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Doença de Chagas

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DOENÇA DE CHAGAS LAURA MINGHE – TXXIX - @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
INTRODUÇÃO À 
 
 Introdução 
 A Doença de Chagas é uma doença causada pelo 
protozoário Tripanosoma cruzi, transmitida pelo barbeiro 
 T. cruzi I = norte da região Amazônica e 
relaciona-se à doença cardíaca 
 T. cruzi II = frequente na Argentina, Uruguai, 
Paraguai e sul do Brasil e relaciona-se à doença 
cardíaca e do trato digestivo 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Sua distribuição geográfica contempla desde os EUA 
até a Patagônia e Argentina 
 Expansão da doença no final do séc. XIX 
 Pico de incidência na primeira metade do século XX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na América Latina  300.000 novos casos por ano 
 Alta morbidade 
 1.200.000 casos por ano de doença cardíaca 
(sendo 10% doença severa) 
 200.000 casos por ano de megaesôfago ou 
megacólon 
 Mortalidade no Brasil 
 5,1 por 100.000 habitantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Populações de risco 
 Pessoas que vivem em áreas rurais remotas ou na 
periferia de grandes cidades 
 Pessoas que criam animais domésticos nas suas 
residências (ex: galinha, coelho, gato) 
 
 Transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Formas clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doença de Chagas 
FORMA AGUDA
FORMA INDETERMINADA
FORMA CRÔNICA = 2 a 4 meses após a doença
90% -> através das fezes do T. infestans de forma acidental
20% -> transfusão de sangue e derivados
1 a 10% -> transmissão congênita
Amamentação
Acidentalmente em laboratório
Órgãos transplantados
Transmissão oral a partir de alimentos contaminados (ex: açaí, caldo de 
cana)
 
DOENÇA DE CHAGAS LAURA MINGHE – TXXIX - @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
 Forma aguda 
 Mais comum em crianças 
 Manifestações de infecção generalizada: 
 Febre 
 Taquicardia 
 Linfadenopatia 
 Esplenomegalia 
 Edema generalizado (quente e duro) 
 
SINAL DE ROMAÑA 
 Conjuntivite 
 Edema palpebral unilateral 
 Adenopatia satélite pré-auricular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMA AGUDA CONGÊNITA 
 Hepatoesplenomegalia 
 Icterícia 
 Hemorragias cutâneas 
 Sinais neurológicos (principalmente em prematuros) 
 A taxa de mortalidade varia de 5 a 10% sem tratamento 
 Causas: 
 Encefalomielite 
 Insuficiência cardíaca grave 
 Morte súbita (arritmias) 
 
 Forma indeterminada 
 Metade da população chagásica faz essa forma clínica 
 Não apresenta sinais clínicos 
 Não há redução da resposta imune celular 
 ECG e raio X de tórax normal 
 Exames radiológicos de esôfago e cólon normais 
 O diagnóstico é feito através de: 
1. Sorologia 
2. Xenodiagnóstico 
3. Hemocultura 
4. PCR 
 
 Forma crônica 
 A doença entra na fase crônica após 2 a 4 meses 
 Tem início com um grande período de latência (forma 
indeterminada) a qual pode durar 10 a 30 anos 
 Após esse período, os pacientes podem evoluir para 
diferentes formas clínicas: 
 27% evoluem para a forma cardíaca 
 6% desenvolvem a forma digestiva 
(megaesôfago e/ou megacólon) 
 3% desenvolvem comprometimento de nervos 
periféricos 
 
SINTOMAS DA CARDIOPATIA CHAGÁSICA 
 Congestão hepática passiva (manifestação inicial) 
 Dor precordial (15%) 
 Fenômenos tromboembólicos (44%) - pulmões, baço, 
rins e SNC 
 Palpitações, lipotimia, síncope 
 Morte súbita (38%) - fibrilação ventricular ou 
bradiarritmias 
 Ortopneia, dispneia paroxística noturna e/ou edema 
agudo de pulmão (raro) 
 
MEGAESÔFAGO 
 Disfagia 
 Dor esofágica 
 Regurgitação 
 Pirose, soluço 
 Tosse noturna 
 Perda de peso 
 
MEGACÓLON 
 Obstipação 
 Meteorismo 
 Dor abdominal 
 
DOENÇA DE CHAGAS LAURA MINGHE – TXXIX - @FUTURA.DRA.MINGHE 
 
 Complicações: 
 Fecaloma 
 Volvo de sigmoides 
 Peritonite (alça perfurada) 
 
SINTOMAS DA CARDIOPATIA CHAGÁSICA 
 Sistema neurovegetativo (distonias) -> contrações 
involuntárias do músculo 
 Sistema nervoso periférico (polineurites sensitivo-
motoras) 
 SNC (meningoencefalites) 
 Febre 
 Alteração de consciência - com rápida evolução 
para o coma 
 Cefaleia, náuseas e vômitos 
 Sinais meníngeos 
 Sinais de localização motora e sensitiva 
 Crises convulsivas 
 
 Reativação da doença 
 Populações de risco: 
 Pacientes HIV + 
 Pacientes transplantados de órgãos 
 Formas clínicas: 
 Lesões tumorais ou necróticas no parênquima 
cerebral (75%) 
 Miocardite (40%) 
 
 Coinfecção Chagas e HIV 
 Pode comprometer o coração, trato digestivo ou SNC 
 Tem como característica um aumento da parasitemia 
e títulos de IgG e IgM não aumentam 
 Miocardite aguda: sinais clínicos de insuficiência 
cardíaca congestiva 
 Meningoencefalites - quadro neurológico: 
 LCR - celularidade normal ou pleocitose (< 100 
células) com predomínio linfomonocitário, 
glicorraquia normal e proteinorraquia 
aumentada 
 Exame direto e cultura: T. cruzi 
 Chagas em transplantados 
 Transplante cardíaco: 
 Ocorre parasitemia em 30-80% dos casos 
 Sintomatologia: Febre, sinais clínicos de 
miocardite, lesões cutâneas, sorologia (IgM 
negativo) e diagnóstico por biópsia de miocárdio 
ou pele 
 Transplantados renais: 
 Reativam em 20% (3 meses) 
 Sorologia é negativa em 40% dos casos 
 
 Diagnóstico 
 Fase aguda e reativação: 
 Exame direto e cultura de sangue, LCR e material 
de biópsia 
 Xenodiagnóstico 
 Sorologia para Chagas - títulos de IgG e IgM 
 
 Fase crônica ou indeterminada: 
 Biópsia de miocárdio, esôfago ou cólon 
 Sorologia (indica somente contato) 
 Xenodiagnóstico (baixa performance) 
 
 
 Tratamento 
 Nifurtimox de primeira escolha 
 Benzonidazol como alternativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nifurtimox Benzonidazol

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