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Bactérias Gram pdf Wilsa

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1 
Wilsa Costa – Medicina – Habilidades Laboratoriais I – P2 
Coloração de 
Gram 
 
 Bactérias Gram-Positivas e Gram-Negativas: 
 
• A reação das bactérias à técnica de Gram expressa 
diferentes características, de modo especial no 
que diz respeito à composição química, estrutura, 
permeabilidade da parede celular, fisiologia, 
metabolismo e patogenicidade. 
 
• A parede da célula Gram-negativa é constituída 
por estruturas de múltiplas camadas bastante 
complexas, que não retêm o corante quando 
submetidas a solventes nos quais o corante é 
solúvel, sendo descoloradas e, quando 
acrescentado outro corante, adquirem a nova 
coloração. 
 
• Já a parede da célula Gram-positiva consiste em 
única camada que retém o corante aplicado, não 
adquirindo a coloração do segundo corante. 
 
• Nas bactérias Gram-negativas, a parede celular 
está composta por uma camada de peptidioglicano 
e três outros componentes que a envolvem 
externamente: lipoproteína, membrana externa e 
lipopolissacarídeo. 
 
• A bactéria Gram-Positiva é ligeiramente menos 
nociva ao organismo, uma vez que ela pode ser 
combatida com mais sucesso pelos antibióticos. 
Isso é possível porque a sua parede, ou seja, a sua 
proteção, tem menos resistência e os compostos 
antibióticos podem destruir a bactéria com mais 
facilidade. 
 
• Já as negativas são as bactérias mais perigosas, 
mais contagiosas e mais difíceis de ser tratadas 
por causa da alta resistência que apresentam a 
diversos antibióticos. Diferente das bactérias 
positivas e as negativas têm uma parede bem mais 
resistente e, claro, ela impede que os 
medicamentos as atinjam. 
 
• Em resumo: Três substâncias são colocadas em 
contato com elas: primeiro, um corante roxo; em 
seguida, aplica-se o etanol ou acetona para tentar 
retirar o corante; depois, coloca-se um corante 
vermelho chamado Safranina. No final dos três 
processos, a bactéria que ficar de cor vermelha é 
do tipo gram-negativa; por outro lado, se ela ficar 
de cor violeta, então é gram-positiva. 
 
• O exame de coloração fica pronto em quatro 
horas, aproximadamente, e pode ser feito com 
sangue. 
 
• Esta coloração permite distinguir os mais variados 
tipos de bactérias e que tipo de parede celular elas 
tem (se mais simples ou mais complexas, com 
mais ou menos peptideoglicanos – principal 
componente da parede celular bacteriana). 
 
• Ou seja: As bactérias que descorarem quando 
submetidas à um solvente orgânico são Gram-
negativas, e as que permanecerem coradas 
mesmo quando em contato com o solvente são 
denominadas Gram-positivas. 
 
• A diferença entre os dois tipos de células 
relaciona-se com a estrutura da parede celular das 
bactérias 
 
 
 Características Gerais das Bactérias: 
 
o Cocos: 
 
➢ são células geralmente arredondadas, mas podem 
ser ovoides ou achatadas em um dos lados 
quando estão aderidas a outras células. Os cocos 
https://www.infoescola.com/compostos-quimicos/solventes/
 
2 
Wilsa Costa – Medicina – Habilidades Laboratoriais I – P2 
Coloração de 
Gram 
quando se dividem para se reproduzir, podem 
permanecer unidos uns aos outros, o que os 
classificam em: 
 
a. Diplococos – são os que permanecem em 
pares após a divisão. 
b. Estreptococos - são aqueles que se 
dividem e permanecem ligados em forma 
de cadeia. 
c. Tétrades – são aqueles que se dividem 
em dois planos e permanecem em grupos 
de quatro. 
d. Estafilococos - são aqueles que se 
dividem em múltiplos planos e formam 
cachos (forma de arranjo). 
e. Sarcinas - são os que se dividem em três 
planos, permanecendo unidos em forma 
de cubo com oito bactérias. 
 
 
o Bacilos: 
a. são células cilíndricas ou em forma de 
bastão. Existem diferenças consideráveis 
em comprimento e largura entre as várias 
espécies de bacilos. As porções terminais 
de alguns bacilos são quadradas, outras 
arredondadas e, ainda, outras são afiladas 
ou pontiagudas. 
 
o Espirilos 
a. são células espiraladas ou helicoidais 
assemelhando-se a um saca-rolha. 
 
 
 Parede Celular das Bactérias: 
 
3 
Wilsa Costa – Medicina – Habilidades Laboratoriais I – P2 
Coloração de 
Gram 
1. As bactérias Gram positivas apresentam uma 
parede com várias camadas de peptideoglicano 
(mureína), composta por subunidades 
alternadas de N-acetilglicosamina (NAG) e N-
acetilmurâmico (NAM). Estas moléculas são 
ligadas de forma cruzada por tetrapeptídeos 
conferindo maior rigidez a parede. Encontra-se 
ainda na parede o ácido teicóico constituído por 
um carboidrato fosfato e um álcool (glicerol ou 
ribitol). A maioria dos cocos de importância 
clínica (Staphylococcus, Streptococcus, 
Micrococcus, Enterococcus) é Gram positiva, 
exceto Neisseria, Bordetella etc. A parede celular 
das bactérias Gram positivas é sensível à ação da 
lisozima encontrada na lágrima e do muco. 
Sensível também aos antibióticos β-lactâmicos. 
 
2. A estrutura da parede células das bactérias Gram 
negativas é mais complexa. Apresenta uma 
camada mais estreita de peptideoglicano e a 
membrana externa. O peptideoglicano localiza-
se no espaço periplasmático, que compreende o 
espaço entre a membrana externa e a membrana 
celular. A membrana externa é um 
lipopolissacarídeo (LPS), sendo a porção 
lipídica uma endotoxina comum a todas Gram 
negativas. A membrana externa também contém 
proteínas integrais lipoproteínas, proteínas de 
ligação e porinas. A maioria dos bacilos de 
importância clínica (Escherichia, Salmonella, 
Vibrio, Shigella, Pseudomonas etc.) é Gram 
negativa, exceto os gêneros Bacillus, 
Clostridium, Corynebacterium, Lactobacillus 
 
 Como fazer a Coloração de Gram: 
 
Antes de iniciar a coloração, assegure-se de que o 
esfregaço esteja seco. Não fixe o esfregaço em chama, 
pois este processo promove a desidratação brusca dos 
constituintes celulares. Lembre-se de que a violeta-de-
metila já contém fixador químico. Para fazer a coloração, 
siga os seguintes passos: 
1. Cubra o esfregaço com violeta-de-metila e deixe 
por aproximadamente 15 segundos; 
2. Adicione igual quantidade de água sobre a lâmina 
coberta com violeta-de-metila e deixe agir por 
mais 45 segundos; 
3. Escorra o corante e lave em um filete de água 
corrente; 
4. Cubra a lâmina com lugol diluído (1/20) e deixe 
agir por aproximadamente 1 minuto; 
5. Escorra o lugol e lave em um filete de água 
corrente; 
6. Adicione álcool etílico (99,5º GL) sobre a lâmina; 
descorando-a, até que não desprenda mais 
corante; 
7. Lave em um filete de água corrente; 
8. Cubra a lâmina com Safranina e deixe agir por 
aproximadamente 30 segundos; 
9. Lave em um filete de água corrente; 
10. Deixe secar ao ar livre, ou seque suavemente, com 
o auxílio de um papel de filtro limpo; 
11. Coloque uma gota de óleo de imersão sobre o 
esfregaço; 
12. Leia em objetiva de imersão (100 X). 
 
 Como funciona a coloração de Gram ? 
 
a) A existência de um substrato Gram-positivo e 
específico; 
b) As bactérias Gram-positivas e Gram-negativas 
possuiriam diferentes afinidades com o corante 
primário cristal de violeta; 
c) A existência de diferentes graus de 
permeabilidade na parede dos microrganismos 
Gram-positivos e Gram-negativos. 
 
• Este último é o mais aceito atualmente. Tanto a 
espessura da parede celular, quanto as dimensões 
dos espaços intersticiais, por exemplo, “diâmetro 
do poro”, parecem ser determinantes do resultado 
da coloração de Gram. 
 
• Segundo esse conceito, seguimos essa linha de 
pensamento: 
 
a) Quando as estruturas celulares são cobertas pela 
violeta-de-metila, todas se coram em roxo. 
b) Com a adição do lugol, também chamado de 
mordente, ocorre a formação do completo iodo-
pararosanilina. Esta reação tem a propriedade de 
fixar o corante primário nas estruturas coradas. 
 
4 
Wilsa Costa – Medicina – Habilidades Laboratoriais I – P2 
Coloração de 
Gram 
c) Daí algumas estruturasperdem a cor violeta 
rapidamente, quando se aplica um agente 
descorante, como álcool etílico, enquanto outras 
perdem sua cor mais lentamente ou não perdem a 
cor. 
d) A Safranina cora as estruturas que foram 
descoradas novamente. 
 
• As bactérias Gram-Positivas, têm a parede celular 
composta por mureína (peptídeoglicano - 
peptídeo de ácido n-acetil murâmico), durante o 
processo de descoloração com álcool etílico, 
retém o corante. 
 
• Já as bactérias Gram-Negativas com parede 
celular composta predominantemente por ácidos 
graxos (lipopolissacarídeos e lipoproteínas) 
perdem o complexo iodo-pararosanilina, 
assumindo a cor do corante de fundo. 
 
• A parede celular das bactérias Gram positivas é 
formada por uma camada espessa de 
peptideoglicano, enquanto a parede celular das 
Gram negativas é formada por uma camada fina 
de peptideoglicano mais a externa 
lipopolissacarídica. Ao ser corada e depois de 
aplicado um solvente (álcool) a Gram positiva 
permanece corada pelo corante cristal violeta, 
enquanto a Gram negativa é descorada e corada 
posteriormente com fucsina, permitindo a 
diferenciação 
 
• O álcool dissolve o LPS da Gram negativa e o 
corante sai 
 
• Já a Gram positiva por não apresentar lipídeos, 
mas uma camada espessa de peptideoglicano será 
desidratada e reterá o corante violeta de genciana. 
 
 
• Durante o processo de coloração, o tratamento 
com álcool-cetona extrai os lipídeos, resultando 
em uma permeabilidade aumentada da parede 
celular das bactérias Gram negativas. Assim, o 
complexo cristal violeta pode ser retirado e as 
bactérias Gram-negativas são descoradas. A 
parede celular das bactérias Gram-positivas, 
em virtude de sua composição diferente (menor 
conteúdo de lipídeos), torna-se desidratada 
durante o tratamento com álcool-cetona 
reduzindo a permeabilidade e, portanto, o 
complexo cristal violeta não pode ser extraído. 
 
• OBS: Algumas bactérias coram-se fracamente ou 
não adquirem cor. 
 
 Como fazer o controle de qualidade do método 
de Gram ? 
 
• O controle de qualidade é uma atividade 
obrigatória da rotina diária. Para realizar o controle 
de qualidade dos corantes e da coloração de Gram, 
você precisa de duas cepas bacterianas: a Gram-
positiva deverá ser um Streptococcus pyogenes e 
a Gram-negativa deverá ser a Escherichia coli.

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