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Resumo teoria da contabilidade

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Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações (de procedência legal), avaliáveis monetariamente, de uma pessoa 
física ou jurídica. O registro é realizado pelo documento que represente o imóvel de forma legal, idoneidade, descrição 
correta do bem, sua localização, seu valor de aquisição, a forma de pagamento, a data da transação, o nome do vendedor e 
o registro nos órgãos competentes. 
Há aplicação de valores pré-operacionais, como: trâmites legais em repartições para o registro da empresa; pesquisa de 
mercado; projeto técnico-econômico da estrutura da organização; projetos para a produção de bens; logística de planta de 
produção, estocagem, distribuição; benfeitorias ou reformas e prédios de terceiros, entre outros. Poderão ser amortizados 
conforme a empresa desenvolva suas atividades. São bens intangíveis do patrimônio. 
Bens intangíveis: despesas pré-operacionais; despesas de organização e reorganização; remodelação; modernização ou 
reestruturação; pesquisa de desenvolvimento de produtos; marcas de comércio e indústria; patentes e invenções; fundos 
de comércio, benfeitorias em prédios de terceiros; direitos de exploração de minas ou reservas florestais etc. 
A utilização dos bens pode ser classificada como: destinadas às instalações, produção, transformação, consumo, circulação, 
proteção, transporte, comunicações e vendas. 
Os principais títulos de créditos representativos dos direitos patrimoniais são: ações, certificado de investimento fiscal, 
conhecimento de depósitos, cota de capital, debêntures, duplicata mercantil, letra de câmbio, letras do tesouro nacional, 
letra imobiliária, nota promissória, partes beneficiárias. 
Capital: valor integralizado pelos sócios para desenvolver a atividade empresarial. Patrimônio; bens acumulados suscetíveis 
a apreciação econômica. 
O lucro ou prejuízo tem origem no capital. O capital adicionado ou reduzido de lucros e prejuízos formará o 
patrimônio. 
Em uma entidade que possua fins sociais ou assistenciais, o conjunto de bens, direitos e obrigações é denominado 
patrimônio, pois não se destina à produção com finalidade de lucro financeiro. Em caso de liquidação, as doações 
não retornarão para seus doadores. A destinação do patrimônio é regulada pelo Poder Público, e deve constar no 
estatuto da entidade. A Contabilidade não deve determinar um valor para o capital de uma entidade, mas sim de 
patrimônio. Em caso de dissolução da sociedade, cada sócio tem o direito de receber os valores do capital 
acrescidos de lucros ou deduzidos dos prejuízos, proporcionais a porcentagem das cotas. 
Aspectos Analíticos dos Componentes do Patrimônio 
Aspecto Qualitativo – considera a liquidez do bem ou direito, ou seja, o valor que o mercado está disposto a pagar em 
dinheiro por aquele bem no momento da avaliação patrimonial. Deve-se analisar a espécie, qualidade, utilidade e 
apropriabilidade do bem. 
Considera a espécie e qualidade dos elementos do Patrimônio. Ex.: Dinheiro, imóveis, veículos, matérias-primas etc. Uma 
máquina que não possua valor de mercado, ou que seja obsoleta, possuirá pouca realização na avaliação real do 
patrimônio, mesmo que lhe sejam atribuídas valores consideráveis. Um crédito cujo devedor não possua condições de 
pagá-lo, deve ser desconsiderado da análise do valor real do patrimônio. 
Aspecto Quantitativo – Considera apenas o valor do bem registrado na contabilidade, sem levar em conta o valor do 
mercado. 
Mensuração dos componentes patrimoniais – Para a Contabilidade, o valor dos componentes patrimoniais é aquele que 
consta no documento fiscal que lhe deu origem. Podem ser alterados de acordo com a depreciação, amortização ou 
exaustão de um bem, de acordo com as regras da legislação contábil e tributária. No entanto, as leis de mercado podem 
alterar esses valores quando extrapolam as regras rígidas da escrituração e tributação; destaca-se a utilidade do bem, novas 
tecnologias, data de recebimento dos direitos ou da data de pagamento das obrigações. A mensuração dos componentes 
patrimoniais pode adquirir os seguintes valores: 
Valor de Aquisição – valores de entrada na organização. 
Valor Contábil – o valor de entrada acrescido ou deduzido da valorização da reforma e desvalorização do bem. 
Valor do Mercado – registrados pelo valor de saída da organização, por meio de venda. Os custos financeiros devem ser 
reconhecidos. 
Depreciação – A sua contrapartida é um custo operacional, 
que terá reflexos na apuração do resultado de suas atividades. 
Não sofrem depreciação: terrenos, obras de artes, bens que 
sofrem amortização ou exaustão, bens imobilizados que não 
são usados nas atividades de produção ou comercialização. Ou 
seja, que não geram receita para a empresa. Geralmente, são 
usados os percentuais estabelecidos pela legislação, mas 
podem comprovar a depreciação acelerada, adotando 
percentuais maiores. 
Amortização – Perda de valores em bens ou direitos intangíveis, de duração limitada e recuperação imprevista. É 
reconhecida como custo ou despesa. Podem ser amortizados a partir do início de operação, dentro de um prazo não 
superior a 10 anos. Os percentuais são determinados pela própria empresa. Caso a empresa desista, ou decida reformular o 
projeto, poderá amortizar integralmente o valor investido. 
Exaustão – Perda de potencial de recursos naturais não renováveis. O valor monetário deve ser reconhecido como custo 
operacional. O valor da exaustão será determinado pelo tempo que se pretende explorar o recurso natural, ou por 
unidades extraídas. 
Valor depreciável, amortizável ou exaurível é o custo de um ativo, menos o seu valor residual (valor líquido que a entidade 
espera obter de um bem no fim da sua vida útil, deduzidos os custos para sua venda). A vida útil é o tempo de exploração 
ou a quantidade explorada. Cada parte de um item imobilizado deve ser depreciado separadamente. O valor pode ser 
apropriado durante sua vida útil, período de uso ou volume de produção. A vida útil e o valor residual podem ser revisados 
em caso de divergência com o valor esperado. A depreciação, amortização e exaustão devem ser reconhecidos até que o 
valor residual tenha o mesmo valor que o contábil. Quando o valor residual for igual ou superior ao valor contábil do ativo, 
o encargo de depreciação é zero até que o seu valor residual diminua para uma quantia abaixo do valor contábil. A 
depreciação começa desde que o ativo esteja pronto para uso, e deixa de ser contabilizado quando é baixado ou 
transferido do imobilizado. 
Considere o uso esperado, com base na capacidade ou produção física do ativo; o desgaste físico esperado, tempo usado, 
manutenções, inclusive quando ocioso; obsolescência e os limites legais sobre o uso do ativo. 
Terrenos e construções devem ser registrados separadamente, pois os terrenos não são depreciáveis. Um aumento no valor 
do terreno não altera o valor depreciável do edifício. Quando o custo do terreno incluir gastos de demolição, remoção e 
recuperação do local, essa parcela é amortizada durante o período de uso, cabendo provisões para os gastos. 
Métodos de cálculo da depreciação, amortização e exaustão: de forma linear, saldos decrescentes ou por unidades 
produzidas com base na expectativa de produção. Esses métodos devem ser divulgados nas demonstrações, assim como a 
vida útil, o volume de produção e a taxa. 
Fontes de financiamento patrimonial: 
Capitais próprios: 1. Capitais de formação (capital social, fonte de formação do patrimônio); 2. Capitais de derivação 
(lucros, que podem ser incorporados no valor do capital). 
Capitais de terceiros: 1. Débitos de funcionamento (geradas pelas atividades operacionais); 2. Débitos de financiamento 
(destinados à ampliação, modernização ou desenvolvimento da empresa). 
Situação Líquida Patrimonial (A-P=SL) 
Ativo maior que o Passivo – Situação líquida maior que zero, lucro na atividade. A>P=SL+ 
Ativo igual a Situação Líquida – Inexistência de dívidas, ressarcimento igual ao capital inicial. A=SL P=0 
Ativoigual ao Passivo – Inexistência de patrimônio real, os sócios perderam o valor do capital investido. Empresa operando 
unicamente com capital de terceiros. A=P, Patrimônio=0 
Ativo menor que o Passivo – Prejuízo. Passivo descoberto. Perda do capital investido. Déficit patrimonial. A<P=SL- 
Um dado é relevante se dele puder ser composta uma informação. A informação contábil é obtida pelo conjunto de dados. 
Alguns estudos têm se preocupado em analisar as características das informações: utilidade (compreensão), segurança 
(entendimento), qualidade para análise (comparabilidade) e materialidade (avaliação da real posição do elemento 
patrimonial). 
Finalidade das informações contábeis: controle (se estão surtindo os efeitos desejados), meios de comunicação 
(desenvolvimento), meios de avaliações (feedback do trabalho desenvolvido), planejamento e elaboração de orçamentos 
(projeção). 
Usuários da Contabilidade: 
Sócios e acionistas: taxa de lucratividade do capital investido, valor do lucro gerado a ser distribuído, situação da evolução 
do patrimônio, rentabilidade e segurança. 
Administradores, gerentes e executivos: Tomada de decisões, minimizando a margem de erros. 
Bancos, financiadores e investidores: análise de crédito/financiamento. 
Fornecedores: Garantia de liquidez de dívida garantida. 
Clientes: Confiabilidade. 
Governo: Legislação tributária, normatização dos procedimentos. E para extrair dados para a análise econômica do país. 
_____________________________________________________________________________________________________
_________________ 
Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das companhias sob o ponto de vista econômico-financeiro, 
observando e registrando seus aspectos e suas variações decorrentes da gestão econômica. 
A forma de evidenciar os aspectos técnicos da Contabilidade é por meio da classificação, do registro e da síntese clara dos 
atos e fatos contábeis ocorridos nas entidades, assim como os resultados alcançados pela administração. Há de se levar em 
consideração a importância dos informes econômico-financeiros que apontam os impactos gerados no meio ambiente e na 
sociedade, visto pelo prisma do aspecto social. 
“Então, esse relacionamento de propriedade entre pessoas e coisas é necessariamente acompanhado de um 
relacionamento entre pessoas”. SANTOS. Afinal, quem tem direitos contra outras pessoas, tem também obrigações sobre 
outras pessoas. 
O surgimento desse direito deriva de diversas necessidades nas sociedades primitivas. Enquanto uma buscava-se o 
reconhecimento por acumulação de comida, vacas ou canoas; em outras, era a vontade de denotar força, poder e riqueza. 
Como a ostentação de recursos ou a destruição de uma propriedade de alto valor. 
A Contabilidade passou a ser tratada e reconhecida como uma ciência a partir do século XIX. A história do pensamento 
contábil teve início com o Frei Luca Pacioli, no século XV, cujas teorias continuaram vigentes até o século XVIII. A principal 
preocupação dos autores centrava-se na descrição de como deveria ser o registro das transações nos livros contábeis 
através de partidas simples ou dobradas. Com isso, aumentou a necessidade de um melhor controle das atividades, 
consequentes da expansão do comércio, do desenvolvimento industrial e eventos econômicos ocorridos. O crescimento do 
capitalismo, com o fim do feudalismo, provocou um aumento dos negócios e das atividades comerciais, demandou maior 
controle através dos sistemas contábeis. 
As primeiras técnicas contábeis foram verificadas nos séculos XII e XIII, na Itália. Pela necessidade de maior controle, nas 
cidades mais desenvolvidas, desenvolveram o sistema de partidas dobradas, semelhante ao publicado por Luca Pacioli dois 
séculos mais tarde. 
No fim do século XV, surgiram as primeiras obras sobre escrituração patrimonial, dando divulgação à nova ciência que 
surgia. A partir da primeira metade do século XVII, a Contabilidade começou a tomar formas mais definidas. A necessidade 
de maior controle pelo acúmulo de riquezas públicas e privadas e pelo desencadeamento das atividades econômicos, 
concedeu maior importância à Contabilidade, se aperfeiçoando. 
Os primeiros tratadistas da Contabilidade consideravam como se fosse apenas o estudo das contas. Surge a primeira 
escola, criada por Luca Pacioli, a Escola Contista. A obra de Pacioli (La Summa de Arithemetica, geometria, proportioni et 
proportionalitá) ficou conhecida mundialmente, onde estava inserido o método das partidas dobradas, pela primeira vez 
impresso e divulgado. Surge então a ideia de que o Frei Luca Pacioli teria desenvolvido esta técnica de escrituração 
contábil. 
No fim do século XVIII, com o advento da Revolução Francesa e as conquistas econômica-políticas, surgiram grandes 
indústrias, sociedades comerciais, o uso da máquina a vapor, incentivo para a produção e consumo de móveis, o que gerou 
um surto de prosperidade para a sociedade. Exigiu maior auxílio da Contabilidade, rigorismo em seus processos de registro, 
e melhores controles dos atos administrativos. Houveram inúmeros estudos sobre as teorias de contas e os métodos de 
escrituração. Tinham o hábito da chamada Corrente Contista – limitação da Contabilidade como estudo das contas. A 
partir do século XIX, o estudo da Contabilidade tomou impulso e deixou de ser limitada. 
Edmond Degrange, em sua sobra de 1804, falava da escrituração pelo método das partidas dobradas, nos livros Diário e 
Razão. “Creditar a conta que dá”. Ao proprietário, abrem-se cinco contas gerais: caixa, efeitos a pagar, efeitos a receber, 
mercadorias e lucros e prejuízos. 
A contabilização exige que o fenômeno contábil possa ser mensurado. Essa é a essência da Contabilidade. 
O aspecto social da Contabilidade é concebido para elaborar e apresentar informações sobre a responsabilidade da 
empresa com os recursos humanos e o meio ambiente, medindo os impactos que podem ser causados. Essas informações 
agrupam aspecto social, ético, ambiental e ecológico, servindo como ferramenta para empresa adotar uma gestão 
participativa, envolvente e comprometida com todas as camadas sociais. A Contabilidade pode definir medidas preventivas. 
CPC 00 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro 
Tem como objetivo fornecer informações úteis a investidores existentes e em potencial, além de credores, para que 
possam tomar decisões ligadas ao fornecimento de recursos para a entidade. Determina a situação patrimonial e 
financeira, as origens e aplicações de recursos da entidade. 
“A observação da prática da Contabilidade é a chave para o conhecimento, e Teoria da Contabilidade é uma organizadora 
de estruturas de generalizações das práticas”. SANTOS 
O pensamento contábil é aquele que reflete as ideias, opiniões, e reflexões dos contabilistas em determinada época, de um 
conjunto de fenômenos em torno de um objetivo. 
No início, a contabilidade era rudimentar, evoluiu para uma contabilidade científica, que se submente às regras brasileiras e 
internacionais, entendendo a relevância dos conceitos básicos, da necessidade da aplicação da estrutura conceitual 
apresentada no CPC 00, origem e aplicações de recursos para o controle, planejamento e tomada de decisões. 
O homem utilizou-se de mecanismos rudimentares como fichas de barros e depois argila para, depois, utilizar as contas, 
como forma de resolver problemas práticos no controle do patrimônio. A partir desta simplicidade desenvolveu-se a 
ciência. Tendo um certo aperfeiçoamento na idade medieval por causa do comércio. Na idade moderna, houve o 
surgimento de escolas de pensamento contábil, provenientes da Europa. A Escola Europeia alcançou a glória, 
principalmente com a Italiana, por ter uma natureza bastante teórica, fazendo com que, futuramente, a Escola Norte-
Americana baseasse-se na prática e criada pelos profissionais. 
 
Segundo o professor Antônio Lopes de Sá, o termo “Contabilidade” parece ter origem na PenínsulaIbérica. E que a escrita 
contábil surgida nos registros de argila na Suméria que deu origem à escrita comum. 
Contabilidade nas empresas públicas: 
a. Regras determinadas pela Lei 4.320/64. 
b. Princípios Fundamentais de Contabilidade e Princípios Orçamentários. 
c. Registro de atos e fatos administrativos. 
d. Resultados apresentados pelas empresas públicas é através do déficit ou superávit do exercício. 
e. Demonstrações financeiras das entidades públicas são: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Demonstração 
das Variações Patrimoniais e Balanço Patrimonial. 
f. Sistema de escrituração, na contabilidade pública, é composto por quatro subsistemas: sistema orçamentário, 
sistema financeiro, sistema patrimonial e sistema de compensação. 
Contabilidade nas empresas privadas: 
a. Regras determinadas pela Lei 6.404/76. 
b. Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
c. Registro dos fatos administrativos. 
d. Resultados apresentados pelas empresas privadas: lucros ou prejuízos do exercício. 
e. Entre as principais demonstrações financeiras nas empresas privadas: Balanço Patrimonial, Demonstração de 
Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração do Resultado Abrangente, Demonstração 
do Valor Adicionado, notas explicativas, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido etc. 
f. Existe apenas um sistema onde são registradas as contas patrimoniais e de resultado. 
O CPC 00 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação do Relatório Contábil-Financeiro regras impostas, pelo 
processo de convergência das normas internacionais de contabilidade (para empresas públicas e privadas), modificações 
que foram introduzidas no CPC 00 – Estrutura Conceitual e que foram elaborados em conjunto com dois organismos 
internacionais: IASB (International Accounting Standards Borad) e o FASB (US Financial Accounting Standards Board). 
Embora esses registros sejam direcionados para os diversos usuários externos, que governos, órgãos reguladores ou 
autoridades tributárias tenham diferentes interesses, esse fato não deve afetar as demonstrações contábeis elaboradas de 
acordo com o que é definido pelo CPC 00 – Estrutura Conceitual. 
O capítulo 3 do CPC 00 trata das características qualitativas da informação contábil-financeira e as separa em qualitativas 
fundamentais (relevância, materialidade e representação fidedigna) e características qualitativas de melhoria 
(comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), que são informações úteis para usuários 
externos dos informes econômico-financeiros (investidores, credores, governo, bancos etc.). 
O capítulo 4 apresenta os elementos das demonstrações financeiras: ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e 
despesas e o reconhecimento de ativos, passivos, receitas e despesas. 
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) foi substituída pela Demonstração de Fluxos de Caixa (DFC), 
pois a DFC permite uma melhor análise da situação da empresa. 
Teoria das Origens e Aplicações de Recursos – a compreensão do movimento de origem e aplicação dos recursos permite 
que haja uma correta contabilização dos fatos contábeis, e, consequentemente, que os relatórios contábeis sejam 
elaborados de forma adequada. De onde vem o recurso, qual a sua origem? E para onde vai o recurso, qual sua aplicação? 
A correta aplicação do Método das Partidas Dobradas implica em: para um ou mais débitos devem corresponder um ou 
mais créditos, o total de débitos deve ser igual ao total de créditos. Com isso, pode ser feita uma correta avaliação das 
origens e aplicações de recursos de uma entidade. Com o debito, sabe-se para onde o recurso foi (aplicação) e, com o 
crédito, sabe-se de onde vem o recurso (origem). Quando do registro dos fatos contábeis (fatos permutativas, fatos 
modificativos e fatos mistos). Os lançamentos contábeis (em contas patrimoniais) tem reflexo diretamente no Balanço 
Patrimonial, onde o Ativo representa as Aplicações de Recursos, e o Passivo representa as Origens de Recursos. Nas contas 
de resultado, a Receita representa as fontes de recursos (origens) e as Despesas representam o destino dos recursos 
(aplicações), que serão explicitadas na Demonstração de Resultado do Exercício, a fim de saber o resultado econômico 
apresentado. Esse resultado (positivo ou negativo) irá ser representado nas contas de Patrimônio Líquido, sofrendo 
alterações positivas ou negativas. Essas variações só serão explicadas pelas origens e aplicações nos lançamentos de partida 
de diário das contas de resultado. Dessa forma, ao analisar a demonstração estática do patrimônio (Balanço Patrimonial) e 
da demonstração da dinâmica patrimonial (Demonstração do Resultado do Exercício), o usuário terá uma correta noção 
das Origens e Aplicações de Recursos de uma organização. 
A Teoria das Origens e Aplicações de Recursos aplica-se às empresas a partir do entendimento dos lançamentos contábeis, 
dos fatos administrativos (fatos contábeis) ocorridos, da necessidade de entendimento de como conseguiram seus recursos 
e como foram aplicados, e de que forma ocorreram as variações patrimoniais nas organizações, sejam públicas ou privadas. 
“A contabilidade, campo de conhecimento essencial para a formação dos agentes decisórios dos mais variados níveis, é 
fruto concebido da relação entre o desenrolar dos fatos econômico-financeiros, sua captação e processamento”. Indícibus, 
Martins e Carvalho (2005, p.8). 
Na ocorrência de eventos econômicos que afetem a riqueza das entidades, a Contabilidade é responsável pelo processo de 
captação, registro e mensuração, além do fornecimento das informações necessárias acerca dos eventos ocorridos. Para 
isso, é necessário apoiar-se em informações de outras áreas, como: Direito, Economia, Métodos Quantitativos e Ciência da 
Informação. 
A prática da Contabilidade tem por avaliação da entidade e de seus gestores, da prestação de contas destes e como insumo 
básico para a tomada de decisões dos agentes econômicos, tanto internos quanto externos à entidade. 
O estudo da contabilidade e a sua evolução o Brasil nasceu da necessidade de gestores, comerciantes, banqueiros, agentes 
econômicos, à procura de um modelo descritivo para o mundo dos negócios. 
A contabilidade no Brasil se divide em dois momentos: 
Antes da Revolução de 1964: O início desse período é marcado pela chegada da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, e 
determinação, por D. João VI, da adoção do método das partidas dobradas. Depois, pelas influências sofridas com o 
advento do Código Comercial em 1850, passando a ser destaque social, passam a ter de divulgar anualmente a situação 
patrimonial das empresas a partir do balanço geral. A partir de 1890 a Contabilidade inserida como disciplina da Escola de 
Direito. O ensino de práticas comerciais começou em 1902 pela Escola Prática de Comércio (que depois passou a se chamar 
Escola de Comércio de São Paulo e, por fim, Escola Álvares Penteado, de onde saíram Francisco D’Auria e Frederico 
Herrmann Junior (pensadores contábeis no Brasil). Em 1940 foi criado o Decreto-lei 2.627, que apresentava a primeira lei 
das sociedades por ações (criação de reservas, avaliação de ativos e distribuição de lucros). Em 1946 deu-se o início do 
primeiro curso de Ciências Contábeis em nível de graduação pela Escola de Ciências Econômicas e Administrativas da 
Universidade de São Paulo. E, em 1947, foi criado o Decreto-lei 24.239, que previa a reavaliação de ativos fixos por uma 
taxa bianual informada pelo governo. O aumento do ativo permanente teria como contrapartida uma conta de resultado 
que afetaria o patrimônio, assumindo o pensamento patrimonialista. 
Depois da Revolução de 1964: Em 1976, o surgimento da Lei 6.404, base da contabilidade brasileira, baseado no 
pensamento da escola norte-americana. 
A influência da Escola Europeia na contabilidade brasileira é normal, isto que a Europa foi o local onde o mercantilismo 
desenvolveu-se e, consequentemente, os movimentos culturais,artísticos, literários, econômicos, políticos e sociais mais 
importantes da época, como o Renascentismo ou Renascimento (redescoberta e revalorização das referências da 
antiguidade clássica, dentro de uma visão ideal e humanista), considerado o período de transição do Feudalismo para o 
Capitalismo. Neste momento, surgem os primeiros escritos sobre a contabilidade, a partir da obra de Frei Luca Pacioli 
(“pai” do método das partidas dobradas) em 1494. 
Escolas Europeias – Caracterizadas pelo excessivo culto à personalidade: os mestres passaram a ser vistos como deuses da 
contabilidade; ênfase na contabilidade teórica, desprezando a aplicação prática; a Auditoria e a confiabilidade não eram 
enfatizadas; houve, também, uma queda do nível das principais faculdades, principalmente as italianas, quantidade 
absurda de alunos. Entre elas: 
 
Escola Contista – Até o século XVIII, as teorias contábeis vigentes eram praticamente as mesmas consideradas por Pacioli. 
Entre os principais representantes dessa escola, temos: Leonardo Fibonacci, Francesco di Balduccio Pegolotti, Alvise 
Casanova, Angelo Pietra, Ludovico Flori, Benedetto Cotrugli e Luca Pacioli. 
Apesar das críticas, coube aos contistas o papel de iniciadores de uma corrente doutrinária que fortaleceu a Contabilidade 
como uma atividade com vida própria, embora interdependente de seu meio socioeconômico. O foco está no processo de 
escrituração e nas técnicas de registro nos sistemas de contas. O Contismo desenvolveu-se principalmente na França, além 
disso, foram criadas “Teoria das Contas” (registro de uma dívida a receber ou a pagar, registro do haver e o dever), dando 
origem a diversas teorias no Brasil: 
• Teoria Algébrica do Débito e Crédito – José Lourenço de Miranda. 
• Contas Positivas e Negativas – Álvaro Porto Moitinho. 
• Teoria Matricial das Contas – Américo Matheus Florentino. 
Processo de escrituração pelo Método de Partidas Dobradas. Contas que representavam pessoas, sócio capitalista era um 
credor da empresa, sendo a empresa devedora dos seus recursos aos sócios ou acionistas. Marcou a contabilidade 
brasileira pelo Método das Partidas Dobradas e a conta social que representa os recursos que a empresa deve aos seus 
sócios. 
Escola Administrativa ou Lombarda – Nasceu no século XIX, com ênfase na relação entre a Administração Econômica e a 
Contabilidade, considerando a contabilidade como ciência da administração das entidades, incluindo os fatores econômicos 
de produção e consumo, no sentido de melhorar a informação para fins de gestão. Pode ser visto, também, como a união 
das técnicas e pensamentos doutrinários da Contabilidade com os elementos econômicos e administrativos. Teve como 
principais representantes: Francesco Villa e Antonio Tonzig. A escola foi criticada pela existência de confusão de conceitos 
por parte dos pensadores, em especial à conceituação. Com isso surgiu a Escola Personalista. 
Ciência da administração das entidades e seu objeto de estudo são as leis que governa as empresas. No estágio da 
implementação da contabilidade no Brasil, era ensinada como uma disciplina na cadeira de direito. Francisco Villa, principal 
pensador, não acreditava que a contabilidade fosse uma ciência, porque seus princípios e vários modos de aplicação não 
servem para afirmá-lo como tal. Francisco Villa foi considerado por muitos como o pai da contabilidade italiana dedicou 
várias páginas de suas obras ao estudo dos inventários, de orçamentos e desenvolveu considerações a respeito da gestão. 
Escola Personalista – Os principais pensadores da Escola Personalista, foram: Giuseppe Cerboni, Giovanni Rossi e Francesco 
Marchi. Cerboni apresentou dois princípios: princípio da personalidade das contas e princípio da contraposição. A escola 
nasceu ainda no século XIX, pensamento fundamentado na relação econômica, administrativa e contábil. Relação 
Econômica x Contábil era demonstrada pela avaliação dos meios de aquisição e produção da matéria econômica. Relação 
Administrativa x Contábil fazia a clara distinção entre haveres e deveres da entidade (de qualquer pessoa). Personificação - 
As contas deveriam ser feitas como se fossem para pessoas reais (físicas ou jurídicas), considerando os direitos e obrigações 
para cada uma delas por meio de lançamentos de débitos e créditos, pois eles consideravam de extrema relevância o 
aspecto jurídico, de modo que a conta que recebe os valores inerentes ao fato administrativo deve ser a pessoa 
responsável pela transação. Contraposição –a existência da propriedade e o trabalho de administrá-la, criando uma 
contraposição de interesse entre o proprietário e terceiros, cossignatários e correspondentes. A administração da 
propriedade cria uma natural antítese de responsabilidade entre o proprietário (mandante) e o administrador 
(mandatário), uma relação de ordem jurídica e moral. 
Giuseppe Cerboni incrementou o pensamento contábil, combatendo o pensamento contista. Além disso, Cerboni via como 
fator mais importante da contabilidade a relação entre as pessoas que tomavam parte da administração, englobando 
administração e contabilidade em um só. 
Contribuiu com o pensamento brasileiro de que o ativo é devedor e o passivo é credor. Além disso, para essa escola, o 
administrador da empresa era o responsável por todos os direitos e obrigações da mesma, sendo ele devedor dos sócios da 
empresa. 
Escola Veneziana ou Controlista – Carlo Ghidiglia, Pietro Rigobon, Vittorio Alfieri e Pietro D’Alvise e Fabio Besta. Fabio 
Besta é o principal pensador dessa escola e, opositor do pensamento da Escola Administrativa, considera a entidade como 
um organismo independente e que deve ter um administrador para controlar a riqueza, o qual deve apresentar inteligência 
administradora, atributo essencial do gestor, que deve dispor de aptidão e força para desempenhar bem suas funções de 
gerenciamento e controle. Ele acreditava que as contas não eram abertas a pessoas, mas sim a valores, considerando os 
bens antes de tudo. Ele via a contabilidade com ciência do controle econômico, única e autônoma (causas e efeitos do 
estudo econômico), determinando três esforços: 
a. A gestão das entidades compreende todas as atividades fundamentais para a administração econômica (aquisição 
de bens, transformação e dispêndio ou emprego, para a execução dos fins da entidade). 
b. A direção, para Besta, representa o exercício das atividades análogas que controlam todas as funções exercidas, 
de forma a manter a harmonia entre as relações internas e externas da entidade. 
c. O controle econômico deve impedir todo o consumo inútil, desperdício de forças econômicas, acompanhando 
todo trabalho administrativo. 
No Brasil, é visto as finalidades da informação contábil: planejamento, controle e auxílio no processo de tomada de 
decisão. 
 
Além disso, as Escolas Europeias fizeram surgir um novo pensamento contábil no Brasil: a busca pela padronização dos 
registros contábeis, consequente da queda da Bolsa de Nova York em 1929. A partir daí, a escola Norte-Americana 
(considerada uma das mais importantes do mundo, ditando regras nas áreas de custo, controladoria, gestão financeira, 
orçamento, análise de balanços e outros) passou a influenciar o pensamento da contabilidade brasileira. Na década de 
1990, o teórico contábil, Antonio Lopes de Sá aperfeiçoou o pensamento patrimonialista no Brasil, que vigora até os dias 
atuais. Além disso, segundo Sá, a Contabilidade teve uma grande vantagem em relação às outras ciências, pois o processo 
sistemático de registro de informações facilitou a tarefa científica. Apesar de todas contarem com o registro e suas 
manipulações, a contabilidade tinha como obrigatoriedade o registro de informações, o que foi confundido por algumas 
pessoas menos informadas como a arte de apenas escriturar. Ele afirma que a preocupação com a determinação de qual o 
“verdadeiro objeto de uma ciência que se derivasse do estudo dos registros contábeis”, o que deu origem à primeira 
corrente depensamento da Teoria da Contabilidade: A Escola Contista. 
Neocontista – Surgiu no final do século XIX, fazia críticas à Escola Personalista. Para os pensadores dessa escola, a atenção 
deve ser voltada para a evidenciação do ativo, do passivo e da situação líquida, qualificando os valores dos elementos 
desses grupos e acompanhando a evolução da situação patrimonial da entidade. 
Escola Patrimonialista – Abrange três áreas: estática patrimonial (equilíbrio das contas patrimoniais), dinâmica 
patrimonial (patrimônio próprio e de terceiros para a aplicação de recursos na entidade) e revelação patrimonial 
(patrimônio de forma quantitativa e qualitativa). Surgiu no século XX, de Vincenzo Masi, foi a doutrina que trouxe 
autonomia científica para a contabilidade, com seus próprios métodos, objetos e finalidade. A escola criticava o Contismo 
por preocuparem-se em demasia com o registro contábil esquecendo de seu conteúdo. Para eles o objeto de estudo da 
contabilidade é o patrimônio. 
Escola Neopatrimonialista – Firmou-se no século XX, fruto das diversas teorias existentes, principalmente o 
patrimonialismo de Vincenzo Mais, que deu sustentação para o desenvolvimento de sua base teórica, complementada 
pelos estudos de Ubaldo e Dominicis, Jaime Lopes Amorim e Francisco D’Auria. Criou-se teoremas e axiomas, como 
verdades e proposições: 1. Para que as necessidades humanas sejam atendidas, é necessário conseguir meios patrimoniais; 
2. Os meios patrimoniais constituem riqueza (patrimônio) das “células sociais” (empresas e instituições); 3. O patrimônio 
necessita de agentes motores para se mover (administradores, executores etc.) e fora das “células sociais” (natureza, 
sociedade, mercado, tecnologias etc.); 4. Ao se movimentar a riqueza se transforma; 5. Toda movimentação gera uma 
função (uso dos meios patrimoniais); 6. A função é o uso ou movimentação do meio patrimonial através da ção de agente 
motor interno ou externo; 7. Quando a função anula a necessidade, pelo movimento, produz a eficácia; 8. As funções têm 
finalidades específicas, se exercendo ao esmo tempo e de forma autônoma, constituindo um universo patrimonial em 
movimento. 
O que provoca o aceleramento da Contabilidade é a busca pela solução de problemas reais e necessidades dos gestores, 
comerciantes, banqueiros, agentes econômicos, no mundo dos negócios. A validação da teoria é exclusivamente para sua 
utilidade prática perante os usuários. A evolução da contabilidade depende de fatores institucionais, econômicos e sociais. 
A Contabilidade é uma ciência factual social, pois se preocupa com a compreensão da criação, modificação e interpretação 
dos fenômenos contábeis por seus usuários. A preocupação não está apenas em aprender, quantificar, registrar e informar 
os fatos contábeis da entidade, mas em analisar e revisar estes fatos, demonstrando suas causas determinantes ou 
constitutivas. 
A contabilidade teve crescimento em seu primeiro momento, na época da expansão mercantilista, das grandes navegações, 
quando as cidades italianas de Genova, Florença e Veneza estavam em franco desenvolvimento. O comércio intenso, o 
surgimento de bancos, o período cultural efervescente, são fatores que fizeram que o pensamento contábil eclodisse na 
Europa. Então, vieram as guerras e o apogeu econômico Norte-Americano pós-guerra, surgindo a Escola Norte-Americana. 
Escola Norte-Americana – Caracteriza-se pela ênfase no usuário da informação contábil (a importância no processo de 
tomada de decisão, buscando atender à necessidade dos usuários e evitando-se o endeusamento da contabilidade); ênfase 
na Contabilidade Aplicada, especialmente na Contabilidade Gerencial. A prioridade não era provar que era uma ciência ou 
comprovar a teoria das contas; bastante importância à Auditoria e da transparência para os investidores das S.A.; 
universidades em busca da qualidade: pesquisas de campo, dedicação exclusiva dos professores e horário integral para os 
alunos, o que valorizou o ensino nos EUA. 
A Escola Norte-Americana divide-se em dois grandes grupos: O primeiro, que se preocupa com o progresso doutrinário da 
Contabilidade Financeira e com os relatórios produzidos por ela; O segundo, que tem como foco o processo de tomada de 
decisão, cujas informações são emanadas da Contabilidade Gerencial (que surgiu a partir da Revolução Industrial). 
Evolução Histórica da Contabilidade Brasileira – De acordo com o Manual de Contabilidade Internacional, o processo de 
convergência das normas internacionais, consequente da globalização econômica mundial, entende que as empresas que 
operam no exterior devem publicar suas informações econômico-financeiras aos usuários externos globais, evidenciando os 
fatos relevantes a todos os usuários dos relatórios contábeis. Para isso, é necessário: Compreensibilidade, confiabilidade, 
relevância e comparabilidade. Quando as características qualitativas estão presentes na elaboração das demonstrações 
financeiras, é provocada a redução no risco do investimento e no custo do capital, já que o processo de elaboração é 
dispendioso para uma empresa que tenha que elaborar relatórios para diferentes países, o que também dificulta a 
comunicação dos usuários. Inicialmente, quando se chegou à conclusão de que havia necessidade de padronizar os 
informes, verificou-se impossível frente às barreiras culturais, legais, religiosas, sociais e outras. A Padronização das 
Normais Internacionais de Contabilidade passou a ser chamada de Convergência das Normas Internacionais de 
Contabilidade (modelo IFRS – International Financial Reporting Standards, emitidos pelo IASB – International Accounting 
Standards). Era importante, pois: 1. Melhora e aumenta a transparência, a compreensão e a comparabilidade das 
informações; 2. Reduz custos de elaboração, divulgação e auditoria dos relatórios financeiros; 3. Elimina significativamente 
as diferenças nos resultados gerados pelo reconhecimento contábil das operações; 4. Viabiliza os investimentos 
estrangeiros e o fluxo dos capitais no mundo; 5. Facilita e simplifica a consolidação das demonstrações e; 6. Melhora a 
comunicação das empresas com os diferentes usuários. 
No Brasil, o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis é responsável por traduzir e interpretar as normas 
internacionais, emitindo pronunciamentos que determinam as condutas a serem adotadas pelas empresas. 
As mudanças provocadas pela Lei 11.638/07 e 11.941/09 na Estrutura do Balanço Patrimonial, consequente do processo de 
convergência das normas internacionais. 
No início, o pensamento contábil brasileiro sofria forte influência das escolas europeias, para, a partir da Lei 6.404/76, 
tender ao pensamento da Escola Norte-Americana. 
O método científico é a maneira como um investigador deve desenvolver o seu trabalho de pesquisa, cujo objetivo é 
encontrar a solução para algum tipo de problema ou buscar uma contribuição geral para o conhecimento. Nesse processo 
investigativo deverão ser determinados: os objetivos da pesquisa; o processo da pesquisa (coleta de dados e análises); 
lógica da pesquisa (específico para o geral ou vice-versa); o resultado da pesquisa (solução ou conhecimento). Os métodos, 
são: dedutivo (racionalista); indutivo (empirista); hipotético-dedutivo; dialético; o método fenomenológico. 
Vamos focar no método dedutivo ou racionalista, onde entende-se que a razão pode levar ao verdadeiro conhecimento, 
parte da visão geral para a visão específica do problema até chegar à conclusão. O principal representante desse método 
dedutivo é Descartes. 
“Se as premissas são verdadeiras, a conclusão também será necessariamente verdadeira. Seus principais instrumentos são 
os teoremas, definições, axiomas e princípios”. (SANTOS et al, p. 84-88). 
Postulados e Convenções contábeis – Categorias básicas da estrutura conceitual da contabilidade. 
Postulado – fato reconhecido, como axioma, como verdade indemonstrável, mas certa ou necessária”. Princípio que, não 
tão evidente como axioma, se admite,todavia, sem discussão”. Postulado é algo que não precisa ser provado para ser 
aceito como verdade absoluta, embora não precise ser provado, é necessário para a construção de uma teoria. “O 
reconhecimento de que um postulado de orientação é necessário no desenvolvimento de uma estrutura conceitual para a 
contabilidade”. 
De acordo com o FIPECAF – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (2003) – no estudo da 
estrutura conceitual básica à composição da contabilidade: para que não haja problemas estruturais na construção dos 
componentes fundamentais da contabilidade, colocando em risco essa estrutura, é necessário haver uma hierarquização de 
certos conceitos, apresentados como princípios pelo FIPECAF (2003), classificados em três categorias básicas: 
a. Postulados ambientais da contabilidade. 
b. Princípios contábeis propriamente ditos. 
c. Restrições aos princípios de contabilidade - as convenções. 
Postulados Ambientais da Contabilidade – postulados e axiomas (conhecimento empírico ou intuição, que contribuem 
para a construção e evolução de uma teoria): anunciam condições sociais, econômicas e institucionais em que a 
contabilidade atua, inserindo-se no feudo da Sociologia Comercial e do Direito, assim como na Economia e outras ciências. 
Embora o condicionamento não seja tão restrito, predispõe-se certas posturas da Contabilidade. 
Princípios Contábeis Propriamente Ditos – são premissas básicas que norteiam as condutas relativas aos fenômenos e 
eventos contábeis, e se aplicam: nos procedimentos contábeis, na teorização da contabilidade, na abstenção de ato ou 
determinação de fato, na construção do conhecimento contábil, na tomada de decisões, na exposição de convicções e 
opiniões, na determinação de regras e conceitos fundamentais e gerais de contabilidade. O COSIF (Plano Contábil das 
Instituições do Sistema Financeiro Nacional) mostra que são dois os postulados da contabilidade: da entidade e da 
continuidade. São o núcleo central da doutrina contábil. De acordo com o Manual de Contabilidade os Princípios são: 
Da realização da receita – considerada como realizada, passível de registro, quando um produto ou serviço é repassado 
para outra pessoa, por meio de pagamento ou compromisso de pagamento. 
Do custo como base de valor – o custo para colocar o bem em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a 
base de valor para a Contabilidade, expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante. 
Do confronto das despesas com as receitas e com os períodos contábeis – Os consumos ou sacrifícios que não puderem 
ser associados à receita do período atual ou futuro, deverão ser descarregados como despesa do período em que 
ocorrerem. 
Do denominador comum monetário – as demonstrações, sem prejuízo do registro detalhado de natureza qualitativa e 
física, serão expressas em moeda nacional de poder aquisitivo da data do último Balanço Patrimonial. 
Postulado da Entidade – O patrimônio dos sócios ou acionistas não se mistura com o patrimônio da entidade. 
Uma pessoa jurídica pode ser considerada como ser ou entidade, existindo: formalização da empresa (contrato social, 
formação do capital, atendimento às exigências legais e formais), com ou sem fins lucrativos, e o seu reconhecimento como 
uma entidade jurídica, sua autonomia. 
O Postulado da Entidade possui dimensões: jurídicas (distinção de sócios e acionistas); econômica (a contabilidade tem 
como missão acompanhar a evolução qualitativa e quantitativa do patrimônio da entidade); organizacional (controlar as 
receitas, as despesas, as origens, as aplicações dos recursos da entidade); social (avaliar a contribuição dada pela entidade 
no campo social). 
Postulado da Continuidade – Encarar a entidade como algo capaz de produzir riqueza, e gerar valor continuadamente, sem 
interrupções”. 
Os ativos, enquanto estocados, devem ser avaliados por algum tipo de custo. Seja pelo valor de entrada, ou de custo, como 
consequência do Postulado da Continuidade. Seguindo o FIPECAF (2003), o Postulado da Continuidade é a premissa básica 
da Contabilidade, influencia diretamente os Princípios Fundamentais. 
Convenções Contábeis – São restrições aos princípios, qualificações. São uma complementação aos Postulados Ambientais 
e dos Princípios de Contabilidade, já que delimitam conceitos, atribuições e direções a serem seguidos pelo profissional de 
contabilidade. 
Se os princípios norteiam a direção a seguir, as convenções contábeis (restrições) nos darão um indicativo para a escola do 
percurso definitivo. Porém, terão menor peso do que no caso dos princípios. Existem quatro tipos de convenções: 
Convenção da Objetividade – para procedimentos igualmente relevantes, resultantes da aplicação dos princípios, preferir-
se-ão, em ordem decrescente: 
a. Os que puderem ser comprovados por documentos e critérios objetivos; 
b. Os que puderem ser corroborados por consenso de pessoas qualificadas da profissão, reunidas em comitês de 
pesquisa ou em entidades que têm autoridades sobre princípios contábeis. 
Da convenção da objetividade depreende-se: 
a. Dificuldade de separação da qualidade intrínseca das crenças do pesquisador daquilo que está sendo mensurado. 
b. Para reconhecimento da receita, o ponto de transferência é o mais objetivo, sem virtude da existência de um 
valor de mercado independente do avaliador. 
c. Os procedimentos de mensuração corroborados por consenso de pessoas qualificadas, em comitês de pesquisa, 
embora não tenham sido suportados por evidências objetivas, como resultam de percepção dessas pessoas, 
tornam-se objetivos. 
d. Em relação ao valor da dispersão estatística das mensurações de um atributo, da dificuldade de determinação do 
verdadeiro valor da média, a diferença entre a média verdadeira e a estimada precisa ser calculada na base do 
julgamento subjetivo e das relações lógicas entre o procedimento de mensuração e o atributo que está sendo 
avaliado. 
A Convenção da Materialidade – o contador deverá, sempre, avaliar a influência e a materialidade da informação 
evidenciada ou negada para o usuário à luz da relação custo-benefício, levando em conta os aspectos internos do sistema 
contábil. A discussão é a impossibilidade de fixação de critérios numéricos que sejam precisos e na não existência do 
sentindo absoluto de materialidade. Então, dependendo do ponto de vista, posições diferentes serão adotadas: 
a. Visão do usuário da informação contábil: a informação é material, pois não ser evidenciada ou mal evidenciada, 
pode levar o usuário a sério erro sobre a avaliação do empreendimento e suas tendências. 
b. Visão do usuário interno da informação contábil: será material quando, não processada, prejudicar a qualidade e 
a confiabilidade das informações. 
Convenção do Conservadorismo – Na avaliação do patrimônio, será considerado o menor valor atual para o ativo e o maior 
para as obrigações. 
Segundo o CPC 00 – Estrutura Conceitual, a característica prudência (conservadorismo) foi retirada da representação 
fidedigna por ser inconsistente com neutralidade. Subavaliações de ativos e superavaliações de passivos, segundo os 
Boards (Normas Internacionais) mencionam nas Bases para Conclusões, com consequentes registros inflados, incompatíveis 
com a informação que pretende ser neutra. 
Convenção da Consistência – Os usuários devem ter a possibilidade de delinear sua tendência com o menor grau de 
dificuldade possível. 
De acordo com o FIPECAF (2003), consistência e materialidade estão relacionados, e no caso delas é difícil estabelecer 
regras com precisão e rigor matemático, o que exige, por parte do profissional, uma base teórica e conhecimentos sólidos 
para poder efetuar as melhores escolhas diante dos dilemas contábeis. 
Segundo a PwC Brasil (PriceWater house Coopers), no artigo IFRS e CPCs – A Nova Contabilidade Brasileira, as normas 
internacionais IFRS são baseados em princípios. Dessa forma, diante das mesmas circunstâncias, diferentes tratamentospoderão ser dados. E isto não representa fragilidade, é muito mais difícil não refletir a essência econômica em normas que 
são baseadas em princípios do que aquelas que são baseadas em regras, já que o IFRS deve observar o conceito da 
prevalência da essência sobre a forma. 
A importância dos princípios de contabilidade: 
a. Procedimentos contábeis. 
b. Teorização da contabilidade. 
c. Abstenção de ato ou determinação de fato. 
d. Construção do conhecimento em contabilidade e em outras ciências. 
e. Tomada de decisões. 
f. Exposição de convicções e opiniões. 
g. Determinação de regras. 
h. Determinação de conceitos fundamentais e gerais. 
A necessidade de criação de um conjunto de princípios universais de contabilidade e de princípios gerais, derivados dos 
princípios universais. O reconhecimento dessa linha de pensamento do Scott (1941) se deu por meio dos SFAC nºs 1 e 2 
(Statements Of Financial Accounting Concepts) nos anos de 1978 e 1980, emitidos pelo organismo internacional 
responsável pela emissão de padrões norte-americanos, o FASB (Financial Accounting Standards Boards). A estrutura 
apresentada é construída de forma que se obedeça uma hierarquia, partindo-se dos postulados e princípios, para a 
dedução de regras métodos e procedimentos contábeis. 
A estrutura desenvolvida por Scott (1941) apresenta, no primeiro nível, um postulado de orientação como forma de 
artificulação entre o ambiente, os princípios e os procedimento contábeis. Ele reconhecia que a unidade da contabilidade 
dependia do ambiente social, político e econômico no desenvolvimento da sua estrutura econômica. 
Scott (1941) mostrou o segundo nível da estrutura conceitual dedutiva da Teoria da Contabilidade, o princípio universal de 
justiça, onde “procedimentos, regras e técnicas contábeis devem ter igual tratamento para todos os interessados, atuais e 
potenciais, envolvidos em situações financeiras cobertas por contas na organização”. 
Ao apresentar o último nível proposto por Scott (1941) - a contabilidade precisa se adaptar às mudanças sociais, políticas e 
econômicas ocorridas no ambiente econômico e na sociedade, e existe uma necessidade de revisão dos conceitos, afirm 
que sejam efetuados ajustes pelas crenças, tecnologias e experiência do mundo atual, permitindo a consistência da 
Contabilidade no processo científico. Os princípios contábeis devem representar uma expressão legítima das necessidades 
dos profissionais, livre de preceitos básicos ultrapassados. 
A partir de 2010, mudanças ocorreram na Contabilidade Brasileira, são elas: O processo de globalização alterou as relações 
econômicas no mundo, traduzindo-se no crescimento do mercado de capitais, empresas multinacionais, assim como a 
necessidade de se ter relatórios econômico-financeiros de forma inteligível em todos os países. Por exemplo, empresas 
brasileiras que tinham ações na NYSE, a Bolsa de Valores de Nova York, mesmo antes do processo de harmonização, já 
emitiam seus relatórios no formato dos formulários 20F (modelo americano), e também emitiam relatórios com o padrão 
brasileiro, as DFP’s (Demonstrações Financeiras Padronizadas). As empresas publicavam ambos os relatórios para atrair os 
investidores americanos para comprar suas aões. 
Motivos para o processo de convergência das normais internacionais: 
a. Redução de custo de elaboração dos relatórios contábeis. 
b. Redução de riscos e custos nas análises e decisões. 
c. Redução de custo de capital. 
Assim, diante desse processo de convergência das normas em vários países, o Brasil, por meio da Resolução 1.055/05, 
emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade, criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), tem como objetivos: 
o estudo, preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos, suas interpretações e orientações sobre procedimentos de 
contabilidade societária e divulgação de informações, para permitir a emissão de normas pelas entidades reguladoras 
brasileiras. Surgiu da união dos esforços entre a Associação Brasileira de Companhias Abertas (ABRASCA), a Associação dos 
Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC), a Bolsa de Valores de São Paulo 
(BMF&BOVESPA), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Instituto de Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e 
a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI). Essa união se deu para atender às 
necessidades de: Convergência internacional das normas contábeis e; centralização das normas. 
A Resolução 1.156/09, do CFC, dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, que chama atenção para 
o impacto da globalização na economia brasileira e reconhece a necessidade da convergência. Seguem as alterações nas 
Normas Brasileiras de Contabilidade, que englobam o Código de Ética Profissional da Contabilidade: Normas de 
Contabilidade; Normas de Auditoria Independente e de Asseguração; Normas de Auditoria Interna; Normas de Perícia. 
Esse conjunto de normas estabelece: 
1. Regras e procedimentos de conduta a serem observadas no exercício da profissão. 
2. Conceitos doutrinários. 
3. Princípios. 
4. Estrutura técnica. 
5. Procedimentos a serem aplicados quando da realização dos trabalhos previstos nas normas aprovadas por 
resolução emitida pelo CFC. 
As Normas Brasileiras de Contabilidade se dividem em Normas Profissionais (estabelecem preceitos de conduta para o 
exercício profissional) e Normas Técnicas (estabelecem conceitos doutrinários, estrutura técnica e procedimentos a serem 
aplicados, sendo classificados em Contabilidade, Auditoria Independente e de Asseguração, Auditoria Interna e Perícia). 
Normas Brasileiras de Contabilidade: 
NORMAS DEFINIÇÃO 
Geral – NBC PG São as normas gerais aplicadas aos profissionais da área contábil. 
Auditor Independente – NBC PA São aplicadas especificamente aos contadores que atuem como auditor 
independente 
Do Auditor Interno – NBC PI São aplicadas especificamente aos contadores que atuem como auditor interno 
Do Perito – NBC PP São aplicadas especificamente aos contadores que atuem como perito contábil. 
 
Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica: 
NORMAS DEFINIÇÃO 
Societária – NBC TS São as Normas Brasileiras de Contabilidade convergentes com as Normas 
Internacionais. 
Do Setor Público – NBC TSP São as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes 
com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público 
Específica – NBC TE São as Normas Brasileiras de Contabilidade que não possuem Norma Internacional 
correspondente, observando as NBC TS. 
De Auditoria Independente de 
Informação Contábil Histórica – 
NBC TA 
São as Normas Brasileiras de Auditoria convergentes com as Normas Internacionais 
de Auditoria Independente (ISAs) emitidas pela Federação Internacional de 
Contadores (IFAC) 
De Revisão de Informação 
Contábil Histórica – NBC TR 
São as Normas Brasileiras de Revisão convergentes com as Normas Internacionais de 
Revisão (ISREs), emitidas pela IFAC. 
De Asseguração de Informação 
Não Histórica – NBC TO 
São as Normas Brasileiras de Asseguração convergentes com as Normas 
Internacionais de Asseguração (ISAEs), emitidas pela IFAC. 
De Serviço Correlato – NBC TSC São as Normas Brasileiras para Serviços Correlatos convergentes com as Normas 
Internacionais para Serviços Correlatos (ISRSs) emitidas pela IFAC. 
De Auditoria Interna – NBC TI São as Normas Brasileiras aplicadas aos trabalhos de auditoria interna. 
De Perícia – NBC TP São as Normas Brasileiras aplicadas aos trabalhos de perícia. 
 
De acordo com o CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil, a classificação de arrendamentos mercantis baseia-se 
na extensão em que os riscos (incluindo depreciação) e benefícios inerentes à propriedade do ativo arrendado 
permanecem no arrendador ou no arrendatário. O ativo é parte integrante do arrendador, do qual o arrendatário tem 
apenas direito ao valor que lhe compete. Leasing é o contrato de arrendamento, em que dependeda essência da 
transação, e não da forma do contrato. Têm duas classificações: 
Financeiro – Se ele transferir substancialmente os riscos e benefícios da propriedade. 
Operacional – Se não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade. 
 O CPC 06 aponta as situações que podem levar um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento 
financeiro: 
a. O arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do 
arrendamento mercantil. 
b. O arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que seja suficientemente mais baixo do que o valor 
justo à data em que se torne uma opção de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente 
certo que a opção seja exercida (através de um valor residual). 
c. O prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo, mesmo que a 
propriedade não seja transferida. 
d. No início do arrendamento mercantil, no valor presente dos pagamentos mínimos totalizam substancialmente 
todo o valor justo do ativo arrendado. 
e. Os ativos arrendados são de natureza especializada de forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem 
grandes modificações 
Fatores importantes que podem levar um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento financeiro: 
f. Se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associados ao 
cancelamento são suportados pelo arrendatário. 
g. Os ganhos ou perdas da flutuação do valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendatário (na forma de 
dedução que equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento mercantil). 
h. O arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com 
pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de mercado. 
Mesmo em um contrato de aluguel, caso haja a transferência de riscos e benefícios, é clara a intenção de ficar com o bem 
após o arrendamento mercantil. Em que deixa de ser um simples arrendamento, passando a ser uma aquisição, devendo 
ser contabilizado o bem no ativo e bem como o financiamento a ser reconhecido no passivo, além das despesas no 
resultado da companhia. 
No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, os 
arrendamentos mercantis financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da 
propriedade arrendada ou, se inferior, o valor presente (taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos 
pagamentos mínimos do arrendamento mercantil deve ser a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for 
praticável determinar essa taxa. Se não for, deve ser usada a taxa incremental de financiamento do arrendatário) dos 
pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento mercantil. O 
arrendatário (em caso de arrendamento mercantil financeiro) deve reconhecer o ativo e a obrigação de efetuar futuros 
pagamentos. 
Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário devem ser adicionados à quantia reconhecida como ativo. 
Essência Sobre a Forma – O que deve prevalecer é a essência do evento econômico, não sendo relevante a forma jurídica 
apresentada pelo evento. No Brasil, antes da Lei 11.638/07, a estrutura normativa contábil adotada no sistema brasileiro foi 
o Code Law (regido por normas), mesmo com a Lei 6.404/76 que afirmava que a essência devia prevalecer sobre a forma. 
Além disso, a essência sobre a forma também foi destacada na representação fidedigna, retirada por ser considerada 
redundante no CPC 00 – Estrutura Conceitual. Assim, a essência sobre a forma é uma bandeira insubstituível nas normas. 
Países que sofrem influência do direito romano costumam dar ênfase à forma em detrimento da essência, que é a base que 
sustenta toda estrutura contábil. “Dosar relevância com objetividade ou subjetivismo responsável”. São aplicados apenas 
nos elementos do ativo. 
Common Law (direito consuetudinário) – as normas derivam dos costumes e tradições do país, base das normas 
internacionais, já que tem base em princípios e julgamentos. 
Valor Recuperável do Ativo – Perda por Impairment – Modificação na Lei 6.404/76. É o valor pelo qual o valor contábil de 
um ativo excede seu valor recuperável. Antigamente, a antiga Reavaliação do Ativo, foi atualizada devido à convergência de 
normas internacionais, alteração 11.638, passamos a ter a Perda Por Impairment. O valor de mercado está menor do que o 
valor contabilizado do ativo. Tenho que reconhecer a perda, a desvalorização. Se não o valor desse bem estará acima do 
que ele vale no mercado. O valor do ativo, a recuperabilidade dele, considerar o valor justo líquido de despesas, 
depreciação, exaustão ou amortização. 
Para elaborar demonstrações contábeis que contenham informações úteis à tomada de decisões, a demonstração deve 
possuir características qualitativas fundamentais (CPC 00,2011,p 19-21): 
Relevância – mesmo que as informações não relevantes não sejam consideradas no processo, sua natureza continua sendo 
fidedigna. Para ser relevante, a informação precisa ter: 
1. Valor Preditivo – quando serve para antever os próximos resultados. 
2. Valor Confirmatório – quando serve para dar feedback das avaliações realizadas, ratificando-as ou alterando-as. 
3. Valor Material – quando serve para alterar as decisões – omitidas ou distorcidas – dos usuários. 
Representação Fidedigna – a informação é útil e relevante quando é capaz de alterar as decisões de seus usuários e quando 
representa, de forma fiel, determinado evento econômico. Para ser fidedigna, a informação precisa: ser completa, ser 
neutra e não apresentar erro. 
Existe um processo efetivo e eficiente para que as características qualitativas sejam aplicadas às informações contábeis. É 
preciso constatar se o evento contábil é útil para os usuários. Em segundo, é necessário identificar o tipo de informação 
mais relevante do evento, que o represente com fidedignidade. E, por último, é preciso verificar a disponibilidade da 
informação e se ela foi representada de forma fidedigna. 
Além delas, existem as características qualitativas de melhoria – da utilidade fidedigna e relevante: 
Comparabilidade; Verificabilidade (de forma direta, por meio de observação ou, de forma indireta, por meio da checagem 
de dados de entrada, fórmulas e técnicas para recalcular os resultados obtidos por meio da mesma metodologia); 
Tempestividade (disponibilidade em tempo hábil para interferir nas decisões. A informação mais antiga é a que tem menos 
utilidade); Compreensibilidade (classificação, caracterização e representação de forma concisa e clara); 
Bases de Mensuração: 
Custo Histórico (valor de aquisição); Custo Corrente (custo em caso de venda até a data do balanço); Valor Realizável (ou 
de liquidação); Valor Presente (valor descontado do fluxo líquido que se espera, seja gerado pelo item no curso normal das 
operações). 
Na mensuração e reconhecimento de um evento econômico-financeiro, a premissa é de que a entidade está em atividade – 
going concern assumption – e se manterá em operação, pressupondo que não há intenção de entrar em processo de 
liquidação. 
As demonstrações contábeis representam os efeitos financeiros no patrimônio da entidade, através dos elementos 
patrimoniais (situação patrimonial) e de resultado (situação econômica através da apuração de receitas e despesas). Sendo 
necessário avalia-los e mensurá-los. 
A Lei Sarbox buscou: regulamentar a Contabilidade; fiscalizar as instituições; determinar que as empresas apresentassem 
relatórios econômico-financeiros que traduzissem a posição financeira das entidades. Com isso, tornou-se moda falar em 
Governança Corporativa, o que resultou em informes mais detalhados e na busca pela convergência das normas 
internacionais para que pudessem ser comparados e evitar a fraude. (BONOTTO, 2010, p.7,12,16-19). 
O benefício econômicofuturo de um ativo referente à sua capacidade de contribuir, direta ou indiretamente, para a 
geração de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Essa capacidade pode envolver: Produção, Conversão do ativo 
em caixa ou equivalentes de caixa, habilidade para minimizar as saídas de caixa. 
Além disso, os benefícios futuros fluem para a entidade quando: Na prestação de serviços ou bens vendidos, troca por 
outros ativos, o elemento do ativo é usado na liquidação de um passivo, há distribuição do ativo para os proprietários. 
O direito não é essencial, necessitando estar associado a direitos legais. 
Os elementos do ativo serão avaliados segundo alguns critérios: 
Valor Justo - valor de mercado ou valor total da transferência de um ativo. É o valor pelo qual um ativo pode ser negociado 
ou um passivo liquidado. Desde que sem pressão para a liquidação da transação ou que tornem a transação compulsória 
(obrigatória). O valor justo tem os seguintes objetivos em ordem de prioridade (caso um não seja possível, o subsequente o 
substitui): 
1. Demonstrar o valor de mercado de determinado ativo ou passivo. 
2. Demonstrar o provável valor de mercado por comparação com outros ativos e passivos. 
3. Demonstrar esse provável valor por utilização do ajuste a Valor Presente dos valores estimados e futuros fluxos 
de caixa vinculados a esse ativo. 
4. Demonstrar esse provável valor pela utilização de fórmulas econométricas reconhecidas pelo mercado. 
Existem alguns ativos e passivos que podem dispor de certo tipo de informação ou transação do mercado disponível, outro 
não. Ou seja, o Valor Justo é o preço de mercado, em uma transação não forçada, para vender um ativo ou transferir um 
passivo na data do balanço. 
Valor Presente (Present Value) – estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações. 
Instrumentos Financeiros – valores mobiliários (ações, debentures, derivativos). Qualquer contrato que origine um ativo 
financeiro para uma entidade e um passivo financeiro ou título patrimonial para outra entidade. As regras (CPC 14,2008, 
p.5) se aplicam a todos os tipos de instrumentos financeiros, exceto a: 
a. Participações societárias em controladas, coligadas e joint ventures (sociedades em conjunto); 
b. Direitos e obrigações de contratos de leasing. 
c. Direitos e obrigações dos empregados quanto a planos de benefícios. 
d. Instrumentos que a entidade emite como título patrimonial – inclusive opções e warrants. 
e. Direitos e obrigações decorrentes de contratos de seguro que tenha cláusula de participação discricionária 
(direito do segurado de receber benefícios adicionais). 
f. Adquirente de contratos para contingência de combinações de negócios. 
g. Contratos entre adquirente e vendedor, na compra ou venda de uma entidade investida, uma combinação de 
negócios. 
h. Instrumentos, obrigações e contratos de pagamentos baseados em ações. 
i. Direitos de pagamentos no reembolso de uma entidade para gastos necessários à liquidação de um passivo que já 
foi reconhecido como uma provisão. 
j. Investimentos avaliados pelo método do custo deduzido da perda por impairment ou dedução do custo de 
aquisição a valor de mercado – se este for menor. 
k. Ações registradas pela entidade que as emitiu e resgatáveis – integrantes da entidade emissora. 
Os ativos financeiros estão classificados em quatro categorias (também aplicáveis à mensuração e ao reconhecimento do 
resultado. Pode-se usar outras descrições ou categorizações quando apresentar essa informação, de maneira clara, em suas 
demonstrações): 
1. Ativos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado; 
2. Investimentos mantidos até o vencimento; 
3. Empréstimos e recebíveis; 
4. Ativos financeiros disponíveis para a venda. 
Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, pelo custo de aquisição ou 
produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; considera-se o valor justo: 
a. Das matérias-primas e dos bens a preço que possam ser repostos; 
b. Dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os 
impostos e despesas para a venda, e a margem de lucro. 
c. Dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros; 
d. Dos instrumentos financeiros, o valor que se pode obter em um mercado ativo, em transação não compulsória entre 
partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro. 
A mensuração dos estoques deve ser feita pelo: 
a. Valor de Custo – todos os custos de aquisição e de transformação, assim como outros custos incorridos para deixa-lo 
na situação atual. 
b. Valor Líquido de Realização – preço de venda estimando, deduzido dos custos e gastos estimados para sua conclusão. 
O valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos necessários para a 
respectiva venda. 
O custo de aquisição dos estoques compreende: preço de compra, impostos de importação e outros tributos (exceto os 
recuperáveis), custos de transportes, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição destes. Descontos 
comerciais, abatimentos e outros itens devem ser deduzidos do custo de aquisição. Os custos de transformação de 
estoques incluem os custos diretamente relacionados com a produção, custos indiretos de produção, fixos e variáveis. Os 
custos só deverão ser ativados na medida em que sejam incorridos. Porém, alguns custos não são incluídos nos estoques, 
sendo reconhecidos diretamente no resultado como despesas do período, como: 
• O consumo involuntário e anormal de materiais, como perdas de matérias-primas e consumo anormal de mão de obra. 
• O consumo normal e voluntário de armazenamento fora do processo de produção. 
• Outras despesas não contabilizadas como custo e as despesas de comercialização, como aquelas para entrega de 
produtos. 
A compra a prazo pode ter uma diferença de valores, essa diferença deve ser contabilizada como despesa de juros durante 
o período do financiamento. Outros métodos para mensurar os estoques: 
Custo-padrão: níveis normais de utilização dos materiais e bens de consumo, da mão de obra e da eficiência na utilização 
da capacidade produtiva. 
Método do Varejo: O custo deve ser determinado pela redução do preço de venda na porcentagem apropriada da margem 
bruta. Levando em conta que o estoque tenha sofrido redução do preço de venda abaixo do valor original. 
Critérios de Avaliação dos Estoques – “Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair” (PEPS) ou Custo Médio Ponderado. No PEPS, é 
considerado que o estoque mantenha os produtos que foram recebidos por último, e no custo médio ponderado, é 
considera a média em base periódica ou à medida que cada lote seja recebido. 
Outros elementos do ativo devem ser avaliados da seguinte forma: 
III. Os investimentos em participações no capital social de outras sociedades, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão 
para perdas prováveis na realização do seu valor, quando esta perda estiver comprovada como permanente, que não será 
modificado em razão do recebimento, sem custo de ações ou quotas bonificadas. 
IV. Os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis, ou para redução do 
custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior. 
V. Os direitos no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido de depreciação, amortização ou exaustão. 
O Inciso III refere-se aos investimentos em coligadas e controladas na forma de participações permanentes. Existem duas 
maneiras de avaliação: 
Método do custo de aquisição: O MEP tem preferência sobre o MCA, deve-se verificar qual dos dois métodos os 
investimentos em participações permanentes se enquadram. 
Método da Equivalência Patrimonial (MEP): o custo com determinados ajustes, a fim de refletir as alterações após a 
compra na participação sobre os ativoslíquidos do investidor. Observa-se a aplicação quando: a entidade possui o controle 
individual ou conjunto; há influência significativa. 
No Inciso IV, deve-se considerar o valor de mercado como valor justo, definido como valor líquido – deduzidos os valores 
de comissões, impostos e outros valores incididos em sua eventual negociação – pelo qual tais elementos possam ser 
vendidos. 
O reconhecimento do passivo é dado pela obrigação presente: dever de realizar certa tarefa, por exigências legais por 
contrato ou determinadas no estatuto da companhia. Ou das obrigações decorrentes das atividades, da necessidade de 
boas relações com seus clientes (como garantia, por exemplo). Entre as características principais para reconhecimento do 
passivo: 
a. Obrigação de existir no exato momento. É reconhecida como resultante de uma transação ou evento passado pela 
aquisição de bens ou serviços, de perdas incorridas de responsabilidade da empresa ou, perdas futuras prováveis que 
a empresa se comprometeu. 
b. Não pode haver liberdade para evitar sacrifício futuro. Não é necessário que o valor seja conhecido com certeza, 
bastando que sua obrigação futura seja provável. 
c. Obrigações equitativas (justas ou imparciais), são reconhecidas conforme a necessidade da realização de pagamentos 
futuros, a fim de manter boas relações ou na prática usual dos negócios. 
d. Geralmente, o beneficiário do pagamento seria conhecido ou identificado como grupo, desde que se torne 
identificado até a data do vencimento. Não é necessário o reconhecimento de identidade ou que o credor reconheça 
ou tenha conhecimento de seu direito no presente momento. 
O reconhecimento do passivo ocorrerá quando ele puder ser mensurado, atendendo a definição de passivo relevante e 
necessário, mensurados com significativo grau de estimativo. No Brasil, esses passivos são chamados de provisões. O valor 
deverá ser contabilizado com seus juros e descontos correspondentes. 
Para que ele seja reconhecido, deve haver contrapartida; 
A obrigação a ser registrada deve ser determinada “em função do valor atual dos montantes a serem pagos no futuro”. 
Mesmo que não haja a certeza da ocorrência de um passivo contingente, ele precisa ser reconhecido, “a exemplo das 
provisões para garantias”. 
Por fim, os passivos têm de ficar registrados até que ocorra sua extinção através de: 
Pagamento em caixa; Transferência de outros ativos; Prestação de serviços; Substituição da obrigação por outra; 
Conversão da obrigação em item do Patrimônio Líquido. A obrigação pode, também, ser extinta por renúncia do credor ou 
pela perda dos seus direitos. 
A mensuração a valor presente será aplicada no reconhecimento inicial de ativos e passivos. Exceto em situações 
excepcionais, como a renegociação de dívida, o ajuste a valor presente deve ser aplicado como nova medição de ativos e 
passivos. Essas situações de novas medições são raras e são matéria para julgamento para aqueles que preparam e 
auditam as demonstrações contábeis. Os juros implícitos e explícitos devem ser mensurados por ser este o valor de custo 
original dentro da filosofia de valor justo (fair value). 
Embora seja definido como algo residual, no PL, podem ser encontrados subcontas no Balanço Patrimonial, quais: 
O capital social deduzido de sua parcela, que ainda será integralizada. 
As Reservas de Capital que visam garantir a integridade do Capital Social. 
Os ajustes positivos e negativos da Avaliação Patrimonial. 
As Reservas de Lucros, que representam as destinações do lucro apurado pela companhia. 
As Ações em Tesouraria. 
Os Prejuízos Acumulados. 
São relevantes quando indicarem restrições legais sobre a capacidade de distribuir ou aplicar seus recursos patrimoniais. 
Santos et al (2007, p. 125) apresentam quatro teorias importantes no tratamento do PL: 
a. TEORIA DO PROPRIETÁRIO – O PL pertence aos proprietários. 
b. TEORIA DA ENTIDADE – O PL pertence à entidade. 
c. TEORIA DO ACIONISTA ORDINÁRIO – todos os investidores, exceto os ordinários, são considerados terceiros. 
d. TEORIA DO FUNDO – Os ativos representam serviços para o fundo ou unidade operacional por ele constituída. Já os 
passivos representam restrições contra ativos específicos ou gerais do fundo. 
O fato gerador da receita é a entrega da mercadoria concomitante com a transferência da propriedade. 
A receitas podem ser provenientes da: venda de mercadorias, prestação de serviços, de receitas financeiras, receitas de 
semoventes, receitas de doações etc. Só deverão ser reconhecidas quando: puderem ser mensuradas, estiverem na 
estrutura patrimonial, possuírem valor preditivo e puderem ser verificados com precisão. A receita só deve ser reconhecida 
se for obtida ou realizada, e se: 
A entidade tiver transferido para o comprador os riscos e benefícios mais significativos do bem; 
A entidade não mantiver envolvimento continuado com a gestão dos bens vendidos, tampouco efetivo controle sobre tais 
bens. 
O valor da receita puder ser mensurado com confiabilidade; 
O fluxo dos benefícios econômicos, associados à transação, para a entidade for possível; 
As despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à transação, puderem ser mensuradas com confiabilidade. 
Os gastos (necessários para a produção, comercialização ou prestação de serviços) são classificados em: custo (utilizado na 
produção), despesa (consumido, direta ou indiretamente, para obtenção de receitas, para manutenção e funcionamento da 
empresa) ou perdas (consumido de forma involuntária e anormal). Ganhos são acontecimentos favoráveis, não 
relacionados com as operações normais da empresa (receitas ou investimentos dos proprietários). Perdas e ganhos 
resultam de atividades: 
Periféricas da entidade – venda de veículos e máquinas usadas. 
Originadas de eventos econômicos não controlados pela administração – ganhos com valores mobiliários. 
Provenientes de transações não recíprocas – furtos e decisões judiciais. 
O que são critérios de mensuração e avaliação à luz da Teoria da Contabilidade? 
Aqueles capazes de elaborar demonstrações que contenham informações úteis à tomada de decisões econômicas para os 
usuários. Para que essas informações tenham utilidade, as informações devem possuir características qualitativas 
fundamentais. 
Quais são os critérios de mensuração e avaliação de ativos e passivos? 
Determinados pela Lei 6.404/76: Pelo seu valor justo, quando forem aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para 
a venda. E pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, 
ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de 
crédito. 
Os estoques devem ser mensurados pelo: Valor de custo ou Valor líquido de realização (preço de venda estimado no curso 
normal dos negócios, deduzido dos custos para concretização da venda). Além disso, os estoques podem ser avaliados pelo 
critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) ou pelo Custo Médio Ponderado. 
Os investimentos em participação no capital social de outras entidades, são classificados pelo custo de aquisição, deduzido 
de provisão para perdas prováveis, quando esta perda estiver confirmada como permanente. 
Os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do 
seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior. 
Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido de depreciação, amortização ou exaustão. 
As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive IR, serão computados pelo valor atualizado até a data 
do balanço. As obrigações em moeda estrangeira serão convertidas em moeda nacional à taxa de cambio na data do 
balanço. 
As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os 
demais ajustados quando houver

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