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Trombose Venosa Profunda

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Jean Cândido

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Urgência e Emergência I 
Trombose Venosa Profunda 
❖ Caracteriza-se uma TVP pelo acometimento de uma única perna e início súbito, além da 
presença de tabagismo como fator de risco. Dentre suas principais causas envolvem 
fatores que ativam a tríade de virchow, como policitemia (induzida pelo tabagismo), 
neoplasia (síndrome paraneoplasica) e hipercoagulabilidade. 
❖ Ao exame físico, deve-se fazer inspeção dos membros inferiores (observa-se edema, 
cianose) e palpação de pele e pulsos (edema, empastamento e presença de pulsos). 
❖ Sinal da Bandeira: empastamento da panturrilha (não mexe). 
❖ Sinal de Bancroft: dor a palpação da panturrilha. 
❖ Sinal de Hommans: dor na panturrilha a dorsiflexão do pé. 
❖ Sinal de Pratt: formação de rede venosa colateral pré-tibial. 
PROBABILIDADE DE TVP 
❖ Determinada pelo cálculo do Escore de Wells para TVP, onde cada item abaixo presente 
soma 1 ponto para o paciente e a presença de um “diagnóstico alternativo mais 
provável que TVP” retira 2 pontos do total. 
✓ Imobilização recente; 
✓ Cirurgia grande recente; 
✓ Edema em toda a perna; 
✓ Circunferência da panturrilha afetada 3cm maior que a outra; 
✓ Edema mole (Godet +); 
✓ Veias colaterais presentes; 
✓ Dor profunda em membro afetado (aumento da sensibilidade do sistema venoso 
profundo); 
✓ Câncer ativo ou recente nos últimos 6 meses. 
❖ Alta probabilidade: 3 a 8 pontos, solicitando-se um doppler venoso de MMII para 
confirmação. 
❖ Moderada probabilidade: 1 a 2 pontos, solicitando um D-dímero para excluir TVP. 
❖ Baixa probabilidade: -2 a 0 pontos, solicitando um D-dímero para excluir TVP. 
DIAGNÓSTICO 
❖ O diagnóstico é feito com a realização de um USG Doppler venoso de MMII, que indicará 
a presença de trombo da circulação venosa profunda. 
❖ Deve-se solicitar coagulograma (para descartar alterações plaquetárias, TTPA e TAP - 
quanto maior, maior a chance de o paciente sangrar) e HMG (hematócrito e 
hemoglobina - policitemia pode levar a formação de trombos, quadro comum em 
tabagistas e DPOCiticos). 
TRATAMENTO 
❖ Indica-se a elevação dos MMII em 60° (melhora a dor e o edema), uso de meias elásticas 
(se não houver lesão de pele) e analgésicos. Como opção medicamentosa, opta-se pela 
heparina de baixo peso molecular (Clexane/enoxaparina - inibe fator Xa) 1 - 2mg/kg/dia 
via subcutânea 1x/dia ou de 12/12h, sempre fazendo rodízio de aplicação pelo risco de fibrose do subcutâneo. Ainda, pôde-se optar pela heparina não fracionada, pois não altera o TTPA, podendo ser indicada via SC ou EV. 
❖ A Varfarina é indicada após 12h da última dose de heparina, sendo um antagonista de 
vitamina K (formação dos fatores 2, 7, 9 e 10). Sua dose indicada é de 5mg/dia, devendo 
ser feito o acompanhamento com TAP e INR (VR: 2 a 3), para avaliar o grau de 
anticoagulação, após 36h da primeira dose, repetindo a cada 2 dias para manutenção 
da dose. Ao atingir a dose ideal por 2 dias consecutivos, suspende-se a enoxaparina. 
O acompanhamento é ambulatorial a cada 15 dias e depois mensal. 
❖ Deve-se orientar o paciente a não ingerir muitas folhas verdes (pois são ricos em vitamina 
K e diminuem a ação da varfarina). Medicamentos AINES e AAS podem aumentar a ação 
da varfarina. 
❖ Na ocorrência de evento hemorrágico, deve-se suspender a varfarina e administrar seu 
antídoto, vitamina K, de forma EV. 
Hemorragias de heparina de baixo peso são tratadas com suspensão da medicação, plasma fresco congelado e 
reposição de fator X. 
❖ Outro esquema envolve os anticoagulantes de ação direta, como a rivaroxabana VO de 
forma direta, sem heparina prévia (todos os outros precisam de heparinização por 5 dias). 
Sua dose é de 15mg de 12/12h por 3 semanas, seguindo com 20mg/dia dose única. 
❖ O tempo de anticoagulação depende do local da TVP. Casos proximais (da poplítea 
para cima - mais grave pelo risco de TEP) devem ser tratados por 6 meses no mínimo. 
Casos distais (abaixo da veia poplítea) devem ser tratados por 3 meses. 
❖ Na necessidade de realizar qualquer cirurgia durante a anticoagulação, deve-se 
suspender a rivaroxabana e entra com HBPM (pois a reversão do quadro é mais fácil). 
Suspende se a HBPM 1 dia antes da cirurgia, implanta-se um filtro de veia cava (abaixo 
das veias renais) e segue-se com a cirurgia eletiva. Após 15 dias, retorna-se a 
anticoagulação com a rivaroxabana. 
❖ Após o término do período de anticoagulação, repete-se o doppler e, não havendo 
recanalização da veia, continua com as medicações.

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