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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIENCIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
Disciplina: Introdução à Engenharia Legal 
Prof. Antônio Nunes Barbosa Filho 
 
Questões para Estudo e Discussão - 1ª lista 
 
1. Defina “Engenharia Legal”, seu campo de estudos e aplicações. 
 
 É o ramo de especialização da Engenharia em que seus profissionais atuam na 
interface Direito-Engenharia, nos campos extrajudicial e judicial, nos domínios cível e 
criminal, para a resolução de potenciais conflitos ou para o esclarecimento de eventos 
indesejados ou danosos de cunho técnico, caracterizando suas causas, origens e/ou 
desdobramentos, servindo ao intuito de subsidiar a elucidação dos fatos associados ou 
das controvérsias suscitadas bem como propiciar a compreensão destas pelos 
envolvidos. 
 
2. Em que esta se diferencia da “Engenharia Forense”? 
 
 Quando a expertise da Engenharia tratar de matéria no contexto criminal, esta 
atuação, por se tratar de subespecialidade privativa àqueles com formação adicional em 
curso de “perícia criminal” e integrantes da carreira de “perito criminal”, passa a receber 
a denominação de Engenharia Forense, participando da investigação de diversas 
ocorrências que causem, por exemplo, lesões aos envolvidos ou danos patrimoniais, 
sendo esta atuação fundamental para o seu esclarecimento e para a formulação e 
aplicação da justiça. 
 
3. Que relações você estabelece entre o desenvolvimento tecnológico, a evolução 
da sociedade e de suas normativas, com o papel e as responsabilidades do 
engenheiro perante estas mudanças? 
 
 O papel e a responsabilidade do engenheiro é acompanhar o desenvolvimento 
tecnológico, a evolução da sociedade e de suas normativas com o intuito de garantir a 
perfeição dentro dos novos parâmetros dos projetos a serem realizados. 
 
4. Que prerrogativas a concessão do título de engenheiro pelo Estado fornece ao 
profissional quando da conclusão de seu curso de graduação? 
 
 O reconhecimento de todo o esforço de ter se dedicado ao estado de um ramo da 
engenharia durante pelo menos 5 anos, definindo atividades exclusivas dos engenheiros. 
 
5. Em termos legais, defina “obra de engenharia” ou “Construção”. 
 
 Obra de engenharia é a ação de construir, reformar, fabricar, recuperar ou ampliar 
um bem, na qual seja necessária a utilização de conhecimentos técnicos específicos 
envolvendo a participação de profissionais habilitados. 
 
6. O que entende por “Dever de perfeição” quanto à obra realizada pelo profissional 
de engenharia? 
 
 De acordo com as normas técnicas. 
 
7. Em que se baseia o “Princípio Ético da Eficácia” aplicável às atividades 
concernentes à Engenharia? 
 
 Cumprir o dever de perfeição de maneiro ótima. 
 
8. Que razões ou deveres impõem aos profissionais de engenharia a 
obrigatoriedade do cumprimento de normas técnicas? 
 
 Dever de perfeição. 
 
9. Disserte sobre a “Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)” instituída pela 
Lei n. 6496/1977. 
 
 A ART é o instrumento através do qual o profissional registra as atividades 
técnicas solicitadas através de contratos (escritos ou verbais) para o qual o mesmo foi 
contratado. 
 A ART é um documento constituído por formulário padrão a ser preenchido 
através do sistema Creanet Profissional, cujo preenchimento é de responsabilidade do 
profissional devidamente habilitado com registro/visto no CREA. 
 A ART define, para efeitos legais, o(s) responsável(is) técnico(s) pela execução 
de obras/serviços e dá oportunidade para o profissional de registrar nos Creas suas 
obras ou serviços, cargos ou funções visando o cadastramento de seu Acervo Técnico 
e a caracterização da responsabilidade técnica específica. 
 
10. Disserte sobre as atribuições dos profissionais de engenharia, definidas pela 
Res. CONFEA n. 218/1973, em especial no tocante às atividades de n. 6 – vistoria, 
perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico, segundo definições 
constantes na Res. CONFEA n. 345/1990. 
 
 Vistoria: é a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição 
minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o 
motivaram. 
 Perícia: é a atividade que envolve a apuração das causas que motivaram 
determinado evento ou da asserção de direitos. 
 Avaliação: é a atividade que envolve a determinação técnica do valor qualitativo 
ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento. 
 Arbitramento: é a atividade que envolve a tomada de decisão ou posição entre 
alternativas tecnicamente controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos. 
 Laudo: é a peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou e 
dá as suas conclusões ou avalia o valor de coisas ou direitos, fundamentalmente. 
 Parecer técnico: é onde pode constar a contestação de teses, cálculos financeiros 
e contábeis, princípios adotados, cálculos matemáticos, pressupostos, índices, fórmulas, 
avaliações e diagnósticos constantes nos laudos dos peritos. 
 
11. Com que finalidades são realizados estudos de avaliação aplicados à 
Construção Civil? 
 
 Determinar o valor qualitativo ou monetário de um bem. 
 
12. Defina “Contrato” e caracterize seus elementos ou componentes essenciais. 
 
 É um acordo entre duas ou mais partes visando estabelecer, regular e extinguir 
entre si uma relação jurídica patrimonial. Os elementos essenciais são: capacidade das 
partes, licitude do objeto e forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
13. Quais as categorias de “contrato de engenharia” e o quê os diferencia? 
 
 Contrato de construção e de serviço. 
 O contrato de construção é todo ajuste para construção ou execução de obra certa 
e determinada sob responsabilidade do construtor, pessoa física ou jurídica legalmente 
habilitada a construir, que se incumbe dos trabalhos especificados no projeto, mediante 
as condições acordadas com o contratante. 
 O contrato de serviço é para toda espécie de serviço ou trabalho lícito, material 
ou imaterial, contratado mediante retribuição. 
 
14. Disserte sobre os “contratos conexos” ao de construção. 
 
 Contratos conexos são obrigações acessórias. Exemplos: corretagem, 
urbanização, regulações, regimento do condomínio. 
 
15. O que são “contratos administrativos”? E cláusulas exorbitantes? 
 
 Contrato administrativo é o contrato firmado pela Administração Pública, segundo 
as normas e princípios do direito público, sendo, por isso, precedido, via de regra, por 
licitação. 
 Cláusulas exorbitantes são prerrogativas da Administração Pública, colocando-a 
em posição superior à outra parte. Exemplos: alteração e rescisão unilateral; 
possibilidade de revisão dos preços e tarifas fixadas; fiscalização (inclusive por terceiros); 
exigência de garantias (caução, seguro, fiança bancária); inoponabilidade de exceção de 
contrato não cumprido; aplicação de penalidades (advertência, multa, rescisão unilateral, 
suspensão, declaração de inidoneidade. 
 
16. Qual o princípio fundamental das licitações? 
 
 Obter a proposta mais vantajosa para o ente estatal no processo de aquisição de 
bens ou serviços ou venda de bens. 
 
17. Que critérios podem ser utilizados para a avaliação de propostas de obras de 
engenharia contratadas mediante licitação? 
 
 O preço e a técnica. 
 
18. O Código de Ética Profissional do Sistema CONFEA (Res. n. 1.002/02), 
estabelece: 
Disserte a respeito de cada uma destas dimensões deste Código. 
 
18.1. Princípios éticos; 
 
 Objetivo da profissão: A profissão é bem social da humanidade e o profissional é 
o agente capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o 
desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores; 
Natureza da profissão: A profissão é bem cultural da humanidade construído 
permanentemente pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, 
manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade 
de vida do homem; 
Honradez da profissão: A profissão é alto título de honra e sua prática exigeconduta honesta, digna e cidadã; 
Eficácia profissional: A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e 
competente dos compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, 
assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos 
e observando a segurança nos seus procedimentos; 
Relacionamento profissional: A profissão é praticada através do relacionamento 
honesto, justo e com espírito progressista dos profissionais para com os gestores, 
ordenadores, destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com 
igualdade de tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição 
Intervenção profissional sobre o meio: A profissão é exercida com base nos 
preceitos do desenvolvimento sustentável na intervenção sobre os ambientes natural e 
construído e da incolumidade das pessoas, de seus bens e de seus valores; 
Liberdade e a segurança profissionais: A profissão é de livre exercício aos 
qualificados, sendo a segurança de sua prática de interesse coletivo. 
 
18.2. Deveres profissionais; 
 
 Ante ao ser humano e seus valores: a) oferecer seu saber para o bem da 
humanidade; b) harmonizar os interesses pessoais aos coletivos; c) contribuir para a 
preservação da incolumidade pública; d) divulgar os conhecimentos científicos, artísticos 
e tecnológicos inerentes à profissão; 
Ante à profissão: a) identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão; b) conservar 
e desenvolver a cultura da profissão; c) preservar o bom conceito e o apreço social da 
profissão; d) desempenhar sua profissão ou função nos limites de suas atribuições e de 
sua capacidade pessoal de realização; e) empenhar-se junto aos organismos 
profissionais no sentido da consolidação da cidadania e da solidariedade profissional e 
da coibição das transgressões éticas. 
Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores: a) dispensar 
tratamento justo a terceiros, observando o princípio da eqüidade; b) resguardar o sigilo 
profissional quando do interesse de seu cliente ou empregador, salvo em havendo a 
obrigação legal da divulgação ou da informação; c) fornecer informação certa, precisa e 
objetiva em publicidade e propaganda pessoal; d) atuar com imparcialidade e 
impessoalidade em atos arbitrais e periciais; e) considerar o direito de escolha do 
destinatário dos serviços, ofertando-lhe, sempre que possível, alternativas viáveis e 
adequadas às demandas em suas propostas; f) alertar sobre os riscos e 
responsabilidades relativos às prescrições técnicas e as conseqüências presumíveis de 
sua inobservância, g) adequar sua forma de expressão técnica às necessidades do 
cliente e às normas vigentes aplicáveis; 
Nas relações com os demais profissionais: a) Atuar com lealdade no mercado de 
trabalho, observando o princípio da igualdade de condições; b) manter-se informado 
sobre as normas que regulamentam o exercício da profissão; c) preservar e defender os 
direitos profissionais; 
Ante ao meio: a) orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos 
do desenvolvimento sustentável; b) atender, quando da elaboração de projetos, 
execução de obras ou criação de novos produtos, aos princípios e recomendações de 
conservação de energia e de minimização dos impactos ambientais; c) considerar em 
todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e disposições concernentes à 
preservação e ao desenvolvimento dos patrimônios sócio-cultural e ambiental. 
 
18.3. Condutas vedadas (proibidas); 
 
Ante ao ser humano e seus valores: a) descumprir voluntária e injustificadamente 
com os deveres do ofício; b) usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de 
função de forma abusiva, para fins discriminatórios ou para auferir vantagens pessoais. 
c) Prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato profissional 
que possa resultar em dano às pessoas ou a seus bens patrimoniais; 
Ante à profissão: a) aceitar trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa para os 
quais não tenha efetiva qualificação; b) utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de 
exclusividade de direito profissional; c) omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que 
transgrida a ética profissional; 
Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores: a) formular 
proposta de salários inferiores ao mínimo profissional legal; b) apresentar proposta de 
honorários com valores vis ou extorsivos ou desrespeitando tabelas de honorários 
mínimos aplicáveis; c) usar de artifícios ou expedientes enganosos para a obtenção de 
vantagens indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos; d) usar de artifícios 
ou expedientes enganosos que impeçam o legítimo acesso dos colaboradores às 
devidas promoções ou ao desenvolvimento profissional; e) descuidar com as medidas 
de segurança e saúde do trabalho sob sua coordenação; f) suspender serviços 
contratados, de forma injustificada e sem prévia comunicação; g) impor ritmo de trabalho 
excessivo ou, exercer pressão psicológica ou assédio moral sobre os colaboradores; 
Nas relações com os demais profissionais: a) intervir em trabalho de outro 
profissional sem a devida autorização de seu titular, salvo no exercício do dever legal; b) 
referir-se preconceituosamente a outro profissional ou profissão; c) agir 
discriminatoriamente em detrimento de outro profissional ou profissão; d) atentar contra 
a liberdade do exercício da profissão ou contra os direitos de outro profissional; 
Ante ao meio: prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou 
qualquer ato profissional que possa resultar em dano ao ambiente natural, à saúde 
humana ou ao patrimônio cultural. 
 
18.4. Direitos inerentes à profissão; 
 
Direitos coletivos universais inerentes às profissões, suas modalidades e 
especializações: a) à livre associação e organização em corporações profissionais; 
b) ao gozo da exclusividade do exercício profissional; c) ao reconhecimento legal; d) 
à representação institucional. 
Direitos individuais universais inerentes aos profissionais, facultados para o pleno 
exercício de sua profissão: a) à liberdade de escolha de especialização; b) à liberdade 
de escolha de métodos, procedimentos e formas de expressão; c) ao uso do título 
profissional; d) à exclusividade do ato de ofício a que se dedicar; e) à justa 
remuneração proporcional à sua capacidade e dedicação e aos graus de 
complexidade, risco, experiência e especialização requeridos por sua tarefa; f) ao 
provimento de meios e condições de trabalho dignos, eficazes e seguros; g) à recusa 
ou interrupção de trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa quando julgar 
incompatível com sua titulação, capacidade ou dignidade pessoais; h) à proteção do 
seu título, de seus contratos e de seu trabalho; i) à proteção da propriedade intelectual 
sobre sua criação; j) à competição honesta no mercado de trabalho; k) à liberdade de 
associar-se a corporações profissionais; l) à propriedade de seu acervo técnico 
profissional. 
 
18.5. As infrações éticas e o processo disciplinar. 
 
Nesta categoria está descrito que “Constitui-se infração ética todo ato cometido 
pelo profissional que atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, 
pratique condutas expressamente vedadas ou lese os direitos reconhecidos de outrem. 
” (Art. 13), e que “a tipificação da infração ética para efeito de processo disciplinar será 
estabelecida, a partir das disposições [do] Código de Ética Profissional, na forma que a 
lei determinar. ” (Art. 14). 
 
19. Projetos e esboços de engenharia e arquitetura são obras passíveis de 
proteção intelectual? 
 
 Sim, pois são atos criativos. 
 
20. Para fins do Direito, o que se entende por Construção? – Vide o contido em NR 
18.1.2. 
 
 “Para fins de direito, entende-se por construção toda realização material e 
intencional do homem, visando adaptar o imóvel às suas conveniências. Nesse sentido, 
tanto é construção a edificação ou a reforma como a demolição, o muramento, a 
escavação, o aterro, a pintura, eos demais trabalhos destinados a beneficiar, tapar, 
desobstruir, conservar ou embelezar o prédio.” 
 
21. O Direito de Construir é resultante do direito de propriedade. Há limitações ao 
exercício deste direito? De que naturezas podem ser impostas restrições a este? 
 
 Sim, existem as regulações do município, que podem definir qual o coeficiente de 
utilização do terreno e qual o gabarito máximo, por exemplo, e os direitos do vizinho. 
 
22. Disserte sobre o controle da construção pelo município, o processo de 
licenciamento ambiental, impactos da obra e suas implicações sobre o direito de 
construir. 
 
 O controle do município pode se dar através de regulações de zoneamento, como 
o plano diretor. O processo de licenciamento ambiental se dá através da licença prévia, 
licença de instalação e licença de operação. Essas regulações implicam em limitações 
sobre o direito de construir. 
 
23. O que entende por “Reciprocidade” no tocante às regras de vizinhança? 
 
 Os mesmos direitos e deveres para todos. 
 
24. Baseado no Código Civil exemplifique restrições de vizinhança. 
 
 Limites entre prédios, demarcações; 
Distância entre construções, afastamento entre as construções; 
Muros, cercas e paredes divisórias; 
Paredes translúcidas: abertura para luz, ventilação, vista; 
Invasão da área vizinha: janela, beiral, terraço, águas servidas, goteira, telhado. 
 
25. Que interpretações e repercussões você estabelece ao disposto no Art. 1277 
do Código Civil que assegura que “o proprietário ou possuidor de um prédio tem 
o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à saúde, ao sossego e à 
segurança” em relação a obras em sua vizinhança? 
 
 O proprietário de um prédio tem o direito de pedir a interrupção ou até mesmo 
intervir diretamente em uma atividade que esteja prejudicando a saúde, o sossego e a 
segurança daqueles que residem no seu prédio. 
 
26. O que entende por “embargo de obra”? 
 
 É a suspensão do direito de construir. 
 
27. O que são condomínios? O que são restrições construtivas condominiais? 
Exemplifique. 
 
 Condomínio é o direito de propriedade de duas ou mais pessoas sobre partes 
ideais de uma mesma coisa indivisa. As restrições construtivas condominiais são 
padrões construtivos definidos. 
 
28. O que diferencia a Convenção do Regimento do Condomínio? 
 
 A convenção do condomínio é a sucessão de atos pelos quais o proprietário do 
terreno, o compromissário comprador ou terceiro, devidamente autorizado, convenciona 
com os interessados na aquisição das unidades autônomas a venda e a construção do 
edifício, a cargo de construtora devidamente registrada no CREA. O regimento do 
condomínio é onde todas as regras internas se encontram. 
 
29. O que motiva os loteamentos a terem a mais ampla publicidade de seus planos 
de urbanização, bem como a disponibilidade do contrato-padrão de compra e 
venda de lotes? 
 
 É o que agrega valor ao loteamento. 
 
30. As restrições de construção estabelecidas em loteamentos são de natureza 
legal ou convencional? Explique. 
 
 São restrições convencionais, com ampla publicidade do plano de urbanização – 
não se trata, portanto, de patrimônio individual, mas de interesse e de utilização coletiva. 
 
31. E o que são “restrições convencionais de segurança”? 
 
 
 
32. Que norma técnica nacional estabelece princípios e diretrizes para avaliação 
de bens móveis e imóveis por profissionais de engenharia? Qual sua estrutura e 
composição? 
 
 É a NBR 14.653 – Avaliação de Bens. É constituída de 7 partes: 1. Procedimentos 
gerais; 2. Imóveis Urbanos; 3. Imóveis rurais; 4. Empreendimentos; 5. Máquinas, 
equipamentos, instalações e bens industriais em geral; 6. Recursos naturais e 
ambientais; 7. Patrimônios históricos. 
 
33. Qual a classificação dos imóveis urbanos estabelecida na NBR 14.653 – parte 
2? 
 
 Quanto ao uso: residencial, comercial, industrial, institucional e misto. 
 Quanto ao tipo do imóvel, entre outros: terreno (lote ou gleba), apartamento, casa, 
escritório (sala ou andar corrido), loja, galpão, vaga de garagem, misto, hotéis e motéis, 
hospitais, escolas, cinemas e teatros, clubes recreativos e prédios industriais. 
 Quanto ao grupamento dos imóveis: loteamento, condomínio de casas, prédio de 
apartamentos, conjunto habitacional (casas, prédios ou mistos), conjunto de salas 
comerciais, prédio comercial, conjunto de prédios comerciais, conjuntos de unidades 
comerciais, complexo industrial. 
 
34. Que métodos podem ser utilizados para a determinação do valor de um imóvel 
em avaliação? 
 
 Método comparativo direto de dados de mercado, método involutivo, método da 
renda, método evolutivo, método da quantificação do custo e método comparativo direto 
de custo. 
 
35. Por que razão o Código Civil (Art. 497, III) estabelece a proibição do perito de 
engenharia de adquirir bens sobre cujo preço possa influir? 
 
 Para não haver vantagens para o perito. 
 
36. Que norma técnica nacional estabelece princípios e procedimentos para a 
realização de perícias na Construção Civil? 
 
 NBR 13.752 – Perícias de Engenharia na Construção Civil. 
 
37. Que etapas devem ser realizadas visando a adequada elaboração do laudo 
pericial? 
 
 Vistoria e/ou exame do objeto da perícia; 
 Diagnóstico dos itens objeto da perícia; 
 Coleta de informações; 
 Escolha e justificativa dos métodos e critérios periciais; 
 Análise das ocorrências e elementos periciais; 
 Soluções propostas, quando possível e/ou necessário; 
 Considerações finais e conclusões. 
 
38. Que elementos devem constar da caracterização ou individualização do bem 
periciado? 
 
 Região, imóvel, terreno e benfeitorias; 
 Constatação de danos; 
 Condições de estabilidade do prédio; 
 Fotografias; 
 Plantas do prédio; 
 Subsídios: gráficos, sondagens, amostras, análises de recalque, etc. 
 
39. O que entende por “desempenho de um sistema construtivo”? 
 
 É o comportamento em uso do sistema construtivo. Onde sistema é o conjunto de 
elementos e componentes destinados a cumprir com uma macro função que a define, 
como sistemas estruturais, de pisos, de vedações, de coberturas e sistemas 
hidrossanitários. 
 
40. Que categorias de exigências podem ser requeridas por usuários de sistemas 
construtivos? Disserte a respeito destas e sobre a NBR 15.575/2013. 
 
 Segurança: estrutural, contra fogo e no uso e na operação. 
 Habitabilidade: estanqueidade, desempenho térmico, desempenho acústico, 
desempenho lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, 
conforto tátil e antropodinâmico. 
 Sustentabilidade: durabilidade, manutenibilidade, impacto ambiental. 
 
41. A não observância de parâmetros quanto às condições de acessibilidade, 
previstas pela NBR 9050/2004, pode resultar restrições de desempenho de uma 
edificação e espaços urbanos? 
 
 Sim, pois a acessibilidade é requerida na categoria de habitabilidade. 
 
42. O que entende por “responsabilidade do construtor”? 
 
 Pelo fato da obra ou por ato dos que a executam: 
 Reparação do dano patrimonial (civil) 
 À punição criminal (penal) 
 À indenização dos acidentados (trabalhistas) 
 À sanção profissional (administrativa) 
 
43. O que são falhas construtivas e como podem ser classificadas? 
 
 As falhas construtivas são provenientes de irregularidades de projeto ou de 
execução, em função da não observância das Normas Técnicas, erros e omissões dos 
profissionais, ou emprego de mão-de-obra despreparada, produtos não certificados e 
ausência de metodologia para execução dos serviços, ou ainda, da combinação desses 
fatores. Estas falhas podem ser aparentes ou ocultas. 
 
44. O Código de Defesa do Consumidor encontra aplicação na Construção Civil? 
 
 Sim. Artigos 12 a 14 e 19 a 21 do CDC 
 
45. Quais os prazos de garantia das construções? 
 
 Art. 618 do Código Civil: Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras 
construções, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo 
irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos 
materiais,como no solo. 
 
46. Quais as excludentes de responsabilidade civil previstas na legislação 
brasileira? 
 
 As causas excludentes de responsabilidade civil são situações que, ao ocorrer, 
tendo como resultado um dano, não geram, contra o agente, pretensões indenizatórias. 
São elas: 
1. Estado de necessidade 
2. Legítima defesa 
3. Exercício regular de direito 
4. Estrito cumprimento de dever legal 
5. Caso fortuito e força maior 
6. Culpa exclusiva da vítima 
7. Fato de terceiro 
 
47. Existe diferenciação quanto à responsabilidade do engenheiro se este atuar 
como profissional liberal ou empresário? Qual o fundamento e a base legal para 
esta? 
 
 Quando o engenheiro atua como profissional liberal sua responsabilidade será 
subjetiva. Art. 14 § 4 do CDC: “a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será 
apurada mediante a verificação de culpa. 
 
48. O que vem a ser “ação de nunciação de obra nova”? Em que se fundamenta? 
 
 Tem o objetivo de impedir a continuidade da obra nova que infringe leis ou 
convenções, tais como regras de vizinhança. É cabível em e oportunidades: 
1. Pelo proprietário ou possuidor para impedir edificações em imóvel vizinho que 
causa prejuízo ao seu direito; 
2. Pelo condômino para evitar obras que prejudiquem a coisa alheia; 
3. Pelo município para evitar obras contra as determinações legais. 
 
49. O que pode levar à rejeição de uma obra? E à sua demolição? 
 
 Rejeição: “colocar no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em 
desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes. ” 
 Demolição: “todo aquele que violar as proibições estabelecidas é obrigado a 
demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos” ou quando o prédio 
ameace ruína e não seja possível realizar reparação. 
 
50. Que vantagens profissionais terá o estudante de engenharia que detiver 
conhecimentos acerca da Engenharia Legal?

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