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Corpos estranhos Nasais e auriculares @alinecustodio Corpo estranho em região auricular: podem se instalar de forma aguda ou crônica. O corpo estranho no ouvido normalmente fica impactado na região do conduto auditivo externo e pode ocorrer, em alguns casos, a perfuração da membrana timpânica. Os sintomas de corpo estranho no ouvido podem ser: Plenitude auricular (sensação de algo abafando o ouvido), hipoacusia, dor, sangramento auricular (principalmente em casos agudos) está muito associado com a perfuração da membrana timpânica. Em casos crônicos pode haver otorreia, com eliminação crônica de odor fétido O diagnóstico é feito pela observação do corpo estranho impactado no conduto auditivo externo através da otoscopia. O manejo de corpo estranho animado (ex.: insetos) o primeiro cuidado é observar se ele está vivo ou morto. Caso ele esteja vivo, a primeira conduta é imobilizar e matar o inseto. Isso é feito com a colocação de algum fluído no conduto auditivo externo, como xilocaína xeleia, vaselina ou azeite, mantendo por duas horas. Após esse tempo, se inseto morto → lavagem com soro morno (frio provoca nistagmo e êmese). A retirada de corpo estranho inanimado é feita com pinça adequada e delicada, devendo ter muito cuidado para não empurrar ainda mais o corpo estranho durante o processo. Na ausência de materiais adequados a conduta é encaminhar para um especialista (ORL). Em casos de corpo estranho impactado de forma crônica associado à perfuração da membrana timpânica e otorreia, a conduta é a retirada do corpo estranho seguida da administração de gotas tópicas de antibiótico (que ajudarão a “secar” o ouvido e debelar a otorreia). Lesões oculares: é necessário atenção particular se um corpo estranho estiver envolvido ou se o ferimento tiver perfurado o globo. Por exemplo, uma história de um golpe no olho com um cabo de vassoura sugere trauma contuso, mas se a arma foi a ponta de um cabo de vassoura podre, deve-se procurar por um corpo estranho retido; se um soco foi a arma, mas o agressor estava usando um anel, deve-se procurar por lacerações no globo assim como por contusão ou esmagamento das pálpebras e da órbita. Mordidas humanas, ou lesões penetrantes causadas por utensílios de cozinha sujos ou usados, podem causar infecção fulminante, e então o paciente deve ser tratado com antibióticos sistêmicos. Sobre o tratamento, a profilaxia para a infecção tetânica é requerida para um paciente com lacerações, particularmente se estas estiverem sujas. ▪ Abrasões corneanas: corpos estranhos podem ser removidos depois de anestesia tópica adequada sob amplificação; o tratamento é com antibiótico e oclusão ocular por um dia; ▪ Lesão penetrante (lesão aberta do globo): encaminhamento de emergência para um oftalmologista. Só deve ser colocada uma proteção sobre o olho lesionado – compressas oftalmológicas não devem ser usadas a fim de evitar qualquer pressão sobre o olho; ▪ Lacerações canaliculares e da pálpebra: lacerações simples podem ser suturadas. Lacerações sépticas devem ser limpas e tratadas com antibióticos sistêmicos; ▪ Queimaduras do olho: podem afetar as pálpebras, conjuntiva ou córnea. É importante manter a córnea umedecida e não exposta. Se deve aplicar pomada antibiótica generosamente por toda a conjuntiva, córnea e pálpebras queimadas ; ▪ Substâncias químicas nos olhos: os primeiros socorros em caso de substâncias químicas nos olhos são urgentes, devendo-se lavar abundantemente os olhos com água limpa após a administração local de gotas anestésicas. O paciente deve estar deitado – durante pelo menos 15 minutos – durante a administração abundante de água nos olhos. Após este período, os olhos podem ser examinados de forma a verificar se existe ulceração da córnea. Em caso afirmativo, o paciente deve ser tratado com antibióticos tópicos, utilizar oclusão ocular e ser visto diariamente.
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