso de confiança no apoio concedido pelo Conselho diretivo, o impedirá de realizar as ações de confiança, necessária a segurança em si mesmo e que aí o seu relacionamento se tornará mais crítico. Um dos grandes obstáculos a serem vencido é saber separar a teoria da prática, quando falamos de liderança e motivação, precisaremos estar atentos às necessidades das pessoas envolvidas. Nem sempre os subordinados sabem trabalhar bem, nem sempre trabalham tão arduamente quando necessário e não estão automaticamente atentos ao sucesso da unidade ou organização. O fato é que há uma interdependência entre líderes e muitas outras pessoas, especialmente seus seguidores. Eles afetam e são, por sua vez, afetados por aqueles com quem precisam trabalhar. O elemento fundamental é a influência que o líder exerce sobre os 38 outros e a influência que eles recebem de volta. Por essa razão, podemos pensar na liderança como um processo em que as partes envolvidas se influenciam mutuamente de forma específica. Influência é qualquer ato ou ato potencial que afeta o comportamento de outra pessoa. (COHEN, 2003, p. 254, apud MARTARELLO, 2011, p. 12). Com a crescente globalização as empresas têm procurado várias formas de se manter no mercado. Neste cenário altamente competitivo, as organizações começaram a estudar algumas estratégias e assim alcançarem resultados positivos. Por esse motivo a busca por profissionais que saibam liderar uma equipe tem se tornado mais frequente. Ser líder não é apenas delegar funções é estar à frente da equipe, mantendo- os unidos, motivados, ensinando, mostrando o caminho e falando aonde queremos chegar. Se um líder não possui este conhecimento o relacionamento entre líderes e subordinados podem ser conflituosos e representar perdas para a organização, ou até mesmo o crescimento de novas lideranças dentro da equipe, ao promover ou contratar novos líderes é preciso verificar se ele possui essas competências. Quanto mais eles desejam fazer algo criativo, ajudar os indivíduos a evoluir, a modificar suas perspectivas de futuro transformando o seu saber mais se sente constrangido e limitado. Vale apena pontuar que os treinamentos por si só não resolvem é preciso influenciar as pessoas a produzirem como equipe e não como adversários. Não basta ministrar palestras, pois dias depois os conflitos entre líderes e subordinados aparecerão novamente. O ideal é buscar pessoas com características de liderança para desempenhar tal função. Para formar excelentes profissionais e adaptá-los é preciso investir na inteligência prática, o empresário não pode contar apenas com cursos e treinamentos é preciso conhecer pessoalmente cada funcionário e sua capacidade intelectual. Alguns autores dizem que a liderança não pode ser ensinada, você aprende principalmente da experiência. Porém, a experiência ou a prática devem ser iluminadas por princípios ou ideias. Algumas empresas buscam todos os anos motivarem os seus líderes e influenciar as suas equipes, contratando especialistas para solucionar os seus problemas. Dentro das organizações as empresas têm se preocupado em manter os seus líderes e subordinados, trabalhando com espírito de equipe, sendo que as práticas 39 adotadas para determinados grupos muitas vezes não surtem o efeito esperado por que nem todos são iguais. É inviável buscar padronização, por que não existe Know- how técnico suficiente que possa ser usado na resolução desse problema. Os liderados buscam encontrar em seu líder, apoio para desenvolverem determinadas tarefas e isso faz com que os liderados passem a confiar mais no líder e obtenham um desempenho maior dentro da organização. Dependendo das necessidades individuais dos funcionários ou das situações específicas os líderes são capazes de oferecer não apenas desafios, mas também apoio ou alterar os níveis de desafios e do apoio que proporcionam. Liderança é o processo de encorajar e ajudar os outros a trabalharem entusiasticamente na direção de objetivos. É o fator humano que ajuda um grupo identificar para onde ele está indo e assim motivar-se em direção aos objetivos. Sem liderança, uma organização seria somente uma confusão de pessoas e máquinas, do mesmo modo que uma orquestra sem maestro seria somente músicos e instrumentos. A orquestra e todas as outras organizações requerem liderança e desenvolvimento ao máximo seus preciosos ativos (DAVIS; NEWSTROM, 2002, p. 150, apud ERCICO, 2016, p. 10). Estimular o comprometimento de todos os integrantes de uma equipe é um fator fundamental, para o comportamento e o comprometimento das pessoas inseridas na organização, pois através dos estímulos o líder poderá criar um sentimento de valorização dos membros de sua equipe e transformar esse sentimento em crescimento para a organização. “As pessoas possuem necessidades diferentes, mais que isto, é compreender o que é importante para cada um”, (ROBBINS, 2002, apud ROSA, 2016, p. 15). Ainda que a líderes que proporcionam desafios, mas não apoio, devido à falta de habilidade interpessoal. Os que não propõem desafios exercem um estilo preocupado de liderança e não proporcionam apoio e são definidos como confusos os que não conseguem proporcionardesafios nem apoio. Para exercermos a liderança iremos precisar mudar de atitude junto aos nossos liderados e a resposta das pessoas, objetivos e situações com as quais uma pessoa se relaciona é um estado mental de prontidão, organizado pela experiência. A liderança como influência e como ações que conduzem um grupo a seus objetivos e que os processos pelos quais, as pessoas são influenciadas são a submissão, a identificação e a internalização. 40 Em determinados momentos será necessário tomar a frente da nossa equipe, para resolvermos os problemas, por que é isso que a equipe espera de quem está liderando quando ela não consegue resolver determinados problemas, a percepção, personalidade, aprendizagem e motivação estão relacionadas a atitudes determinantes de comportamento, conforme explicitado por Cohen (2003), as pessoas se identificam com o líder e se dedicam a causa, quando considera que o líder possui uma visão elevada do que é possível e oferece meios específicos para atingir os objetivos. O poder e a autoridade em muitos casos se confundem, devido ao critério usado na escolha das equipes, em determinados momentos. O que se vê são equipes que não foram formadas pelos seus líderes e que são obrigadas a trabalharem como equipes e por outro lado; existem equipes que não aceitam os líderes impostos pelas organizações. Alguns líderes utilizam-se do seu poder ou posição para fazer com que a sua equipe desenvolva determinadas tarefas, mesmo que não queiram fazê-la. A legítima liderança deve ser baseada na autoridade e não através de laços de parentesco ou amizade, pois o poder deteriora os relacionamentos. Os laços de amizade e/ou parentescos, não podem ser determinantes na hora de ocupar determinadas posições, para isso, se faz necessário uma política bem definida pela empresa do perfil ao qual se busca entre os seus funcionários. De acordo com FABOSSI (2009, p. 91, apud OLIVEIRA, 2018, p. 15): Quando as pessoas compreendem a importância e o significado do seu trabalho, e o fazem com entusiasmo não apenas imprimem sua energia mental, mas aplicam toda a sua força para realizá-lo. As pessoas querem um lugar onde o que fazem seja reconhecido como parte de uma obra maior, coletiva e legitima. A vontade pessoal, suas consequências estendem-se muito além dos limites de nossas vidas pessoais e, são atendidos de acordo com o melhor de nossa habilidade humana. Em determinados casos as lideranças são questionadas, mas na prática alguns integrantes de equipes, trabalham como líderes negativos proporcionando um ambiente competitivo e desagregador na organização. Para mantermos um local de trabalho agregador precisaremos estar atentos aos tipos de anomalias presentes no dia-a-dia das equipes, para isso, temos que acompanhar e orientar os nossos subordinados e estarmos o mais próximo possível 41 deles, funcionando realmente como líder de equipe e dando a eles suportes, orientações e o feedback desejado. Dar autoridade não é dar poder de decisão, mas fazer com que as pessoas se sintam valorizadas e tenham ânimo para desenvolverem o seu trabalho, quando o funcionário se sente parte integrante da empresa ele busca fazê-la melhor em todos os sentidos. A falta de liberdade para agir, deixa os funcionários raquíticos e nunca sabem nada, não têm iniciativas, não são ágeis, não funcionam e não trazem soluções. Precisamos dar a eles um voto de confiança contra a morbidez e a inércia. Conseguir o máximo e o melhor dos outros quer dizer que você deve estabelecer padrões elevados, mas razoáveis, deve reconhecer suas próprias responsabilidades, bem como a dos empregados, e deve deixar que o empregado pague o preço pelo mal resultado, ou receba a recompensa pelo sucesso (WEISS, 1991, p, 36, apud BARBOSA, 2014, p. 18). As pessoas nutrem dentro de si, a vontade de melhorar, de crescer e o orgulho de ser reconhecido, o líder precisa saber explorar essas virtudes em prol da organização, valorizando a sua equipe e deixando com que seus subordinados sejam mais criativos e dinâmicos, para que não engessem as organizações e que elas com isso, venham a se desenvolver de maneira crescente e eficaz. A palavra liderança é definida pela capacidade de influenciar os outros, todos deixam marcas na equipe – o tipo de marca deixada é que, o sucesso da equipe é de responsabilidade pessoal. O carisma do líder e a credibilidade conquistada, através de atitudes de apoio nas atividades da equipe são fatores que contribuem, para que, as equipes internalizem a forma de trabalho e ajudem o líder a atingir seus objetivos. São líderes mais bem-sucedidos aqueles cuja influência se alicerça na credibilidade, cujos seguidores estão convencidos e influenciados da lógica das ideias, das demandam e as internalizam. A condução de pessoas talvez seja uma das tarefas mais difíceis para o líder, pois se não for observado os valores de cada pessoa, o líder poderá causar uma ruptura irreparável de relacionamento para a organização. 42 7 CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO E CRESCIMENTO Fonte: aldodellarosa.com De acordo com a etimologia das palavras, o termo criatividade deriva do latim creare, que significa criar, inventar, fazer algo novo. Inovação vem do latim innovare, que significa tornar novo, mudar ou alterar as coisas, introduzindo nelas novidades, renovar. Diferenciam-se criatividade e inovação: a primeira é geração de ideias (por meio de conceitos, teorias e processos que se apresentam ao longo da história) e a segunda é prática, fazer, implementar as ideias geradas pela criatividade. O estudo de ambas recebe contribuições de diversas áreas do saber, como a filosofia, psicologia, sociologia e administração. Inovação vem de qualquer lugar. Os cientistas e os engenheiros não têm o monopólio da imaginação. Ela pode vir de uma pesquisa o centro ou a partir de um departamento comercial, a partir de um cliente ou de dentro de um fábrica. Então, a partir de um projeto mal concebido e não refinado, a partir de um programa ainda vago, ele transformou-se progressivamente através de uma série de ensaios e experimentos que confronta com o conhecimento teórico, know-how ou usuários, se torna um dispositivo que é capaz de ganhar interesse (AKRICH ET AL, 2002, p. 212, apud MURAN, 2017, p. 36). Ao dividir cronologicamente as teorias sobre criatividade, tal qual proposto por Wechsler (1998), tem-se, na tradição não-empírica, criatividade como inspiração divina, como forma de intuição (na linha cartesiana) e como loucura. Na abordagem 43 biológica, marcada pela teoria evolucionista de Darwin, é manifestação da força criadora inerente à vida, é força vital, sempre gerando novas espécies, com inesgotável variedade de formas peculiares, sem precedentes e sem repetições. Seu componente principal é a hereditariedade, não sendo possível educar uma pessoa para a criatividade. Na abordagem psicológica (SENS, 1998), o behaviorismo centra-se na predição e no controle do comportamento, sendo o processo criativo decorrente de combinações mentais armazenadas por meio das experiências vivenciadas pelas pessoas, ou seja, criatividade é o resultado de uma associação com algo concreto de sua vida. Na Gestalt, a criatividade é a procura de solução para uma situação a qual é necessário encontrar soluções. Na psicanálise, a criatividade resulta do conflito no inconsciente provocador de um comportamento de criação ou de neurose. Na psicologia humanista, três representantes – Rogers, Maslow e Rollo May – apontam que a tendência humana em direção à auto realização é a força motora da criatividade, sendo indispensável um ambiente que propicie a liberdade de escolha, o livre-arbítrio para cada indivíduo, levando-se em conta as motivações individuais intrínsecas e extrínsecas do meio no qual ele vive. Na abordagem cognitiva, a criatividade se associa a inteligência
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