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CURSO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS I Marabá - PA ESTRUTURA DO CURSO DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS I CARGA HORÁRIA: 68h Teoria e 34h prática Ministrante: Prof. Dr. Dione José Abreu Vieira 2 3 EMENTA PARTE 01: CIRCUITOS CC Variáveis de Circuitos Elétricos: corrente elétrica, tensão, potência e energia. Elementos de Circuitos: Elementos ativos e passivos de circuitos. Circuitos Resistivos: Leis de Ohm, Leis de Kirchhoff da tensão e da corrente, circuito divisor de tensão e de corrente. Métodos de Análise de Circuitos Resistivos: Análise nodal, análise de malha. Teoremas de Circuitos: Transformação de fontes, superposição, teoremas de Thèvenin e de Norton, máxima transferência de potência. Amplificador Operacional: Análise Nodal. Indutor e Capacitor: Indutor, capacitor, associações série e paralelo. Circuitos RL e RC: Resposta natural e ao degrau de circuitos RL e RC. Circuitos RLC: Resposta natural e ao degrau de circuitos RLC. PARTE 02: CIRCUITOS CA Análise de Circuitos em CA: Fasores aplicados a circuitos elétricos, análise senoidal em Regime Permanente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA [1] Livro – Fundamentos de Circuitos Elétricos - 5ª Edição. Charles K. Alexander, Matthew N. O. Sadiku. 4 METODOLOGIA ADOTADA Aulas presenciais (teoria + exercícios + simulações computacionais) Avaliação: - PROVA 01, PROVA 02, PROVA 03 e MP MP = Média prática MF = Media Final MF = PROVA 01 + PROVA 02 + PROVA 03 + MP 4 5 AULA 01 – CIRCUITOS CC 6 Sumário 1. Introdução 2. Conceitos básicos 2.1. Sistemas de unidades 2.2. Carga e corrente 2.3. Tensão 2.4. Potência e energia 2.5. Elementos de circuitos 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm 3.2. Leis de Kirchhoff 3.3. Associação de resistores 7 Sumário 1. Introdução 2. Conceitos básicos 2.1. Sistemas de unidades 2.2. Carga e corrente 2.3. Tensão 2.4. Potência e energia 2.5. Elementos de circuitos 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm 3.2. Leis de Kirchhoff 3.3. Associação de resistores 8 1. INTRODUÇÃO A engenharia elétrica é basicamente fundamentada em duas grandes áreas: teoria eletromagnética e teoria dos circuitos elétricos. As áreas da engenharia elétrica, como: sistemas de energia, controle e automação, máquinas elétricas, comunicação, eletrônica e instrumentação, entre outras, possuem como princípio básico a teoria dos circuitos elétricos. Os estudos na engenharia elétrica geralmente estão interessados na comunicação ou na transmissão de energia de um ponto a outro, e para isso é necessária uma interconexão de dispositivos elétricos. 9 1. INTRODUÇÃO Circuito elétrico é uma interconexão de elementos elétricos. Exemplo 01: Figura – Circuito elétrico simples 10 1. INTRODUÇÃO Exemplo 02: Figura – Circuito elétrico de um transmissor de rádio 11 1. INTRODUÇÃO Por que estudar circuitos elétricos? O propósito deste curso não é o estudo dos vários empregos e aplicações de circuitos, mas, sim, a análise de circuitos. Começaremos nosso estudo definindo alguns conceitos básicos. Antes da definição de cada um deles, temos de estabelecer um sistema de unidades que usaremos ao longo do curso. 12 Sumário 1. Introdução 2. Conceitos básicos 2.1. Sistemas de unidades 2.2. Carga e corrente 2.3. Tensão 2.4. Potência e energia 2.5. Elementos de circuitos 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm 3.2. Leis de Kirchhoff 3.3. Associação de resistores 13 2. Conceitos básicos 2.1. Sistemas de Unidades Estabelecem uma linguagem padrão para o entendimento dos profissionais, independentemente do país onde a medida estiver sendo feita. O Sistema Internacional de Unidades (SI), adotado pela Conferência Geral de Pesos e Medidas em 1960, é conhecido como uma linguagem de medição internacional. Nesse sistema, existem as principais grandezas físicas a partir das quais todas as demais podem ser derivadas. 14 2. Conceitos básicos 2.1. Sistemas de Unidades A Tabela abaixo mostra essas unidades, seus símbolos e as grandezas físicas que elas representam. Tabela – Unidades básicas do SI 15 2. Conceitos básicos 2.1. Sistemas de Unidades 16 A Tabela ao lado apresenta os prefixos SI e seus símbolos. 2. Conceitos básicos 2.1. Carga e corrente A definição de carga elétrica encontra-se fundamentada no estudo da estrutura atômica. Figura – Estrutura do átomo 17 2. Conceitos básicos 2.2. Carga e corrente - Os seguintes pontos devem ser observados sobre a carga elétrica: 1) Um elétron possui uma carga elétrica de e = -1,602x10^(-19) C. 2) 1 C de carga é equivalente a 6,24x10^(18) elétrons. 3) A lei da conservação das cargas afirma que as cargas não podem ser criadas nem destruídas, apenas transferidas. 18 2. Conceitos básicos 2.2. Carga e corrente Definição de corrente elétrica: Quando um fio condutor (formado por átomos) é conectado a uma bateria (uma fonte de força eletromotriz), as cargas são compelidas a se mover. A essa movimentação de cargas dá-se o nome de corrente elétrica. Figura - Corrente elétrica devido ao fluxo de cargas elétricas em um condutor. 19 2. Conceitos básicos 2.2. Carga e corrente Corrente elétrica é o fluxo de carga por unidade de tempo. (1.1) Onde a corrente é medida em Ampères (A) = 1 C/s. 20 2. Conceitos básicos 2.2. Carga e corrente A carga transferida entre o instante t0 e o instante t é obtida integrando ambos os lados da Equação (1.1). Obtemos (1.2) Se a corrente não muda com o tempo e permanece constante, podemos chamá-la de corrente contínua (CC). Corrente alternada (CA) é uma corrente que varia com o tempo segundo uma forma de onda senoidal. 21 2. Conceitos básicos 2.2. Carga e corrente Figura - (a) corrente contínua (CC); (b) corrente alternada (CA). 22 2. Conceitos básicos 2.3. Tensão Para deslocar o elétron em um condutor é necessário algum trabalho ou transferência de energia. Esse trabalho é realizado por uma força eletromotriz (FEM) externa (bateria), que também é conhecida como Tensão ou Diferença de Potencial (ddp). 23 2. Conceitos básicos 2.3. Tensão A tensão Vab entre dois pontos a e b em um circuito elétrico é a energia (ou trabalho) necessária para deslocar uma carga unitária de a para b; matematicamente, (1.3) onde w é a energia em joules (J) e q é a carga em coulombs (C). A tensão Vab, ou simplesmente v, é medida em volts (V). 1 volt = 1 J/C = 1 N-m/C 24 2. Conceitos básicos 2.4. Potência e energia Potência é a energia fornecida ou absorvida por unidade de tempo medida em watts (W). Ela também é o produto da tensão pela corrente. (1.4) (1.5) 25 2. Conceitos básicos 2.4. Potência e energia Energia é a capacidade de realizar trabalho e é medida em joules (J). As concessionárias de energia elétrica medem a energia em watts-hora (Wh), em que 1 Wh = 3.600 J 26 2. Conceitos básicos 2.5. Elemento de um circuito Um elemento é o componente básico de um circuito. Existem dois tipos de elementos nos circuitos elétricos: elementos passivos e elementos ativos. Um elemento ativo é capaz de gerar energia enquanto um elemento passivo não é. 27 2. Conceitos básicos 2.5. Elemento de um circuito Os elementos ativos mais importantes são as fontes de tensão ou corrente. Há dois tipos de fontes: as dependentes e as independentes. Veja a seguir que há quatro tipos possíveis de fontes dependentes: 28 2. Conceitos básicos 2.5. Elemento de um circuito Figura – Simbologia para fontes independentes Figura – Simbologia para fontes dependentes 29 Sumário 1. Introdução 2. Conceitos básicos 2.1. Sistemas de unidades 2.2. Carga e corrente 2.3. Tensão 2.4. Potência e energia 2.5. Elementos de circuitos 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm 3.2. Leis de Kirchhoff 3.3. Associação de resistores 30 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm Relação de proporcionalidade entre tensão e corrente em um resistor. 31 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm A resistência representa a capacidade de resistir ao fluxo de corrente elétrica. 32 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm A resistência de qualquer material com uma área da seção transversal (A) uniforme depende de A e de seu comprimento l. 333. Resistência 3.1. Leis de Ohm Bons condutores, como cobre e alumínio, possuem baixa resistividade, enquanto isolantes, como mica e papel, têm alta resistividade. 34 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm Uma medida útil em análise de circuitos é o inverso da resistência R, conhecida como condutância G: Unidades da condutância: 35 3. Resistência 3.1. Leis de Ohm A potência dissipada por um resistor pode ser expressa em termos de R. 36 3. Resistência 3.2. Leis de Kirchhoff A lei de Ohm por si só não é o bastante para analisar os circuitos; entretanto, quando associada com as duas leis de Kirchhoff, elas formam um conjunto de ferramentas poderoso e suficiente para analisar uma série de circuitos elétricos. 37 3. Resistência 3.2. Leis de Kirchhoff A lei de Kirchhoff para corrente (LKC) diz que a soma algébrica das correntes que entram em um nó (ou um limite fechado) é zero. 38 3. Resistência 3.2. Leis de Kirchhoff A lei de Kirchhoff para tensão (LKT) diz que a soma algébrica de todas as tensões em torno de um caminho fechado (ou laço) é zero. 39 3. Resistência 3.3. Associação de resistores 3.3.1. Em série e divisão de tensão Dado um circuito simples com dois resistores em série Aplicando a lei de Ohm a cada um dos resistores, obtemos Se aplicarmos a LKT ao laço (percorrendo-o no sentido horário), temos 40 3. Resistência 3.3. Associação de resistores 3.3.1. Em série e divisão de tensão Combinando as Equações, obtemos Ou A equação pode ser reescrita 41 3. Resistência 3.3. Associação de resistores 3.3.1. Em série e divisão de tensão A resistência equivalente de qualquer número de resistores ligados em série é a soma das resistências individuais. Para determinar a tensão em cada resistor do circuito, usamos 42 3. Resistência 3.3. Associação de resistores 3.3.2. em paralelo e divisão de corrente Consideremos o circuito em que dois resistores estão conectados em paralelo. Da lei de Ohm: 43 3. Resistência 3.3. Associação de resistores 3.3.2. em paralelo e divisão de corrente Aplicando a LKC em um nó a obtemos a corrente total i Substituindo, obtemos onde Req é a resistência equivalente dos resistores em paralelo ou 44 3. Resistência 3.3. Associação de resistores 3.3.2. em paralelo e divisão de corrente 45 3. Resistência 3.3. Associação de resistores 3.3.2. em paralelo e divisão de corrente a corrente total i é compartilhada pelos resistores na proporção inversa de suas resistências. Isso é conhecido como princípio da divisão de corrente. 46 Obrigado! 47
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