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Contabilidade Introdutória

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CONTABILIDADE 
INTRODUTÓRIA
PROF.A MA. ELISABETE CAMILO
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Luana Ramos Rocha
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão de Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
1 - ESCOLA ITALIANA – EUROPEIA DE CONTABILIDADE...................................................................................... 6
1.1. CONTISMO ............................................................................................................................................................ 6
 1.2. PERSONALISMO ................................................................................................................................................ 6
1.3. NEOCONTISMO ................................................................................................................................................... 6
1.4. CONTROLISMO .................................................................................................................................................... 7
1.5 AZIENDALISMO .................................................................................................................................................... 7
1.6. PATRIMONIALISMO ............................................................................................................................................ 7
2 - ESCOLA NORTE-AMERICANA ............................................................................................................................. 8
2.1. MAIORES CONTRIBUIÇÕES QUE A TEORIA CONTÁBIL TROUXE AOS EUA .................................................. 8
U N I D A D E
01
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
PROF.A MA. ELISABETE CAMILO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
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2.2. ENSINO DA CONTABILIDADE NO BRASIL ........................................................................................................ 9
2.3. PREOCUPAÇÕES NO ENSINO DE TEORIA DA CONTABILIDADE .................................................................. 12
2.4. CONTABILIDADE E AS ORGANIZAÇÕES ......................................................................................................... 13
2.4.1 A PROFISSÃO CONTÁBIL NO BRASIL ........................................................................................................... 14
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 18
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INTRODUÇÃO
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização, existem 
registros que datam do ano 8.000 a.C., e estão ligados às primeiras manifestações humanas da 
necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com 
o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos. Um escriba 
egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. (MARTINS; 
LOPES, 2005; IUDICIBUS, 2015; BREDA; HENDRIKSEN, 2010; MARION, 2009).
O homem primitivo necessitava realizar um controle sobre as pessoas que ele tinha 
para sustentar e quanto ele tinha em estoque de insumos, com isto ele planejava suas saídas 
para caçar e prover o sustento de sua família. Com o passar dos tempos, houve a necessidade de 
outros insumos, e o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização 
econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida 
comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza 
individual. Todavia o homem não consegue produzir tudo aquilo que consome então surge a 
necessidade de trocas de produtos entre os produtores. Esta troca é denomina de escambo, e esta 
troca necessitava ser registrada e controlada por alguém, surge então o termo guarda-livros. No 
período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e 
pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá (IUDICIBUS, 2015; MARION; 
LOPES, 2005)
No Brasil, a contabilidade surgiu no início do século XX, com a inauguração da Escola de 
Comércio Álvares Penteado, em 1902. Entre os anos 1950 e 1960, os contadores e profissionais 
contábeis no Brasil eram conhecidos como guarda-livros, tendo mais reconhecimento a partir dos 
anos 1970. Na década de 80, começaram a surgir os primeiros microcomputadores e sistemas de 
troca de informações, uma inovação que vinha para trazer maior exatidão nos dados e agilidade 
nas informações. Já a década de 90 é um salto na tecnologia da informação contábil em que os 
ERPs, sistemas gerenciais sofisticados entram nas organizações facilitando o trabalho de apuração 
de dados pela contabilidade. À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de 
valores, precisava registrar pois memorizar era impossível (HASTING, 2007).
Figura 1 – As primeiras escritas contábeis em pedras. Fonte: Garces (2016).
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1 - ESCOLA ITALIANA – EUROPEIA DE CONTABILIDADE
Segundo Iudicibus (2015), após o surgimento do método das partidas dobradas (século 
XIII ou XIV) e sua divulgação através da obra de Frei Luca Pacioli, a escola italiana ganhou grande 
impulso e se espalhou por toda a Europa. E os autores Iudicibus (2015); Marion, Lopes (2005), 
Padoveze (2010), dentro das escolas Italianas várias correntes de pensamentos contábeis se 
desenvolveram, tais como:
➢ Contismo;
➢ Personalismo;
➢ Neocontismo;
➢ Controlismo;
➢ Aziendalismo.
1.1. CONTISMO
Seus defensores adotam como ideia central o mecanismo das contas, preocupando-
se basicamente com seu funcionamento e subordinando-as aos métodos de escrituração. Foi 
a primeira escola de pensamento contábil na escala de evolução cientifica da contabilidade, 
destacando-se os trabalhos de Jacques Savary e de Edmundo Degranges através do método das 
partidas dobradas.
 1.2. PERSONALISMO
O Personalismo deu personalidade para as contas, visando poder explicaras relações de 
direitos e obrigações. Nessa época, ainda não se havia pensado em dar fundamentação jurídica 
às contas. As contas passavam a exprimir valores, divididas em dois grupos principais, os bens 
patrimoniais e os derivados referentes ao patrimônio líquido e às suas variações.
1.3. NEOCONTISMO
Através das contas, que é o controle das empresas, elas passaram a exprimir valores, 
dando forma para a criação de grupos como bens patrimoniais e o patrimônio líquido, iniciando 
o controle de bens, direitos e obrigações. O neocontismo de Fabio Besta devolveu à contabilidade 
o verdadeiro motivo de existir, respeitado pela riqueza patrimonial e, como consequência, trouxe 
grande avanço para o estudo da análise patrimonial e dos fenômenos decorrentes da gestão 
empresarial.
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1.4. CONTROLISMO
O controle econômico pode ser considerado como uma das finalidades dos sistemas de 
escrituração, contudo não abrange em sua totalidade o objeto da contabilidade. Os fenômenos 
relacionados com a formação dos custos, com a realização da receita, com equilíbrio financeiro 
e outros que provocam variações patrimoniais, são objeto de operações de controle, mas, 
a contabilidade não se limita apenas a esses aspectos, mas ao todo controle do patrimônio 
organizacional.
1.5 AZIENDALISMO
Guiseppe Cerboni e Fabio Besta, representantes das escolas que defendiam 
respectivamente o fundamento jurídico e o econômico da contabilidade, reconhecendo que 
as escolas que giram em torno do mecanismo das contas haviam falhado no seu propósito 
de considerar a contabilidade como ciência econômica, dirigiram seus estudos para o 
campo das aziendas, objetivando provar as suas teorias, acrescentando a parte cientifica da 
contabilidade à organização, administração e o controle. Desta forma, conseguiram elaborar 
novas teorias que foram incorporadas à contabilidade, dando assim, início à corrente 
aziendal que contribuiu eficazmente para o desenvolvimento das ciências administrativas. 
Esta corrente demonstra as três doutrinas que formam o conteúdo da economia aziendal: 
administração, organização e controle e contabilidade. Enquanto os adeptos do aziendalismo 
defendiam que os fenômenos a serem estudados eram as aziendas, restringindo assim o campo 
de atuação da contabilidade ao levantamento de fontes patrimoniais, o professor Vicinzo Masi 
procurava demonstrar que o estudo da contabilidade é bem mais amplo, surgindo daí uma das 
mais importantes correntes de pensamentos contábeis: o Patrimonialismo.
1.6. PATRIMONIALISMO
O Patrimonialismo, cujas ideias e teorias foram definidas por Vicenzo Masi, definiu o 
patrimônio como objeto da contabilidade. Segundo a teoria patrimonialista, o patrimônio é 
uma grandeza real que se transforma com o desenvolvimento das atividades econômicas, cuja 
contribuição deve ser conhecida para que se possam analisar adequadamente os motivos das 
variações ocorridas no decorrer de um determinado período.
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2 - ESCOLA NORTE-AMERICANA
Segundo os estudos para com a contabilidade de Martins; Lopes, (2005); Marion, 
(2009); Hendriksen, Breda, (2010); Padoveze (2010); Iudicibus, (2015), o  final do século 
XIX e início do século XX foi marcado por uma série de acontecimentos que deram origem 
a uma excepcional expansão da contabilidade. A expansão do mercado de capitais e o rápido 
crescimento do comércio e da indústria proporcionaram o surgimento de um campo fértil para o 
desenvolvimento das Ciências Contábeis, pois, com o surgimento dos complexos organizacionais 
em indústria, comércio e serviços, com uma ampliação do quadro de acionistas, a contabilidade 
tornou-se mais complexa e necessita de um aprimoramento objetivando atender uns números 
cada vez mais elevados de usuário, que pressionavam as organizações, buscando informações 
com a finalidade de garantir a segurança e o controle de seus investimentos.
No ano de 1930, surgiram as primeiras discussões entre a bolsa de valores de Nova York 
e o Instituto Americano de Contadores Públicos, visando a promulgação dos princípios de 
contabilidade. 
2.1. MAIORES CONTRIBUIÇÕES QUE A TEORIA CONTÁBIL 
TROUXE AOS EUA
A metodologia básica utilizada pela escola norte-americana, no desenvolvimento de 
novas teorias e práticas contábeis, parte de uma visão dos relatórios contábeis e, em seguida, 
estuda os lançamentos contábeis que deram origem àqueles relatórios e estes relatórios eram 
comparados com os relatórios dos períodos anteriores, para se analisar a evolução aziendal.
Para Martins; Lopes, (2005); Marion, (2009); Hendriksen, Breda, (2010); Padoveze (2010); 
Iudicibus, (2015), a partir da história da contabilidade surgiram, primeiramente, os relatórios e 
só a partir do século XV D.C. é que foram organizados os lançamentos contábeis necessários para 
se chegar a esses relatórios. As contribuições podem ser elencadas como sendo:
➢ No grande avanço e refinamento das instituições econômicas e sociais.
➢ A revolução industrial com sua influência na contabilidade de custos.
➢ No desenvolvimento das Sociedades Anônimas e fusão de empresas, tornando-se 
grandes e complexas corporações.
➢ No aumento do número de investidores de médio porte, que desejavam estar 
permanentemente informados e que, pressionavam os elaboradores de demonstrações financeiras
➢ Instituto de contadores públicos americanos ser um órgão atuante em matéria de 
pesquisa contábil e decisivo para o desenvolvimento da contabilidade e dos princípios contábeis. 
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2.2. ENSINO DA CONTABILIDADE NO BRASIL
Para o professor Iudícibus (1993, p. 36), “Na falta de parâmetros teóricos, aceitaram os 
fiscais e confundiram critérios técnicos com critérios fiscais”. O número restrito de pesquisadores 
contábeis, no Brasil, deu margem para o governo editar normas, que os contadores tiveram que 
seguir nos seus atributos profissionais.
A primeira escola especializada no ensino de Contabilidade no Brasil foi a Escola de 
Comércio Armando Álvares Penteado, criada em 1902, com seus ensinamentos voltados à 
filosofia italiana. Entretanto, foi no Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Faculdade 
de Economia Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA/USP, onde 
surgiram os primeiros artigos científicos, a partir do pensamento contábil norte-americano.
Os professores Francisco D’Auria e Herrmann Júnior, ambos seguidores da filosofia 
Italiana, legaram ao Brasil os indícios de uma Contabilidade com filosofia brasileira, nos moldes 
da filosofia italiana. Este fato influenciou as primeiras normas brasileiras tanto na legislação 
comercial, quanto na lei das sociedades por ações. MARTINS; LOPES, (2005); MARION, (2009); 
HENDRIKSEN, BREDA, (2010); PADOVEZE (2010); IUDICIBUS, (2015)
Com a instalação de algumas empresas americanas impondo suas normas, procedimentos 
contábeis e de auditoria, algumas regiões brasileiras passaram a conhecer, de forma prática, a 
filosofia americana. Os professores da FEA/USP, através de trabalhos e consultoria realizadas, 
deram os primeiros passos no Brasil rumo à Teoria da Contabilidade, que explica os procedimentos 
contábeis.
O Conselho Federal de Contabilidade, com a Resolução nº 530/81, determinou a 
observância dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos. Posteriormente, em 1993, 
determinou em sua Resolução nº 750/93, que a observância dos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das 
Normas Brasileiras de Contabilidade.
O fato de nos cursos de graduação em Ciências Contábeis do Brasil, até antes do advento 
da Resolução nº 003/92 do Conselho Federal de Educação, não ter a disciplina Teoria da 
Contabilidade, reforçou a ideia de que a teoriadeve ser estudada, somente com o entendimento 
do que sejam os Conceitos ou Princípios Fundamentais de Contabilidade. Inclusive existem 
posicionamentos diversos relacionados a necessidade de hierarquização com prioridade para 
alguns conceitos, como é feito pelo livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações 
(FIPECAFI, 1995), ou se não existe esta prioridade como a forma tratada pelo Conselho Federal 
de Contabilidade na Resolução nº 750/93.
A FIPECAFI (1995, p. 66-85) classifica os Princípios (Conceitos) Fundamentais de 
Contabilidade em:
➢ Postulados Ambientais da Contabilidade: enunciam, solenemente, condições sociais, 
econômicas e institucionais dentro das quais a Contabilidade atua. Escapam ao restrito domínio da 
Contabilidade, para se inserirem no mais amplo feudo da Sociologia Comercial e do Direito, bem 
como o da Economia de outras Ciências.
• Postulado da Entidade: os sócios ou quotistas das entidades não se confundem, com 
as mesmas, para efeito contábil;
• Postulado da Continuidade: até que existam fortes evidencias do contrário, a entidade 
é um organismo vivo que irá viver por um tempo indeterminado;
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➢ Princípios Contábeis propriamente ditos:  representam a resposta da disciplina 
contábil aos postulados; uma verdadeira postura filosófica e também prática diante do que antes 
apenas contemplava-se e admitia-se.
• Princípio do Custo como Base de Valor: as aquisições da entidade devem ser expressas 
em termos de moeda de poder aquisitivo constante, por representarem a base de valor para a 
Contabilidade;
• Princípio do Denominador Comum Monetário: as demonstrações contábeis devem 
ser expressas em termos de moeda nacional de poder aquisitivo da data do último Balanço 
Patrimonial;
• Princípio da Realização da Receitas: a receita deve ser considerada realizada, quando 
da transferência do bem ou serviço para outra entidade ou pessoa física, com a anuência destas e 
mediante pagamento ou compromisso de pagamento especificado perante a entidade;
• O Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas: confrontar todas as receitas 
de um período com todas as despesas incorridas para sua obtenção. Caso as despesas de um 
período não forem associadas as receitas do mesmo, nem de períodos futuros, estas devem ser 
descarregadas no período em que ocorrerem.
➢ Restrições aos Princípios Contábeis Fundamentais: convenções, representam certos 
condicionantes de aplicação numa ou noutra situação prática.
• Convenção da Objetividade: prioridade nos procedimentos relevantes que puderem 
ser comprovados por documento e critérios objetivos. Na ausência destes e na necessidade 
da aplicação dos princípios, usar-se-á os que puderem ser obtidos por consenso de pessoas 
qualificadas da profissão, reunidas em comitês de pesquisa ou em entidades que têm autoridade 
sobre os princípios contábeis.
• Convenção da Materialidade: O profissional, no uso de suas atribuições, deve analisar 
se evidencia ou não a informação em relação ao custo-benefício, verificando a influência e a 
materialidade da informação;
• Convenção do Conservadorismo:  escolher entre alternativas de avaliação para o 
patrimônio – a que apresentar o menor valor para o ativo e o maior valor para as obrigações;
• Convenção da Consistência:  os contadores devem ser consistentes nos seus 
procedimentos, para que os usuários das demonstrações contábeis possam delinear as tendências 
da entidade, com base na Contabilidade, com o menor grau de dificuldade possível.
Enquanto isso, o Conselho Federal de Contabilidade dispõe que os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à 
ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científicos e 
profissionais de nosso País: (CFC, p.14, 2008; MARION, p. 31, 2009; FAVERO, p. 51, 2011).
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  Entidade:  reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a 
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo 
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de 
pessoas, a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos;
  Continuidade:  quando na classificação e avaliação das mutações patrimoniais, 
quantitativas e qualitativas deve ser considerada a continuidade, ou não, da entidade;
 Oportunidade: o registro do patrimônio e das suas mutações devem ser determinados 
de imediato, de forma tempestiva e integral, independente das causas que as originaram;
 Registro pelo valor original: o registro do patrimônio deve ser feito em moeda corrente 
do país, e deve ser mantido na avaliação das variações patrimoniais posteriores;
  Atualização monetária:  reconhecer, nos registros contábeis, os efeitos da alteração 
do poder aquisitivo da moeda nacional, através do ajustamento da expressão formal em moeda 
nacional;
 Competência: incluir na apuração do resultado, as despesas e receitas do período em 
que ocorreram, independentemente de recebimento ou pagamento;
  Prudência:  sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido deve ser adotado o 
maior valor para o ativo e o menor valor para o passivo.
Nos dezenove questionários direcionados aos professores das universidades públicas de 
vários estados do Brasil, na questão “livros utilizados e unidades abordadas nestes”, quando do 
ensino da Teoria da Contabilidade, dezesseis informaram que ensinam objetivos da Contabilidade 
e os Conceitos ou Princípios da Contabilidade utilizando a unidade I, do livro Teoria da 
Contabilidade do Professor Iudícibus (2015) e o Capitulo 3 do Manual de Contabilidade das 
Sociedades por Ações, da FIPECAFI.
Se os estudantes concluírem o curso com o conhecimento de quais são os Conceitos ou 
Princípios Fundamentais da Contabilidade, quais são os objetivos da Contabilidade, mas sem 
um conhecimento do que vem a ser e qual a situação do estudo atual da Teoria Contábil, sem 
uma visão sobre o que é o conhecimento científico ou qual a finalidade do mesmo, a pretensão 
de ter graduados com formação sólida nos fundamentos científicos da Contabilidade, conforme 
determina a Resolução nº003/92, não alcançará seu êxito.
Os professores devem ajudar os alunos a desenvolver o espírito questionador, que os leve 
às descobertas do conhecimento. E para isto, os alunos devem saber quais são os princípios ou 
conceitos de Contabilidade, mas também saber o que é o conhecimento científico. Pois a partir 
desses conhecimentos eles passarão a refletir a todo momento sobre as realidades do fenômeno 
contábil.
Observa-se que o aluno passa a conhecer os princípios, suas abordagens conforme o 
Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (FIPECAFI) e as resoluções do CFC, mas não 
discutem os aspectos relacionados à evidenciação (disclosure). Visto que este assunto está ligado 
aos objetivos da Contabilidade, pois garante informações diferenciadas tanto para o usuário 
externo, quanto para o interno, não poderá deixar de ser tratado, como forma de completar os 
entendimentos sobre os princípios.
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O conhecimento científico implica em uma nova forma de ver e compreender a realidade. 
Neste percurso, em busca do conhecimento, cabe o entendimento do que seja Teoria Contábil e 
quais as metodologias que podem ser utilizadas para investigação do fenômeno contábil.
 
2.3. PREOCUPAÇÕES NO ENSINO DE TEORIA DA 
CONTABILIDADE
Sobre o ensino das Teorias que forma a base para o estudo contábil e a formação do 
conhecimento Iudícibus (1997, p. 23) afirma que:
Os grandes problemas enfrentados pela Contabilidade não sãotanto à 
inadequação do conhecimento contábil em si, mas muito mais de erro de 
implementação dos profissionais, os quais, na verdade, nunca foram treinados 
em Contabilidade moderna, e quando o foram restringindo-se às aplicações 
parciais, sem um estudo e meditação rigorosos sobre as causas, sem uma 
apreciação crítica do porquê das coisas, muito menos de sua evolução.
Esta afirmação pode ter seu quadro revertido a partir do momento que os futuros 
bacharéis obtenham, durante a fase da graduação, conhecimentos metodológicos de pesquisa 
na disciplina Teoria da Contabilidade. O professor da graduação tem que possuir conhecimento 
cientifico, saber quais os métodos científicos utilizados nas ciências sociais, conseguir analisar 
o papel da teoria em relação aos fatos e dos fatos em relação à teoria, conhecer as etapas para o 
desenvolvimento de uma teoria e ainda contribuir para, por vezes outras, Teorias surgirem, tendo 
em vista a tecnologia da informação constante hoje no dia a dia da contabilidade.
Quando o professor conceitua ciência como sendo todo um conjunto de atitudes racionais, 
dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação, 
ou apresenta o conceito de Método Científico como sendo conjunto de conhecimentos que coloca 
as hipóteses científicas à prova e ajudam no entendimento do processo de investigação, ele está 
desenvolvendo e fazendo com que seus alunos desenvolvam o espírito pesquisador, e isto muito 
corrobora para o crescimento do acadêmico e também para que as organizações tenham outros 
métodos para o alcance de objetivos que talvez a contabilidade hoje ainda não contempla. 
A Teoria Contábil deriva de estudos em que as organizações e a evolução nos estudos 
contábeis aplicam seus métodos ao caso em questão, e através de hipóteses observa os resultados 
apresentados (CHALMERS, 1993, p. 23).
A Teoria Contábil é a explicação que reflete a realidade natural dos fenômenos contábeis 
de forma racional, através da pesquisa, utilizando como ferramenta a metodologia, e o estudo de 
caso é um dos métodos mais eficazes para apurar os resultados alcançados.
Para Watts e Zimmerman, apud Iudícibus (1997, p. 22), “o objetivo da teoria contábil, 
pelo menos sob o enfoque denominado positivo (a antítese do enfoque normativo) ou descritivo, 
é de explicar, primeiro, e predizer, depois, a prática contábil...”. A partir do momento em que se 
consegue explicar os fenômenos contábeis, com o embasamento da racionalidade natural, sob 
o enfoque da metodologia indutiva, além de fazer ciência, também desperta no pesquisador a 
necessidade de raciocinar, analisando as variáveis e suas relações de causa e efeito. 
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Os estudos da Teoria Contábil, sob o foco do método indutivo, têm importância relevante 
aos utilizadores dos informes contábeis (administradores, gerentes,  controllers, auditores, 
empresários, governo, Conselho Federal de Contabilidade, etc.), na medida em que existe duas 
ou mais variáveis, pois o contador que tiver o conhecimento científico estará em condições de 
analisá-las, viabilizando aos diversos tomadores de decisão a posição que trará melhor satisfação, 
munida do amparo científico.
2.4. CONTABILIDADE E AS ORGANIZAÇÕES
Com a crescente complexidade dos negócios, surgiu a necessidade de um entendimento 
mais abrangente dos diversos aspectos relacionados às atividades de uma organização, os 
usuários diretamente interessados na situação econômico-financeira de determinada entidade, 
vem contribuindo para a importante responsabilidade do profissional contábil, que deverão estar 
munidos das principais armas: esforço, ética, seriedade e confiança, pois, o profissional contábil 
é de fundamental importância por atuar como o principal comunicador no fornecimento da 
veracidade das informações contábil e financeira de uma empresa.
Esse livre horizonte do mercado cria as maiores oportunidades para o contador, como 
importante comunicador das informações indispensáveis para a tomada de decisões, onde os 
stakeholders dependem de uma boa informação contábil para o processo de tomada de decisões.
A profissão contábil tem assumido uma função que oferece à sociedade vários benefícios, 
incluindo menores riscos ao investir e a melhor destinação do recurso, o contador deve-se 
conscientizar de que a valorização se fundamenta, essencialmente, em dois pontos básicos a) 
indiscutível capacidade técnica; e b) irrepreensível comportamento ético.
A primeira condição não decorre unicamente da formação escolar, exige também 
aprimoramento permanente e continuado dos conhecimentos auferidos e na segunda condição 
exige que o profissional contábil conheça e aplique o Código de Ética de acordo com os princípios 
éticos conhecidos e aceitos pela sociedade.
O contador deverá desempenhar um papel importante nas negociações inter-regionais, 
assessorando, pesquisando, trazendo informações e elementos que assegurem o fluxo de 
informações contínua, que leva a uma tomada de decisões racionais. Os contadores são os 
porteiros de nossos mercados de valores para assegura a qualidade e integridade das informações 
financeiras, os mercados de capitais seriam muito menos e eficientes, o custo de capital seria 
muito mais alto e nosso padrão de vida seria mais baixo.
A profissão contábil tem assumido uma função que oferece à sociedade vários benefícios, 
incluindo menores riscos ao investir e a melhor destinação de recursos. A nova lei contábil, 
elaborada com as exigências de procedimentos contábeis e demonstrações contábeis para empresas, 
encontrou dificuldades de transição, incorporou os princípios reconhecidos internacionalmente, 
especialmente as quartas, sétima, e oitava diretivas da comunidade Europeia, reforçou o princípio 
da prudência, adotando os formatos da Demonstração de Resultados e do Balanço Patrimonial, 
contidos nessas diretivas, além de regular a prática da auditoria independente e exigir a divulgação 
anual das demonstrações contábeis.
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2.4.1 A Profissão Contábil no Brasil
A formação profissional do Contador, no Brasil, iniciou no século XVIII, com o 
surgimento da Aula de Comércio, que mais tarde corresponderia à Academia, que, por sua vez, 
hoje se denomina Faculdade, ou Escola Superior (RODRIGUES, 1985, p. 34). 
O curso superior de Ciências Contábeis foi instituído pelo Decreto-Lei nº 7.988, de 22-
09-45. No Brasil, a Profissão Contábil tem primazia no reconhecimento como profissão liberal, 
reunidos por Contadores e Técnicos em Contabilidade, regulamentada pelo Decreto-Lei n° 
9.295, de 27 de maio de 1946 e resoluções complementares, segundo disposições expressas no 
art. 12 do Decreto-Lei nº 9.295-46, só pode exercer a profissão contábil quem possuir seu registro 
(inscrição profissional) no CRC da sua jurisdição. O art. 25 do referido diploma legal, por sua 
vez, dispõe sobre as atribuições profissionais dos Contabilistas:
Art. 25. São considerados trabalhos técnicos de contabilidade:
a) organização e execução de serviços de contabilidade em geral;
b) escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os 
necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos 
balanços e demonstrações;
c) perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços e de contas em geral, 
verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de escritas, regulações 
judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos 
Conselhos Fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de 
natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidade.
As atribuições definidas na letra “c” são privativas de Contadores diplomados. Os Técnicos 
em Contabilidade, título outorgado em curso de nível secundário, têm sua atuação prevista nas 
alíneas a e b supra.A criação do Conselho Federal de Contabilidade, atribuído para organizar o seu 
regimento interno, aprovar os Regimentos Internos organizados pelos Conselhos Estaduais, 
tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-las, 
decidir em última instância, recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais, publicar 
o relatório anual de seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os profissionais 
registrados.
Os conselhos Regionais de Contabilidade controlam a fiscalização do profissional em 
seus Estado, expedindo e registrando a carteira profissional, examinando reclamações acerca 
dos serviços e infrações relativas ao exercício da profissão de contabilista, publicação de seus 
relatório anual de seus trabalhos e a relação dos profissionais registrados, elaborar a proposta 
de seu Regimento Interno, submetendo-o à aprovação do Conselho Federal de Contabilidade, 
representar ao Conselho Federal de Contabilidade acerca de novas medidas necessárias, para 
regularidade do serviço e para fiscalização do exercício das profissões previstas na alínea b, deste 
artigo, admitir a colaboração das entidades de classe nos casos relativos à matéria das alíneas 
anteriores CFC (2018).
O registro profissional nos CRCs dos respectivos Estados é obrigatório para aqueles 
Contadores e Técnicos em Contabilidade que desejarem exercer a profissão, seja a que título for. 
As prerrogativas profissionais tratadas no art. 25 do Decreto-Lei nº 9.295-46 estão especificadas 
na Resolução CFC nº 560, de 28 de outubro de 1983:
Art. 1º O exercício das atividades compreendidas na Contabilidade, considerada esta, na 
sua plena amplitude e condição de Ciência Aplicada, constitui prerrogativa, sem exceção, dos 
contadores e dos técnicos em contabilidade legalmente habilitados, ressalvadas as atribuições 
privativas dos contadores.
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Art. 2º O contabilista pode exercer as suas atividades na condição de profissional liberal 
ou autônomo, de empregado regido pela CLT, de servidor público, de militar, de sócio de qualquer 
tipo de sociedade, de diretor ou de Conselheiro de quaisquer entidades, ou, em qualquer outra 
situação jurídica definida pela legislação, exercendo qualquer tipo de função.
No art. 3º, § 1º, desta Resolução CFC (2018) estão as atribuições privativas de Contadores:
a) avaliação de acervos patrimoniais e verificação de haveres e obrigações, para 
quaisquer finalidades, inclusive de natureza fiscal;
b) avaliação dos fundos de comércio, apuração do valor patrimonial de 
participações, quotas ou ações;
c) reavaliações e medição dos efeitos das variações do poder aquisitivo da moeda 
sobre o patrimônio e o resultado periódico de quaisquer entidades;
d) apuração de haveres e avaliação de direitos e obrigações do acervo patrimonial 
de quaisquer entidades, em vista de liquidação, fusão, cisão, expropriação no 
interesse público, transformação ou incorporação dessas entidades, bem como 
em razão de entrada, retirada, exclusão ou falecimento de sócios, quotistas ou 
acionistas;
e) concepção dos planos de determinação das taxas de depreciação e exaustão 
dos bens materiais e dos de amortização dos valores imateriais, inclusive de 
valores diferidos;
f) regulações judiciais ou extrajudiciais, de avarias grossas ou comuns;
g) análise de custos e despesas, em qualquer modalidade, em relação a 
quaisquer funções, como a produção, administração, distribuição, transporte, 
comercialização, exportação, publicidade e outras, bem como a análise com vista 
à racionalização das operações e do uso de equipamentos e materiais, e ainda a 
otimização do resultado diante do grau de ocupação ou do volume de operações;
h) controle, avaliação e estudo da gestão econômica, financeira e patrimonial das 
empresas e demais entidades;
i) análise de custos com vista ao estabelecimento dos preços de venda de 
mercadorias, produtos ou serviços, bem como de tarifas nos serviços públicos, e 
a comprovação dos reflexos dos aumentos de custos nos preços de venda, diante 
de órgãos governamentais;
j) análise de balanços, análise do comportamento das receitas, avaliação do 
desempenho das entidades e exame das causas de insolvência ou incapacidade 
de geração de resultado;
l) estudo sobre a destinação do resultado e cálculo do lucro por ação ou outra 
unidade de capital investido; determinação de capacidade econômico-financeira 
das entidades, inclusive nos conflitos trabalhistas e de tarifa;
m) análise das variações orçamentárias, conciliações de contas, organização 
dos processos de prestação de contas das entidades e órgãos da administração 
pública federal, estadual, municipal, dos territórios federais e do Distrito Federal, 
das autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações 
de direito público, a serem julgadas pelos Tribunais, Conselhos de Contas ou 
órgãos similares;
n) revisões de balanços, contas ou quaisquer demonstrações ou registros 
contábeis;
o) auditoria interna operacional, auditoria externa independente, perícias 
contábeis, judiciais e extrajudiciais;
p) fiscalização tributária que requeira exame ou interpretação de peças contábeis 
de qualquer natureza;
q) assistência aos Conselhos Fiscais das entidades, notadamente das sociedades 
por ações;
u) assistência aos comissários nas concordatas, aos síndicos nas falências, e aos 
liquidantes de qualquer massa ou acervo patrimonial;
v) magistério das disciplinas compreendidas na Contabilidade, em qualquer nível 
de ensino, inclusive no de pós-graduação; participação em bancas de exames 
e em comissões julgadoras de concursos, onde sejam aferidos conhecimentos 
relativos à Contabilidade.
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Os estudos sobre as teorias contábeis e sua evolução demonstra o quão 
importante é a educação continuada exigência para todo e qualquer profissional 
na área contábil através da Educação Profissional Continuada (EPC), que é 
uma atividade normativa através da NBC PG 12 (R3), que visa manter, atualizar 
e expandir os conhecimentos e competências técnicas e profissionais, as 
habilidades multidisciplinares e a elevação do comportamento social, moral e 
ético dos profissionais da contabilidade, como características indispensáveis à 
qualidade dos serviços prestados e ao pleno atendimento das normas que regem 
o exercício da profissão contábil.
O Programa de Educação Profissional Continuada tem como diretrizes básicas:
 • fomentar a EPC dos profissionais da contabilidade;
 • ampliar parcerias com entidades de classe, regulatórias e fiscalizatórias com o 
objetivo de apoio ao PEPC;
 • estabelecer uniformidade de critérios para a estrutura das atividades de 
qualificação profissional no âmbito do Sistema CFC/CRCs;
 • estabelecer que a capacitação possa ser executada pelo próprio Sistema CFC/
CRCs, por entidades capacitadoras reconhecidas ou pelo próprio profissional em 
atividades previstas nesta norma;
 • fomentar a ampliação do universo de capacitadoras credenciadas para 
possibilitar o atendimento das necessidades de eventos de educação continuada.
Este vídeo é a fala do Diretor do Conselho Federal de Contabilidade, explicando a 
importância da Legislação para a Educação Continuada e quais motivos levaram 
o CFC a editar tal medida, que alguns acreditam ser coercitiva.
https://www.youtube.com/watch?v=xa_c9vpSTbM
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Qual é a importância da educação continuada? Esta normativa reflete nas 
organizações com informações para todos os usuários da informação contábil? 
Por que houve esta exigência e atualização a partir do ano de 2017?
Figura 2 – Contabilidade Gerencial. Fonte: Nogueira (2014).
A figura 2 tem o objetivo de nos ajudar a refletir sobre os questionamentos 
apontados sobre a educação continuada, pois é a partirda grandeza de 
conhecimentos sobre a empresa, que teremos condições de dar aos usuários 
da informação contábil um arcabolso para a tomada de decisão. O Balanço 
Patrimonial vai refletir os dados contábeis em um dado momento mas caberá 
ao Profissional da Contabilidade o conhecimento para descrever aos diversos 
usuários o que esta informações refletem, e por muitas vezes um número reflete 
que a empresa pode estar sem capital de giro, mas é apenas conhecendo o que 
está oculto neste balanço que o Contabilista poderá dirimir todas as dúvidas 
que o usuário tiver. 
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3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Esta Unidade teve por finalidade estabelecer o entendimento sobre a evolução da Ciências 
Contábeis e as normas contábeis que foram no decorrer de sua aplicabilidade, sendo desenvolvidas 
para estabelecer critérios para os profissionais da Contabilidade e dar aos usuários melhores 
condições de entendimento e acompanhamentos destes estudos. No Brasil este acompanhamento 
se dá em âmbito Federal através do CFC – Conselho Federal de Contabilidade – nas regionais 
pelos CRC – Conselhos Regionais de Contabilidade –, que além de fiscalizar os profissionais tem 
o intuito de inovação e evolução dos estudos para melhor adaptação a inovações e tecnologias 
desenvolvidas pelos órgãos parceiros da contabilidade. 
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 20
1 - CONTABILIDADE ................................................................................................................................................. 22
2 - APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE ..................................................................................................................... 22
3 - USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ........................................................................................................ 23
4 - PRINCÍPIOS CONTÁBEIS .................................................................................................................................. 25
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 32
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02
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
PROF.A MA. ELISABETE CAMILO
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DISCIPLINA:
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
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INTRODUÇÃO
A contabilidade é uma Ciência Social Aplicada, e tem por objetivo fornecer informações 
estruturadas, tempestivas e com qualidade que permitam ao usuário. Considerando, neste caso, 
todos os stakeholders, ou seja, todos aqueles que possuam um interesse direto ou indireto nos 
resultados apurados pela organização; seja ela pública ou privada, micro, pequena, média ou de 
grande porte. Este interesse na informação contábil significa um público estratégico e descreve 
uma pessoa ou grupo que tem interesse em uma empresa, negócio ou indústria, podendo ou não 
ter feito um investimento neles. Assim, o objetivo central da contabilidade precisa ser a plena 
satisfação das necessidades de cada grupo principal de usuários, para a avaliação da situação 
econômica e financeira da entidade, em um determinado momento no sentido estático, e ainda 
na sua dinâmica organizacional.
Dentro desta concepção a Resolução CFC nº 1.374/11, houve uma nova redação à 
NBC TG sobre a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro, com a finalidade de atender as expectativas destes usuários da informação contábil, 
uma vez que esta versão da Estrutura Conceitual inclui dois capítulos que o IASB – International 
Accounting Standards Board – em conjunto com o FASB – US Financial Accounting Standards 
Board –, aprovou como resultado da primeira fase do projeto da Estrutura. O capítulo 1 tem por 
objetivo a elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de propósito geral, o capítulo 
2 tratará do conceito relativo à entidade que divulga a informação, o capítulo 3 traz características 
qualitativas da informação contábil-financeira útil, e o capítulo 4 contém o texto remanescente 
da antiga Estrutura Conceitual. A tabela de equivalência, ao término desta publicação, evidencia 
a correspondência entre os conteúdos do documento Estrutura Conceitual para a Elaboração e 
Apresentação das Demonstrações Contábeis e a atual Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.
Estas alterações tiveram como justificativa para sua alteração tomando por base os 
interesses nas informações contábeis dos usuários, conforme estabelece a Resolução CFC nº 
1.374/11.
No Capítulo 1, o CFC chama a atenção para os seguintes tópicos que estão 
salientados nas bases para conclusões emitidas pelos IASB e FASB para 
justificarem as modificações e emitirem esta nova versão da Estrutura Conceitual:
(a) Posicionamento mais claro de que as informações contidas nos relatórios 
contábil-financeiros se destinam primariamente aos seguintes usuários externos: 
investidores, financiadores e outros credores, sem hierarquia de prioridade;
(b) Não foram aceitas as sugestões enviadas durante a audiência pública, feita 
por aqueles órgãos, no sentido de que caberia, na Estrutura Conceitual, com o 
objetivo da denominada ‘manutenção da estabilidade econômica’, a possibilidade 
de postergação de informações sobre certas alterações nos ativos ou nos passivos. 
Pelo contrário, ficou firmada a posição de que prover prontamente informação 
fidedigna e relevante pode melhorar a confiança do usuário e assim contribuir 
para a promoção da estabilidade econômica.
No Capítulo 3, as principais mudanças também salientadas nas bases para 
conclusões foram as seguintes:
Divisão das características qualitativas da informação contábil-financeira em:
(a)Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative 
characteristics – relevância e representação fidedigna), as mais críticas; e
(b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics 
– comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos 
críticas, mas ainda assim altamente desejáveis.
A característica qualitativa confiabilidade foi redenominada de representação 
fidedigna; as justificativas constam das Bases para Conclusões.
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A característica essência sobre a forma foi formalmente retirada da condição 
de componente separado da representação fidedigna, por ser considerado isso 
uma redundância. A representação pela forma legal que difira da substância 
econômica não pode resultar em representação fidedigna, conforme citam as 
Bases para Conclusões. Assim, essência sobre a forma continua, na realidade, 
bandeira insubstituível nas normas do IASB.
A característica prudência (conservadorismo) foi também retirada da condição de 
aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade. Subavaliações de 
ativos e superavaliações de passivos, segundo os Boards mencionam nas Bases para Conclusões, 
com consequentes registros de desempenhos posteriores inflados, são incompatíveis com a 
informação que pretende ser neutra.
Os objetivos da Contabilidade, portanto, devem ser aderentes àquilo que o usuário 
considera como informações importantes para seu processo decisório. A Contabilidade atinge 
seu objetivo central que é a produção de uma boa informação contábil para o processo de tomada 
de decisão no que tange a sua efetiva participação na busca pela verdade literal, e dentro do que 
estabelece os Princípios que norteiam a Ciência Contábil. 
A contabilidade só atingirá êxito no momento em que suas demonstrações possam 
ser utilizadas no momentooportuno e tragam informações precisas sobre os fatos contábeis 
ocorridos no ambiente organizacional. Uma forma prática de verificar se a contabilidade está 
alcançando seus objetivos, conforme inicialmente enunciado, é pesquisar qual o grau de utilização 
de demonstrações contábeis por parte dos stakeholders Figura 1. Como o acionista ao pensar em 
aumentar a produção para poder se utilizar da informação contábil, para saber quantas unidades 
são produzidas no mês e quantas são vendidas, e ainda qual é a lucratividade resultante desta 
atividade. São informações como esta que a contabilidade produz e ajuda no desenvolvimento de 
uma organização, de uma nação e faz com que o universo produza riquezas.
Figura 1 – Stakeholders. Fonte - Garrison; Brewer; Noreen (2013).
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1 - CONTABILIDADE
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (2009, p. 27), Contabilidade é a ciência 
que estuda, interpreta e registra os fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade. 
Considerando como Entidade toda Organização Pública ou Privada, e como patrimônio o 
conjunto de bens, direitos e obrigações, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, 
formados, produzidos, recebidos, mantidos e/ou utilizados para as Organizações Privadas e para 
Organizações Públicas o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, 
adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pela entidade do setor 
público.
Para Iudícibus (1994), a contabilidade desempenha ao longo do tempo o mesmo papel que 
tem a história no desenvolver da vida da humanidade. É a contabilidade através de seus registros 
que faz com que se conheça o passado e o presente da situação econômica da entidade, bem como 
este registro representa as possibilidades de orientações de planos futuros da organização.
Segundo Crepaldi (2006, p. 89), a informação contábil tem que ser:
Confiável. Os trabalhos elaborados pela Contabilidade devem inspirar confiança, 
a tal ponto que o usuário da informação tenha segurança nas informações 
fornecidas.
Ágil.  Pode-se elaborar um belo trabalho contábil, mas se o mesmo 
não for apresentado em tempo hábil para ser usufruído, a informação 
perde o sentido, principalmente em países com economia instável. 
Elucidativa.  Cada usuário da informação tem um grau de conhecimento; 
identificá-lo é primordial para que os trabalhos sejam elucidativos. 
Fonte para tomada de decisões. Nenhuma decisão que envolva negócios 
é tomada a esmo, pois está em jogo o Patrimônio, que não se constituiu de 
maneira tranquila; assim, quem controla o Patrimônio tem obrigação de gerar 
alicerce para decisão.
A informação contábil precisa dar suporte ao usuário para o processo de tomada de 
decisão, e para tanto esta informação tem que estar em suas mãos no momento oportuno, de 
forma clara, objetiva e simples.
2 - APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE
E quando se fala em boa informação contábil elenca-se os diversos ramos em que os 
usuários da informação contábil a utiliza de forma a dar subsídios para o processo de tomada de 
decisão. Nesta análise, Hisoshi (1998, p. 48) e Marion (2009, p. 28) elencam alguns dos ramos da 
contabilidade que a informação contábil é utilizada:
 
 • Contabilidade Financeira, na qual utiliza as técnicas e procedimentos 
contábeis para elaboração de demonstrações contábeis; relatórios 
financeiros;
• Contabilidade Fiscal ou de escritório,  onde são verificadas rotinas 
técnicas de departamento de pessoal, apuração de impostos e contribuições 
sociais, exigências para apresentações de guias aos respectivos órgãos 
públicos;
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• Contabilidade Governamental: abrange o mercado restrito ao registro 
e interpretação de fenômenos relacionados ao direito público nas esferas 
do Governo Federal, Estadual e Municipal;
• Contabilidade Rural:  utiliza procedimentos diferenciados da 
contabilidade, exclusivos da atividade rural; 
• Contabilidade Internacional:  faz-se a contabilização de empresas 
estrangeiras, trabalhando com conversão de moedas, harmonização de 
normas e procedimentos entre os países envolvidos;
• Contabilidade Bancária:  contabilização das elaborações financeiras 
relativas a instituições financeiras e de crédito; 
• Contabilidade Imobiliária trabalha itens relacionados à elaboração de 
demonstrações financeiras exclusivas deste ramo de atividade;
• Auditoria  tem a função de emitir parecer sobre a posição financeira 
da empresa, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente 
aceitos; 
• Perícia:  cabe ao profissional obter prova e orientar uma autoridade 
formal no julgamento de um fato;
• Contabilidade Social:  busca agregar valor às ações da empresa, 
apresentando dados sociais, a partir dos quais foi criado o balanço social; 
Em todas as organizações, sejam estas públicas ou privadas, a informação contábil dá 
subsídios para a tomada de decisão baseados em dados já existentes, e com isto, o usuário desta 
informação terá respaldo baseado em dados formais sobre os resultados de suas decisões acerca 
de procedimentos administrativos, operacionais e financeiros provisionados e executados.
3 - USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Usuário da informação contábil é todo aquele que precisa de uma informação para 
subsidiar sua tomada de decisão. Veremos item a item da Figura 2. Primeiro tem-se a empresa, que 
em uma visão micro utiliza-se da informação contábil interna, de modo que necessita desta para 
saber se do investimento realizado para implementação da organização, quais resultados foram 
apurados até determinada data, uma vez que a ciência contábil é dinâmica e suas informações 
se alteram a todo e qualquer momento. Com isto dividimos os usuários da contabilidade em 
internos e externo. Segundo Iudícibus; Martins; Santos; Gelbcke (2018):
• Usuário interno da contabilidade – são aqueles que estão intimamente ligados aos 
objetivos e atividades empresariais, influenciando com informações e resultados que influenciam 
nas decisões administrativas e operacionais na utilização dos recursos necessários ao processo 
de transformação destes recursos que ocorrem nas organizações, como: o planejamento de 
investimentos, questões relacionadas aos preços dos produtos, bem como, materiais, recurso 
humano, imprescindível ao bom andamento dos processos gerenciais, tecnologias utilizadas, 
tempo, espaço, etc. Como exemplo deste usuário tem-se: investidores e funcionários
• Usuário externo da contabilidade -   estes possuem interesse nas demonstrações 
contábeis empresariais, pois estão direta ou indiretamente envolvidos com os resultados da 
organização, dentre estes estão: fornecedores, governo, bancos, sindicatos, concorrentes, órgãos 
de classe – como Conselho Federal de Contabilidade, Conselho Regional de Contabilidade, 
Conselho Federal de Administração, Conselho Regional de Administração, entre outros.
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Figura 2 – Usuários da Informação Contábil. Fonte: Marion (2009).
Dentre os usuários elencados até este momento estão aqueles que quase que a 
todo momento antes de tomar qualquer decisão que vá alterar algum procedimento 
interno a organização ainda se tem aqueles que dependem da informação contábil 
da organização para relacioná-la a um todo e analisar partes deste todo, como por 
exemplo, os sindicatos que precisam da informação contábil para retirar como 
informação a média salarial do Município, do Estado e da Nação. Os institutos 
de pesquisa precisam de informações sobre a produção, para editar o valor do 
Produto Interno Bruto, em um determinado período. Os Concorrentes para saber 
quais são as estratégias utilizadas pela organização como preço praticado, 
descontos concedidos e prazos para pagamento. Estas informações formam 
um conjunto de usuáriosque chamamos de Stakeholders, que são os que direta 
ou indiretamente possuem um interesse e/ou uma relação com a organização, a 
Figura 3 retrata alguns destes usuários.
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Enquanto acadêmico, mas também como consumidor, eleitor, cidadão, você 
também precisa da informação contábil para planejar sua vida sobre os aspectos 
econômicos, financeiros e sociais, desta forma observe ao seu redor as pessoas 
que interessam pelas situações que ocorrem em sua vida, como: se você é solteiro 
ou casado, se possui filhos, se pretende viajar, seu poder aquisitivo, quantas 
pessoas compõem a sua família, qual é a sua rede de relacionamento, o que você 
consome, qual a sua marca de veículo, em qual escola seus filhos estudam, qual 
é a sua formação, qual o seu hobbie, etc. Todas estas informações interessam 
aqueles que se relacionam como você seja, financeira, econômica ou socialmente.
Para mais informações sobre a importância do conhecimento da informação 
contábil para os diversos usuários, acessar: PEREIRA; JEDIEL; PARANAIBA; 
LIMA; SILVA. A ATUAÇÃO CONTÁBIL JUNTO AO CLIENTE COMO RESPOSTA AO 
PROCESSO EVOLUTIVO DA CONTABILIDADE. Biblioteca on-line de INOVARSE 
– XII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO & III INOVARSE – 
RESPONSABILIDADE SOCIAL APLICADA - 
Disponível em: <http://www.inovarse.org/sites/default/files/T16_097.pdf>
4 - PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade (2008), a Contabilidade é uma técnica e 
para isto necessita de normas que estabelecem o modo como esta técnica será aplicada. Desta 
forma, foram estabelecidos por meio da Resolução nº 750/93 em seu Art. 1º § 1º os PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (PFC). A observância dos Princípios Fundamentais 
de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade 
das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). § 2º Na aplicação dos Princípios Fundamentais 
de Contabilidade há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus 
aspectos formais. 
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Figura 4 – Estrutura da Contabilidade. Fonte: Favero; Lonardoni; Souza; Takakura (2011).
São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
I) O da ENTIDADE;
II) O da CONTINUIDADE; 
III) O da OPORTUNIDADE; 
IV) O do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) O da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
VI) O da COMPETÊNCIA; 
VII) O da PRUDÊNCIA.
Segundo o CFC (2008, p. 14), o Princípio da Entidade Art. 4º estabelece que o Patrimônio 
da organização não se confunde com o Patrimônio dos Sócios Figura 5, ou seja, no momento em 
que os sócios integralizam seus bens e/ou direitos pessoais no Contrato Social da Organização, 
este bem e/ou direito passa a constituir o Patrimônio da Organização, independentemente de 
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer 
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. “Parágrafo único O PATRIMÔNIO pertence 
à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico 
contábil”. 
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Figura 5 – Princípio da Entidade. Fonte: Equipe conte mais (2018).
Segundo o CFC (2008, p. 14), o Princípio da Continuidade Art. 5º § 1º, § 2º - estabelece 
que a organização poderá ter seu prazo determinado e previsível, mas poderá também ter seu 
prazo indeterminado, e para tanto precisa ser considerado sua qualificação e avaliação de suas 
mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas preservadas. Pois a CONTINUIDADE 
influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, 
especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
Segundo o CFC (2008, p. 14-15), o Princípio da Oportunidade Art. 6º O Princípio da 
OPORTUNIDADE, Figura 6, refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com 
a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE:
I – Desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais 
deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua 
ocorrência; 
II – O registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, 
contemplando os aspectos físicos e monetários; 
III – O registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas 
no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base 
necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
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Figura 6 – Princípio da Oportunidade. Fonte: Equipe conte mais (2018).
Segundo o CFC (2008, p. 15), o Princípio do Registro pelo Valor Original Figura 7, 
estabelece que: Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais 
das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão 
mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem 
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 
Figura 7 – Princípio do Registro pelo Valor Original. Fonte: Equipe conte mais (2018).
I – A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos 
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com 
os agentes externos ou da imposição destes; 
II – Uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não 
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua 
decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros 
elementos patrimoniais;
III – O valor original será mantido enquanto o componente permanecer como 
parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste; 
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IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO 
VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o 
primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada; 
V – O uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais 
constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
Art. 7º. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional. 
§ 1º. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos 
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados 
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em 
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais 
serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes 
dos seguintes fatores: 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação nadata ou no período das demonstrações contábeis; 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. 
Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não 
descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes 
obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja 
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos; e 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda 
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento 
da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
§ 2º. São resultantes da adoção da atualização monetária: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa 
unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de 
indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo 
da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC 
nº. 1282/10) 
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Nota: o artigo 8º, seu § único, e os incisos I, II e III, que tratavam do Princípio da 
Atualização Monetária foram revogados pela Resolução CFC nº. 1282/10. 
REVOGADO o Princípio da Atualização Monetária art. 8º: Os efeitos da alteração do 
poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. Parágrafo único 
- são resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: (CFC, 2008, p. 15-
16).
I – A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não 
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II - Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais (art. 7º), é necessário atualizar sua expressão formal em moeda 
nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos 
componentes patrimoniais e, por consequência, o do patrimônio líquido; 
III - A atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, 
o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação 
de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado período
Segundo o CFC (2008, p. 16), o Princípio da Competência Art. 9º - As receitas e 
as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, 
sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou 
pagamento, Figura 8. § 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no 
ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo 
diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio 
da OPORTUNIDADE.
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e das despesas, quando correlatas, 
é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. § 3º 
As receitas consideram-se realizadas:
I - Nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento 
ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na 
propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados;
II - Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o 
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou 
maior;
III - pela geração natural de novos ativos independentemente da interpela 
geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;
IV - No recebimento efetivo de doações e subvenções. 
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas: 
I - Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de 
sua propriedade para terceiro; 
II - Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
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Figura 8 – Princípio da Competência. Fonte: Equipe conte mais (2018).
Segundo o CFC (2008, p. 17), o Princípio da Prudência art. 10º – determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que 
alterem o patrimônio líquido.
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte 
menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis 
diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se 
aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à 
correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA, Figura 9, ganha ênfase quando, para definição 
dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem 
incertezas de grau variável. Perspectivas do Setor Público: as estimativas de valores que afetam o 
patrimônio devem refletir a aplicação de procedimentos de mensuração que prefiram montantes, 
menores para ativos, entre alternativas igualmente válidas, e valores maiores para passivos. A 
prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturado por 
determinados valores, segundo os Princípios do Valor Original e da Atualização Monetária, 
surgirem possibilidades de novas mensurações. A aplicação do Princípio da Prudência não 
deve levar a excessos ou a situações classificáveis como manipulação do resultado, ocultação 
de passivos, superou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios 
Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valores 
fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores.
Os princípios da contabilidade são um conjunto de normas que representam a essência 
das doutrinas e teorias relacionadas a ciência contábil. Os princípios contábeis regem o exercício 
da profissão, e o respeito a eles é condição de legitimidade segundo as Normas Brasileiras de 
Contabilidade.
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As regras atualmente em vigor no Brasil, definidas pelo Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC), reduziram de 7 para 6 o número de princípios. A resolução CFC nº 1.282/2010 revogou 
o texto da CFC nº 750/1993, fazendo com que o princípio da atualização monetária fosse 
incorporado ao princípio do registro pelo valor original. A mudança na resolução também 
alterou a nomenclatura substituindo a expressão Princípios Fundamentais de Contabilidade por 
Princípios Contábeis (PADOVEZE, 2010).
Figura 9 – Princípio da Prudência. Fonte: Equipe conte mais (2018).
 
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta primeiraUnidade demonstrou todas as normativas que regem a Contabilidade, o 
profissional da Ciência Contábil não realiza suas atividades através de entendimento próprio 
e individual, mas sim o faz regido por normativas que estabelecem como que cada fato ou ato 
contábil deverá ser avaliado, e instrumentalizado. O profissional possui o dever de atendimento 
a todos os princípios, convenções e normas estabelecidas pelos órgãos regulamentadores da 
profissão que é em âmbito Federal o CFC e nas Regiões pelo CRC.
É importante e também se faz dever de todo profissional manter o vínculo não apenas 
para exercer a sua profissão mas para acompanhamento das inovações e também para participar 
das mudanças em legislações que irão intervir diretamente nas atividades das organizações e da 
sociedade. Para isto o profissional deverá se manter atualizado.
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 35
1 - A ESTÁTICA PATRIMONIAL E OS RELATÓRIOS CONTÁBEIS ......................................................................... 36
1.1. A ESTÁTICA PATRIMONIAL E OS PRINCIPAIS RELATÓRIOS CONTÁBEIS .................................................. 36
1.1.1. ATIVO ................................................................................................................................................................. 37
1.1.1.1 AVALIAÇÃO DO ATIVO ..................................................................................................................................... 38
1.1.2 PASSIVO ............................................................................................................................................................ 38
1.1.2.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO .................................................................................................... 38
1.1.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................................... 39
1.1.3.1 FONTES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................ 39
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03
ESTÁTICA PATRIMONIAL
PROF.A MA. ELISABETE CAMILO
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
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1.1.3.2 EQUAÇÃO PATRIMONIAL ............................................................................................................................. 39
1.1.3.3 SITUAÇÕES PATRIMONIAIS ........................................................................................................................ 40
1.1.3.4 ALGUMAS TERMINOLOGIAS DE CAPITAL ................................................................................................. 42
1.1.3.5 BALANÇOS SUCESSIVOS ............................................................................................................................. 42
2 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 46
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INTRODUÇÃO
Sobre a estática patrimonial, Iudicibus (2010) aborda, segundo o Prof. Masi, que é o 
estudo do patrimônio considerado sem movimento em um dado momento na sua estrutura 
qualitativa e quantitativa, isto é, nos seus elementos e nos seus componentes ou valores. Teremos 
a estática patrimonial quando retirarmos do sistema uma demonstração contábil com suas contas 
e valores naquele dado momento. Isto se dá quando o usuário da informação contábil precisa 
de uma informação contábil para um processo de tomada de decisão. Seu objeto de estudo é o 
patrimônio observado no seu aspecto jurídico, econômico e contábil em geral e em particular 
como “capital” das empresas e “patrimônio” das entidades. Mas, as indagações não se esgotam 
aqui: a estática patrimonial se propõe a coordenação qualitativa e quantitativa ou de valores dos 
vários elementos e componentes que compõem o patrimônio e o capital da organização e/ou das 
entidades.
Figura 1 – Estudo do Patrimônio em um dado Momento – Balanço Patrimonial. Fonte: Só Contabilidade (2018).
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1 - A ESTÁTICA PATRIMONIAL E OS RELATÓRIOS 
CONTÁBEIS
A estática patrimonial evidencia as suas principais características e demonstrações 
utilizadas para apresentar a situação da entidade em determinado momento. O profissional de 
contabilidade precisa saber discernir para qual usuário a informação contábil está sendo gerada, 
tendo em vista que para o usuário interno algumas particularidades podem ser facilmente 
dispensáveis, o que para o usuário externo a informação precisa estar dentro dos preceitos, leis e 
normas que regem a contabilidade (MARION, 2009; IUDICIBUS, 2010; FAVERO, 2011)
Discutiram-se as variações da situação líquida, sem, contudo, esclarecer os fatores que 
provocam essas alterações.
1.1. A ESTÁTICA PATRIMONIAL E OS PRINCIPAIS RELATÓRIOS 
CONTÁBEIS
➢ Balanço Orçamentário – demonstração que evidencia a previsão e execução 
orçamentária da organização em dado momento. Ferramenta muito interessante para planejar a 
longo prazo através das previsões.
➢ Balanço Financeiro – demonstração que apresenta a situação financeira da organização 
em um dado momento, muito utilizada para o planejamento financeiro.
➢ Balanço Patrimonial – demonstração que reflete a situação financeira e patrimonial 
da organização em um dado momento. Muito utilizada para a organização e também para 
diversos usuários externo como meio e auferir a situação da empresa para contrair empréstimos 
e financiamentos.
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Obs.: Para as companhias abertas verificar legislação em vigor.
Quadro 1 – Balanço Patrimonial. Fonte: Favero (2011).
1.1.1. Ativo
Conjunto de bens, direitos pertencentes ao patrimônio das organizações. Sua natureza 
é devedora, portanto o aumento de seus valores se dá pelo débito das contas. O ativo apresenta 
quatro características simultâneas, a saber (MARION, 2009; FAVERO, 2011):
➢ Bens e direitos: São bens todos aqueles investimentos realizados pela organização a fim 
de atingir seu objetivo fim. São direitos todos os valores que a empresa poderá obter de imediato 
ou futuramente para atingir seu objetivo fim.
➢ Propriedade: De acordo com Ferreira (1986, p. 1403) “Propriedade é o direito de usar, 
gozar e dispor de bens, e de reavê-los do poder de quem quer que injustamente os possua”. E 
como direito de propriedade tem-se “[...] aquele que tem a propriedade de alguma coisa, que é 
senhor dos bens”.
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➢ Mensurável em dinheiro: Os bens e direito precisam ter condições de valorização, caso 
contrário não serão considerados Ativos.
➢ Benefícios presentes e futuros: Os bens e direitos precisam trazer benefícios para a 
organização no curto e no longo prazo.
1.1.1.1 Avaliação do Ativo
O princípio contábil do Registro pelo Valor Original determina que devem ser registrados 
pela Contabilidade todos os bens e direitos pelo valor de aquisição, acrescidos dos gastos 
necessários para coloca-los em condições de uso, produção ou comercialização.
O Art. 183 da Lei 6.404/76 expõe que no balanço, os elementos do ativo serão avaliados 
segundo os seguintes critérios:
I - Os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados 
como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor do mercado, se este 
for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para 
ajustá-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo

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