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Filme A missão

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A MISSÃO. Direção: Robert Joffé. Produção de Fernando Ghia; David Puttnam. 
Estados Unidos: Warner Bros, 1986. 1 DVD. 
 
RESENHA CRÍTICA 
 
O filme A missão relata a vinda dos jesuítas a fim de catequizar os índios em 
nome de Deus e da Igreja. 
Observa-se que o filme inicia com um Bispo ditando uma carta para o governo 
português relatando a história de uma das maiores missões realizadas ao sul da América 
do Sul, a atual Região Sul com fronteira com o Uruguai e com a Argentina. 
O relato começa com os índios levando um padre amarrado numa cruz até um 
rio e ele é jogado ainda vivo. Esse ato remete que a cruz para os índios é uma maneira 
de opressão para educá-los e aderirem outra religião e a novos costumes. 
O jesuíta, não me vem o nome, ao tocar a lauta atrai os índios. Ele utiliza-a como 
um meio de usufruir da curiosidade dos indígenas e penetrar no convívio desses 
mesmos, assim poderá catequizar os índios sem os oprimi-los. 
Depois que os jesuítas se instalaram na tribo com alguns dias, um mercenário 
invadiu o local, capturou os índios e os levou para a cidade. Esse mercenário era 
português e os índios se encontravam no território espanhol, porém na Espanha não se 
escravizam os índios e sim se compravam o índios dos mercenários portugueses como 
já fossem escravos. 
Rodrigo, o mercenário que capturou aqueles índios, ao chegar a cidade a sua 
esposa o conta que estaria gostando do irmão dele e pede a ele entendesse e que não 
fizesse nenhum mal. Rodrigo compreendeu, porém em outro dia ele surpreendeu os dois 
juntos, o irmão partiu para um duelo e o mercenário o matou. 
Para a Igreja, quando duas pessoas se duelam e uma delas mata a outra não é 
pecado, porque a pessoa a matou para se defender, mas Rodrigo não via uma punição 
maior para o seu pecado e o jesuíta sabendo do ocorrido o fez carregar uma trouxa cheia 
de utensílios e objetos que eram utilizados no passado dessa pessoa. Naquela época, 
aliás, até hoje existem esses tipos de punição, as pessoas autoflagelam ou autopunem 
para martirizar o seu próprio corpo para elevar a alma. 
Rodrigo só deixou de autopunir quando foi perdoado pelos índios e se 
congregou a eles tornando-se um jesuíta. 
A situação só começou a se complicar com a vinda dos representantes da Igreja, 
do Estado português e espanhol ao território das missões conferirem o andamento, e 
tomar uma decisão que já tomara antes na qual só queriam achar argumentos suficientes 
para extinguir as missões e escravizar os índios, pois eles eram menos importantes para 
a Igreja que estava preocupada em estabelecer a ordem religiosa entre os brancos. 
Numa cena, um homem branco comparou o menino índio que estava cantando o 
canto gregoriano em um pássaro. Essa cena reafirma o que fora dito no parágrafo 
anterior, pois remete o modo do branco ver e interpretar o índio. 
Ainda na mesma cena, há uma mudança no domínio daquelas terras que 
pertencia aos espanhóis na qual os portugueses dizem também pertencer. Isso remete a 
invasão dos espanhóis na metrópole portuguesa, unificando o poder pelo qual os 
portugueses se apropriavam gradativamente a colônia espanhola. 
O bispo tentou convencer os jesuítas e os índios que abandonassem a missão e o 
território ou sofreriam as consequências como a morte dos índios, a excomunhão dos 
jesuítas, o fim e a expulsão da Companhia de Jesus em vários países. 
Com isso, surgiu dois grupos opostos na comunidade indígena: aqueles que 
iriam lutar, incluindo Rodrigo e um outro jesuíta, pois queriam permanecer no local e 
viam Deus como chefe que segundo a Igreja não quer mais que eles fiquem e continuem 
a missão concluindo que eles não são de confiança porque os índios valorizavam a 
palavra dita que não pode ser modificada; há também aqueles que acreditavam que 
Deus é a solução e se é da vontade dele permanecem na missão ou não, não deveriam 
interferir. 
Para os portugueses destruírem a missão, eles aliaram-se com a tribo inimiga 
para facilitar a invasão. Observa-se como naquela época a religião católica era tão 
influente no s portugueses que eles não tiveram, a princípio, coragem em atacar ao 
verem os índios cantarem o canto gregoriano. 
Muitos morreram, dentre os índios e os jesuítas só restaram as crianças, sendo 
essa missão a mais destruída, pois não há ruínas porque quanto mais resistente maior é o 
grau de destruição. 
O filme termina com o Bispo finalizando a carta se lamentando o modo como 
aconteceram os fatos, juntamente com a cena que mostra as crianças remando. 
Esse filme demonstra um fato histórico que marcou que marca os nossos 
costumes. 
Talvez se perguntasse "qual a finalidade de assistir a um filme que relata sobre 
as missões jesuítas com a educação, ou melhor, com a formação docente?" 
Todo docente, principalmente, tem que conhecer a história do seu país e sabendo 
que os jesuítas vieram ao Brasil a fim de catequizar os índios, sendo os primeiros 
educadores presentes no nosso país. 
Os jesuítas trouxeram livros para ensinar os índios ou mesmo para instruí-los. 
Eles tentaram abrir uma editora de livros, mas o governo português os impediu. 
O fato de ter afirmado que esse acontecimento histórico marca atualmente os 
nossos hábitos, é observado na construção de monumentos religiosos com o dinheiro 
público como atrativo turístico num país laico. Também se observa que há escolas onde 
a sala da direção permanece uma foto de uma autoridade local e um crucifixo. 
A parte que ficou menos nítida relata a disputa em dominar o território da 
missão tanto os espanhóis quanto os portugueses. 
O final do filme, na minha concepção, ficou um pouco monótono, sem rumo 
como aqueles índios remando sem destino, sei que o objetivo principal era relatar a 
missão, porém, esperava ver como iriam se adaptar após a destruição. 
Portanto, é importante assistir a este filme, aliás, poderá conferir e trazer outras 
leituras a respeito, revisando de um modo diferente os assuntos que fazem parte da 
formação docente e da cidadania.

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