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Página 1 de 4 MEDICINA CENTRADA NA PESSOA Contexto histórico: A medicina é tida como uma ciência dinâmica. Desde Hipócrates ate a atualidade ela vive em constante evolução. Mesmo com o passar dos anos a relação medico paciente persiste. O que é? É um recurso para auxiliar o entendimento dos motivos que levam uma pessoa a se consultar. (insere na pratica medica a contextualização da vida do paciente) Busca entender a pessoa e entender a doença da pessoa, e a partir disso, tratar a pessoa e a doença. Paciente vs pessoa O uso do termo paciente retira a “vontade” da pessoa, determina a pessoa um comportamento passivo. Paciente contrapõe a definição de pessoa, repercutindo diretamente na forma como o cuidado é prestado, e como o doente participa do processo do cuidado. A autonomia: A identidade da pessoa deve ser respeitada para que o tratamento não torne-se vasio e inautêntico. Ao reconhecer essa identidade define-se um grau de autonomia da pessoa e assim caracteriza a forma como será a abordagem medica 4 componentes da medicina centrada na pessoa: 1. Explorando a saúde a doença e a experiencia da doença 2. Entendendo a Pessoa como um todo 3. Elaborando um Plano Conjunto de Manejo dos Problemas 4. Intensificando o relacionamento pessoa e o médico Explorando a saúde a doença e a experiencia da doença Doença(disease) vs experiencia da doença (illness) É onde diferencia-se a doença do adoecimento. a doença possui observações objetivas para explica-la o adoecimento traz consigo a experiencia pessoal de quem tem a doença – a visão subjetiva da doença. Busca-se identificar sentimentos como: medo, culpa, raiva, tristeza, serenidade, ideias para explicar a doença, prejuízo funcional seja no trabalho, ou nas atividades diárias, expectativa de cura e papel do médico Mnemônico SIFE: S – sentimentos relacionados ao problema atual I – ideias da pessoa sobre o que pode estar errado F - função da sua rotina que pode ser afetada por causa do que esta passando E - expectativas do que pode ser feito pelo profissional para ajuda-lo a melhorar. Página 2 de 4 Uma medicina centrada na enfermidade Inconvenientes: Angustia e inquietude da pessoa não se expressa na consulta, ou se extressa tardiamente – sinal da maçaneta Não há espaço para interpretação da pessoa sobre a situação O medico não obtém a opinião da pessoa sobre a conduta adotada – dificulta a adesão ao tratamento A relação medico paciente não da espaço para que a pessoa manifeste-se livremente. Entendendo a pessoa como um todo Busca compreender o individuo em sua forma integral – a família e o contexto no qual esta inserido Observa-se: • Ciclo de vida • Historia de saúde e de vida • Crenças • Religião • Relações pessoais e amorosas • Rotina • Sono • Atividades físicas • Hábitos de vida • Ambiente • Moradia • Costumes • Situação econômica Busca particularidades que o constroem como pessoa É um processo feito com o acompanhamento continuo Quando o individuo tem essa abertura para discutir a respeito da sua vida, além de fortalecer a relação medico paciente, tem-se liberdade para discutir questões que, dentro do seu ciclo social não há oportunidade de falar, assim, expressa questões que podem contribuir ate mesmo para o entendimento do seu adoecimento. Melhora a interação do medico com a pessoa Útil quando sinais e sintomas não apontam para uma doença claramente definida ou quando a experiencia com a doença parece ser exagerada ou fora de proposito Elaborando um Plano Conjunto de Manejo dos Problemas Nessa etapa deve haver a criação de um plano entre medico e paciente para a Página 3 de 4 resolução do problema (um meio termo em comum) Como esse plano deve ser abordado: 1. Definir o problema da pessoa (natureza do problema) 2. Esclarecer as metas e objetivos para o tratamento e condução do seu quadro 3. identificar os papeis que cada um deve ocupar o plano deve ser de comum acordo em todas essas etapas. Para que seja eficaz o profissional deve tirar todas as duvidas; usar uma linguagem acessível; avaliar discordâncias e dificuldades; entender as dificuldades. A partir disso metas de tratamento podem ser adaptadas para que sejam resolutivas. Essa etapa torna a pessoa mais ativa no tratamento, estimulando o processo de autonomia. Quando não há autonomia o medico deve orienta-lo, ou em casos em que a pessoa esta muito debilitada pode necessitar de ajuda. O tempo e o continuo acompanhamento irão demonstrar se as metas e o tratamento está sendo efetivo. Assim, é possível realizar mudanças de estratégias para u melhor tratamento. Intensificando a relação entre a pessoa e o medico visto que o objetivo do medico é ajudar o paciente, é preciso desenvolver estratégias a fim de garantir uma boa relação com ele assim, é preciso que o proficcional: • esteja presente • converse • demonstre sensibilidade • demonstre sentimentos • seja reciproco • tenha ação essas ferramentas são essenciais para a construção de uma relação de qualidade. Para evitar desgastes na relação, é preciso que o médico possua autoconhecimento e consciência dos limites. Quais os benefícios da MCP Ao estabelecer uma visão partilha entre o medico e paciente, há uma maior resolutividade dos desfechos clínicos. Facilita a adesão ao tratamento devido ao estabelecimento de uma boa comunicação, devido a: • maior confiança pessoa-medico • fornecimento das informações adequadas • empatia do medico Tem-se maior satisfação da pessoa atendida devido a • comunicação e parceria Página 4 de 4 • promoção a saúde • abordagem positiva e clara para o problema • interesse no efeito do problema sobre a vida do doente Redução da preocupação associada a melhora da saúde e de outras condições fisiológicas Diminuição do uso de serviços de saúde Diminuição da solicitação de exames Diminuição das queixas por má conduta medica
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