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Prévia do material em texto

Tipos e formas de obtenção de amostras 
utilizadas no laboratório clínico
Apresentação
A solicitação de um exame laboratorial tem, normalmente, a finalidade de diminuir os 
questionamentos que surgem ao médico devido ao histórico médico do paciente ou familiar e ao 
exame físico. O processo para a realização de um exame laboratorial é iniciado a partir do pedido 
médico e finalizado com a emissão dos laudos técnicos e com a interpretação dos resultados 
obtidos nos exames. O laboratório clínico tem um papel fundamental no sucesso desse processo e, 
para que isso aconteça, são indispensáveis o cuidado e o controle desde o momento da coleta de 
material biológico.
A coleta do material biológico faz parte da fase pré-analítica laboratorial. Atualmente, tem se 
tornado comum responsabilizar a fase pré-analítica por, aproximadamente, 70% dos erros ocorridos 
nos laboratórios. Desse modo, é importante que todas as fases do atendimento ao paciente, em 
especial a coleta do material biológico, sejam desenvolvidas seguindo os mais elevados princípios 
de qualidade, considerando a existência e a importância de diversas variáveis que podem 
influenciar na qualidade do resultado do exame laboratorial.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer um pouco mais sobre os tipos e as formas de 
obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico, as principais amostras analisadas, e saberá 
quais são as medidas de segurança associadas à coleta de amostras biológicas e quais são os 
procedimentos associados à obtenção dessas amostras.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as principais amostras analisadas em laboratórios clínicos.•
Descrever as medidas de segurança associadas à coleta de amostras biológicas utilizadas no 
laboratório clínico.
•
Determinar quais são os procedimentos associados à obtenção das principais amostras 
biológicas utilizadas no laboratório clínico.
•
Desafio
É no laboratório que são realizadas as análises de amostras com o objetivo de auxiliar o médico na 
elucidação de questionamentos e na construção do diagnóstico. Por isso, conhecer e compreender 
os tipos de amostras é fundamental.
Veja a seguinte situação:
De acordo com seu conhecimento acerca do assunto, responda qual seria a amostra coletada para 
atender ao questionamento médico e descreva quais são as análises mais comumente realizadas a 
partir dessa amostra.
Infográfico
A realização de um exame laboratorial tem início com o pedido do médico e termina somente com a 
emissão do laudo e a interpretação dos resultados obtidos nos exames. Nesse processo, uma etapa 
muito importante é a coleta do material biológico, que, dependendo da solicitação do exame, pode 
ser diferente. O sangue é um dos tipos de amostras biológicas mais comuns no laboratório de 
análises clínicas, mas é possível coletar urina e diversos outros fluidos biológicos.
No Infográfico a seguir, veja uma breve descrição de amostras relevantes para a análise de um 
laboratório.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/da169b01-bfe2-4649-b091-4756a8b373c0/420aec6e-105e-4053-8bd1-f1aac6a4c5a8.jpg
 
Conteúdo do livro
Os exames laboratoriais fornecem dados essenciais em relação ao estado de saúde do indivíduo, 
além de dados para o monitoramento do tratamento. Para que os resultados tenham relevância 
clínica, é fundamental garantir a qualidade dos processos envolvidos. Nesse contexto, é importante 
considerar o volume de amostras e testes realizados por um laboratório e manter profissionais 
qualificados e atualizados para atender ao fluxo intenso e variado de trabalho.
Na obra Instrumentação biomédica, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, no capítulo Tipos 
e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico, você encontrará subsídios para 
entender mais sobre o tema.
Boa leitura.
INSTRUMENTAÇÃO 
BIOMÉDICA 
Laura Reck Cechinel
Tipos e formas de obtenção 
de amostras utilizadas 
no laboratório clínico
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar as principais amostras analisadas em laboratórios clínicos.
 � Descrever as medidas de segurança associadas à coleta de amostras 
biológicas utilizadas no laboratório clínico.
 � Determinar quais são os procedimentos associados à obtenção das 
principais amostras biológicas utilizadas no laboratório clínico.
Introdução
O laboratório clínico tem como uma de suas metas auxiliar a elucidar 
os questionamentos médicos que não foram respondidos por meio do 
exame físico. O interesse do médico que solicita o exame é obter um 
laudo laboratorial, muitas vezes com urgência, que garanta a qualidade 
dos resultados. Nesse cenário, cabe ao laboratório e aos profissionais que 
trabalham nesse ambiente o conhecimento técnico para a manutenção 
do padrão. Ao emitir um resultado correto, o laboratório assume que todos 
os princípios de excelência foram assegurados. Por exemplo, na coleta do 
material biológico, é necessário considerar a existência e a importância 
de diversas variáveis que podem influenciar a qualidade do resultado.
Neste capítulo, você irá identificar as principais amostras analisadas, 
descrever as medidas de segurança associadas à coleta de amostras 
biológicas e, ainda, vai determinar quais são os procedimentos associados 
à obtenção dessas amostras.
Principais amostras analisadas em 
laboratórios clínicos 
Os laboratórios de análises clínicas são fundamentais aos serviços de saúde, 
pois auxiliam no diagnóstico e no monitoramento de patologias, por exemplo. 
O fluxo de trabalho nos laboratórios é muito complexo, uma vez que podem 
realizar diferentes exames e receber uma gama variada de amostras biológicas. 
Considerando que a literatura indica que 70% dos erros laboratoriais acontecem 
na etapa pré-analítica, é importante conhecer, controlar e, se possível, evitar 
algumas variáveis que possam interferir nos resultados. Para isso, iremos 
identificar e diferenciar as amostras biológicas que chegam ao laboratório. 
Sangue
O sangue é um fluido complexo composto por duas partes: plasma e ele-
mentos celulares. O plasma constitui cerca de 55% do volume do sangue e é 
composto, em grande parte (90%), por água, onde se encontram os elementos 
inorgânicos (sais minerais) e orgânicos (proteínas, lipídeos, hormônios, fatores 
de coagulação como o fibrinogênio (uma proteína importante no processo de 
coagulação do sangue). Os outros 45% são células como os glóbulos verme-
lhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. No corpo de um adulto circulam, 
em média, 5 litros de sangue, no entanto, esse volume pode variar de acordo 
com o peso do indivíduo (BORDIN et al., 2015).
A coleta de sangue para o diagnóstico e para o acompanhamento do tra-
tamento de processos patológicos tem um valor inestimável, por essa razão, 
é um dos tipos mais comuns de amostra biológica laboratorial. Dependendo 
da análise, o exame poderá ser realizado no sangue total (hemograma), no 
plasma ou no soro (porção do plasma obtida quando os elementos de coagu-
lação sanguínea estão em baixas concentrações). Quando o teste tiver que ser 
realizado no soro, o sangue deverá ser armazenado em tubo sem anticoagulante, 
uma vez que é do nosso interesse que, para esse tipo de material, ocorra o 
processo de coagulação sanguínea. Para obtenção do soro, a coleta é feita a 
partir do tubo sem anticoagulante; além disso, é necessário um período de 
30 a 90 minutos para a formação do coágulo e a completa obtenção do soro. 
Do ponto de vista de dosagem de proteínas totais, a diferença entre soro e 
plasma é muito pequena, motivo pelo qual pode ser desconsiderada. Já para 
se obter o plasma, o interesse é que não ocorra a coagulação; portanto, o ar-
mazenamento do sangue deve ser realizado em tubo contendo anticoagulante.
Tipos e formas deobtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico2
As análises realizadas no setor de hematologia utilizam sangue total com 
anticoagulante na maioria das vezes, embora alguns testes que avaliam o 
funcionamento do sistema de coagulação, como tempo de tromboplastina 
ativada e o tempo de protrombina, são realizados com plasma. Já as análises 
bioquímicas são realizadas no soro ou no plasma, de preferência. 
Urina
A urina também é uma amostra recebida com frequência no laboratório. 
A sua composição pode variar, mas apresenta as seguintes proporções, 
aproximadamente: 
 � água — 95%; 
 � resíduos orgânicos — 3,7%; 
 � resíduos inorgânicos — 1,3%. 
O exame de urina tem grande utilidade clínica, uma vez que a análise quali-
tativa e quantitativa de seus componentes pode gerar dados associados à fisio-
patologia renal, além de algumas patologias hepáticas e metabólicas. Ainda, é 
possível dizer que diversos fatores afetam a composição físico-química da urina, 
como exercício, ingestão hídrica e de alimentos, além de diversos distúrbios 
metabólicos ou doenças. Por ser um exame que utiliza metodologia relativa-
mente simples, com facilidade de obtenção da amostra e que pode gerar muitos 
dados sobre o estado do paciente, os médicos o solicitam com frequência, sendo 
considerado como um exame de rotina (NAKAMAE et al., 1980).
A análise fisico-química da urina é realizada pela avaliação dos seguintes 
aspectos:
 � densidade;
 � pH;
 � proteínas;
 � glicose;
 � cetonas;
 � bilirrubina;
 � urobilinogênio;
 � nitrito;
 � presença de sangue;
 � aspecto (transparência da amostra);
 � coloração.
3Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
Além disso, por meio da análise microbiológica, é possível identificar a 
presença de microrganismos.
Fezes
O exame das fezes tem como um dos objetivos estudar as funções digesti-
vas. Ele compreende análises macroscópicas das características das fezes, 
incluindo coloração, consistência e odor; bioquímicas, para a detecção precoce 
de sangramento gastrintestinal; e também distúrbios hepáticos e dos ductos 
biliares, pela avaliação dos níveis de urobilirrogênio. 
As síndromes de má absorção também podem ser diagnosticadas por meio 
do exame das fezes. Nesse caso, podem ser realizadas análise da coloração por 
Sudan III, que funciona como triagem para gordura fecal, além da medição 
direta de gordura fecal. Essa análise é bastante confiável, visto que a má 
absorção de gordura está presente em quase todos os distúrbios desse tipo. 
Ainda, podem ser realizadas as mensurações de elastase e quimotripsina nas 
fezes, as quais podem ajudar a diferenciar causas pancreáticas e intestinais 
da má absorção (RUIZ JR., 2018). 
Outra avaliação comum do exame das fezes é a presença de parasitos no 
organismo, que pode ser detectada pelo exame parasitológico de fezes (DE 
CARLI, 2001; AZEVEDO et al., 2017).
Outros fluidos biológicos 
Líquido cefalorraquidiano 
O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um líquido incolor que está em contato 
com o cérebro e com a medula espinhal, circula no espaço subaracnóideo, 
nos ventrículos cerebrais e no canal central da medula, ou medula vertebral 
(FERRO; MAKINISTIAN, 2011). O LCR é constituído pelos seguintes elemen-
tos (DIMAS; PUCCIONI-SOHLER, 2008): concentrações baixas de proteína;
 � glicose;
 � lactato;
 � enzimas;
 � potássio;
 � magnésio;
 � concentrações relativamente elevadas de cloreto. 
Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico4
A análise do LCR permite o estadiamento e o seguimento de processos 
vasculares, infecciosos, inflamatórios e neoplásicos que acometem, de forma 
direta ou indireta, o sistema nervoso e ainda o diagnóstico laboratorial de 
doenças neurodegenerativas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA 
CLÍNICA E MEDICINA LABORATORIAL, 2014). A análise da composição 
e dinâmica do fluxo do LCR pode dar informações acerca da presença de 
doenças neurológicas, fornecendo dados para diagnóstico e acompanhamento 
de seus pacientes. 
Os riscos da coleta de LCR existem e podem ser substanciais e poten-
cialmente fatais, embora raros, por este motivo, é um material considerado 
nobre no laboratório. No entanto, esses riscos são minimizados por meio de 
uma compreensão adequada das indicações, contraindicações e técnicas do 
procedimento. As indicações para a punção podem ser divididas em quatro 
categorias das principais doenças: 
 � infecção das meninges (meningites);
 � hemorragia subaracnoidea (às vezes, decorrente de um acidente vascular 
cerebral);
 � malignidade primária ou metastática;
 � doenças desmielinizantes. 
Além da análise das pressões no momento da coleta do LCR, também são 
realizadas contagens globais do número de células presentes e a determinação 
das diferentes populações celulares encontradas (GNUTZMANN et al., 2016), 
além da análise do perfil bioquímico e da análise microbiológica (coloração 
de Gram e cultura para microrganismos, caso haja a suspeita de meningite 
tuberculosa, acrescenta-se a coloração de Ziehl-Nielsen e cultura em meio 
específico) (REIBER; PETER, 2001; DIMAS; PUCCIONI-SOHLER, 2008; 
FERRO; MAKINISTIAN, 2011). 
Líquido amniótico
O líquido amniótico (LA) é um líquido que envolve o embrião, portanto é um 
importante componente do ambiente intrauterino. A análise da qualidade do 
LA pode ser realizada por propriedades físicas, volume e composição, as quais 
variam ao longo do desenvolvimento do feto.
5Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
O LA permite a realização de vários exames complementares, princi-
palmente ligados à determinação da maturidade fetal. Entre as análises 
realizadas utilizando o líquido aminiótico, podemos citar, além de outras 
análises genéticas (CAMPANA; CHÁVEZ; HAAS, 2003): 
 � dosagem de fosfolípides;
 � percentual de células orangiófilas; 
 � presença de bilirrubina no LA;
 � dosagem de creatinina;
 � dosagem da alfa-feto proteína.
Líquidos corporais: de cavidade abdominal, pleural, ascítico, 
pericárdico e sinovial
Na rotina de líquidos corporais, são feitos os seguintes exames,entre outras 
dosagens específicas:
 � contagem de hemácias;
 � contagem de leucócitos;
 � citoógico diferencial (polimorfonucleares e mononucleares);
 � níveis de glicose;
 � proteínas totais;
 � albumina;
 � lactato desidrogenase (LDH);
 � amilase.
Para a realização dessas análises, ao menos dois frascos devem ser coleta-
dos: um com anticoagulante, para contagem de células, e outro sem aditivos, 
destinado às análises bioquímicas. Ainda, é possível realizar exames micro-
biológicos (bacteriológico e bacterioscópico) e, para isso, o material deve ser 
coletado em frasco estéril.
Secreções biológicas
Escarros
A coleta do escarro pode ser espontânea ou induzida, com frequência é solici-
tada para investigar a presença de microrganismos que podem causar infecções 
Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico6
pulmonares ou nas vias respiratórias. Em geral, a coleta de escarro é utilizada 
para diagnóstico da tuberculose pulmonar (BRASIL, 2002).
Sêmen
A coleta de sêmen (esperma) é realizada por meio de masturbação e tem como 
principal objetivo avaliar a infertilidade masculina. 
Uma amostra de sêmen depende de alguns fatores não controláveis pelo 
laboratório para ser considerada ótima para análise, de modo que resultados 
confiáveis sejam emitido. São os seguintes:
 � A amostra completa deve ser coletada de forma integral. Durante a 
ejaculação, as primeiras frações de sêmen são principalmente fluidos 
prostáticos ricos em espermatozoides, enquanto as frações posteriores 
são dominadas pelo fluido vesicular seminal. Desse modo a primeira 
porção da ejaculação tem grande influência sobre os resultados (BJÖRN-
DAHL; KVIST, 2003). 
 � A atividade das glândulas sexuais acessórias, as quais produzem os 
fluidos onde encontram-se os espermatozoides concentrados na eja-
culação (ELIASSON, 2003). 
 � O tempo desde a última atividadesexual. Em situação de abstinên-
cia sexual, os espermatozoides se acumulam nos epidídimos, depois 
transbordam para a uretra e são liberados na urina. Além disso, como 
os epidídimos não são completamente esvaziados por uma ejaculação, 
alguns espermatozoides permanecem, dependendo do tempo da ejacu-
lação anterior (COOPER et al., 1993).
Essa grande variabilidade faz com que, muitas vezes, não seja possível 
caracterizar a qualidade do sêmen de um homem a partir da avaliação de 
uma única amostra.
Secreção vaginal
O exame para avaliação da secreção vaginal auxilia na detecção de processos 
infecciosos, sendo fundamental para o diagnóstico de vaginites e vaginoses. 
O material deve ser coletado por profissional de saúde qualificado, utilizando 
um swab e técnica específica. No consultório médico, em geral, é realizada a 
preparação de lâminas para avaliação de odor e também detectação de trico-
monas (Trichomonas vaginalis). Além disso, a partir dessa coleta é possível 
7Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
realizar a cultura microbiológica do material, avaliação do pH e diferenciação 
de células (NICOLL; MCPHEE; PIGNONE, 2006). 
Secreção de ferida cutânea ou cirúrgica, abscesso ou fístula
A coleta de secreções de feridas pode ser realizada utilizando-se seringa e 
agulha. Quando a punção com agulha não for possível, pode-se aspirar o mate-
rial somente com seringa tipo insulina; além disso, pode-se coletar o material 
utilizando o swab. Esse material é utilizado para diagnosticar infecções por 
microrganismos e identificar o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos. 
A coleta de secreções e análise microbiológica é considerado um procedimento 
simples, de baixo custo, não invasivo e indicado para a maioria das feridas 
(FERREIRA; ANDRADE, 2006). 
Tecidos
Para testes de biologia molecular é muito comum o uso de amostras de teci-
dos, especialmente nos casos em que a coleta de sangue não é possível (pa-
ciente falecido), quando o tecido e o sangue apresentarem diferente genótipo 
(mutações somáticas em doenças neoplásicas ou mosaicismos) ou quando o 
tecido é a única fonte de ácidos nucleicos para potenciais agentes infecciosos. 
Nesses casos, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica recomenta que 
sejam coletados de 1 a 2 g de tecidos para análise, no entanto, a quantidade 
ótima irá depender da celularidade e da quantidade de núcleos da amostra 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA E MEDICINA 
LABORATORIAL, 2014). 
Segurança na coleta de amostras biológicas 
O laboratório de análises clínicas é um ambiente complexo, onde ocorrem 
muitos processos diferenciados, além de se observar um fluxo intenso de 
pessoas e a presença de reagentes, soluções, microrganismos, etc., o que 
favorece, muitas vezes, a ocorrência de acidentes. Segundo a literatura, os 
serviços de análises e patologia clínica são ambientes de trabalho hostis, 
visto que funcionários estão em constante exposição aos agentes biológicos 
potencialmente infectantes presentes nesses locais (VENDRAME, 1997). 
Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico8
Para que o laboratório funcione sem intercorrências é necessário que os 
funcionários e o estabelecimento tenham disciplina, ética e adesão às normas, 
pois a ausência desses fatores em um ambiente extremamente hostil, tornam 
as pessoas vulneráveis aos riscos que permeiam esse local. Assim, faz-se 
necessário que sejam aplicadas as práticas e as técnicas consideradas padrão 
em segurança, sendo necessário que os trabalhadores recebam treinamento 
adequado e atualizações constantes sobre as técnicas de biossegurança (FON-
SECA, 2012). 
A biossegurança é um conjunto de normas e procedimentos considerados 
seguros e adequados à manutenção da saúde em atividades com risco de ocorre-
rem doenças. As medidas associadas devem ser implementadas por laboratórios 
para garantir a segurança e a integridade vital dos funcionários, entre outros 
aspectos. O papel da biossegurança na promoção à saúde é fundamental, 
uma vez que aborda medidas de controle de infecção não só para proteção 
dos funcionários que atuam na rede laboratorial, mas para a preservação do 
meio ambiente, no que se refere ao descarte de resíduos, contribuindo para a 
redução de riscos à saúde (ZOCHIO, 2009). 
Os laboratórios de análises clínicas recebem vários tipos de materiais po-
tencialmente infectantes para diagnóstico. No momento da coleta, geralmente 
a natureza infecciosa do material é desconhecida, entretanto, mesmo com o 
desconhecimento do potencial de risco dessa amostra, a frequência dos aciden-
tes é relativamente baixa, mas eles podem ocorrer e ter sérias consequências. 
Desse modo, são adotadas medidas de segurança como meio de prevenção 
da contaminação, uma vez que grande parte dos acidentes acontece pelo não 
cumprimento das normas de segurança propostas, dando origem, assim, a 
procedimentos que apresentam riscos. Nesse contexto, os procedimentos que 
promovem a segurança dos trabalhadores são chamados de boas práticas de 
laboratório (BPL). Essas práticas baseiam-se na necessidade de proteção ao 
operador, seus auxiliares e a comunidade local de trabalho, dos instrumentos 
de manipulação e do meio ambiente (CARVALHO, 1999; HIRATA, 2002).
O risco existe, de forma predominante, para profissionais que ingressaram 
pela primeira vez no mercado laboratorial sem terem conhecimento dos cui-
dados necessários para evitar a exposição aos riscos e da rotina do serviço, 
como também para profissionais muito experientes, que já trabalham por 
muitos anos e acabam adquirindo vícios profissionais ou achando que nada 
de errado acontecerá. É necessário que os profissionais sejam previamente 
conscientizados sobre os riscos de determinada atividade, assim como da 
importância das medidas de controle e proteção adotadas para a manutenção 
e respeito à segurança. 
9Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
Considerando o momento da coleta do material biológico, especialmente de 
sangue, o número de erros que podem acontecer é consideravelmente grande, 
e as consequências desses erros podem ser prejudiciais tanto para os pacientes 
quanto para os funcionários. É por isso que existem os procedimentos que 
visam a excelência das práticas laboratoriais e, ao não respeitá-los, é pouco 
provável que as amostras e os resultados obtidos possam ser comparáveis 
entre laboratórios diferentes.
Nesse cenário, as BPL incluem medidas de controle e contenção que en-
volvem a proteção coletiva e individual, desde a organização do trabalho, a 
segurança nas atividades laboratoriais e a higiene. De acordo com a natureza 
do risco, as medidas de segurança podem ser as seguintes:
 � substituição de matérias-primas e insumos por produtos menos pre-
judiciais à saúde;
 � alteração no processo de trabalho com emprego de novas tecnologias 
que minimizem situações de risco;
 � instalação de equipamentos que evitem a dispersão de contaminantes 
no ambiente e o uso de equipamento de proteção individual (EPI) que 
visa medidas de proteção individual.
Os Quadros 1 e 2, a seguir, apresentam algumas normas de BPL associadas 
aos cuidados pessoais e práticas de controle de infecções.
Segmento Norma
Vestuário Calças compridas, sapatos fechados e uso de aventais. Os 
calçados devem ser de material não poroso e resistente 
para impedir lesões no caso de acidentes com materiais 
perfurocortantes, substâncias químicas e materiais biológicos.
Cabelos Se forem compridos, devem permanecer sempre presos ou com 
gorros para evitar contato com materiais biológicos ou químicos.
Olhos Sempre dar preferência a óculos, uma vez que lentes de 
contato podem manter agentes infecciosos na mucosa.
Quadro 1. Normas de BPL associadas aos cuidados pessoais
(Continua)
Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico10
Quadro 1. Normas de BPL associadas aos cuidados pessoais
Segmento Norma
Mãos Um dos procedimentosfundamentais é lavar as mãos 
constantemente. Deve-se fazer a assepsia das mãos entre 
o atendimento dos pacientes, conforme recomendações 
específicas. A higienização pode ser feita com água e sabão 
ou usando álcool gel. A fricção com álcool reduz em 1/3 
o tempo despendido pelos profissionais de saúde para a 
higiene das mãos, aumentando a aderência a essa ação 
básica de controle. Quanto às desvantagens, é citado o odor 
que fica nas mãos e a inflamabilidade, que é observada 
apenas com as soluções de etanol acima de 70%.
Luvas As luvas descartáveis são barreiras de proteção e podem ser 
confeccionadas em látex, vinil, polietileno ou nitrila. Alguns 
funcionários podem desenvolver dermatite pelo uso prolongado 
desses EPIs. Para esses casos, luvas de outros materiais devem 
ser experimentadas (nitrila, polietileno e outras composições). 
O uso de luvas sem talco, assim como a utilização de luvas 
revestidas de algodão, também podem ser uma alternativa para 
pessoas sensibilizadas. As luvas devem ser trocadas antes da 
realização da venopunção. É prudente tirar as luvas sempre que 
for abrir portas, atender telefone, ligar e desligar interruptores, 
desse modo, evita-se a contaminação dessas superfícies.
Assepsia A venopunção deve ser precedida pela higienização do 
local para prevenir a contaminação microbiana de cada 
paciente ou amostra. Para a assepsia é recomendado usar 
álcool isopropílico 70% ou álcool etílico, substâncias de 
limpeza não alcoólicas, como clorexidina, entre outros.
Coleta com 
sistema 
de vácuo
A coleta a vácuo é um sistema fechado de coleta de sangue, 
portanto garante a segurança do profissional de saúde e do 
paciente, uma vez que, ao puncionar a veia do paciente, o 
sangue flui diretamente de sua veia para o tubo de coleta a 
vácuo. Após o término da coleta sanguínea, o descarte de 
material perfurocortante ocorre em recipientes de parede 
rígidas adequados e não se indica fazer o reencape de agulhas.
Vacinas O profissional da saúde deve estar em dia com a vacinação, pois 
ele tem um risco maior do que a população comum para adquirir 
doenças. A vacinação ocupacional indicada para profissionais 
da saúde são: hepatite A e B, tétano, difteria e coqueluche, 
catapora, influenza (gripe), sarampo, caxumba e rubéola.
(Continuação)
11Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
Fonte: Adaptado de World Health Organization ([2017?]).
O que se deve fazer O que não se deve fazer
Fazer a higiene das mãos (use sabão 
e água ou compressa com álcool) 
e lave cuidadosamente, inclusive 
pulsos e espaços interdigitais, 
por pelo menos 30 segundos
Não se esquecer de lavar as mãos
Usar um par de luvas não estéreis 
por procedimento ou paciente
Não usar o mesmo par de luvas 
para mais de um paciente e não 
lavar as luvas para reutilização
Usar um dispositivo de uso 
único para coleta de amostra 
e tiragem de sangue
Não usar a mesma seringa, agulha ou 
lanceta para mais de um paciente
Desgerminar a pele no 
sítio da venopuntura
Não tocar o sítio da perfuração 
depois de desinfetá-lo
Descartar imediatamente o dispositivo 
usado (agulha e seringa constituem 
uma única unidade) em recipiente 
robusto para material perfurocortante
Não deixar uma agulha sem 
proteção ficar fora do recipiente 
para objetos cortantes
Quando for inevitável reencapar 
uma agulha, usar a técnica da 
reencapagem com uma só mão
Não reencapar uma agulha 
usando ambas as mãos
Fechar o recipiente de objetos 
perfurocortantes com tampa 
resistente a manipulações indevidas
Não encher o recipiente de material 
perfurocortante até transbordar 
nem decantar esse recipiente
Colocar os tubos com amostras 
laboratoriais em uma cremalheira 
resistente antes de injetar 
na tampa de borracha
Não injetar em um tubo laboratorial 
enquanto o segura com a outra mão
Comunicar imediatamente qualquer 
incidente ou acidente de ferimento 
por ou objeto cortante ligado 
à lesão por agulha ou objeto e 
buscar ajuda; iniciar a profilaxia 
pós-exposição (PPE) o mais breve 
possível, seguindo os protocolos
Não retardar a PPE após a exposição 
a material potencialmente 
contaminado. Depois de 
72 horas, a PPE não é eficaz
Quadro 2. Práticas de controle de infecções
Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico12
Além das medidas para manter a segurança de funcionários e pacientes 
no momento da coleta de amostras biológicas, é importante chamar atenção 
para outros cuidados durante esse procedimento. Considerando que a fase 
pré-analítica, ou seja, a coleta de amostras, é a maior contribuinte para a 
variação dos resultados dos exames, é importante que se conheça as variáveis 
que interferem na qualidade dos resultados. A seguir, apresentamos uma 
breve descrição dos interferentes mais relevantes para a coleta de amostras 
biológicas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA E ME-
DICINA LABORATORIAL, 2014).
 � Variação cronobiológica — está associada às alterações na concen-
tração de um determinado parâmetro em função do tempo, de modo 
cíclico. Por exemplo, para análise do cortisol, as coletas realizadas à 
tarde fornecem resultados até 50% mais baixos do que os obtidos nas 
amostras coletadas pela manhã.
 � Sexo — cada sexo apresenta diferenças hormonais e características 
específicas, além de parâmetros sanguíneos e urinários que diferem 
entre homem e mulher como respostas de diferenças metabólicas e da 
massa muscular, entre outros fatores. 
 � Idade — a idade do indivíduo interfere em alguns parâmetros bioquí-
micos, resultante de diversos fatores, como maturidade funcional dos 
órgãos e sistemas, conteúdo hídrico e massa corporal.
 � Posição — mudança rápida na postura corporal pode causar variações 
na concentração de alguns componentes séricos. Quando o indivíduo 
se move da posição supina para a posição ereta, por exemplo, ocorre 
um afluxo de água e substâncias filtráveis do espaço intravascular 
para o intersticial. Algumas proteínas de alto peso molecular terão sua 
concentração relativa elevada até que o equilíbrio hídrico se restabeleça, 
por exemplo.
 � Atividade física — devido ao fato de que os exercícios físicos têm 
efeito sobre alguns componentes sanguíneos, apesar de ser um efeito 
transitório, prefere-se a coleta de amostras com o paciente em condições 
basais, que são mais facilmente reprodutíveis e padronizáveis. O esforço 
físico pode causar aumento da atividade sérica de algumas enzimas, 
como a creatinaquinase. 
 � Jejum — padrões bem estabelecidos sugerem um período de jejum para 
a coleta de sangue para exames laboratoriais. De modo geral, após as 
refeições, se observa a turbidez do soro (lipemia), o que pode interferir 
em algumas metodologias.
13Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
 � Dieta — a dieta a que o indivíduo está submetido, mesmo respeitado 
o período regulamentar de jejum, pode interferir na concentração de 
alguns componentes, na dependência das características orgânicas do 
próprio paciente. 
 � Uso de fármacos e drogas de abuso — pode incluir tanto a adminis-
tração de substâncias com finalidades terapêuticas quanto as utilizadas 
para fins recreacionais, uma vez que ambos podem causar variações nos 
resultados de exames laboratoriais. O uso de álcool e fumo também é 
considerado, uma vez que o consumo esporádico de etanol pode causar 
alterações significativas e quase imediatas na concentração plasmática 
de glicose, de ácido láctico e de triglicérides, por exemplo. 
Procedimentos para obtenção de amostras 
biológicas 
De acordo com o que foi abordado inicialmente, o laboratório de análises 
clínicas recebe uma gama variada de amostras biológicas. Considerando o tipo 
de amostra a ser coletada, os procedimentos relacionados a essa coleta podem 
variar. A seguir, listaremos as etapas de acordo com os tipos de amostras 
que foram estudadas anteriormente e que são mais frequentes no laboratório. 
Sangue
As etapas e os procedimentos envolvidos na coleta desangue venoso são base-
adas nas normas e nas recomendações do Clinical and Laboratory Standards 
Institute (CLSI). Esse órgão é uma organização internacional, interdisciplinar 
sem fins lucrativos reconhecida mundialmente por promover o desenvolvimento 
e a utilização de normas e diretrizes voluntárias no âmbito dos cuidados de 
saúde da comunidade. De modo geral, para realizar a coleta de sangue venoso 
devem-se respeitar, independentemente do método de escolha (sistema aberto 
ou fechado), os passos a seguir:
 � verificar se o local da coleta está abastecido com os materiais neces-
sários e limpo;
 � identificar o paciente, conferir a solicitação do exame, identificar os 
tubos para coleta;
 � higienizar o local;
 � higienizar as mãos;
Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico14
 � calçar as luvas;
 � posicionar o braço do paciente e fazer a assepsia de forma correta;
 � fazer a punção no local escolhido;
 � aspirar o volume necessário;
 � retirar a agulha da veia do paciente;
 � descartar a agulha imediatamente após a remoção do braço do paciente, 
em recipiente adequado, sem a utilização das mãos (de acordo com a 
normatização nacional — não desconectar a agulha, não reencapar);
 � abrir a tampa do primeiro tubo, deixar que o sangue escorra pela sua pa-
rede devagar para evitar hemólise (no caso de utilizar agulha e seringa).
Após a coleta da amostra de sangue total, devem ser realizados procedi-
mentos de boas práticas de pós-coleta para prevenção de hemólise, descritas 
a seguir:
 � fechar o tubo e homogeneizar, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes 
de acordo com o tubo utilizado. O CLSI recomenda que o processo de 
homogeneização do sangue ao anticoagulante citrato ocorra em um 
intervalo inferior a 1 minuto, após a finalização da coleta; 
 � não deixar o sangue em contato direto com gelo, quando o analito a ser 
dosado necessitar dessa conservação;
 � usar, de preferência, o tubo primário; evitar a transferência de um tubo 
para outro;
 � não deixar o sangue armazenado por muito tempo refrigerado antes 
de realizar os exames;
 � não centrifugar a amostra de sangue em tubo para obtenção de soro, 
antes do término da retração do coágulo, pois a formação do coágulo 
ainda não está completa, o que pode levar à ruptura celular;
 � quando utilizar um tubo primário com gel separador, a centrifugação 
e a separação do soro devem ser realizadas dentro de, no mínimo, 30 
minutos e, no máximo, 2 horas após a coleta;
 � não usar o freio da centrífuga com o intuito de interromper a centrifu-
gação dos tubos, pois essa brusca interrupção pode provocar hemólise.
Em relação à centrifugação dessas amostras, recomenda-se o uso de centrí-
fugas balanceadas de ângulo móvel (tipo swing-bucket). A relação velocidade/
tempo pode variar de um fornecedor para outro e entre tubos diferentes. Essa 
relação pode ser observada no Quadro 3, a seguir. 
15Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
Fonte: Adaptado de Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (2014).
Aceleração e tempo de centrifugação*
Tipo RCF (g) Tempo (min)
Tubo de vidro com gel separador 
e ativador de coágulo
1.000 a 1.300 10
Tudo de plástico com gel separador 
e ativador de coágulo
1.300 a 2.000 10
2.000 a 3.000 4 a 5
Tubo com gel separador e anticoagulante 1.000 a 1.300 10
Tubo sem gel separador ≤ 1.300 10
Tubo contendo citrato** 1.500 15
Tubo com gel separador e com 
acelerador da coagulação
1.500 a 1.700 10
* Os valores descritos são estimados e variam de acordo com o fabricante. Deve-se sempre consultar 
as instruções do fabricante.
** Sangue coletado em tubos contendo citrato deve ser centrifugado a uma velocidade e tempo 
suficientes, para a obtenção de plasma pobre em plaquetas (contagem de plaquetas < 10.000/mL), 
de acordo com normas do CLSI.
RCF — força centrífuga relativa; g — gravidade
Quadro 3. Relação tempo/velocidade de centrifugação de acordo com o tipo de tubo 
de coleta
Os tubos que contém gel separador não devem passar por um segundo 
processo de centrifugação após a formação da barreira. As barreiras têm maior 
estabilidade quando os tubos são centrifugados em centrífugas horizontais 
(caçamba de ângulo móvel), não refrigeradas, do que em centrífugas de ângulo 
fixo. O plasma e o soro dos tubos sem gel devem ser removidos da camada 
celular em até 2 horas após a coleta da amostra, conforme orientação do CLSI.
A amostra de sangue também pode ser utilizada para a realização de 
hemocultura. Nessa coleta, faz-se a transferência de sangue para as garrafas 
de hemocultura, que contêm meios de cultura próprios para o crescimento de 
microrganismos. A qualidade de sangue é fator limitante, tanto para a posi-
tividade quanto para a agilidade dos resultados. Após a coleta, as amostras 
devem ser transportadas ao laboratório em, no máximo, 2 horas, pois atrasos 
no início da incubação dos frascos podem retardar ou mesmo impedir o cres-
Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico16
cimento de microrganismos. As garrafas de hemoculturas jamais devem ser 
refrigeradas ou congeladas, pois baixas temperaturas podem inviabilizar alguns 
microrganismos; o ideal é transportar as amostras em temperatura ambiente.
Urina
Para a coleta da urina é essencial informar o paciente quanto à necessidade 
de higiene prévia dos órgãos genitais. Essa higiene é necessária tanto para 
o exame qualitativo de urina quanto para a urocultura, de forma especial. 
É preciso levar em conta o fato de que a urina pode modificar sua composição 
durante o dia, de acordo com o estado alimentado, com a composição da dieta, 
com atividade física e com o uso de determinados medicamentos. Em geral, 
utilizam-se três tipos de coleta de urina: amostra aleatória, primeira urina da 
manhã e segunda urina da manhã; nos três casos, o paciente deve ser instruído 
a entregar a amostra no laboratório no prazo máximo de 2 horas após a coleta.
Para conservação da amostra de urina é indicado que se mantenha re-
frigerada, entre 2 e 8°C. A baixa temperatura diminui o crescimento e o 
metabolismo bacteriano, mas pode propiciar a precipitação de fosfatos e 
uratos amorfos. No momento da análise química, deve-se manter a amostra 
em temperatura ambiente, especialmente se for realizada a análise por tiras 
reagentes, para que ocorra a correção da gravidade específica, a dissolução 
dos uratos e fosfatos amorfos e para que a baixa temperatura não interfira na 
atividade enzimática das áreas reagentes.
Fezes
A coleta de fezes não requer jejum do paciente e a restrição alimentar é 
indicada somente para pesquisa de sangue oculto. Esse tipo de amostra pode 
apresentar consistências diversas e nenhuma é motivo de impedimento para 
realização do exame. Alguns cuidados com essa amostra são indicados, como 
mantê-la em temperatura ambiente até análise (caso ela seja encaminhada ao 
laboratório no mesmo dia) ou em temperatura de 4ºC. 
Amostras não conservadas de forma adequada podem sofrer a proliferação 
de bactérias e fungos, os quais interferem no resultado. Embora não seja obriga-
tório, o laboratório pode lançar mão do uso de conservantes para conservação 
das amostras de fezes, como o formaldeído que conserva bem cistos, oocistos, 
ovos e larvas de parasitas; ou o formol, que conserva o material por até 4 se-
manas. Quando utilizadas para examinação, as fezes devem ficar submersas na 
solução conservadora. Existem frascos para a coleta de amostras de fezes que 
17Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
são fornecidos com os conservadores, tais como o Coprotest®, Coproplus®, 
TFTest® e Paratest®, e o laboratório pode fornecê-los aos pacientes. 
Outros fluidos biológicos (de cavidade abdominal, 
pleural, ascítico, pericárdico e sinovial, líquido 
cefalorraquidiano e líquido amniótico)
Para os fluidos biológicos, os procedimentos associados à coleta envolvem um 
preparo mais detalhado. A sua coletaé realizada por médicos qualificados 
e em centros especializados, eventualmente pode haver intercorrências que 
levam à internação hospitalar. O recomendado é a distribuição do líquido 
colhido em mais de um frasco (caso seja um líquido que permita a colheita 
de volume compatível) para ser enviado para os setores de microbiologia, de 
citologia e de bioquímica/imunologia.
Escarro
A amostra de escarro pode ser coletada para a realização de bacterioscopia 
e cultura de aeróbio, ou ainda para cultura de micobactérias e pesquisa de 
fungos, entre outros. Para coletar essa amostra é necessário pedir ao paciente 
para respirar fundo várias vezes e tossir profundamente, recolhendo a amostra 
em um frasco de boca larga estéril fornecido pelo laboratório. O material 
coletado, quando fora do laboratório, deve ser encaminhado imediatamente 
e não refrigerado. 
Sêmen
A coleta de sêmen ocorre de forma mais frequente por meio de masturbação. 
As amostras de sêmen devem ser coletadas com período de abstinência de 2 a 
5 dias, sendo que intervalos maiores ou menores podem prejudicar a validade 
do exame. O intervalo de coleta entre a primeira e a segunda amostra deve 
ser com mais de 7 dias. O transporte da amostra até o laboratório, quando a 
coletada é domiciliar, é extremamente importante; indica-se que a amostra 
seja transportada junto ao corpo, para atenuar interferências de temperatura 
na análise da amostra (temperaturas abaixo de 23 °C ou acima de 37 °C podem 
alterar os parâmetros seminais) (FEIJÓ et al., [201-?]).
Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico18
Secreção vaginal
Para realização dessa coleta, é fundamental que a paciente receba as orientações 
corretas, que são as seguintes: 
 � não utilizar nenhum tipo de creme vaginal e fazer abstinência sexual 
nos dias antecedentes; 
 � fazer a higiene da área externa da vagina com água e sabonete no dia 
da coleta; 
 � evitar fazer a coleta do exame durante a menstruação.
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vista_virtual/administracao_laboratorial/trabzochio.pdf.Acesso em: 27 set. 2019.
Leitura recomendada
XAVIER, R. M.; DORA, J. M.; BARROS, E. (org.). Laboratório na prática clínica. 3. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2016. (Série Consulta rápida).
21Tipos e formas de obtenção de amostras utilizadas no laboratório clínico
Dica do professor
Os procedimentos de segurança associados às atividades laboratoriais garantem a qualidade das 
amostras, bem como a segurança do profissional e do paciente. Nesse contexto, é essencial que o 
profissional da área seja qualificado e esteja sempre atualizado sobre o assunto.
Na Dica do Professor de hoje, você aprenderá um pouco mais sobre os procedimentos de 
segurança associados à prática laboratorial.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/4ff431bdbaa37f2a5db4351342541d2a
Exercícios
1) A coleta da amostra é uma das etapas mais importantes durante a realização de exames 
laboratoriais. Em relação à coleta de sangue, é fundamental saber que o sangue total 
coletado pode ser fracionado e utilizado para a realização de testes específicos. No que diz 
respeito à amostra de sangue coletada, analise a sentença a seguir:
Entre as frações do sangue e seus componentes, podemos caracterizar _________ como 
fluido obtido quando a coleta é realizada em um tubo sem anticoagulante, deixando a 
amostra coagular, enquanto que _________ corresponde(m) à fração líquida do sangue não 
coagulado após centrifugação.
 
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
A) o plasma – o soro.
B) o soro - o plasma.
C) o soro – o sangue total.
D) o soro – as hemácias.
 
E) o plasma - o sangue total.
2) A realização de análises sanguíneas é, frequentemente, solicitada pelos médicos, uma vez 
que seus resultados têm um valor inestimável para o diagnóstico e o tratamento de diversas 
doenças. A coleta é uma etapa muito delicada tanto para o paciente que irá sofrer o 
desconforto do processo como para o profissional que deve realizar todos os procedimentos 
de segurança para não correr o risco de contaminação. Nesse contexto, assinale a alternativa 
que descreve, corretamente, as orientações de segurança para coleta:
A) 
Antes da coleta, fazer a higienização do local, lavar as mãos, colocar luvas, fazer a 
punção e descartar a agulha retirando-a da seringa com o auxílio das mãos.
•
B) 
Primeiramente, colocar as luvas; então preparar a seringa e os tubos com identificação 
do paciente; após, fazer a assepsia do local e realizar a punção para coleta.
•
C) 
Após os procedimentos iniciais (fazer assepsia do local, preparar o material, lavar as 
mãos, colocar luvas), fazer a assepsia do paciente e escolher o local a ser puncionado.
•
D) 
Ao fazer a coleta de material biológico, o profissional pode se vestir de acordo com seu 
interesse, sem precisar cumprir recomendações específicas.
•
E) 
No momento da coleta, o cuidado com a amostra é mínimo, uma vez que a natureza 
infecciosa do material é conhecida.
•
3) Segundo a literatura, cerca de 70% dos erros observados em testes laboratoriais ocorrem na 
fase pré-analítica, sendo muitos deles relacionados ao procedimento de coleta. Levando em 
conta esse dado, existem procedimentos padrões a serem seguidos ao coletar as amostras. 
Assinale a alternativa que associa corretamente a amostra biológica e o procedimento 
relacionado à sua coleta:
A) Soro – o tubo primário de coleta deve ser centrifugado antes da formação do coágulo.
B) Urina – a amostra pode ser mantida em temperatura ambiente por tempo indeterminado.
C) Fezes – conservar em qualquer líquido na geladeira.
D) Escarro – a amostra pode ser coletada em qualquer frasco e ser congelada.
E) Esperma – solicita-se ao paciente abstinência sexual por, no mínimo, 2 dias e, no máximo, 5. 
4) "Entre os indicadores de qualidade laboratorial, já estão propostos alguns relacionados às 
escolhas apropriadas dos exames, para a situação clínica apresentada, assim como à correta 
interpretação e utilização dos resultados de exames no tempo oportuno.” (SUMITA, N.; 
SHCOLNIK, W. Excessos de exames: Desperdícios na saúde?) 
 
Considerando o trecho citado sobre a escolha apropriada para os exames, avalie as 
afirmativas que relacionam a amostra apropriada para cada caso:
I. A coleta e a análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) têm como finalidade avaliar 
processos infecciosos, inflamatórios e neoplásicos que atingem o sistema nervoso. 
II. O exame de fezes é solicitado como método para o estudo das funções renais e da 
presença de parasitos no organismo. 
III. A coleta de secreções e a análise microbiológica são consideradas procedimentos 
simples, de baixo custo, não invasivos e indicados para a maioria das feridas. Acerca das 
afirmativas, assinale a alternativa correta:
A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
B) Somente as afirmativas I e III são corretas.
C) Somente as afirmativas II e III são corretas.
D) Somente a afirmativa I está correta.
E) Somente a afirmativa II está correta. 
5) A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que normalmente se manifesta nos pulmões, 
entre outros órgãos. O Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch, é o 
agente causador dessa doença, que acarreta destruição dos alvéolos pulmonares. Dentre os 
exames existentes, além do raio-X do tórax, os médicos comumente solicitam a pesquisa do 
Mycobacterium tuberculosis. O material biológico que deve ser colhido e analisado, nesse 
caso, é:
A) Escarro.
B) Plasma.
C) Urina.
D) Líquido amniótico.
E) Fezes.
Na prática
Os profissionais habilitados em análises clínicas, geralmente, trabalham em laboratórios clínicos. 
Por receberem um formação ampla, os biomédicos podem ser inseridos em diversos setores no 
laboratório. Além disso, independentemente do tamanho do laboratório, esses profissionais lidam 
com uma variedade de amostras e testes. 
Veja, a seguir, a rotina de trabalho de Fernando. 
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código e acesse o link do 
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Adequabilidade de amostras de urina recebidas por um 
laboratório de análises clínicas do noroeste do Estado do Rio 
Grande do Sul
Para saber mais, leia este artigo em que você poderá observar a importância de uma coleta correta 
para a obtenção de mostras de urina.
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Coleta de materiais biológicos
Neste material, produzido pelo Laboratório de Análises Clínicas e Anatomia Patológica do Hospital 
de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, você identificará os processos associados 
à coleta das amostras biológicas.
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Diretrizes da OMS para a tiragem de sangue: boas práticas em 
flebotomia
Neste manual, você aprenderá sobre os procedimentos para melhorar a qualidade das amostras de 
sangue venoso e a segurança para profissionais de saúde e pacientes. Confira.
http://www.rbac.org.br/artigos/adequabilidade-de-amostras-de-urina-recebidas-por-um-laboratorio-de-analises-clinicas-do-noroeste-do-estado-do-rio-grande-do-sul/
http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Coleta+de+materiais+biologicos+12.pdf/6b8aafcb-9808-47dc-be0a-20370664a70c
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https://www.who.int/infection-prevention/publications/Phlebotomy-portuges_web.pdf

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