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Filme Amistad

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AMISTAD. Direção: Steven Spielberg. Produção de Debbie Allen; Steven Spielberg; 
Colin Wilson. Estados Unidos: DreamWorks SKG, 1997. 1 DVD 
 
RESENHA CRÍTICA 
 
O filme relata sobre um navio negreiro chamado Amistad que tinha uma 
bandeira da Espanha e destinava para Cuba, entretanto acabou modificando sua rota e 
chagando na costa norte-americana. 
Nesse navio encontravam-se muitos africanos que deixaram suas casas, suas 
famílias, seus costumes para tornarem-se escravos. Eles eram transportados como 
animais, fazendo que muitos se suicidassem ou aqueles que adoeciam eram jogados 
vivos no mar, pois eles eram considerados uma "mercadoria humana" de grande valor 
naquela época. 
Ao chegarem aos Estados Unidos, os negros se rebelaram ocasionando muitas 
mortes e, é a partir daí que ocorreu o impasse porque para uma parte dos americanos os 
negros não seriam humanos mas uma "mercadoria humana" e sendo como coisa há 
alguém responsável por eles, que poderia ser o dono do navio negreiro ou a rainha 
espanhola. 
Porém, o jovem advogado que defendia os negros observou que segundo a 
Constituição norte-americana se eles seriam como "coisas" não poderiam responder 
pelos seus atos e sim o responsável por eles, mas se fossem considerados como pessoas 
devem responder pelos seus atos, porém o advogado acreditava que nenhuma delas se 
encaixava na situação de seus clientes, pois eram de outra nação e continham outros 
costumes, podendo reverter o julgamento. 
Em 1839, os Estados Unidos eram divididos pelas distintas atividades 
econômicas, ao norte predominava a atividade industrial e comercial, e já ao sul, a 
predominância era da atividade agro-exportadora e escravocrata. E como era ano 
político, o atual presidente na tentativa de equilibrar entre os conservadores, os 
abolicionistas e a Coroa espanhola, planejava em apoiar a condenação dos negros e em 
seguida a devolução destes para a Coroa espanhola. 
A vitória dos negros não só foi adquirida somente pela boa atuação do jovem 
advogado, mas pelo líder do grupo rebelde, e principalmente ex-presidente que estava 
aposentado voluntariamente e mesmo não revelasse abolicionista, os defendeu. 
O filme Amistad é muito bom e relata da escravização, um assunto com poucas 
evidências e registros, principalmente no Brasil. A abordagem desse tema na visão 
daquela época pode ser retornada aos nossos dias com tais questionamentos: como é 
abordada na Constituição os direitos e os deveres e se são igualitários, independente das 
diferenças físicas, mentais e raciais e se são aplicadas na realidade? Existem pessoas 
que têm receio da sua deficiência física ou mental, da sua cor ou de sua origem, será que 
isto está relacionado ao contexto sócio-histórico de seus ancestrais que dura até hoje 
com algumas modificações, mas persistindo o mesmo trauma? 
Esses questionamentos podem até serem sem fundamento, porém são muito 
decorrentes na sociedade e infelizmente o que o filme questiona ainda persiste na mente 
de algumas pessoas se os negros são pessoas como nós ou são como coisas. É triste mas 
nos faz refletir, nós que seremos futuros professores, temos que estar preparados para 
não haver preconceitos na sala de aula que, muitas vezes, são atribuídos pelos pais que 
acrescentam valores morais, étnicos, econômicos e outros que devem ser evitados ou 
muito bem trabalhados pedagogicamente.

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