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Ansiedade: Diferenças e Transtornos

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Ansiedades
Primeiramente, é mister diferenciar a ansiedade saudável (“normal”) da
ansiedade patológica, isto é, como um problema que precisa ser tratado. Porém, de
um jeito ou de outro, todos os tipos de ansiedade têm alguma relação com o
sentimento de angústia.
A ansiedade saudável é aquela cujo a pessoa a sente em um curto período de
duração, e geralmente sabe-se a causa, é como um frio na barriga ou como uma
sensação de suar frio, pode vir como uma empolgação/expectativa ou uma
preocupação sobre algum evento que está porvir (eventos como por exemplo, uma
entrevista de emprego, uma prova de concurso, uma apresentação de dança, o
primeiro encontro, etc), e o mais importante, esse conjunto de sentimentos e
sensações não atrapalham a rotina da pessoa.
Já a ansiedade patológica ocorre com certa frequência e chega a atrapalhar a
rotina da pessoa, podendo atrasar ou fazer cancelar compromissos. Esta ansiedade
atinge de modo mais intenso a esfera corporal e também ocupa bastante os
pensamentos, dependendo do tipo e do grau da ansiedade (existem vários transtornos
de ansiedade nas quais serão explicados mais a frente), a experiência de passar por
isso pode ser tão desesperadora para a pessoa, que ela pode pensar que está prestes a
morrer ou pensar com muita certeza que algo de muito ruim pode e vai acontecer,
ainda que a possibilidade de tal situação (seja lá qual for) seja irrisória.
Segundo Freud, a ansiedade resulta de algum conflito mental, e ela está
inerente a natureza humana, isto é, todos nascemos propensos a ela. E seria ela que
nos faz capazes de lidar com os perigos, o desconhecido e os desafios da vida, tudo o
que poderia colocar em risco a própria sobrevivência humana. Todos os seres
humanos possuem ansiedade, seja em maior ou menor grau, mas o que a caracteriza
como transtorno é quando o quadro se torna mais intenso e preocupante, ou seja,
quando afeta os relacionamentos sociais e/ou familiar, o ambiente de trabalho, a
rotina da pessoa no geral, quando passa a atrapalhar o dia a dia do indivíduo.
Os ansiosos parecem não conseguir viver o agora. Eles, querendo ter o
controle, se descontrolam nos seus pensamentos e sensações sobre o que pode vir a
ser ou acontecer, seja um problema real ou imaginário, a preocupação dada se torna
exagerada e até desesperadora.
Se a ansiedade não for controlada e tratada corretamente, ela pode vir a ser
somatizada no corpo de tal forma que acabe desencadeando uma gastrite, ou úlceras,
ou até mesmo uma infestação de espinhas pelo corpo, ou marcas roxas na pele (que
não sejam originárias de tombos ou “esbarrões”), ou placas de urticárias sobre a pele
(que não sejam de alergias alimentares), ou coisas piores, como alopecia, lúpus,
diabetes emocional, câncer, etc. São as cada vez mais conhecidas: doenças
psicossomáticas.
A ansiedade em excesso pode virar um distúrbio (anormalidades funcionais de
um sistema que não necessariamente apresentam um diagnóstico fechado), uma
síndrome (conjunto de sintomas e sinais nas quais possuem ligação a mais de uma
causa, pode ter várias origens), ou um transtorno (disfunção mental-emocional que
pode afetar o comportamento, o humor, o modo de raciocinar, a forma de
comunicação e de aprendizado). E dentre os transtornos de ansiedade, conforme o
CID-10, estão eles:
1) as Fobias Sociais, que é quando a pessoa tem medo de se expor e se
comunicar com outras pessoas;
2) a Síndrome/Transtorno do Pânico, na qual a pessoa teme ataques, sair na
rua, andar com muita gente, tudo para evitar algum possível ataque por
mais improvável de acontecer que seja;
3) a Agorafobia, que é quando a pessoa tem “medo de sentir medo”, é uma
antecipação que vai além dos outros tipos de ansiedade, e esse medo não
está necessariamente associado a multidões, o ansioso pode sentir isso
estando sozinho, até mesmo em casa;
4) a TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada), é quando pessoa sente
ansiedade excessiva sobre todas as coisas, no geral mesmo, sem
especificações;
5) TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), é quando o ansioso tem manias de
comportamentos ritualísticos de compulsão e ideias obsessivas sobre tudo
o que pode ser evitado, verificado e enquadrado para não acontecer algo
de muito ruim.
Os transtornos de ansiedade são mais comuns do que se imagina. Há poucos
anos, dizia-se que o mal do século, sem sombra de dúvidas seria a depressão, e pouco
se falava sobre a ansiedade. Todavia curiosamente o mais comum que aparece na
clínica hoje em dia, segundo relatos de diversos colegas da área, é a ansiedade, e
depois, a depressão.
Por fim, vale frisar que quem tem transtorno de ansiedade pode também
apresentar sintomas da depressão, assim como, quem tem depressão pode passar a
ter sintomas da ansiedade. Esse lembrete tem a sua importância. Não é à toa que
ambas possuem algumas similaridades de sintomas, como por exemplo, a insegurança,
a baixa autoestima, a preocupação excessiva, o medo, o estresse. A depressão e a
ansiedade podem se influenciar uma para a outra.

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