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Questões sobre a Farmacologia Básica

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ESTUDO DIRIGIDO
– FARMACOCINÉTICA –
1. A via de administração oral é reconhecidamente a mais utilizada para
administração de fármacos no âmbito domiciliar, enquanto que a via
endovenosa é preferível em casos de urgência. Pautado por tais
informações, discuta os aspectos positivos e negativos das vias
mencionadas.
A via de administração oral é mais utilizada em casa justamente pela
autonomia do indivíduo em poder seguir a posologia do medicamento, ou seja,
é uma via facilitada de administração de fármacos, assim como é mais facil
reverter um quadro de superdosagem, provocando, por exemplo, êmese ou
realizando lavagem estomacal. Os pontos negativos dessa via são: não se
pode utilizá-la se o paciente estiver inconsciente, demora mais para que se
atinja a concentração plasmática terapêutica, já que o fármaco precisa passar
pelo trato gastrointestinal e, além disso, o metabolismo de primeira passagem
faz com que o fármaco seja, em parte, metabolizado e eliminado, diminuindo a
biodisponibilidade do fármaco. Já a via endovenosa possui como vantagem
estar 100% biodisponível, já que é inserida diretamente na corrente sanguínea,
não sendo metabolizada pelo fígado e, por isso, também atinge a concentração
plasmática terapêutica no momento em que é injetada no paciente. Alguns dos
pontos negativos são: dificuldade em manejar uma possível superdosagem e a
necessidade de se ter um profissional qualificado para realizar a aplicação do
fármaco no paciente, já que o indivíduo dificilmente conseguirá aplicar o
fármaco em si mesmo.
2. Descreva como a forma farmacêutica pode interferir na absorção do
fármaco.
A forma farmacêutica dos fármacos pode ser, por exemplo, suspensão,
cápsula, drágea, líquida, inalatória, injetável, comprimido, tópica, sublingual e
outras. Isso varia conforme o tipo de fármaco e a ação desejada, podendo ser
localizada ou sistêmica. Outro ponto que varia é a velocidade de absorção, ou
seja, um medicamento inalatório atinge seu sítio de ligação muito mais
rapidamente que outro fármaco que precisa ser administrado pela via oral e
deglutido, com absorção em estômago e intestino.
3. Analise as informações apresentadas nos gráficos abaixo, sobre a
farmacocinética do diazepam (fármaco lipossolúvel) na mulher obesa e
na mulher de peso normal. Em seguida, responda: Por que o diazepam
e seu metabólito (desmetildiazepam) são encontrados por maior tempo
no plasma da mulher obesa?
Porque o diazepam é um fármaco lipossolúvel, ou seja, se acumula mais em
lipídios, que estão mais presentes no tecido adiposo da mulher obesa. O
resultado disso é que o fármaco demora mais para ser eliminado do corpo da
mulher obesa.
4. O senhor W.A.C., de 56 anos de idade, é um consultor de tecnologia que
viaja frequentemente para fora do país, como parte de seu trabalho na
indústria de telecomunicações. O único problema clínico que apresenta
consiste em fibrilação atrial crônica, utiliza a varfarina como única
medicação. O senhor W. viaja para a Turquia para prestar uma
consultoria. Na última noite de sua estada, comparece a um grande
jantar, onde são servidos shish kebabs e outros alimentos que não
costuma comer com frequência. No dia seguinte, apresenta diarreia
aquosa, fétida e profusa. O médico estabelece o diagnóstico de diarreia
do viajante e prescreve sulfadiazina durante 7 dias. O senhor W. já está
totalmente restabelecido dentro de 2 dias após o início dos antibióticos
e, 4 dias depois (enquanto ainda está utilizando os antibióticos), ao sair
do restaurante tropeça e cai no meio-fio da calçada. No dia seguinte, o
joelho direito do senhor W. está muito inchado, exigindo uma avaliação
na sala de emergência. O exame físico e os estudos de imagem são
compatíveis com hemartrose do joelho direito de tamanho moderado, e
os exames laboratoriais revelam uma acentuada elevação da relação
normalizada internacional (INR), que é uma medida padronizada do
tempo de protrombina e, nesse contexto clínico, um marcador substituto
para os níveis plasmáticos de varfarina. O médico de plantão alerta o
senhor W. de que seu nível de varfarina encontra-se na faixa
supraterapêutica (tóxica), e que esse efeito se deve, provavelmente, a
interações medicamentosas adversas envolvendo a varfarina e os
antibióticos. Explique qual foi a interação medicamentosa que ocorreu
nesse caso tendo por base a tabela com as informações dos
medicamentos.
Medicamento Ação terapêutica Via Distribuição Metabolização
Varfarina Anticoagulante Oral 89% ligado a PP CYP 2E1
Sulfadiazina Antibiótico Oral 99% ligado a PP CYP 3A4
Os dois fármacos, Varfarina e Sulfadiazina, estão ligados, em sua maior parte,
ligados ao mesmo sítio ativo da proteína plasmática, de modo que agem como
fármacos competitivos, estando mais tempo biodisponíveis e, assim, mais
concentrados no sangue. Vale ressaltar que a Sulfadiazina está 99% ligada à
PP, ou seja, ela possui maior afinidade pelo sítio ativo que a Varfarina, isso
resulta em um efeito terapêutico da Sulfadiazina, porém tóxico da Varfarina,
uma vez que esse segundo fármaco, por estar menos ligado à PP, está mais
concentrado. Com relação à metabolização, os dois fármacos são
metabolizados por enzimas diferentes, o que não é um fator que prejudica o
quadro.
5. Descreva quais as consequências clínicas decorrentes do metabolismo
de primeira passagem.
O metabolismo de primeira passagem faz com que o fármaco demore mais
tempo para atingir a sua concentração terapêutica, uma vez que precisa ser
absorvido em estômago e duodeno, ser metabolizado no fígado, de modo que
uma porção é eliminada. Dessa forma, o fármaco fica menos biodisponível e
parte de sua concentração é perdida.
6. Indivíduo com histórico de intoxicação envolvendo ácido acetilsalicílico
(AAS), recebe ácido ascórbico, durante a terapia de desintoxicação,
como forma de acelerar a excreção do AAS. Após algumas horas é
verificado piora no quadro de intoxicação. Explique por que esse
tratamento não foi eficaz. Qual seria a alternativa cabível para acelerar a
eliminação do AAS?
Os 2 medicamentos podem se ligar ao mesmo sítio ativo, ou seja, são
competem entre si, fazendo com que o AAS fique mais tempo biodisponível,
elevando a sua concentração plasmática e a toxicidade. Uma alternativa seria
ministrar outro fármaco que interaja com o AAS, formando um subproduto
menos tóxico ou ministrar um fármaco básico para ionização do ácido, de modo
que ele fique em sua forma inativa.
7. Em relação às vias de administração, responda observando o gráfico:
a) Qual das vias possui absorção mais rápida? Explique.
Intravenosa, porque a concentração plasmática aumenta mais em menor
tempo, se comparado ao pulmonar e ao oral.
b) Por que a via pulmonar possui biodisponibilidade parecida com a via
intravenosa? Explique.
Porque o fármaco é inalatório, ou seja, o indivíduo inspira e o
medicamento atinge brônquios, bronquíolos e alvéolos, capilares e se
difunde no sangue.
c) Qual via proporcional maior tempo de permanência do fármaco no
organismo? Explique.
Oral, porque a concentração, embora demore um pouco mais para
aumentar, permanece por mais tempo em estabilidade no gráfico. Isso
porque o fármaco é absorvido (estômago e duodeno), metabolizado
(fígado) e eliminado (rins).
8. Qual a importância clínica em se estudar a farmacocinética?
A farmacocinética estuda os mecanismos que o corpo realiza com o fármaco,
variando conforme a sua via de administração, absorção, distribuição,
metabolização e eliminação. Essa área do conhecimento é muito importante
porque deve-se utilizar cada tipo de fármaco segundo a intenção, seja uma
concentração elevada em pouco tempo ou uma concentração menor, porém
com mais tempo de ação etc. A integração desse conhecimento possibilita
conduzir melhor a atuação clínica do profissional de saúde, de modo a
proporcionar o melhor tratamento para o paciente.
– FARMACODINÂMICA –
9. Analise as seguintes frases e indique (V) para verdadeiro e (F) para
falso). Em seguida,teça um comentário justificando sua resposta.
a) Os fármacos são substâncias químicas com capacidade de criar novas
funções orgânicas, decorrentes de sua atividade biológica. Do ponto de
vista terapêutico a inespecificidade (ausência de seletividade)
farmacológica traz vantagens terapêuticas que incluem aplicabilidade a
inúmeras condições distintas.
a. FALSO, os fármacos não necessariamente criam novas funções
orgânicas, pelo contrário. A inespecificidade prejudica em muito a
terapêutica, já que, por exemplo, pode-se ocasionar uma ação
sistêmica em receptores que não se tem, originalmente, a
intenção de agir, podendo até mesmo prejudicar o paciente.
b) A ligação fármaco-receptor raramente é produzida por um único tipo de
interação; na verdade, é uma combinação dessas interações que
proporciona ao fármaco e a seu receptor as forças necessárias para
formar um complexo fármaco-receptor estável.
a. VERDADEIRO
c) Atualmente existem muitas pesquisas em andamento com o objetivo de
aumentar a eficácia e reduzir a toxicidade dos fármacos mediante a
alteração de sua estrutura, de modo que possam ligar-se mais
seletivamente a seus alvos. Esse processo, conhecido como
planejamento racional de fármacos, exige conhecimento acerca da
estrutura molecular do fármaco.
a. FALO
d) O efeito de uma droga é proporcional ao percentual de receptores
ocupados por ela, alcançando-se o efeito máximo quando todos os
receptores estiverem ocupados.
a. FALSO, não necessariamente atingirá o efeito máximo, apenas se
for um agonista total, já que se for parcial esse efeito nunca será
máximo.
e) O termo “afinidade” de uma droga, corresponde a “força” do complexo
droga-receptor (DR) em desencadear uma resposta.
a. FALSO, afinidade é ATIVIDADE INTRÍNSECA
f) O sítio ortostérico de um receptor é aquele local de ligação do ligante
endógeno no receptor.
a. VERDADEIRO
g) Uma diferença característica entre antagonistas competitivos e não
competitivos é que os competitivos reduzem a potência do agonista,
enquanto que os não competitivos, reduzem a eficácia.
a. VERDADEIRO
h) A principal característica dos receptores acoplados a proteínas G é a
formação de segundos mensageiros e a amplificação de sinais. Dada a
cascata de eventos trata-se de um tipo de receptor cuja ação efetora
mostra-se pouco mais lenta, porém sustentada.
a. VERDADEIRO
i) Os hormônios esteróides formam uma classe de fármacos lipofílicos que
têm a capacidade de sofrer rápida difusão através da membrana
plasmática e exercer suas ações mediante ligação a fatores da
transcrição no citoplasma.
a. VERDADEIRO
j) Muitos fármacos apresentam redução dos efeitos com o decorrer do
tempo, esse fenômeno é conhecido como taquifilaxia. Em termos
farmacológicos, o receptor e a célula tornam-se sensibilizados à ação do
fármaco. Os mecanismos de sensibilização podem ser divididos em dois
tipos: sensibilização homóloga, em que ocorre diminuição dos efeitos de
agonistas em apenas um tipo de receptor, e sensibilização heteróloga,
em que se verifica diminuição coordenada dos efeitos de agonistas em
dois ou mais tipos de receptores.
a. FALSO, o nome disso é DESSENSIBILIZAÇÃO. para ser
taquifilaxia, deve estar explícito que a dosagem do agonista é a
mesma.
10.No âmbito da farmacodinâmica a diferença entre os modelos chave e
fechadura e de encaixe induzido.
a. Chave fechadura = interação puramente física e receptor estático
b. encaixe induzido = interações químicas de grupos funcionais e
alteração do estado conformacional do receptor
11. Diferencie os conceitos de afinidade, eficácia, potência.
afinidade: capacidade de COMPLEXAÇÃO
eficácia: capacidade do fármaco gerar efeito
potência: capacidade do fármaco atingir efeito em baixa quantidade
12.Diferencie os tipos de agonista e antagonista. Dê exemplos.
agonista: capacidade de gerar efeito, clonidina alfa 2 agonista -
vasodilatação. antagonista: não tem atividade intrínseca, apenas impede
a ação do agonista. exemplo, propranolol, beta bloqueador não
específico.
13.Como que o agonista parcial pode atuar como agonista/antagonista?
Explique.
agonista parcial compete pelo sítio ativo de um agonista ou antagonista
total, assim, produz efeito intermediário.
– FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E JNM –
14.No ano de 1744, os colonos da Virgínia capturaram Opechancanough,
chefe guerreiro dos índios Powhatans e tio de Pocahontas.
Opechancanough era considerado um mestre estrategista e tinha a
reputação de ser um guerreiro impiedoso. Entretanto, um
correspondente da colônia forneceu um retrato diferente do chefe
capturado: “As fadigas excessivas que ele enfrentou debilitaram seu
organismo; sua carne tornou-se flácida, os tendões perderam seu tônus
e sua elasticidade; e suas pálpebras estavam tão pesadas que ele não
conseguia enxergar, a não ser que fossem levantadas por seus
ajudantes… Era incapaz de andar; porém seu espírito, erguendo-se
acima de seu corpo destroçado, ainda comandava [seus seguidores] da
maca em que era transportado por seus índios.” Enquanto
Opechancanough ainda se encontrava em uma prisão em Jamestown,
descobriu-se que, depois de um período de inatividade, ele conseguiu
levantar-se sozinho do chão e ficar em pé. Acredita-se que a história de
Opechancanough forneça a primeira descrição documentada da
miastenia gravis, doença neuromuscular decorrente da produção
autoimune de anticorpos dirigidos contra os receptores colinérgicos na
junção neuromuscular. Em 1934, quase dois séculos depois, a médica
inglesa Mary Broadfoot Walker encontrou vários pacientes com sintomas
semelhantes de fraqueza muscular, que a fizeram lembrar-se dos
sintomas de pacientes com envenenamento por tubocurares. Confiante
em seus achados, a Dra. Walker administrou um antídoto, a fisostigmina,
a seus pacientes imobilizados. Os resultados foram surpreendentes –
em poucos minutos, os pacientes foram capazes de levantar-se e andar
pelo quarto. A Dra. Walker descobriu, assim, a primeira medicação
verdadeiramente efetiva para a miastenia gravis. Apesar da importância
dessa descoberta, a Dra. Walker foi largamente ridicularizada pela
comunidade científica, porque o tratamento melhorou os sintomas da
miastenia gravis de modo bem mais rápido e efetivo do que se poderia
acreditar. Somente muitos anos depois a comunidade científica aceitou
seus achados.
a) Por que o envenenamento por tubocurares e a miastenia gravis
produzem sintomas semelhantes?
a. curare: bloqueador não despolarizante
b. miastenia gravis: degeneração da placa motora
b) Como a fisostigmina melhora os sintomas da miastenia gravis?
a. Porque a fisostigmina é um agonista colinérgico indireto,
impedindo a acetilcolinesterase de degradar a acetilcolina, ou
seja, os efeitos da acetilcolina são mantidos.
c) Por que é perigoso administrar fisostigmina a todo paciente com
fraqueza muscular?
a. pode gerar bloqueio despolarizante
d) Quais os outros usos terapêuticos da fisostigmina?
a. reversão de bloqueadores não despolarizantes
15.A Sra. S vinha sentindo-se deprimida havia vários anos. Fizera uso de
inúmeros medicamentos na tentativa de aliviar seus sentimentos de
desesperança e falta de motivação, porém nada pareceu ajudar. Em
1960, entretanto, seu médico prescreveu iproniazida, um novo
medicamento que parecia estar surtindo efeito em muitos casos de
depressão. Ele explicou que os pesquisadores acreditavam que o
fármaco exercia efeitos benéficos na depressão ao inibir uma enzima
existente no cérebro, denominada monoamina oxidase (MAO). A MAO é
uma das enzimas responsáveis pela degradação das catecolaminas.
Como a iproniazida era um fármaco novo, seus efeitos adversos
potenciais ainda não estavam bem definidos, de modo que o médico
aconselhou a Sra. S a comunicar qualquer efeito diferente que poderia
surgir em decorrência do medicamento. Esperançosa, porém sem
expectativa de qualquer mudança significativa, a Sra. S. iniciou a
medicação. Dentro de algumas semanas, começou a sentir-semotivada
e tornou-se ativa pela primeira vez em 20 anos. Exultante diante daquela
nova sensação de energia, ela recuperou sua vida passada como
socialite e resolveu oferecer uma recepção com queijos e vinhos em
grande estilo. Convidou os melhores e mais ilustres da cidade,
esperando uma noite de sucesso. Quando se levantou para agradecer a
presença dos convidados, a Sra. S celebrou com um grande gole de seu
favorito Chianti 1954. No final da festa, sentiu uma forte dor de cabeça e
náuseas. Lembrando-se da recomendação de seu médico, pediu a um
amigo que a levasse imediatamente ao hospital mais próximo. No
serviço de emergência, o médico de plantão registrou uma pressão
arterial de 230/160 mmHg. Constatando que a Sra. S estava
apresentando uma emergência hipertensiva, o médico administrou
rapidamente fentolamina (antagonista dos receptores α-adrenérgicos). A
pressão arterial da Sra. S normalizou-se rapidamente, e, na investigação
clínica subsequente, o médico identificou uma nova, e agora famosa,
interação entre fármaco e alimento envolvendo os inibidores da MAO.
Essa interação adversa potencial é compartilhada por alguns outros
inibidores da MAO; pesquisas mais recentes sobre subtipos de
inibidores da MAO reversíveis e seletivos minimizam essa interação.
a) Quais enzimas metabolizam as catecolaminas? Quais as
especificidades das isoformas dessas enzimas para as várias
catecolaminas?
a. MAO-A, MAO-B e COMT.
b. MAO-A = metaboliza NA, 5-HT e tiramina. MAO-B metaboliza DA
e tiramina.
b) Qual a explicação em termos de mecanismo para a interação dos
inibidores da MAO com vinho tinto e queijo envelhecido?
a. Inibição da metabolização de tiramina conduz ao aumento de NA
e aumento da PA.
c) Como a fentolamina baixou a pressão arterial da Sra. S?
a. Os receptores alfa adrenérgicos são responsáveis pela
vasoconstrição, tem-se a vasodilatação e diminuição da PA
16.Um garoto de 6 anos com um histórico de febre do feno médica, tratada
sucessivamente com vários tipos de medicamentos, teve uma reação
anafilática como resultado de uma picada de abelha. Num
pronto-socorro, foi ordenado que se administrasse adrenalina 0,3 mg,
em água estéril por via subcutânea. Entretanto, por um erro, a
adrenalina foi administrada por via intravenosa. Isto resultou em um
perigoso aumento da pressão arterial (180/125 mmHg) e aumento dos
batimentos cardíacos. O garoto estava bastante assustado e tenso, com
a pele fria e pequena sudorese nas mãos. Foi administrado
imediatamente nitroprussiato de sódio (um vasodilatador) por infusão
contínua, numa taxa de 0,5 μKg/min, e se recomendou propranolol por
infusão endovenosa lenta numa concentração em torno de 1,0 mg/min
caso necessário. Houve cuidadosa monitorização da pressão
sanguínea, da função cardíaca com ECG acompanhada de intervenção
quando necessário. Atropina (um antimuscarínico) foi deixada para ser
utilizada se a diminuição dos batimentos cardíacos se tornasse muito
intensa e um problema se iniciasse. A hipertensão e a taquicardia foram
sucessivamente controladas, as condições do garoto se tornaram
estáveis em algumas horas e, então, ele estava pronto para retornar a
sua casa.
a) Explique a utilização da adrenalina na situação alérgica apresentada
pelo paciente (considere mecanismo de ação e efeitos farmacológicos).
a. antagonista fisiológico
b) Explique porque o paciente apresentou as seguintes reações adversas
após uso de adrenalina por via IV, fazendo uma relação com os
receptores envolvidos e sua localização tecidual: PA elevada,
taquicardia, e pele fria.
a. ações simpatomiméticas
c) Explique porque o propranolol foi recomendado, e qual seria a
consequência de seu uso.
a. propanolol é um betabloqueador não específico, atuando em b1,
b2 e b3. foi utilizado para reduzir a ação do SNA simpático. —
anti-hipertensivo e ansiolítico de ação periférica
d) Explique porque, além do propranolol, foi utilizado um vasodilatador
como o nitroprussiato de sódio, considerando que o propranolol é um
anti-hipertensivo.
a. evitar respostas adaptativas compensatórias
17.Justifique a associação terapêutica comumente realizada entre fenoterol
e ipratrópio.
simpatomimético e parassimpatolítico juntos maximizam ação
broncodilatadora
18.Qual a principal diferença entre os parassimpatomiméticos de ação
direta e indireta?
a. os de ação direta atuam estimulando o agonista. os de ação
indireta não atuam no receptor, bloqueiam a enzima
acetilcolinesterase de degradar a acetilcolina, não sendo
específica
19.Qual a principal utilidade clínica dos simpatolíticos?
É muito útil na cardiologia, para manejo de ICC e HAS, por exemplo.
20.A seletividade é sempre benéfica? Estudemos o labetalol.
labetalol é antagonista alfa-1 e beta-1 adrenérgico, produz
vasodilatação, inotropismo e cronotropismo negativos
21.Por qual motivo o propranolol não é recomendado para indivíduos que
sofram de comprometimento ventilatório?
a. Porque é beta bloqueador não específico, se bloquear B2 causa
broncoconstrição.
22.Observe a figura abaixo, a qual ilustra os efeitos de doses crescentes de
ATROPINA sobre a frequência cardíaca ao longo do tempo:
Com base no gráfico, explique os efeitos provocados pelas diferentes doses de
atropina sobre a frequência cardíaca, identificando os mecanismos
responsáveis por estes efeitos.
Antagonista de receptores M2, presente nas células nodais, quanto
maior a ligação ao receptor maior o efeito, o que denota antagonismo
competitivo.

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