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Resumo prova patologia Manifestações e agressões celulares

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Manifestações celulares a agressão
Evolução da lesão e morte celular
Homeostase—estímulos nocivos—> Lesão celular—> Apoptose (“suicídio
celular” auxilia a célula a voltar para seu equilíbrio) —> Lesão celular
reversível > Necrose (ponto de irreversibilidade: se passar desse ponto a
célula não volta ao normal, e evolui para morte)
Homeostase—estresse, demanda aumentada—> Adaptação
Adaptação < —incapacidade de se adaptar— > Lesão celular
Agressões ou Agentes Lesivos
→ Exógenos
● agentes físicos, químicos e biológicos
● desvios da nutrição
→ Endógenos
● patrimônios genéticos
● resposta imunitária
● fatores emocionais
Determinantes da Lesão Celular
Agente Agressor
→ tipo
→ duração
→ intensidade
Célula Lesada
→ tipo celular
→ idade
→ adaptabilidade
Alterações do metabolismo celular ou tissular, usualmente reversíveis (ainda
que o ponto de não retorno seja indefinido e o grau de reversibilidade varie
conforme o tipo e a intensidade do processo) ocorrendo perda da
habilidade de manter o estado de homeostase normal ou adaptado.
Lesão celular → É uma sequência de eventos desencadeada quando os
limites da resposta adaptativa são excedidas ou quando a mesma não
ocorre.
Respostas celulares ao estresse e a estímulos nocivos
Estímulos Resposta
Aumento de demanda —----------> Hipertrofia, hiperplasia
Falta de nutrientes —--------------> Atrofia
Irritação crônica —-----------------> Metaplasia
Apoptose/Necrose←—----Não adaptação
Graus das lesões
2 tipos gerais
Reversível → Aguda e leve
Irreversível → Aguda moderada a intensa e crônica
Adaptações Celulares – Hiperplasia
Hiper → grande Plasia → proliferação
Aumento da proliferação celular
A hiperplasia é um estímulo que pode ser externo ou interno que sinaliza
para a célula alvo iniciar ou aumentar sua proliferação.
Condições para hiperplasia
2 tipos de hiperplasia: fisiológica e patológica
Hiperplasia fisiológica
hiperplasia compensatória → aumento após dano
hiperplasia hormonal → aumento da capacidade funcional
→ Hiperplasia compensatória também pode ocorrer em alguns tecidos por
intermédio da diferenciação e proliferação de células tronco
→ Hiperplasia hormonal o processo de aumento é uma ação hormonal
Hiperplasia patológica
Em muitas ocasiões, a hiperplasia patológica ocorre por estímulos
hormonais desregulados, mas cessa quando é cessado a ação hormonal.
Exemplo: hiperplasia prostática benigna
A hiperplasia patológica, pode ser desregulada favorece um ambiente ideal
para a proliferação cancerosa.
Mecanismos envolvidos
Hiperplasia ocorre principalmente pela ação de agentes que estimulam
fatores que induzam a proliferação de células quiescentes, ou seja, células
que não estão replicando inicialmente mas quando estimulados passam a
replicar.
Fatores envolvidos
→ hormônios e sinalizadores peptídicos (ex: VEGF, GH)
→ hormônios esteróides (ex: testosterona, progesterona)
→ ação viral (papilomavírus)
Adaptações celulares - hipertrofia
Hiper → grande Trofia → volume
Aumento do volume celular
A hipertrofia é o aumento da massa celular como condição de adaptação a
determinado estímulo.
Tipos de hipertrofia
2 condições de hipertrofia: fisiológica, patológica
Mecanismos envolvidos
Célula normal —estímulo físico/químico-→ célula hipertrófica
Todo processo de hipertrofia depende principalmente da ativação de vias
metabólicas que induzem a síntese proteica.
Mediadores participantes
TGF-Beta (fator de crescimento), IGF-1 (fator de crescimento semelhante à
insulina), agonistas alfa-adrenérgicos, endotelina-1, angiotensina II,
estiramento mecânico e alguns hormônios esteróides e peptídicos (alguns
deles podem induzir tanto hipertrofia e hiperplasia ao mesmo tempo, ou
induzir só hipertrofia).
Adaptações celulares - atrofia
A → ausência trofia → volume
Perda do volume celular
A atrofia é o fenômeno na qual a célula alvo reduz seu volume devido a
supressão da síntese proteica…porém, isto não significa que estas células
estão mortas ou inviáveis, apenas estão com suas funções reduzidas.
Tipos de atrofia
2 tipos específicos: fisiológica; patológica
Atrofia fisiológica: 2 condições
● útero pós-gravídico
● estreitamento da notocorda no desenvolvimento fetal
Atrofia patológica: várias condições
→ diminuição de carga; perda de inervação; diminuição do suprimento
sanguíneo; nutrição inadequada; perda da estimulação endócrina;
envelhecimento; pressão
Mecanismos envolvidos
A atrofia desempenha uma mudança no equilíbrio da síntese e degradação
de proteínas, favorecendo mais a degradação.
Processos de degradação proteica
Proteína –proteossomo→ degrada proteínas pequenas
Proteína –lisossomo→ se funde ao lisossomo e depois é digerida; proteínas
grande
Adaptação celulares - metaplasia
Meta → diferente/nova plasia → proliferação
Alteração do tipo celular para outro
Metaplasia é uma alteração reversível de um tipo celular adulto para outro
tipo em resposta a um estímulo estressante.
Tipos de metaplasia
Por ser uma resposta a um estímulo agressivo, a metaplasia é sempre
considerada uma alteração patológica para diminuir a lesão celular.
3 tipos gerais: metaplasia escamosa, colunar e do tecido conjuntivo
Metaplasia escamosa: célula vai recebendo estímulos irritantes constantes,
com estes estímulos a célula vai se diferenciando até o ponto que chega na
metaplasia escamosa, epitélio escamoso.
Exemplo: fumantes, dificuldade em filtração do ar. Irritam as células e
modificam até célula entender a irritação
Metaplasia colunar: (exemplo) epitélio escamoso estratificado, as células
superficiais do esófago são praticamente todas constituídas de epitélio
escamoso estratificado para facilitar a passagem do alimento porém este
epitélio não tem a capacidade de se proteger contra o ácido do estômago
(quem tem refluxo constante irrita a mucosa do esôfago) aí a celular tem
uma reprogramação para se tornar um epitélio colunar maduro, este
epitélio secreta uma série de fatores para impedir que a acidez gástrica
cause irritação no esôfago (isso pode predispor um câncer no esôfago)
Metaplasia de tecido conjuntivo: é uma metaplasia de surgimento de osso
em tecidos onde normalmente não há osso (tecidos mesenquimais).
Formação óssea no músculo na adaptação da lesão.
Se as influências que induzem a metaplasia continuarem agindo, isto pode
servir de estímulo para transformação maligna das células metaplásicas
perdendo sua função.
Mecanismos envolvidos
A metaplasia é a decorrência da reprogramação de células tronco que se
diferenciam em outros tecidos e não da modificação da célula adulta.
Os mediadores envolvidos, cada qual tem uma participação na formação
metaplásica em alguns tecidos específicos como também, o mesmo
mediador participa de maneiras diferentes na diferenciação de diferentes
tipos de tecidos.
Mediadores envolvidos (citocinas)
● IL-1B: aumento da produção em condição metaplásica
● IL-2: diminuição da produção em condição metaplásica → cérvix
uterino
● IL-4: aumento da produção em condição metaplásica
● IL-6: aumento da produção em condição metaplásica → bexiga
Mediadores envolvidos (fator de crescimento)
● TGF-Beta → aumenta expressão condrogênica e diminuir a
diferenciação muscular/adiposa (em condição metaplásica)
● BMP-4 → aumenta expressão de citoqueratina em células escamosas
Drogas citostáticas que modificam o padrão de metilação (azacitidina) das
células tronco também podem induzir metaplasia.
Alterações celulares das lesões
Estágios da lesão
2 tipos gerais
Reversível → aguda e leve
Irreversível → aguda moderada à intensa e crônica
Ponto de não retorno → morte celular
Lesão reversível
É caracterizado por um estímulo nocivo leve que promove pequenas
alterações funcionais passíveis de correção pela célula. Ela pode sofrer uma
lesão mas mantém a estrutura primordial dela, que permite que ela corrija
esse dano e volte a se tornar uma célula normal.
Alterações moleculares:
Redução na fosforilação oxidativa: não é uma redução brusca, redução leve
que promove a diminuição da concentração de ATP umdos processos que
fica um pouco prejudicado com isto é o transporte de íons através das
membranas; para manter o equilíbrio dinâmico entre os íons sódio, potássio,
cálcio tanto do lado de fora quanto dentro muitas vezes é preciso hidrolisar
o ATP, por exemplo na bomba sódio potássio, se diminuir ATP intracelular
não conseguimos jogar muito sódio para fora sendo assim acaba causando
edema por desequilíbrio hidroelectrolítico.
Alterações celulares:
Célula sofre uma lesão reversível causando uma leve alteração de fenótipo
nessa célula → as alterações que causaram foram: edema mitocondrial e de
retículo por conta da diminuição de ATP e desequilíbrio hidroelectrolítico na
célula; e pode ocorrer agregação leve de cromatina. Ainda assim a célula
mantém boa parte da sua estrutura permitindo reparo celular voltando
para uma condição normal ou adaptada para poder resistir melhor a este
dano reversível.
OBS: Em algumas ocasiões, mesmo havendo a lesão reversível, a célula não
consegue reparar por completo dano causado (não adaptação) desta
forma, a célula desencadeia a morte programada (apoptose) para que ela
não venha prejudicar futuramente um tecido funcional.
Estágios da apoptose: morte celular limpa, ou seja, tudo que está dentro da
célula não é extravasada para o espaço extracelular. A célula começa a
envaginar a sua membrana para dentro de modo que ela consiga formar
vesículas de organelas e de seu conteúdo no citosol. Essas vesículas que se
dispersam no espaço extracelular é chamado de corpos apoptóticos, esses
corpos têm receptores de superfície para que sejam reconhecidos por
células fagocitadas que sejam fagocitadas e destruídas por essas células.
Está morte celular não prejudica os tecidos adjacentes.
Lesão irreversível
Caracterizado por um estímulo nocivo que ultrapassa o ponto de não
retorno de lesão celular, acarretando em dano permanente e morte celular.
Alterações observáveis:
● Ruptura da membrana celular e de organelas, libera o conteúdo
intracelular para o espaço extracelular causando resposta imune
● Acidificação citoplasmática
● Condensação nuclear, emaranhado do dna
Exemplo: lúpus
NECROSE: célula libera tudo, "explode", morte "suja"
Alterações macroscópicas:
● Tecido fica escurecido
● Tecidos adjacentes são prejudicados
● Perde funções
● Rompimento
OBS: Nem sempre toda lesão irreversível é necrótica. Se a célula preservar
algumas estruturas, ela pode desencadear a apoptose.
Causas das lesões celulares
Condições e estímulos nocivos:
Diminuição ou supressão da oxigenação (hipóxia), agentes físicos, agentes
químicos, agentes infecciosos, reações imunológicas, distúrbios genéticos,
desequilíbrio nutricional.
Causas das lesões
Hipóxia: Oxigênio diminui → mitocôndria → ATP diminui na célula
Aumenta o influxo de cálcio
Diminui o pH citoplasmático
Se continuar por muito tempo teremos uma necrose tecidual
Agentes físicos: temperaturas extremas, trauma mecânico, choque elétrico,
radiação aplicado na célula alvo. Pode causar o rompimento da membrana,
pode lesionar o DNA também como exemplos.
Agentes químicos: concentração elevada de substratos celulares, fármacos
em doses elevadas, toxinas e venenos. Tudo isso pode promover um
desequilíbrio metabólico na célula e causar uma lesão celular podendo
causar a morte celular, dependendo do grau, da condição do estímulo e o
quanto foi este estímulo
Agentes infecciosos: bactérias, fungos, vírus, protozoários e vermes. Toxinas,
desnutrem celular
Reações imunológicas:
Lesão celular ou infecção → Ativação sistema imune → secreção de
citocinas, radicais livres, acidificação do meio → lesão de células adjacentes
Distúrbios genéticos: exemplo Anemia falciforme - alteração de códon (GAG -
GTG = Glut6Val)
Desequilíbrio nutricional:
Carência de nutrientes → diminuição da função
Excesso de nutrientes → desequilíbrio metabólico
Mecanismos das lesões - introdução
Desenvolvimento das lesões

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