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Infarto Agudo do Miocárdio Consiste na morte do musculo cardíaco devido à Isquemia grave prolongada. Incidência e fatores de risco O IAM pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade (incidência maior com o avanço da idade); Predisposição genética e comportamental à aterosclerose; Mulheres antes do climatério são geralmente protegida devida sua produção hormonal (estrogênio); Patogenia Oclusão Arterial coronariana: Uma placa ateromatosa da artéria coronária sofre uma alteração súbita hemorragia intraplaca, erosão ou ulceração, ruptura. Expostas ao colágeno subepitelial e ao conteúdo necrosado da placa plaquetas se aderem e ativam o conteúdo de seus grânulos se agregam para formar o microtrombo; O vasoespasmo é estimulado por mediadores liberados das plaquetas; O fator tecidual ativa a via de coagulação aumenta o volume do trombo; Em minutos, o trombo pode se expandir e ocluir completamente a luz do vaso. Infarto Agudo do Miocárdio Resposta do Miocárdio: A obstrução da artéria coronária diminui o fluxo sanguíneo para uma região do miocárdio ISQUEMIA prolongado morte de miócitos. Bioquimicamente falando: Precoce à isquemia miocárdica: cessação do metabolismo aeróbico dentro de segundos produção inadequada de fosfatos de alta energia e ao acúmulo de metabolismo de ácido lático. Ruptura da integridade do sarcolema proteínas saem das células necrosadas, penetram na microvasculatura e constitui base para detecção do dano irreversível do miocárdio. A localização precisa, o tamanho e as alterações morfológicas do IAM dependem: Da localização, gravidade e velocidade de desenvolvimento das obstruções coronarianas aterosclerose e trombose. Do tamanho do leito vascular perfundido pelos vasos obstruídos; Da duração da oclusão; Das necessidades metabólicas e de oxigênio do miocárdio em risco; Da extensão de vasos sanguíneos colaterais; Da presença, local e gravidade de espasmo arterial coronariano; FC, ritmo cardíaco e oxigenação sanguínea. Padrões de Infarto Infarto transmurral: os IAM causados pela oclusão de um vaso epicárdico. A necrose envolve a parede ventricular irrigada pela AC afetada. aterosclerose crônica + alteração aguda da placa e trombose superposta. supradesnivelamento do segmento ST. Infarto subendocárdico: ultima região perfundida do miocárdio e mais vulnerável a qualquer redução do fluxo coronário. É normalmente limitado ao terço interior da parede ventricular decorrente da ruptura de uma placa seguido a um trombo lisado. infradesnivelamento do segmento ST. Microinfarto multifocal: envolve somente vasos intramurais menores microembolização, vasculite ou espasmo vascular. Alterações histológicas Primeiras 6-12 horas: alterações típicas da necrose de coagulação; Fibras onduladas presentes na periferia da área do infarto esforço sistólico vigoroso realizado pelas fibras viáveis. Miocitólise: reflete a acúmulos intracelulares de sal e agua dentro do reticulo sarcoplasmático. De 3-7 dias: macrófagos removem miócitos necrosados e a zona danificada é progressivamente substituída pelo crescimento interno de um tecido de granulação vascularizado a progressão da cicatrização, o tecido é substituído por tecido fibroso. A cicatrização requer participação de células inflamatórias Manifestações Clínicas O IAM é diagnosticado por sintomas clínicos, testes laboratoriais para detectar a presença de proteínas do miocárdio no plasma, e alterações no ECG. Dor torácica prolongada (+ de 30 minutos) facada ou aperto pulso fraco e rápido; Transpiração profusa (diaforese); Náuseas e vômitos podem sugerir o envolvimento do ventrículo posteroinferior, com estimulação vagal secundaria. Dispneia contratilidade deficiente, congestão e edema pulmonar; Em 25% dos pacientes, o inicio é assintomático doença descoberta por alterações no ECG ou testes laboratoriais. Exames complementares: AVALIAÇÃO LABORATORIAL: Baseada na medida dos níveis sanguíneos de proteínas que extravasaram dos miócitos danificados: Troponinas T e I (cTnT e cTnI – especificas do coração); Fração de CK-MB; O diagnostico da lesão miocárdica é estabelecido quando os níveis sanguíneos desses biomarcadores cardíacos estão elevados. Biomarcadores cardíacos: Troponinas cTnT e cTnI – proteínas que regulam a contração, mediada pelo cálcio, do músculo cardíaco e esquelético. Começam a se elevar na circulação e 3-12 horas e atingem o pico máximo em 24 horas. Creatina-Cinase – enzima expressa no cérebro, miocárdio e musculo esquelético; possui 2 formas (“M” e “B”) CK-MB é a mais específica, e se eleva dentro de 3- 12 horas do inicio do IAM com picos de 24 horas, retornando ao normal em 4872 horas. Eletrocardiograma: Deve ser realizado em até 10 minutos após a admissão do paciente; A elevação do segmento ST em presença de dor torácica IAM; As alterações no ECG começam após a oclusão da artéria coronária ondas “T” apiculadas posteriores ao supradesnivelamento do segmento ST. Se a oclusão persiste, a onda “Q” aparece em um período de 1-12 horas necrose miocárdica. A persistência do supradesnivelamento após 2 semanas extensa área de necrose ou aneurisma de VE. Maior nas derivações V2 e V3. Quanto mais derivações forem acometidas, maior será a extensão da necrose e pior prognostico. Intervenções Terapêuticas Morfina – aliviar a dor e melhorar os sintomas de dispneia; Reperfusão imediata para salvar o miocárdio; Agentes antiplaquetários (aspirina, inibidores do receptor de P2Y12, e inibidores da GPIIB/IIIa). Terapia anticoagulante (heparina não fracionada) – para prevenir a propagação de coagulo da artéria coronária; Nitratos – induzir a vasodilatação e reverter o vasoespasmo; Betabloqueadores – diminuir a demanda miocárdica por oxigênio e reduzir o risco de arritmias; Antiarrítmicos – tratar arritimias. IECA – limitar a dilatação ventricular; Suplementação de oxigênio – melhorar a saturação de oxigênio no sangue.