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1 Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr. Ciências Farmacêuticas Universidade Federal do Ceará Departamento de Química Orgânica e Inorgânica Química Orgânica II Prof. Dr. José Nunes da Silva Júnior 2016 2 A química orgânica pode ser dividida em duas partes: a) Estrutural: estudam-se as funções orgânicas e suas características estruturais. b) Reacional: estudam-se os tipos de reações que elas sofrem. Nesta disciplina, estudaremos as reações orgânicas em seis aulas: Aula 1 - Reações de adição eletrofílica a compostos insaturados Tópico 1 - alcenos..........................................................................................................................03 Tópico 2 - alcinos .........................................................................................................................27 Aula 2 - Reações de compostos aromáticos Tópico 1 - substituições eletrofílicas.............................................................................................37 Tópico 2 - reações de naftalenos....................................................................................................54 Tópico 3 - substituições nucleofílicas............................................................................................56 Aula 3 - Reações de substituição nucleofílica e de eliminação Tópico 1 - nucleófilos e grupos abandonadores............................................................................67 Tópico 2 - mecanismo SN2...........................................................................................................71 Tópico 3 - mecanismo SN12.........................................................................................................76 Tópico 4 - escolha do solvente......................................................................................................81 Tópico 5 - mecanismo E2..............................................................................................................83 Tópico 6 - mecanismo E1..............................................................................................................89 Tópico 7 - competição: substituição x eliminação........................................................................94 Aula 4 - Reações de alcoóis, fenóis e éteres Tópico 1 - alcoóis e fenóis.......................................................................................................... 103 Tópico 2 - éteres..........................................................................................................................114 Aula 5 - Reações de aldeídos e cetonas Tópico 1 - estrutura e reatividade................................................................................................123 Tópico 2 - hidratos, hemiacetais e acetais..................................................................................128 Tópico 3 - reações com compostos nitrogenados........................................................................134 Tópico 4 - reações com compostos nitrogenados II....................................................................138 Tópico 5 - reações com nucleófilos de enxofre..........................................................................141 Tópico 6 - reações com nucleófilos de carbono e fósforo..........................................................143 Tópico 7 - reações de oxidação e redução...................................................................................149 Aula 6 - Reações de ácidos carboxílicos e derivados Tópico 1 - ácidos carboxílicos.....................................................................................................154 Tópico 2 - derivados de ácidos carboxílicos..............................................................................161 Tópico 3 - síntese de derivados de ácidos carboxílicos ............................................................170 Referências Consultadas.........................................................................................................................198 Estrutura de Alcenos Os alcenos são hidrocarbonetos que contêm uma dupla ligação C=C. Esta ligação dupla confere aos alcenos uma estrutura planar com uma densidade rica de elétrons acima e abaixo do plano. espécies que têm deficiência de elétrons, os eletrófilos eletrofílica. estrutura planar Reações de Adição Eletrófílica A reação característica de compost adição eletrofílica, onde uma ligação pi é quebrada com a formação de duas ligações sigma. Tratam-se, portanto, de reações exotérmicas ( espontaneidade da reação. Com relação à entropia que 2 moléculas formarão apenas uma, diminuindo a desordem do sistema. Como veremos nesta unidade, diversos grupos podem ser adicionados à dupla ligação, levando à obtenção de muitos grupos funcionais. Este fato torna os importantes ferramentas sintéticas. + cenos são hidrocarbonetos que contêm uma dupla ligação C=C. Esta ligação dupla confere aos alcenos uma estrutura planar com uma densidade rica de elétrons acima e abaixo do plano. Sendo assim, os alcenos são altamente espécies que têm deficiência de elétrons, os eletrófilos, sofrendo reações de adição estrutura planar Eletrófílica A reação característica de compostos com duplas ligações C=C é uma reação de adição eletrofílica, onde uma ligação pi é quebrada com a formação de duas ligações se, portanto, de reações exotérmicas (∆H<0) que favorecem a Com relação à entropia da reação, temos que que 2 moléculas formarão apenas uma, diminuindo a desordem do sistema. Como veremos nesta unidade, diversos grupos podem ser adicionados à dupla ligação, levando à obtenção de muitos grupos funcionais. Este fato torna os importantes ferramentas sintéticas. A B A B 3 cenos são hidrocarbonetos que contêm uma dupla ligação C=C. Esta ligação dupla confere aos alcenos uma estrutura planar com uma densidade rica de Sendo assim, os alcenos são altamente reativos com reações de adição os com duplas ligações C=C é uma reação de adição eletrofílica, onde uma ligação pi é quebrada com a formação de duas ligações H<0) que favorecem a da reação, temos que ∆S<O, uma vez que 2 moléculas formarão apenas uma, diminuindo a desordem do sistema. Como veremos nesta unidade, diversos grupos podem ser adicionados à dupla ligação, levando à obtenção de muitos grupos funcionais. Este fato torna os alcenos A B H X H OH H OSO3H X X Hidrogenação de Alcenos A hidrogenação é a adição de hidrogênio (H tripla). Alcenos reagem com H Rh), para originarem alcanos, através da adição de H As ligações nos produtos são mais fortes que as ligações no reação, 2 ligações σ são formadas A respeito destas reações, sabe normalmente, à temperatura ambiente e que se trata de realizada na ausência de catalisadores. Portanto, a reação catalisadores metálicos finamente divididos De modo geral, as hidrogenações são normalmente escolhidos com base em suas capacidades de dissolver o alceno ais utilizados são: etanol, hexano e ácido acético. O Mecanismo da Hidrogenação Uma descrição mecanística que mostra o papel do catalisador met esquema abaixo. Hidrogenação de Alcenos idrogenação é a adição de hidrogênio (H2) a uma múltipla ligação Alcenos reagem com H2, na presença de metais finamente divididos (Pd, Pt, m alcanos, através da adição de H2 às duplas ligações. s ligações nos produtos são mais fortes que as ligações no são formadas e 1 ligação π é quebrada. destas reações, sabe-se que as hidrogenações são realizadas, normalmente, à temperatura ambiente e que se trata de processo muito lento realizada na ausência de catalisadores. Portanto,a reação é realizada na presença de catalisadores metálicos finamente divididos (Pd, Pt, Rh). hidrogenações ocorrem com altos rendimentos, e os s são normalmente escolhidos com base em suas capacidades de dissolver o alceno etanol, hexano e ácido acético. Hidrogenação Uma descrição mecanística que mostra o papel do catalisador met 4 ) a uma múltipla ligação (dupla ou , na presença de metais finamente divididos (Pd, Pt, às duplas ligações. s ligações nos produtos são mais fortes que as ligações nos reagentes. Na ões são realizadas, processo muito lento quando realizada na presença de ocorrem com altos rendimentos, e os solventes são normalmente escolhidos com base em suas capacidades de dissolver o alceno. Os Uma descrição mecanística que mostra o papel do catalisador metálico é visto no A Estereoquímica da Hidrogenação Quando dois átomos ou grupos se adic ligação, o processo é referido como sendo uma grupos se adicionam à faces opostas de uma dupla ligação, o processo é referido como sendo uma adição anti. No modelo de hidrogenação descrit transferidos da superfície do metal para o alceno. sejam transferidos simultaneamente, há uma tendência pronunciada deles se adicionarem à mesma face da dupla ligação (adição syn) A Estereosseletividade da Hidrogenação Um segundo aspecto estereoquímico da hidrogenação de alcenos diz respeito à sua estereosseletividade. Uma reação que parte de um substrato que pode originar dois ou mais produtos estereoisoméricos, mas um d dita estereosseletiva. CO CO da Hidrogenação Quando dois átomos ou grupos se adicionam à mesma face de uma dupla ligação, o processo é referido como sendo uma adição syn. Quando dois átomos ou grupos se adicionam à faces opostas de uma dupla ligação, o processo é referido como No modelo de hidrogenação descrito anteriormente, os átomos de hidrogênio são transferidos da superfície do metal para o alceno. Embora os dois hidrogênios não sejam transferidos simultaneamente, há uma tendência pronunciada deles se adicionarem à mesma face da dupla ligação (adição syn). A Estereosseletividade da Hidrogenação Um segundo aspecto estereoquímico da hidrogenação de alcenos diz respeito à reação que parte de um substrato que pode originar dois ou mais produtos estereoisoméricos, mas um deles é obtido exclusivamente ou em maior quantidade, é H2 Pt O2CH3 O2CH3 CO2CH3 CO2CH3 H H 5 ionam à mesma face de uma dupla Quando dois átomos ou grupos se adicionam à faces opostas de uma dupla ligação, o processo é referido como o anteriormente, os átomos de hidrogênio são Embora os dois hidrogênios não sejam transferidos simultaneamente, há uma tendência pronunciada deles se Um segundo aspecto estereoquímico da hidrogenação de alcenos diz respeito à reação que parte de um substrato que pode originar dois ou mais produtos eles é obtido exclusivamente ou em maior quantidade, é (100%) A estereoquímica desta reação é governada pela maneira com que o alceno se aproxima da superfície do catalisador. que a face superior do alceno se aproxime do metal, impedindo a formação do último composto. Adição Eletrofílica de HX a Alcenos Em um grande número de reações de adição, o reagente que ataca o alceno é polar ou facilmente polarizável. estão entre as substâncias mais simples que se adicionam aos alcenos. A adição ocorre rapidamente em uma variedade de solventes. Um exemplo de adição de HX Os hidrogentes de alquila reagem com alcenos com v reatividade dos hidrogenetos de alquila prótons. Mecanismo Geral da Adição Eletrofílica de HX a Alcenos Na primeira etapa eletrófilo, levando à formação de um carbocátion. A estereoquímica desta reação é governada pela maneira com que o alceno se aproxima da superfície do catalisador. As duas metilas na cabeça de ponte impedem or do alceno se aproxime do metal, impedindo a formação do último Adição Eletrofílica de HX a Alcenos Em um grande número de reações de adição, o reagente que ataca o alceno é polar ou facilmente polarizável. Os haletos de hidrogênio, os quais estão entre as substâncias mais simples que se adicionam aos alcenos. A adição ocorre rapidamente em uma variedade de solventes. Um exemplo de adição de HX a um acleno é dado abaixo: Os hidrogentes de alquila reagem com alcenos com velocidades diferentes. tos de alquila relaciona-se com suas habilidades de doar dição Eletrofílica de HX a Alcenos do mecanismo, o par de elétrons da ligação dupla ataca o eletrófilo, levando à formação de um carbocátion. 6 A estereoquímica desta reação é governada pela maneira com que o alceno se na cabeça de ponte impedem or do alceno se aproxime do metal, impedindo a formação do último Em um grande número de reações de adição, o reagente que ataca o alceno é , os quais são polarizados, elocidades diferentes. A ordem de suas habilidades de doar seus trons da ligação dupla ataca o Na etapa seguinte, o carbocátion sofre o ataque do nucleófilo, recebendo seus elétrons e formando a segunda ligação sigma. Regiosseletividade de Reações de Adição A adição de HX a um alceno assimétrico pode ocorrer, conceitualmente, de duas maneiras diferentes: O hidrogênio pode se adicionar nos carbonos 1 ou 2. um produto é usualmente obtido. levou o químico russo Vladimir Markovnikov, em 1870, a formular a “ Markovnikov”: “Na adição de HX a um alceno, o átomo de hidrogênio se ligará ao carbono da dupla mais hidrogenado CH2 CHCH3 HX H X , o carbocátion sofre o ataque do nucleófilo, recebendo seus elétrons e formando a segunda ligação sigma. Reações de Adição Eletrofílica de HX a Alcenos A adição de HX a um alceno assimétrico pode ocorrer, conceitualmente, de duas O hidrogênio pode se adicionar nos carbonos 1 ou 2. Todavia, na prática, apenas um produto é usualmente obtido. A análise de muitos exemplos semelhantes ao anterior, levou o químico russo Vladimir Markovnikov, em 1870, a formular a “ Na adição de HX a um alceno, o átomo de hidrogênio se ligará ao carbono da dupla mais hidrogenado”. C C H H CH3 X H H C C H X CH3 H H H (majoritário) 7 , o carbocátion sofre o ataque do nucleófilo, recebendo seus letrofílica de HX a Alcenos A adição de HX a um alceno assimétrico pode ocorrer, conceitualmente, de duas Todavia, na prática, apenas se de muitos exemplos semelhantes ao anterior, levou o químico russo Vladimir Markovnikov, em 1870, a formular a “Regra de Na adição de HX a um alceno, o átomo de hidrogênio se ligará ao (majoritário) Outros exemplos são vistos a segui o átomo de hidrogênio de adicionará. Regiosseletividade – Explicação Teórica O entendimento deste comportamento (Regra quando analisamos as estruturas dos carbocátions formados nos dois possíveis caminhos: Se o alceno que sofre a adição do haleto de hidrogênio for um alceno assimétrico, a etapa 1 pode levar a dois carbocátions diferentes: O carbocátion terciá consequentemente, a energia do estado de transição da etapa de sua formação (a determinante da velocidade da reação) será menor, favorecendo a formação do produto majoritário, a partir deste carbocátion. R R Outros exemplos são vistos a seguir. Nestes, a seta azul indica o carbono ao qual o átomo de hidrogênio de adicionará. Explicação Teórica O entendimento deste comportamento (Regra de Markonikov) pode ser obtido ando analisamos as estruturas dos carbocátions formados nos dois possíveis Se o alceno que sofre a adição do haleto de hidrogênio for um alceno assimétrico, a etapa 1 pode levar a dois carbocátions diferentes: terciário, por ser mais estável, terá uma menor energia e, entemente, a energia do estado de transição da etapa de sua formação (a determinante da velocidade da reação)será menor, favorecendo a formação do produto a partir deste carbocátion. C C H H R R H + C C H H R R H + terciário primário 8 r. Nestes, a seta azul indica o carbono ao qual ) pode ser obtido ando analisamos as estruturas dos carbocátions formados nos dois possíveis Se o alceno que sofre a adição do haleto de hidrogênio for um alceno rio, por ser mais estável, terá uma menor energia e, entemente, a energia do estado de transição da etapa de sua formação (a determinante da velocidade da reação) será menor, favorecendo a formação do produto Regra de Markovnikov – Na adição iônica de um reagente assimétrico a uma dupla ligação, a parte positiva do reagente se ligará ao átomo de carbono da dupla ligação de modo a formar, como intermediário, o carbocátion mais estável O alceno (representado no centro do gráfico acima) pode seguir dois caminhos diferentes (azul:esquerda com estruturas e energias diferentes. Sendo assim, preferencialmente, o alceno seguirá através do caminho que envolve a menor barreira energética (energia de ativação), no caso, o caminho vermelho hidrogênio sempre entrará no carbono mais hidrogenado para levar à formação do carbocátion mais estável. Rearranjos de Carbocátions Em todo mecanismo que propõe a formação de carbocátions, deve consideração a possibilidade do rearranjo de um carbocátion menos estável para ser transformar em outro mais estável. No exemplo mostrado a seguir carbocátion secundário que leva Enunciado Moderno Na adição iônica de um reagente assimétrico a uma dupla ligação, a parte positiva do reagente se ligará ao átomo de carbono da dupla ligação de modo a formar, como intermediário, o carbocátion mais estável. alceno (representado no centro do gráfico acima) pode seguir dois caminhos :esquerda ou vermelho:direita) e formar dois carbocátio com estruturas e energias diferentes. Sendo assim, preferencialmente, o alceno do caminho que envolve a menor barreira energética (energia de ativação), no caso, o caminho vermelho (direita). Desta forma, verifica hidrogênio sempre entrará no carbono mais hidrogenado para levar à formação do carbocátion mais estável. ranjos de Carbocátions Em todo mecanismo que propõe a formação de carbocátions, deve consideração a possibilidade do rearranjo de um carbocátion menos estável para ser mais estável. mostrado a seguir, ocorre inicialmente a formação de um carbocátion secundário que leva à formação do produto à esquerda, o minoritário 9 Na adição iônica de um reagente assimétrico a uma dupla ligação, a parte positiva do reagente se ligará ao átomo de carbono da dupla ligação de modo a alceno (representado no centro do gráfico acima) pode seguir dois caminhos ) e formar dois carbocátions distintos, com estruturas e energias diferentes. Sendo assim, preferencialmente, o alceno do caminho que envolve a menor barreira energética (energia de . Desta forma, verifica-se que o hidrogênio sempre entrará no carbono mais hidrogenado para levar à formação do Em todo mecanismo que propõe a formação de carbocátions, deve-se levar em consideração a possibilidade do rearranjo de um carbocátion menos estável para ser icialmente a formação de um à formação do produto à esquerda, o minoritário (40%). No entanto, a migração do íon hidreto do carbono vizinho para o carbocátion (rearranjo), gera um carbocátion terciário mais estável que, por do produto à da direita, o majoritário Exercícios Sugira mecanismos que expliquem as seguintes observações: a) A adição de cloreto de hidrogênio ao 3 o 2-cloro-3-metil-butano e o 2 b) A adição de cloreto de hidrogênio ao 3,3 o 3-cloro-2,2-dimetil-butano e o 2 Adição de HBr (via radicalar) a Alcenos Por um longo tempo, as reaç Algumas vezes ocorriam segundo a regra de Markovnikov, mas em outras vezes, levava ao produto da adição anti-Markovnikov. Em 1929, Morris S. Kharasch (Univ investigação sistemática. Ele descobriu que a adição anti quando peróxidos (ROOR) estavam presentes na mistura da reação. buteno, era formado sempre o produto No entanto, a migração do íon hidreto do carbono vizinho para o carbocátion um carbocátion terciário mais estável que, por sua vez, lev do produto à da direita, o majoritário (60%). Sugira mecanismos que expliquem as seguintes observações: A adição de cloreto de hidrogênio ao 3-metil-1-buteno leva a dois produtos: utano e o 2-cloro-2-metil-butano. b) A adição de cloreto de hidrogênio ao 3,3-dimetil-1-buteno leva a dois produtos: butano e o 2-cloro-2,3-dimetil-butano. Adição de HBr (via radicalar) a Alcenos Por um longo tempo, as reações de HBr com alcenos eram imprevisíveis. Algumas vezes ocorriam segundo a regra de Markovnikov, mas em outras vezes, levava Markovnikov. Em 1929, Morris S. Kharasch (Universidade de Chicago) realizou uma a. Ele descobriu que a adição anti-Markovnikov era promovida quando peróxidos (ROOR) estavam presentes na mistura da reação. Purificando o 1 sempre o produto de acordo com a regra de Markovnikov. 10 No entanto, a migração do íon hidreto do carbono vizinho para o carbocátion sua vez, leva à formação buteno leva a dois produtos: buteno leva a dois produtos: ões de HBr com alcenos eram imprevisíveis. Algumas vezes ocorriam segundo a regra de Markovnikov, mas em outras vezes, levava de Chicago) realizou uma Markovnikov era promovida Purificando o 1- de acordo com a regra de Markovnikov. 11 Mecanismo Geral da Adição Radicalar de HBr na presença de Peróxidos (ROOR) a) iniciação etapa 1: dissociação do peróxido em dois radicais alcoxi. etapa 2: abstração do átomo de hidrogênio do HBr por um radical alcoxi. b) propagação etapa 3: adição de um átomo de bromo ao alceno. etapa 4: abstração do átomo de hidrogênio do HBr por um radical livre formado na etapa 3. A Estereoquímica da Adição de HX a Alcenos Considere a seguinte reação: O produto apresenta um centro quiral (C2). Sendo assim, ele poderá ocorrer como uma mistura racêmica, ou como um enantiômero em maior quantidade (excesso enantiomérico). O que ocorrerá de fato? HX H X CH2CH3 CH H H * 2 1 H H H CH3CH2 12 A resposta pode ser encontrada quando analisamos o mecanismo da reação: Como a geometria do carbocátion é trigonal plana, existem duas fa igualmente disponíveis para o ataque do nucleófilo, fato este que leva à formação de uma mistura racêmica. Reações de Adição de H2SO Além dos haletos de hidrogênio, outros ácidos também se adicionam aos alcenos. Ácido sulfúrico concentrado determinados alcenos para formar sulfatos ácidos de alquila. seguindo a Regra de Markovnikov. Um fato interessante acerca da adição de H de alquila formado pode ser transformado em H2O. C C alceno H CH3 A resposta pode ser encontrada quando analisamos o mecanismo da reação: geometria do carbocátion é trigonal plana, existem duas fa igualmente disponíveis para o ataque do nucleófilo, fato este que leva à formação de SO4 a Alcenos Além dos haletos de hidrogênio, outros ácidos também se adicionam aos alcenos. Ácido sulfúrico concentrado frio (H2SO4), por exemplo, reage com determinados alcenos para formar sulfatos ácidos de alquila. A reação é regios seguindo a Regra de Markovnikov. Um fato interessante acerca da adição de H2SO4 a alcenos, é que o sulfato ácido lquila formado pode ser transformado em um álcool quando refluxado (calor) em S O O OOH H C+ C H S O O -O C H C OSO3H ácido sulfúrico carbocátion íon h s sulfato ácido de alquila H H H2SO4 frio CH3 C H OSO3H CH3 HOH, calor CH3 C H OH CH3 + H2SO4 12 A resposta pode ser encontrada quando analisamos o mecanismo da reação: geometria do carbocátion é trigonal plana, existem duas faces igualmente disponíveis para o ataquedo nucleófilo, fato este que leva à formação de Além dos haletos de hidrogênio, outros ácidos também se adicionam aos ), por exemplo, reage com A reação é regiosseletiva, é que o sulfato ácido álcool quando refluxado (calor) em O H hidrogeno sulfato 13 Reações de Adição de H2O (Hidratação) a Alcenos Outro método pelo qual alcenos podem ser convertidos em alcoóis é através da adição de água (hidratação) à dupla ligação, sob condições de catálise ácida. Diferentemente da adição de H2SO4, esta reação é conduzida em meio ácido diluído. As reações de hidratação seguem a Regra de Markovnikov e, portanto, não possibilitam a formação de alcoóis primários. Mecanismo da Reação de Hidratação C C H3C H3C H H C H3C H3C C H H HO H H H + O H H .. C O H3C CH3 C H H H H H..O H H C H3C H3C C H H H + + C O H3C CH3 C H H H H H O H H .. + O H H H C O H3C CH3 C H H H H + + Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 C C H H R R C H H H C OH R R HOH H+ 14 Exercício As velocidades de hidratação de dois alcenos mostram-se diferir por um fator maior que 7000 a 25oC. Qual o isômero mais reativo? Por quê? Hidroboração-Oxidação de Alcenos Vimos que a hidratação de alcenos, catalisada por ácidos, adiciona os elementos da H2O aos alcenos a regiosseletividade seguindo a Regra de Markovnikov. Todavia, às vezes, necessitamos de um álcool tendo a estrutura que corresponde à hidratação de um alceno com regiosseletividade oposta àquela determinada pela Regra de Markovnikov, como o exemplo abaixo. Como devemos proceder nestes casos? Através de uma reação denominada hidroboração-oxidação é possível obter alcoóis com regioquímicas opostas àquelas obtidas a partir da hidratação de alcenos (Regra de Markovnikov). Tal procedimento foi descoberto pelo Prof. Herbert C. Brown, Perdue University, lhe garantindo o prêmio Nobel em 1979. A hidroboração é uma reação na qual um hidreto de boro (BH3), adiciona-se a uma dupla ligação, criando-se duas novas ligações: 1 C-B e 1 C-H (organoborano). Após a hidroboração, o organoborano é oxidado através do tratamento com peróxido de hidrogênio (H2O2), em solução aquosa básica, gerando o álcool. H CH3 H CH3 OH H H2O 15 Dois exemplos deste tipo de reação são dados abaixo. A Estereoquímica da Reação de Hidroboração-Oxidação Nas reações de hidroboração-oxidação, ocorre à adição syn dos elementos da água à dupla ligação. Observe que a hidroxila (OH) e o hidrogênio entraram pela mesma face do alceno. O Mecanismo da Reação de Hidroboração-Oxidação O mecanismo ocorre em 6 etapas: Etapa 1) uma molécula de borano (BH3) ataca o alceno. Os elétrons provenientes da ligação π do alceno atacam o orbital p vazio do átomo de boro. Etapa 2) O complexo π rearranja para um organoborano. O átomo de hidrogênio migra do boro para o carbono, carregando o par de elétrons de sua ligação para o átomo de boro. O desenvolvimento do estado de transição para este processo émostrado abaixo (2a), e sua transformação em organoborano é mostrado na figura 2b. 16 Etapa 3) O íon peróxido é convertido em seu ânion em solução básica. Etapa 4) O ânion do peróxido de hidrogênio ataca como um nucleófilo, atacando o átomo de boro e formando a ligação oxigênio-boro. Etapa 5) O átomo de carbono migra do carbono para o boro, deslocando o íon hidróxido. O carbono migra como o par de elétrons da ligação carbono-boro e forma uma nova ligação carbono-oxigênio com estes elétrons. Etapa 6) A hidrólise cliva a ligação boro Reações de Adição de Halogênio ( Enquanto os alcanos são inertes frente ao bromo, os alcenos reagem rapidamente. O bromo (colorido) adicio produtos destas reações são chamados de dialetos vicinais. Tal comportamento faz com esta reação seja utilizada como servindo para caracterização de duplas ligações em compostos orgâni adiciona uma solução colorida de Br há a descoloração da solução, indicando que o bromo não mais está presente, ou seja, reagiu com as insaturações. Por outro lado, quando se adiciona uma solu Br2 (em CCl4) a soluções de compostos solução resultante, indicando que o bromo ainda está presente, ou seja, não reagiu. Quando o halogênio é o Cl ambiente em uma variedade de solventes, incluindo ácido acético, CCl CH2Cl2. A hidrólise cliva a ligação boro-oxigênio, gerando o álcool. Halogênio (X2) a Alcenos Enquanto os alcanos são inertes frente ao bromo, os alcenos reagem amente. O bromo (colorido) adiciona-se às duplas ligações, “descolorindo produtos destas reações são chamados de dialetos vicinais. Tal comportamento faz com esta reação seja utilizada como um caracterização de duplas ligações em compostos orgâni adiciona uma solução colorida de Br2 (em CCl4) a soluções de compostos há a descoloração da solução, indicando que o bromo não mais está presente, ou seja, reagiu com as insaturações. Por outro lado, quando se adiciona uma solu ) a soluções de compostos saturados, não ocorre a descoloração da solução resultante, indicando que o bromo ainda está presente, ou seja, não reagiu. Quando o halogênio é o Cl2 ou o Br2, a adição ocorre rapidamente à temper em uma variedade de solventes, incluindo ácido acético, CCl Br Br+ no escuro, CCl4 t.a. Br Br 17 Enquanto os alcanos são inertes frente ao bromo, os alcenos reagem se às duplas ligações, “descolorindo-se”. Os um teste químico, caracterização de duplas ligações em compostos orgânicos. Quando se ) a soluções de compostos insaturados, há a descoloração da solução, indicando que o bromo não mais está presente, ou seja, reagiu com as insaturações. Por outro lado, quando se adiciona uma solução colorida de , não ocorre a descoloração da solução resultante, indicando que o bromo ainda está presente, ou seja, não reagiu. , a adição ocorre rapidamente à temperatura em uma variedade de solventes, incluindo ácido acético, CCl4, CHCl3 e 18 A Estereoquímica da Adição de Halogênio (X2) a Alcenos Quando ciclenos reagem com o bromo, em CCl4, ocorre uma adição anti, onde um bromo fica acima do plano e o outro fica abaixo. O Mecanismo da Adição de Halogênio (X2) a Alcenos A adição anti é sempre verificada nas adições de halogênios a alcenos, sugerindo um mecanismo em duas etapas: Etapa 1 Etapa 2 C C Br Br .. :: : :.. δ+ δ− C C Br :: + + Br - íon bromônio :: .. -Br C Br C Br C C Br:: + íon bromônio Outra observação experimental consistente com o mecanismo proposto é o efeito de substituintes sobre a velocidade da reação. Os dados experimentais mostram que substituintes alquila na ligação dupla carbono-carbono aumentam a velocidade da reação. Tais grupos “liberam” elétrons e estabilizam o estado de transição que leva ao íon bromônio. A Estereoespecificidade da Adição de Halogênio (X2) a Alcenos A adição anti de um halogênio a um alceno nos proporciona um exemplo do que se chama reação estereosespecífica. Trata-se de um reação onde um dado estereoisômero (reagente) reage de modo a formar um estereoisômero específico como produto. Por exemplo, o isômero (E) leva à formação do isômero (S,R). Já o isômero (Z) leva à formação da mistura racêmica (R,R) e (S,S). Ou seja, cada isômero de partida leva à obtenção de um estereoisômero específico, daí o nome reação H H3C estereoisômero (reagente) reage de modo a formar um estereoisômero específico como produto. Por exemplo, o isômero (E) leva à formação do isômero (S,R). isômero (Z) leva à formação da mistura racêmica (R,R) e (S,S). sômero de partida leva à obtenção de um estereoisômero específico, daí o nome reação estereoespecífica. CH3 H Br2, CCl4 H CH3 H3C H Br Br (S) (R)19 estereoisômero (reagente) reage de modo a formar um estereoisômero específico como isômero (Z) leva à formação da mistura racêmica (R,R) e (S,S). sômero de partida leva à obtenção de um estereoisômero 20 Adição de Halogênio (X2) a Alcenos na Presença de H2O-Formação de Haloidrinas Em solução aquosa, cloro, bromo e iodo reagem com alcenos para formar compostos conhecidos como haloidrinas vicinais, as quais têm um halogênio e um grupo hidroxila em carbonos adjacentes. Observa-se a ocorrência da adição anti, isto é, o halogênio e o grupo hidroxila adicionam-se às faces opostas da dupla ligação. Mecanismo da Formação de Haloidrinas O mecanismo de formação da haloidrina é semelhante ao da bromação de alcenos. Na primeira etapa, ocorre a formação do íon bromônio e, na segunda etapa, a H2O (nucleófilo em maior quantidade no meio) ataca o íon bromônio, promovendo uma adição anti da hidroxila em relação ao bromo. A Regiosseletividade da Formação de Haloidrinas A regiosseletividade da adição é estabelecida quando a água ataca um dos carbonos do íon halônio. Se o alceno for assimétrico, o halogênio ligar-se-á ao átomo de carbono mais hidrogenado, uma vez que o átomo de carbono mais substituído levará à formação de um carbocátion mais estável. 21 Estado de transição mais estável Estado de transição menos estável apresenta caráter de carbocátion terciário apresenta caráter de carbocátion primário Reação de Epoxidação de Alcenos Já vimos que os íons halônios (intermediários cíclicos de três membros) são formados quando fontes de halogênio eletrofílico ataca a dupla ligação. Da mesma forma, anéis de três membros são formados pela reação de alcenos com fontes de oxigênio eletrofílico. São os chamados epóxidos. Os epóxidos são facilmente preparados a partir da reação entre alcenos e peroxiácidos, num processo denominado de epoxidação. O ácido peroxiacético é normalmente utilizado em ácido acético como solvente, mas as reações de epoxidação toleram uma variedade de solventes, e frequentemente são realizadas em clorofórmio e diclorometano. Exemplos de epoxidação são: C C H H H H O C C H CH3 H H O óxido de etileno óxido de propileno C C O C C + R O O O H R O OH + alceno peroxi ácido epóxido ácido carboxílico ácido peroxi acético H3C O O O H + O ácido acético + H3C O OH cicloocteno 1,2-epoxiciclooctano (86%) C C (CH2)9CH3 H H H O + H3C O O O H C C (CH2)9CH3 H H H H3C O OH + 1-dodeceno ácido peroxi acético 1,2-epóxidododecano ácido acético(52%) 22 Epoxidação de Alcenos - Adição Syn A epoxidação de alcenos com peroxiácidos é caracterizada por uma adição syn do oxigênio à dupla ligação. Os substituintes que são cis no alceno, um em relação ao outro, continuam cis no epóxido; e substituintes que são trans no alceno continuam trans no epóxido. Epoxidação de Alcenos – Mecanismo Acredita-se que o mecanismo da epoxidação do alceno seja um mecanismo concertado como mostrado abaixo: estado de transição Por este mecanismo, fica fácil verificar que a formação das duas novas ligações C-O ocorrem na mesma face do alceno. Oxidação de Alcenos – Ozonólise O ozônio (O3) é uma forma triatômica do oxigênio. Pode ser representada como uma combinação de suas duas estruturas de Lewis mais estáveis: Trata-se de uma molécula neutra, mas polar. Características que o torna um poderoso eletrófilo. Alcenos reagem com O3 para produzirem um ozonídeo primário que se rearranja em um ozonídeo. R R H H R R H H O H R R H H R R H O O O O H O O O H + + O O O-: :.. : .. .. + O O -O: .. + .. :: .. 23 Tal ozonídeo, na presença de um agente redutor, leva à formação de produtos através da clivagem da ligação C=C. Mecanismo da Ozonólise O método é utilizado para identificar fragmentos. Através destes, é possível localizar a posição de uma dupla ligação em um alceno de estrutura desconhecida. 2) Zn/H2O 1) O3 O O H H 2) Zn/H2O 1) O3 OO COOH 2) H2O2-ácido acético 1) O3 O OH O COOH OH O O O-: :.. : .. .. + CH3CH2CH CH2 O CH2CH3CH2CH O CH3CH2CH CH2 O O O CH3CH2CH CH2 O O O Zn/H2O ozonídeo ozonídeo primário CH3CH2CH CH2 O CH2CH3CH2CH O CH3CH2CH CH2 O O O CH3CH2CH CH2 O O O Zn/H2O ozonídeo ozonídeo primário -O O O+ : CH3CH2CH O O- CH2 O CH3CH2CH O O- CH2 O + + 24 Oxidação de Alcenos – Hidroxilação Syn KMnO4 e OsO4 reagem com alcenos para produzirem glicóis (1,2-diois). Oxidação de Alcenos – Clivagem Oxidativa Soluções quentes de KMnO4 levam à clivagem de alcenos e à obtenção de ácidos carboxílicos. KMnO4 quente OH- O -O O -O O HO O HO H+ Outro exemplo: Reação de Diels-Alder Um tipo particular de reação de adição conjugada ganhou o Prêmio Nobel de Química por Otto Diels e Kurt Alder da Universidade de Kiel (Alemanha) em 1950. A reação Diels-Alder reação é a adição conjugada de um alceno a um dieno. Usando o 1,3-butadieno como um dienófilo, a reação de Diels-Alder pode ser representado pela equação geral: A cicloadição Diels-Alder é um exemplo de uma classe chamada reações pericíclicas, as quais procedem em uma etapa através de um estado de transição cíclico. KMnO4 quente OH- O O -O O O HOH + 25 A formação da ligação ocorre em ambas as extremidades do sistema de dieno, e o estado de transição envolve um arranjo cíclico de seis carbonos e seis elétrons π. Estado de transição para cicloadição Diels-Alder A mais simples de todas as reações de Diels-Alder, a cicloadição do eteno como o 1,3-dieno, não procede prontamente. Ela tem uma alta energia de ativação e, portanto, ocorre a uma baixa velocidade. Entretanto, substituintes, tais como C=O ou C≡N, quando diretamente ligados à dupla ligação do dienófilo, aumentam sua reatividade, e compostos deste tipo dão adutos de Diels-Alder em altos rendimentos, mesmo a temperaturas moderadas. O produto de uma cicloadição de Diels-Alder sempre contém um anel a mais que estava presente nos reagentes. O dienófilo anidrido maleico contém um anel, assim o produto da sua adição a um dieno contém dois. A reação de Diels-Alder é estereoespecífica. Substituintes que são cis no dienófilo permanecem cis no produto; substituintes que são trans no dienófilo permanecem trans no produto. 26 Dienos cíclicos levam à formação de adutos bicíclicos de Diels-Alder com cabeça de ponte. Os alcinos são hidrocarbonetos ca tripla entre dois carbonos, ligações estas formadas pelo compartilhamento de 6 pares de elétrons entre dois carbonos com hibridação sp, garantindo à molécula uma estrutura linear e uma região rica em elétrons (nucl eletrofílicas (deficientes de elétrons). A Reatividade dos Alcinos As ligações C-H em alcanos e alcenos apresentam uma tendência muito pequena de se ionizarem. Todavia, devido a maior eletronegatividade dos c são um pouco mais ácidos. Embora mais ácidos que os alcenos, fracos que os álcoois, por exemplo. Somente diante de uma base muito forte, como NH2 - (amindeto) ou RO- (alcóxidos) C CH Estes carbânions são bons nucleófilos e podem atuar em reações de substituição nucleofílica em carbonos sp H C H H pKa ~ C CH R lcinos são hidrocarbonetos caracterizados pela presença de uma ligação tripla entre dois carbonos, ligações estas formadas pelo compartilhamentode 6 pares de elétrons entre dois carbonos com hibridação sp, garantindo à molécula uma estrutura e uma região rica em elétrons (nucleofílica) susceptível ao ataque de espécies eletrofílicas (deficientes de elétrons). Alcinos H em alcanos e alcenos apresentam uma tendência muito pequena de se ionizarem. Todavia, devido a maior eletronegatividade dos carbonos sp, os alcinos são um pouco mais ácidos. Embora mais ácidos que os alcenos, os alcinos ainda são ácidos fracos que os álcoois, por exemplo. Somente diante de uma base muito forte, como (alcóxidos), é que as bases conjugadas dos alcinos H -NH2 C CH - + Estes carbânions são bons nucleófilos e podem atuar em reações de substituição nucleofílica em carbonos sp3. C H H H C C H H H H C C HH pKa ~26pKa ~45~62 X C CH R + X- 27 racterizados pela presença de uma ligação tripla entre dois carbonos, ligações estas formadas pelo compartilhamento de 6 pares de elétrons entre dois carbonos com hibridação sp, garantindo à molécula uma estrutura eofílica) susceptível ao ataque de espécies H em alcanos e alcenos apresentam uma tendência muito pequena arbonos sp, os alcinos ácidos muito mais fracos que os álcoois, por exemplo. Somente diante de uma base muito forte, como alcinos são obtidas. NH3 Estes carbânions são bons nucleófilos e podem atuar em reações de substituição 28 Os carbânions também são bases fortes e podem promover reações de eliminação diante de haletos de alquila. Hidrogenação de Alcinos Além das propriedades ácidas apresentadas, os alcinos, por possuírem um região rica em elétrons entre os dois carbonos da tripla ligação, têm reatividade semelhante à dos alcenos, isto é, sofrem reações de adição. Por exemplo, alcinos também podem ser hidrogenados. Na presença de catalisadores, 2 equivalentes de hidrogênio se adicionam à tripla ligação de um alcino para produzir um alcano. Os alcenos são intermediários na redução de alcinos à alcanos. Isto nos leva a considerar a possibilidade de parar a hidrogenação assim que o alceno é formado (semi- hidrogenação). Na prática, a semi-hidrogenação é possível quando realizada na presença de catalisadores especialmente desenvolvidos como é o caso do catalisador de Lindlar C CH H CH2 C CH3 CH3 Br C C HH + H2C C CH3 CH3 Br - + C C RR H2 C R C R H H Pt, Pd, Ni ou Rh Pt, Pd, Ni ou Rh H2 C H C H R H H R alcino alceno alcano 29 (Pd/CaCO3, acetato de chumbo e quinolina). A hidrogenação de alcinos leva à formação de alcenos cis (Z) pela adição à tripla ligação. A Estereoseletividade da Hidrogenação de Alcinos Uma alternativa útil para a hidrogenação parcial do alcino, é a utilização de um metal do grupo IA (Li, Na, K) em amônia líquida. Neste caso, o alceno obtido apresenta isomeria trans. O mecanismo da redução com metal e amônia líquida inclui duas transferências de elétrons e duas transferências de prótons, totalizando 3 etapas. As evidências experimentais indicam que a etapa 1 (formação de um radical alquenila) é a etapa determinante da velocidade da reação. Acredita-se que a estereoseletividade trans observada é reflexo da distribuição dos dois intermediários alquenila radical formados nesta etapa. 30 O radical alquenila mais estável (E), no qual os grupos R e R’ estão trans um em relação ao outro, é formado mais rapidamente que o seu estereoisômero (Z), e leva à formação preferencial do alceno (E). Adição Eletrofílica de Haletos de Hidrogênio (HX) a Alcinos Os alcinos reagem com muitos dos reagentes eletrofílicos que reagem com duplas ligações de alcenos. Haletos de hidrogênio, por exemplo, adicionam-se a alcinos para formar alquenil haletos. A Regioseletividade da Adição Eletrofílica de Haletos de Hidrogênio a Alcinos A regioseletividade da adição segue a Regra de Markovnikov. Um próton adiciona-se ao carbono mais hidrogenado, enquanto o haleto adiciona-se ao carbono menos hidrogenado. O Mecanismo da Adição Eletrofílica de Haletos de Hidrogênio a Alcinos C C RR HX alcino alquenil haleto CH C RR X HBr C C HCH3CH2CH2CH2 C C H CH3CH2CH2CH2 H Br 2-bromo-1-hexeno (60%) 31 A Adição Eletrofílica de 2 HX a Alcinos Na presença de excesso de HX, di-haletos geminais são formados pela adição sequencial de duas moléculas de haletos de hidrogênio à tripla ligação. A Adição Eletrofílica de H2O a Alcinos Por analogia à hidratação de alcenos, a adição dos elementos da água (hidratação) à tripla ligação produz um álcool, porém, trata-se de um álcool especial chamado enol. Uma importante propriedade dos enóis é que eles são convertidos a aldeídos e cetonas sob as condições de sua formação. O processo pelo qual enóis são convertidos a aldeídos ou cetonas é chamado isomerismo ceto-enólico (ou tautomerismo ceto-enólico). Mecanismo do tautomerismo ceto-enólico Etapa 1) O enol é formado em uma solução aquosa ácida. A primeira etapa de sua transformação em cetona é a transferência do próton para a ligação dupla C=C. C C R'R C C R'R HX HX HX C C R'R HX X H dihaleto vicinal 32 Etapa 2) O carbocátion transfere o próton do oxigênio para a molécula de H2O, gerando a cetona. Em geral, as cetonas são mais estáveis do que seus precursores enóis, e são os produtos normalmente isolados quando alcinos sofrem hidratação catalisada por ácido. O método padrão para a hidratação de um alcino emprega ácido sulfúrico aquoso e sulfato de mercúrio (II), ou óxido de mercúrio, (II) como catalisador. A hidratação de alcinos segue a regra de Markovnikov. Adição Eletrofílica de Halogênios (X2) a Alcinos Os alcinos reagem com cloro e bromo para produzir tetra-haloalcanos, a partir da adição de moléculas de halogênia à tripla ligação. Um dialoalceno com isomeria (E) é um intermediário e o produto isolado quando o alcino e o halogênio estão presentes em quantidades equimolares. C C CH2CH3CH3CH2 Br2 1 equivalente C CH3CH2 Br C Br CH2CH3 (90%) ( E ) -3,4-dibromo-3-hexeno Ozonólise de Alcinos Os ácidos carboxílicos são produzidos quando alcinos são submetidos a ozonólise. A ozonólise é, às vezes, usada como uma ferramenta na determinação estrutural. No exemplo abaixo, podemos determinar a estrutura do d identificação dos ácidos carboxílicos que foram produzidos a partir da ozonólise do di alcino. cidos carboxílicos são produzidos quando alcinos são submetidos a ozonólise. A ozonólise é, às vezes, usada como uma ferramenta na determinação estrutural. No exemplo abaixo, podemos determinar a estrutura do di-alcino (central) a partir da identificação dos ácidos carboxílicos que foram produzidos a partir da ozonólise do di 33 cidos carboxílicos são produzidos quando alcinos são submetidos a ozonólise. A ozonólise é, às vezes, usada como uma ferramenta na determinação estrutural. alcino (central) a partir da identificação dos ácidos carboxílicos que foram produzidos a partir da ozonólise do di- 1) Desenhe a estrutura dos produtos formados em cada uma das seguintes reações, enfatizando a estereoquímica dos prod 2) Identifique a estrutura do alceno utilizado para promover a seguinte transformação: 3) Identifique os reagentes que você utilizaria para promover as seguintes transformações: Desenhe a estrutura dos produtos formados em cada uma das seguintes reações, enfatizando a estereoquímica dos produtos, quando for o caso. Identifique a estrutura do alceno utilizado para promover a seguinte transformação: Identifique os reagentes que você utilizaria para promover as seguintes transformações: 34 Desenhe a estrutura dos produtos formados em cada umadas seguintes reações, Identifique a estrutura do alceno utilizado para promover a seguinte transformação: Identifique os reagentes que você utilizaria para promover as seguintes transformações: 35 4) Quando o trans-1-fenilpropeno é tratado com bromo (Br2), alguma adição syn é observada. Explique porque a presença do grupo fenila causa a perda da estereoespecificidade. 5) Desenhe o mecanismo para a seguinte transformação: 6) Desenhe o mecanismo para a seguinte transformação: 7) Identifique os reagentes que você utilizaria para promover as seguintes transformações: 36 8) Proponha um mecanismo para cada uma das seguintes transformações: 9) Identifique os reagentes que você utilizaria para promover as seguintes transformações: 10) Sugira uma rota sintética (várias etapas seqüenciais) para cada uma das seguintes transformações. Estrutura do Benzeno O benzeno é um hexágono simétrico planar com seis átomos de carbono trigonais planos (sp2), cada um tendo um átomo de hidrogênio no plano do anel. os comprimentos das ligações C 1.47 de C=C 1.33) Esta característica geométrica advém da ressonância existente no anel (deslocalização dos seis elétrons duas regiões ricas em elétrons (acima e abaixo do plano), torna o benzeno um alvo para o ataque de espécies deficientes de elétrons, Nas reações com os eletrófilos eletrófilos em reações chamadas de as quais podem ser representadas pela seguinte equação geral: Ar H + O benzeno é um hexágono simétrico planar com seis átomos de carbono ), cada um tendo um átomo de hidrogênio no plano do anel. mprimentos das ligações C-C são iguais a 1.39 Angstron. (Para comparação: C Esta característica geométrica advém da ressonância existente no anel (deslocalização dos seis elétrons π dos orbitais p da estrutura). A estrutura pl duas regiões ricas em elétrons (acima e abaixo do plano), torna o benzeno um alvo para o ataque de espécies deficientes de elétrons, os eletrófilos. Nas reações com os eletrófilos, os átomos de hidrogênios são substituídos por em reações chamadas de Reações de Substituição Eletrofílica podem ser representadas pela seguinte equação geral: E Y + H YAr E 37 O benzeno é um hexágono simétrico planar com seis átomos de carbono ), cada um tendo um átomo de hidrogênio no plano do anel. Todos C são iguais a 1.39 Angstron. (Para comparação: C-C Esta característica geométrica advém da ressonância existente no anel A estrutura plana com duas regiões ricas em elétrons (acima e abaixo do plano), torna o benzeno um alvo para hidrogênios são substituídos por letrofílica Aromática, Y As reações de substituição eletrofílica aromáticas recebem nomes diferentes de acordo com o eletrófilo em questão. � Nitração � Sulfonação � Halogenação � Alquilação de Friedel � Acilação de Friedel Embora envolvam diferentes eletrófilos, as reações de substituição eletrofílica aromáticas têm o mesmo mecanismo geral. Mecanismo geral das reações de su Etapa 1 - Ataque Eletrofílico Na primeira etapa, os elétrons π C-C e formando uma nova ligação carbono gerado e estabilizado pelas possíveis estruturas de ressonância. Etapa 2 – Perda do próton Na segunda etapa, um Ocorre a quebra da ligação carbono para o sistema π do anel, restabelecendo a aromaticidade do sistema. E+ As reações de substituição eletrofílica aromáticas recebem nomes diferentes de acordo com o eletrófilo em questão. Alquilação de Friedel-Crafts Acilação de Friedel-Crafts Embora envolvam diferentes eletrófilos, as reações de substituição eletrofílica aromáticas têm o mesmo mecanismo geral. das reações de substituição eletrofílica aromática Ataque Eletrofílico Na primeira etapa, os elétrons π do anel atacam o eletrófilo, quebrando a ligação C e formando uma nova ligação carbono-eletrófilo. Nesta etapa um carbocátion é gerado e estabilizado pelas possíveis estruturas de ressonância. Perda do próton Na segunda etapa, uma base ataca o próton do carbono onde se ligou o eletrófilo. Ocorre a quebra da ligação carbono-eletrófilo, e o par de elétrons desta ligação volta do anel, restabelecendo a aromaticidade do sistema. + E H + E H 38 As reações de substituição eletrofílica aromáticas recebem nomes diferentes de Embora envolvam diferentes eletrófilos, as reações de substituição eletrofílica do anel atacam o eletrófilo, quebrando a ligação eletrófilo. Nesta etapa um carbocátion é a base ataca o próton do carbono onde se ligou o eletrófilo. eletrófilo, e o par de elétrons desta ligação volta E H+ Diagrama de Energia Substituição Eletrofílica Arom As reações de nitração ocorrem na presença de uma mistura nitrante composta de ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico (H eletrófilo nitrônio (NO2 +) no meio reacion Quando formado, o íon nitrônio promove a nitração. H H+ Substituição Eletrofílica Aromática - Nitração As reações de nitração ocorrem na presença de uma mistura nitrante composta ) e ácido sulfúrico (H2SO4). São estas as espécies que gerarão o no meio reacional: Quando formado, o íon nitrônio promove a nitração. HO N O O +.. .. - O N O + + H2O nitrônio 39 As reações de nitração ocorrem na presença de uma mistura nitrante composta as as espécies que gerarão o 40 Mecanismo da Nitração Etapa 01 – Ataque nucleofílico do anel (ligação π) ao eletrófilo (íon nitrônio), com consequentes formações da ligação C-N e do carbocátion. Etapa 02 – Ataque da água (base) sobre o hidrogênio do carbono ao qual se ligou o eletrófilo, com a consequente restauração da aromaticidade do anel aromático e formação do nitrobenzeno. Substituição Eletrofílica Aromática - Sulfonação As reações de sulfonação ocorrem na presença ácido sulfúrico concentrado (H2SO4). Quando utilizamos ácido sulfúrico fumegante (H2SO4 + SO3) a velocidade de sulfonação é aumentada e o equilíbrio é deslocado completamente para o lado dos produtos. Neste caso, o eletrófilo em questão é o SO3, o qual promove a sulfonação: 41 Mecanismo da Sulfonação Etapa 01 - Ataque nucleofílico do anel (ligação π) ao eletrófilo (SO3), com consequentes formações da ligação C-S e do carbocátion. Etapa 02 - Ataque do íon hidrogenosufato (HSO4 -) sobre o hidrogênio do carbono ao qual se ligou o eletrófilo, com a consequente restauração da aromaticidade do anel aromático. Etapa 03 - Ataque da base conjugada do ácido benzenosulfônico sobre o próton do ácido sulfúrico para a formação do ácido benzenosulfônico. Substituição Eletrofílica Aromática - Halogenação As reações de halogenação (bromação e cloração) ocorrem na presença de Br2 e Cl2, os quais, por serem eletrófilos fracos, exigem a presença de catalisadores, tais como FeBr3, AlCl3 e AlBr3. Na ausência dos catalisadores a reação não ocorre. O brometo de ferro (FeBr3) é um ácido de Lewis fraco, mas ele combina-se com o bromo para formar um ácido de Lewis complexo. base de Lewis ácido de Lewis complexo ácido-base de Lewis Br Br Não ocorre reação Br Br FeBr3 Br Mecanismo da Bromação Etapa 01 - Ataque nucleofílico do anel (ligação de Lewis), com consequentes formações da ligação C Etapa 02 - Ataque do íon bormeto (Br do carbono ao qual se ligou o eletrófilo, com a consequente restauração aromaticidade do anel aromático Substituição Eletrofílica Arom A alquilação do benzeno com haletos de alquila, na presença de cloreto de alumínio (AlCl3), foi descoberto por Charle eles desenvolveram o que hoje chamamos de Friedel em química orgânica sintética C-C. Um exemplo deste tipo reação é visto Todavia,os haletos de alquila para reagirem com o benzeno. como catalisadores. O cloreto de alumínio (AlCl melhorar a electrofilicidade do agente alquilante que nucleofílico do anel (ligação π) ao eletrófilo (complexo ácido de Lewis), com consequentes formações da ligação C-Br e do carbocátion. que do íon bormeto (Br-), oriundo da espécie FeBr4 -, sobre o hidrogênio do carbono ao qual se ligou o eletrófilo, com a consequente restauração aromaticidade do anel aromático e formação do bromobenzeno. Substituição Eletrofílica Aromática - Alquilação de Friedel-Crafts benzeno com haletos de alquila, na presença de cloreto de ), foi descoberto por Charles Friedel e James M. Crafts em 1877. Juntos eles desenvolveram o que hoje chamamos de Friedel-Crafts, um dos métodos mais úteis em química orgânica sintética, uma vez que possibilitam a formação de uma ligação C. Um exemplo deste tipo reação é visto abaixo: aletos de alquila, por si só, não são suficientemente eletrofílic com o benzeno. Para que haja a reação, ácidos de Lewis são utilizados cloreto de alumínio (AlCl3), por exemplo, é utilizado melhorar a electrofilicidade do agente alquilante (carbocátion). 42 lo (complexo ácido-base Br e do carbocátion. , sobre o hidrogênio do carbono ao qual se ligou o eletrófilo, com a consequente restauração da benzeno com haletos de alquila, na presença de cloreto de s Friedel e James M. Crafts em 1877. Juntos, Crafts, um dos métodos mais úteis , uma vez que possibilitam a formação de uma ligação não são suficientemente eletrofílicos Para que haja a reação, ácidos de Lewis são utilizados é utilizado para 43 Mecanismo da Alquilação de Friedel-Crafts Etapa 01 - Ataque nucleofílico do anel (ligação π) ao eletrófilo (carbocátion), com consequentes formações da ligação C-Br e do carbocátion. Etapa 02 - Ataque do íon bormeto (Cl-), oriundo da espécie AlCl4 -, sobre o hidrogênio do carbono ao qual se ligou o eletrófilo, com a consequente restauração da aromaticidade do anel aromático e formação do alquilbenzeno. Nas reações de alquilação de Friedel-Crafts, o eletrófilo envolvido é um carbocátion, o qual pode ser obtido a partir de um haleto de alquila: de um alceno, ou de um álcool: Nas reações de alquilação de Friedel-Crafts, utilizando haletos de alquila primários, podem ocorrer rearranjos para que ocorra a formação de carbocátions terciários mais estáveis. Um exemplo disto é dado abaixo: C CH3 H3C CH3 Cl AlCl3 0 o C C CH3 H3C CH3 H+ + AlCl3Cl OH H+.. .. OH2.. 44 Rearranjo do carbocátion O hidrogênio migra com seu par de elétrons (hidreto) para o carbono vizinho (à direita), eliminando o grupo abandonador (AlCl4 -), e formando um carbocátion terciário mais estável. Substituição Eletrofílica Aromática - Acilação de Friedel-Crafts Outra versão da reação de Friedel-Crafts utiliza haletos de acila para produzir acilbenzenos: Nas acilação de Friedel-Crafts, os anidridos de ácidos carboxílicos (na presença de AlCl3) também podem servir como fonte de cátion acila e, consequentemente, de acilbenzeno. Mecanismo da Acilação de Friedel-Crafts Nas reações de acilação de Friedel-Crafts, o eletrófilo em questão é o íon acílio, o qual que pode ser obtido a partir de: cloretos de acila: 45 anidridos: Com o íon acílio (eletrófilo) formado, a reação ocorre em duas etapas: Etapa 01 - Ataque nucleofílico do anel (ligação π) ao eletrófilo (íon acílio), com consequentes formações da ligação C-C e do carbocátion. Etapa 02 - Ataque do íon bormeto (Cl-), oriundo da espécie AlCl4 -, sobre o hidrogênio do carbono ao qual se ligou o eletrófilo, com a consequente restauração da aromaticidade do anel aromático e formação do acilbenzeno. Exercicio O anidrido succínico é um anidrido cíclico frequentemente usado em acilações de Friedel-Crafts. Dê as estrutura dos produto obtido quando o benzeno é acilado com anidrido succínico, na presença de cloreto de alumínio. Síntese de Alquilbenzenos via Acilbenzenos Pelo fato da acilação de um anel aromático poder ocorrer com rearranjos, é comum obterem-ser alquilbenzenos através de uma rota alternativa, a qual evita a formação de carbocátions. No exemplo abaixo, o alquilbenzeno é obtido através de uma sequência de duas reações. Na primeira delas, ocorre uma acilação de Friedel-Crafts, formando um O O O .. .. AlCl3 O O O AlCl3 .. - + O C O + + acilbenzeno. A seguir, ocorre a metileno (CH2). O método mais comumente utilizado para reduzir um acilbenzeno a um alquilbenzeno emprega uma amálgama de mercúrio concentrado, e é chamado de A síntese do butilbenzeno ilustra a sequência A Velocidade de Reações de Substituições Eletrofílicas Aromáticas Até o momento, falamos apenas das reações do benzeno, isto é, um anel aromático sem substituintes. Entretanto, dados experimentais mostram que substituintes no anel tornam o anel mais o reatividade: Dizemos que o grupo CH modo geral: � grupos doadores ( � grupos retiradores Este fato é de fácil entendimento se pensarmos que anéis mais ricos em elétrons serão melhores reagentes frentes a eletrófilos. acilbenzeno. A seguir, ocorre a redução do grupo carbonila (C=O) O método mais comumente utilizado para reduzir um acilbenzeno a um alquilbenzeno emprega uma amálgama de mercúrio-zinco (Zn-Hg), ácido clorídrico e é chamado de Redução Clemmensen. A síntese do butilbenzeno ilustra a sequência acilação-redução. A Velocidade de Reações de Substituições Eletrofílicas Aromáticas Até o momento, falamos apenas das reações do benzeno, isto é, um anel aromático sem substituintes. Entretanto, dados experimentais mostram que substituintes am o anel mais ou menos reativo. Por exemplo, temos a seguinte série de Dizemos que o grupo CH3 ativou o anel e que o grupo CF3 desativou o anel. (possuem pares de elétrons livres) de elétrons ativam o anel grupos retiradores de elétrons desativam o anel. Este fato é de fácil entendimento se pensarmos que anéis mais ricos em elétrons serão melhores reagentes frentes a eletrófilos. 46 do grupo carbonila (C=O) para um grupo O método mais comumente utilizado para reduzir um acilbenzeno a um , ácido clorídrico Até o momento, falamos apenas das reações do benzeno, isto é, um anel aromático sem substituintes. Entretanto, dados experimentais mostram que substituintes Por exemplo, temos a seguinte série de desativou o anel. De ) de elétrons ativam o anel. Este fato é de fácil entendimento se pensarmos que anéis mais ricos em elétrons 47 A Orientação em Reações de Substituições Eletrofílicas Aromáticas Além de tornar o anel mais ou menos reativo, os substituintes também influenciam diretamente na preferência da posição de entrada do eletrófilo no anel. Por exemplo, na seguinte reação temos a formação de 3 diferentes produtos, todavia, o segundo é o minoritário. Neste caso, o grupo metila “orientou” a entrada do grupo nitro, preferencialmente, nas posições orto e para em relação a si. Podemos concluir que a metila (doador de elétrons) orientou a entrada do novo substituinte nas posições orto e para em relação a si. Mas por quê? A partir da análise do mecanismo da reação e de seu diagrama de energia, podemos responder a esta pergunta. Na primeira etapa do mecanismo (etapa determinante da velocidade da reação), ocorre a formação do carbocátion. Quanto mais estável for o carbocátion, mais estável será o estado de transição e, consequentemente, mais rápida será a reação através daquele caminho, e mais produto será formado. Analise os diagramas de energia abaixo. Verificamos que a presença do grupo CH3 (um doador de elétrons) aumenta a estabilidadede todos os carbocátions (a,b,c), mas estabiliza com maior intensidade os carbocátions a e c, formados a partir da entradas do eletrófilos nas posições orto e para, 48 respectivamente. Isto ocorre porque, em uma das formas de ressonância dos carbocátions (a e c), a carga positiva se posiciona no carbono que carrega o grupo CH3, diminuindo a energia do hibrído de ressonância e, consequentemente, do estado de transição da etapa determinante da reação. Neste outro exemplo, o grupo CF3 “orientou” a entrada do grupo nitro, preferencialmente, nas posições meta em relação a si. Podemos concluir que os substituintes doadores de elétrons orientam a entrada do novo substituinte nas posições orto e para em relação a si, e os substituintes retiradores de elétrons orientam a entrada nas posições meta. Mas por quê? A partir da análise do mecanismo da reação, podemos responder a esta pergunta. Ataque orto - entrada do grupo nitro na posição orto em relação ao grupo CF3 Ataque para - entrada do grupo nitro na posição para em relação ao grupo CF3 Ataque meta - entrada do grupo nitro na posição meta em relação ao grupo CF3 49 Na primeira etapa do mecanismo (etapa determinante da velocidade da reação), ocorre a formação do carbocátion. Quanto mais estável for o carbocátion, mais estável será o estado de transição e, consequentemente, mais rápida será a reação através daquele caminho, e mais produto será formado. Analise os diagramas de energia abaixo. Verificamos que a presença do grupo CF3 (um retirador de elétrons) aumenta a instabilidade de todos os carbocátions (a,b,c), mas instabiliza com maior intensidade os carbocátions a e c, formados a partir da entradas do eletrófilos nas posições orto e para, respectivamente. Isto ocorre porque, em uma das formas de ressonância dos carbocátions (a e c), a carga positiva se posiciona no carbono que carrega o grupo CF3, aumentando a energia do hibrído de ressonância e, consequentemente, do estado de transição da etapa determinante da reação. Reações de Substituições Eletrofílicas Aromáticas - Efeito Desativador dos Halogênios Observando os dados experimentais, observa-se que a velocidade da nitração do clorobenzeno é 30 vezes mais lenta que a do benzeno, portanto, o cloro desativa o anel Também observa-se que os produtos majoritários são o orto-cloronitrobenzeno e o para- cloronitrobenzeno, ou sseja, os halogênios direcionam a entrada dos eletrófilos nas posições orto e para. A nitração do clorobenzeno é um exemplo típico: 50 Este inconsistência entre regiosseletividade e velocidade de reação pode ser entendida analisando os dois caminhos pelos quais um halogênio pode afetar a estabilidade de um cátion cicloexadienila. 1) Halogênios são átomos eletronegativos – retiradores de elétrons. Assim, todos os intermediários formados pelo ataque eletrofílico a um halobenzeno são menos estáveis que o correspondente cátion cicloexadienila para o benzeno. Portanto, halobenzenos são menos reativos que o benzeno. 2) Halogênios podem atuar como doadores de elétrons – da mesma forma que o grupo hidroxila, substituintes halogênios possuem pares de elétrons desemparelhados que podem ser doados para um carbono carregado positivamente (intermediário carbocátion). Esta doação de elétrons para o sistema π estabiliza o intermediário derivado a partir dos ataques nas posições orto e para. ataque orto ataque para Uma mistura dos efeitos indutivo e de ressonância varia de um halogênio para outro, mas o resultado geral é que todos os halogênios são grupos desativantes fracos e orientadores orto e para. Reações de Substituições Eletrofílicas Aromáticas Múltiplos Quando o anel benzênico carre sítios de substituição, em muitos casos, podem ser preditos a partir de efeitos cumulativos de seus substituintes. os sítios de substituição são equivalentes, isto é, em qualquer lugar que ele entrar levará à formação do mesmo produto: C C Outra possibilidade é quando os substituintes do anel orientam para as mesmas posições. Neste caso, dizemo o grupo metila e o grupo nitro orientam a entrada do eletrófilo na mesma posição, orto ao grupo metila. Outra possibilidade é quando os substituintes do anel orientam para diferentes posições. Neste caso, dizemos que temos orientações divergentes. será o grupo “mais ativante” que definirá a posição de entrada do eletrófilo. Reações de Substituições Eletrofílicas Aromáticas - Efeitos de Substituintes Quando o anel benzênico carrega dois ou mais substituintes, sua reatividade e sítios de substituição, em muitos casos, podem ser preditos a partir de efeitos cumulativos de seus substituintes. O exemplo mais simples é encontrado quando todos tios de substituição são equivalentes, isto é, em qualquer lugar que ele entrar levará à formação do mesmo produto: CH3 CH3 HNO3/H2SO4 CH3 NO2 CH3 Outra possibilidade é quando os substituintes do anel orientam para as mesmas posições. Neste caso, dizemos que temos orientações convergentes. No exemplo abaixo, o grupo metila e o grupo nitro orientam a entrada do eletrófilo na mesma posição, orto Outra possibilidade é quando os substituintes do anel orientam para diferentes este caso, dizemos que temos orientações divergentes. No exemplo a seguir será o grupo “mais ativante” que definirá a posição de entrada do eletrófilo. 51 Efeitos de Substituintes sua reatividade e sítios de substituição, em muitos casos, podem ser preditos a partir de efeitos O exemplo mais simples é encontrado quando todos tios de substituição são equivalentes, isto é, em qualquer lugar que ele entrar levará Outra possibilidade é quando os substituintes do anel orientam para as mesmas No exemplo abaixo, o grupo metila e o grupo nitro orientam a entrada do eletrófilo na mesma posição, orto Outra possibilidade é quando os substituintes do anel orientam para diferentes o exemplo a seguir, será o grupo “mais ativante” que definirá a posição de entrada do eletrófilo. 52 Existem casos onde os substituintes têm a mesma habilidade em ativar o anel. Dizemos, então, que os efeitos eletrônicos de estabilização são equivalentes. Quando isto ocorre, será o efeito estérico que definirá a entrada no eletrófilo. No exemplo abaixo, o eletrófilo entrará nas proximidades do grupo menos volumoso. C CH3 Me Me Me HNO3/H2SO4 C CH3 Me Me Me NO2 Também pode ocorrer que os efeitos eletrônicos e o volume dos grupos sejam equivalentes. O exemplo abaixo reflete esta situação. Neste caso, a entrada do eletrófilo não se dará entre os dois grupos metila, uma vez que é mais dificultada que nos outros sítios externos de substituição. CH3 CH3 estericamente impedida HNO3/H2SO4 CH3 CH3 NO2 Síntese Regiosseletiva de Compostos Aromáticos Dissubstituídos Como a posição do ataque eletrofílico em um anel aromático é controlada pelos efeitos de substituintes já presentes no anel, a preparação de compostos aromáticos dissubstituídos exige que um pensamento cuidadoso deve ser dado a ordem de introdução dos dois grupos. Por exemplo, como podemos sintetizar am-bromoacetofenona? Duas são as possibilidade de sequência reacional: a) acilação seguida de bromação ou b) bromação seguida de acilação. a) 53 b) Quando o bromo (orto-para dirigente) é introduzido antes (sequência b), o principal produto é a p-bromoacetofenona (junto com pequena quantidade do isômero orto, o qual é separado por destilação). Portanto, a sequência a) deve ser utilizada. Outro exemplo que ilustra a importância da sequência reacional utilizada é visto na síntese da m-nitroacetofenona. A princípio, duas sequências (a e b) podemser imaginadas. Todavia, enquanto a sequência a) levaria ao produto desejado, a sequência b) não levaria à formação da m-nitroacetofenona, uma vez que a presença do grupo nitro no anel benzênico o desativa a ponto de impedir que reações de Friedel-Crafts (alquilação e acilação) ocorram. Portanto, a sequência b) deve ser evitada. a) b) Outro exercício seria pensar em como sintetizar a m-cloroetilbenzeno. Neste caso, o desafio seria obter um benzeno meta-dissubstituído, sendo que ambos os grupos seriam orto-para dirigentes. Aqui, qualquer sequência reacional levaria a isômeros diferentes do desejado. A solução para o problema seria obter o produto desejado através de uma rota indireta (alternativa) para introduzir o grupo etila. Primeiro faríamos a acilação. O grupo acila orientaria a entrada do cloro na posição meta em relação a si. Na sequência, o grupo acila seria reduzido ao grupo etila, na presença de amálgama de zinco (Hg-Zn) e HCl. não ocorre reação Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos naftaleno, sofrem substituições tratados com os mesmos reagentes que reagem com benzeno. Em geral, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são mais reativos que o benzeno, por serem mais ricos em elétrons. Por exemplo, o naftaleno, um biciclo fundido por uma das f mesmas substituições eletrofílicas de entrada do nucleófilo não apresentam nenhuma relação com aquelas vistas no benzeno. Substituições Eletrofílicas Aromáticas Dois são os sítios (C C1 o sítio normalmente preferido para o ataque eletrofílico. A regiosseletividade pode ser entendida pela análise das estabilidades relativas dos intermediários formados (carbocátions) formados a partir da adição dos eletrófilos nas posições 1 e 2. Ataque na posição 1: o ataque na posição 1 leva à formação de um carbocátion que possui duas estruturas de ressonância que preservam a aromaticidade do anel vizinho. Ataque na posição 2: o ataque na posição 2 leva à formação de um carbocátion que possui apenas uma estrutura de ressonância que preserva a aromaticidade do anel vizinho. idrocarbonetos aromáticos policíclicos, tal como o ubstituições eletrofílicas aromáticas quando tratados com os mesmos reagentes que reagem com benzeno. Em geral, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são mais reativos que o benzeno, por serem mais ricos em elétrons. naftaleno, um biciclo fundido por uma das f letrofílicas aromáticas que sofre o benzeno. Todavia, as posições de entrada do nucleófilo não apresentam nenhuma relação com aquelas vistas no Substituições Eletrofílicas Aromáticas em Naftalenos - Regiosseletividade C1 e C2) disponíveis para a substituição no naftaleno o sítio normalmente preferido para o ataque eletrofílico. A regiosseletividade pode ser entendida pela análise das estabilidades relativas s formados (carbocátions) formados a partir da adição dos eletrófilos o ataque na posição 1 leva à formação de um carbocátion que possui duas estruturas de ressonância que preservam a aromaticidade do anel vizinho. o ataque na posição 2 leva à formação de um carbocátion que possui apenas uma estrutura de ressonância que preserva a aromaticidade do anel 54 geral, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são mais reativos que o benzeno, por naftaleno, um biciclo fundido por uma das faces, sofre as odavia, as posições de entrada do nucleófilo não apresentam nenhuma relação com aquelas vistas no tividade disponíveis para a substituição no naftaleno, o sendo A regiosseletividade pode ser entendida pela análise das estabilidades relativas s formados (carbocátions) formados a partir da adição dos eletrófilos o ataque na posição 1 leva à formação de um carbocátion que possui duas estruturas de ressonância que preservam a aromaticidade do anel vizinho. o ataque na posição 2 leva à formação de um carbocátion que possui apenas uma estrutura de ressonância que preserva a aromaticidade do anel 55 Na ressonância alílica do íon areno formado após o ataque em C2, o caráter benzenóide do outro anel é sacrificado. Portanto, trata-se de um intermediário menos estável do que aquele formado após o ataque em C1. Como consequência, o isômero 1-substituído do naftaleno é obtido majoritariamente. Em derivados monossubstituídos do naftaleno, outro importante fator regiosseletivo deve ser observado. A substituição sempre ocorrerá no anel mais rico em elétron, o qual será determinado pelo caráter doador (ou retirador) do grupo presente no anel. Nos exemplos abaixo, a hidroxila (grupo doador de elétrons) tornará o anel (ao qual está ligada) mais reativo. Portanto, a entrada do bromo se dará na posição 1 do mesmo anel que já carrega o grupo hidroxila. Já no segundo exemplo, o grupo nitro (grupo retirador de elétrons) tornará o anel (ao qual está ligado) menos reativo. Portanto, a entrada do bromo se dará na posição 1 do outro anel. OH NO2 Br2/FeBr3 Br2/FeBr3 OH Br NO2 Br Os haletos de arila são compostos ao anel aromático em sua estrutura que as ligações C-X dos haletos de alquila halogênio podem entrar em ressonância com o anel benzênico. reatividade é diferenciada. Os haletos de arila, por exemplo, alquila em reações de substituição nucleofílica O clorobenzeno é inerte frente a íons hidróxidos A reação somente ocorre à Por outro lado, os haletos de arila sofrem (em condições brandas) as chamadas Reações de Substituição Nucleofílica Aromática grupos com grande poder de atrair elétrons aromático. É importante frisar que a quantidade e posição dos grupos nitro influenciarão a reatividade do haleto de arila. aletos de arila são compostos que possuem um halogênio ligado diretamente em sua estrutura. Tais ligações (C-X) são mais curtas e mais fortes haletos de alquila, uma vez que os pares de elétrons livres do halogênio podem entrar em ressonância com o anel benzênico. Consequentemente, sua , por exemplo, são muito menos reativos que os haletos de reações de substituição nucleofílica, como veremos nas aulas subsequentes clorobenzeno é inerte frente a íons hidróxidos (nucleófilos), à temperatura ambiente. temperaturas superiores a 300 oC. Por outro lado, os haletos de arila sofrem (em condições brandas) as chamadas Substituição Nucleofílica Aromática quando o anel carregar um ou mais grupos com grande poder de atrair elétrons (como o grupo nitro) É importante frisar que a quantidade e posição dos grupos nitro influenciarão a reatividade do haleto de arila. 56 um halogênio ligado diretamente ais curtas e mais fortes , uma vez que os pares de elétrons livres do Consequentemente, sua tivos que os haletos de , como veremos nas aulas subsequentes. temperatura ambiente. Por outro lado, os haletos de arila sofrem (em condições brandas) as chamadas o anel carregar um ou mais (como o grupo nitro) ligados ao anel É importante frisar que a quantidade e posição dos grupos nitro influenciarão a 57 Também se verifica que o isômero meta-nitroclorobenzeno é mais reativo que o clorobenzeno, mas é milhares de vezes menos reativo que os isômeros orto e para. Reatividade aumenta Dados experimentais também mostram que os iodetos de arila são os menos reativos, enquanto os fluoretos de arila são os mais reativos. X Reatividade Relativa F 3,12 Cl 1,0 Br 0,8 I 0,4 O entendimento destas observações é obtido quando analisamos o mecanismo da reação. Substituições Nucleofílicas Aromáticas - Mecanismo de Adição-Eliminação Na primeira etapa do mecanismo, a determinante da velocidade da reação, o nucleófilo se adiciona ao carbono que carrega o halogênio, quebrando uma ligação π e formando um carbânion. O carbânion formado pode ser estabilizado por várias estruturas de ressonância. X NO2KOMe MeOH NO2 OMe Cl N O O + - Nu: Cl N O O Nu + -- Cl N O O Nu + -- Cl N O O Nu + -- Cl N O O Nu + - - 58 A carga negativa do carbânion ressona pelo anel, posicionando-se nas posições orto e para. Quando o grupo retirador –NO2 se posiciona nestas posições, a carga negativa pode ressonar pelo grupo nitro, aumentando o número de formas de ressonância e, consequentemente, sua estabilidade. Portanto, quanto maior for o número de grupos nitro nestas posições, maior será o efeito estabilizador dos mesmos. Na segunda etapa, a final, a carga negativa restaura a aromaticidade do anel, expulsando o halogênio do anel. Todo mecanismo proposto deve ser consistente com as observações experimentais. Vimos que a formação do carbânion é a etapa determinante da velocidade da reação e, portanto, a velocidade da reação depende das concentrações do haleto de arila e do nucleófilo, em conformidade com a cinética de segunda ordem observada para a reação. O efeito cumulativo dos grupos nitros foi explicado no mecanismo proposto. Por fim, devemos explicar a maior reatividade dos fluoretos de arila. Na etapa determinante da velocidade da reação, ocorre o ataque no nucleófilo ao carbono que carrega o halogênio. Portanto, quanto mais eletronegativo for este halogênio, mais eletrofílico será o carbono ao qual está ligado e, consequentemente, mais facilmente será o ataque do nucleófilo. Cl N O O Nu + -- Cl N O O Nu + - - Cl N O O Nu + -- Nu N O O + - Cl N O O + - Nu: 59 Substituições Nucleofílicas Aromáticas - Mecanismo de Eliminação-Adição Quando analisamos a reação abaixo, vemos que ela não se enquadra no mecanismo proposto anteriormente, uma vez que o haleto de arila não possui grupos retiradores de elétrons, e nenhuma reação é esperada. Todavia, a reação ocorre como descrita pela equação química. Sendo assim, um novo mecanismo deve ser sugerido para esta reação. Ao se realizar a reação com outro aromático, obteve-se uma informação muito interessante. Além do produto da simples substituição do halogênio pelo nucleófilo, verificou-se a adição do nucleófilo ao carbono vizinho à posição onde estava o halogênio. Como explicar este inesperado resultado? A resposta está no mecanismo de substituição eliminação-adição. Na primeira etapa deste mecanismo, o grupo amindeto (-NH2 – base muito forte) ataca o hidrogênio do carbono vizinho àquele que carrega o halogênio, gerando o ânion fenila: O carbono do carbânion se reibridiza levando o par de elétrons do ânion fenila a formar o intermediário benzino, expulsando o halogênio como na forma de um ânion. Ocorre a etapa de eliminação. X NaNH2 NH2 NH3(l) X CH3 NaNH2 NH2 CH3 NH3(l) CH3 NH2 + Cl H - NH2 Cl - ânion fenila 60 Na etapa seguinte (etapa da adição), o benzino sofre o ataque do íon amindeto, formando um outro “ânion fenila”. Na etapa final, o “ânion fenila” ataca a amônia presente no meio, capturando um de seus prótons, e forma a anilina. Substituições Nucleofílicas Aromáticas – Sal de Diazônio A reação anterior permite o acesso à anilina e derivados, os quais permitem, por sua vez, o acesso a inúmeras outras funções orgânicas através de um intermediário muito útil em síntese orgânica - o sal de diazônio. O sal de diazônio é obtido a partir da reação entre o grupo NH2 da anilina e o ácido nitroso (HNO2). Sais de Diazônio – Mecanismo de Formação A reação de formação do sal de diazônio ocorre através da reação do grupo NH2 da anilina com o cátion nitrosila, formado da seguinte forma: N O O H .. : .. .. .. H+ .. : .. N O O H H .. + + :: +N O H2O cátion nitrosila - NH2 benzino NH2 ânion fenil - a NH2 ânion fenila - H NH2 NH2 H NH2 N2 + sal de diazônio HNO2 61 O cátion nitrosila, por sua vez, sofre o ataque do grupo amino levando ao sal de diazônio através do seguinte mecanismo: N H H : + ::N O cátion nitrosil .. +N H H N O .. ~ H N H N O H + .. .. .. .... + N H N O H ~ H N N O H H + .. .. .. N N + ..H O H : ..+ Sais de Diazônio - Reações A grande versatilidade sintética dos sais de diazônio pode ser verificada segundo o esquema abaixo. Observamos que a escolha do reagente adequado permite o acesso à inúmeras funções orgânicas. N N + Ar-OHHOH Ar-I K I HBF4/calor Ar-F CuCl Ar-Cl CuCN Ar-CN H3PO2 Ar-H Alguns exemplos de reações orgânicas que ocorrem via sais de diazônio podem ser vistas abaixo: 62 Observe que o ácido nitroso (HNO2) é sempre gerado no meio através da reação do nitrito de sódio (NaNO2) com HCl. Esquema Geral das Reações de Aromáticos Esquema Geral das Reações de Aromáticos 63 1) Identifique os reagentes necessários para promover as seguintes transformações. 2) Há duas maneiras diferentes para se preparar o seguinte composto a partir de benzeno. Identifique os doi um melhor rendimento do produto desejado. Explique sua escolha. 3) Proponha uma rota sintética para se preparar o composto abaixo a partir do benzeno. 4) Proponha um mecanismo para a seguinte transformaçã Identifique os reagentes necessários para promover as seguintes transformações. Há duas maneiras diferentes para se preparar o seguinte composto a partir de benzeno. Identifique os dois caminhos e, então, determine qual o caminho produz um melhor rendimento do produto desejado. Explique sua escolha. Proponha uma rota sintética para se preparar o composto abaixo a partir do Proponha um mecanismo para a seguinte transformação. 64 Identifique os reagentes necessários para promover as seguintes transformações. Há duas maneiras diferentes para se preparar o seguinte composto a partir de s caminhos e, então, determine qual o caminho produz Proponha uma rota sintética para se preparar o composto abaixo a partir do 65 5) Quando o 5-cloro-2-etiltolueno foi tratado com hidróxido de sódio, à temperatura elevada, seguido por tratamento com H3O +, três isômeros constitucionais com fórmula molecular C9H12O foram obtidos. Desenhe a estrutura de todos os três produtos. 6) Quando o benzeno é tratado com 2-metilpropeno e ácido sulfúrico, o terc- butilbenzeno é obtido como o único produto. Proponha um mecanismo para esta transformação. 7) O composto A e o composto B são ambos ésteres aromáticos com a fórmula molecular C8H8O2. Quando tratado com bromo na presença de tribrometo de ferro, A éconvertido em apenas um único produto, enquanto que o composto B é convertido em dois produtos diferentes em reações de bromação. Identifique a estrutura dos compostos A e B. 8) Escreva a estrutura do principal produto formado em cada uma das seguintes reações. 66 9) Proponha uma sequência reacional para produzir o composto que segue a partir do benzeno. 10) Explique porque a bromação do nitrobenzeno ocorre preferencialmente nas posições meta do anel. Utilize estruturas de ressonância para auxiliá-lo na resposta. Em reações de substituição por ser mais eletronegativo que o carbono, polariza a ligação e posiciona o centro eletrofílico (δ+) sobre o átomo de carbono, o qual sofre o ataque de espécies nucleofílicas. Nestas reações, ocorre a clivagem heterolítica da ligação C consequente saída do grupo abandonador na forma de ânion, e formação de uma ligação entre o nucleófilo e o carbono. Os nucleófilos mais freq funcionais são ânions, os quais são usados na forma de sais aniônica dos sais substitui o halogênio nos haletos de alquila (R MOR MOCR O MSH MCN MN3 um um um um um Nucleófilos A base de Lewisque atua como nucleófilo em reações de nucleofílica frequentemente, mas não exclusivamente, é um ânion. Também são comuns as reações onde o próprio solvente atua como nucleófilo. Nestes casos, dizemos que houve uma solvólise. HO- + ubstituição nucleofílica de haletos de alquila (R- por ser mais eletronegativo que o carbono, polariza a ligação e posiciona o centro ) sobre o átomo de carbono, o qual sofre o ataque de espécies nucleofílicas. Nestas reações, ocorre a clivagem heterolítica da ligação C consequente saída do grupo abandonador na forma de ânion, e formação de uma ligação carbono. Os nucleófilos mais frequentes utilizados em transformações de grupos funcionais são ânions, os quais são usados na forma de sais de Li+, Na aniônica dos sais substitui o halogênio nos haletos de alquila (R-X). alcóxido metálico, fonte do nucleófilo -OR carboxilato metálico, fonte do nucleófilo hidrogenosulfeto metálico, fonte do nucleófil cianeto metálico, fonte do nucleófilo -CN azoteto metálico, fonte do nucleófilo -N3 A base de Lewis que atua como nucleófilo em reações de entemente, mas não exclusivamente, é um ânion. Também são comuns as reações onde o próprio solvente atua como nucleófilo. dizemos que houve uma solvólise. +R X R OH X- 67 -X), o halogênio, por ser mais eletronegativo que o carbono, polariza a ligação e posiciona o centro ) sobre o átomo de carbono, o qual sofre o ataque de espécies nucleofílicas. Nestas reações, ocorre a clivagem heterolítica da ligação C-X, com a consequente saída do grupo abandonador na forma de ânion, e formação de uma ligação em transformações de grupos , Na+, K+. A porção -OCR O lo -SH A base de Lewis que atua como nucleófilo em reações de substituição Também são comuns as reações onde o próprio solvente atua como nucleófilo. H O H R+ Nucleofilicidade x Reatividade Através de medidas da velocidade com que diferentes bases de Lewis em reações com CH3I em metanol como solvente, uma lista das nucleofilicidades relativas foi sumariada na tabela abaixo: Observa-se que as espécies aniônicas são melhores eletrófilos que as neutras. Dentre as espécies neutras, verifica Isto ocorre devido à maior eletronegatividade do oxigênio, que “prende” mais o par de elétrons livres do que o nitrogênio, diminuindo, portanto, sua nucleofilicidade. Os ácidos carboxílicos, por sua vez, são menos eletronegativos que a água e os alcoóis. Isto ocorre porque os s ressonância com a carbonila, estando menos disponíveis para atuarem como nucleófilos. Nucleofilicidade x Basicidade dos X Quando analisamos o poder nucleofílico dos haletos (X-), observamos que a nucleofilicidade e a basicidade destas espécies são ordenadas em sentidos opostos. R X R O H H + X-+ H2O R O H + H3O + Nucleofilicidade x Reatividade Através de medidas da velocidade com que diferentes bases de Lewis em I em metanol como solvente, uma lista das nucleofilicidades relativas oi sumariada na tabela abaixo: se que as espécies aniônicas são melhores eletrófilos que as neutras. Dentre as espécies neutras, verifica-se que a amônia é um melhor nucleófilo que a água. ior eletronegatividade do oxigênio, que “prende” mais o par de elétrons livres do que o nitrogênio, diminuindo, portanto, sua nucleofilicidade. Os ácidos carboxílicos, por sua vez, são menos eletronegativos que a água e os alcoóis. Isto ocorre porque os seus pares de elétrons livres estão envolvidos em ressonância com a carbonila, estando menos disponíveis para atuarem como nucleófilos. Nucleofilicidade x Basicidade dos X- Quando analisamos o poder nucleofílico ), observamos que a ilicidade e a basicidade destas espécies são ordenadas em sentidos opostos. 68 + X- Através de medidas da velocidade com que diferentes bases de Lewis em I em metanol como solvente, uma lista das nucleofilicidades relativas se que as espécies aniônicas são melhores eletrófilos que as neutras. se que a amônia é um melhor nucleófilo que a água. ior eletronegatividade do oxigênio, que “prende” mais o par de elétrons livres do que o nitrogênio, diminuindo, portanto, sua nucleofilicidade. Os ácidos carboxílicos, por sua vez, são menos eletronegativos que a água e os eus pares de elétrons livres estão envolvidos em ressonância com a carbonila, estando menos disponíveis para atuarem como nucleófilos. 69 Normalmente, as espécies mais básicas são também melhores nucleófilos. Todavia, no caso em questão, o grau de solvatação dos ânions altera esta tendência. Quanto menor o íon, maior será sua densidade de carga (carga/volume), mais solvatado ele será e, consequentemente, menos nucleofílico será, uma vez que para atuar como nucleófilo deverá vencer as forças atrativas das moléculas de solvente que o cercam. Outra explicação pode ser dada de acordo com a polarizabilidade do íon. Quanto maior for o for o haleto (X-), menos fortemente atrairá seus elétrons, mais polarizável (deformação de sua nuvem eletrônica) e, portanto, maior será sua facilidade de formar a ligação parcial com o carbono no estado de transição. A ligação parcial se dará estando o haleto a uma distância maior do carbono e de seus substituintes, gerando menor repulsão e menor energia do estado de transição, com consequente maior velocidade da reação. Grupos Abandonadores A base conjugada de um ácido forte, geralmente será um bom grupo abandonador. 70 Entre os haletos de alquila, os iodetos sofrem substituições nucleofílicas mais rapidamente; enquanto os fluoretos reagem mais lentamente. Quanto mais fraca a ligação C-X, mas facilmente será quebrada, e mais facilmente a reação ocorrerá. Os mecanismos pelos quais as substituições nucleofílicas ocorrem têm sido estudados há muito tempo. (Londres) realizaram experimentos baseados em cinética e estereoquímica para provar os mecanismos destas reações. Eles realizaram diversos experimentos utilizando o brometo de metila como substrato e o íon hidróxido como nucleófilo. A variação das concentra envolvidas lhes permitiu concluir a cinética da reação, através da definição da lei de velocidade da reação. H3C Br + A variação da velocidade mostrou concentrações dos reagentes, definindo uma ordem 1 para cada reagente e ordem geral 2 para a lei de velocidade para a reação: Ingold e Hughes interpretaram que a cinética de segunda ordem significa que a etapa determinante da velocidade da reação é bimolecular, na qual o CH envolvidos no estado de transição. mecanismos que eles desenvolveram é SN Ordem. Estado de Transição do Mecanismo Assumindo-se que o estado de transição é bimolecular (CH envolvidos), qual sua estrutura Duas possibilidades são condizentes com a cinética de segunda ordem da reação: 1) Nucleófilo ataca do mesmo lado que sai o grup Os mecanismos pelos quais as substituições nucleofílicas ocorrem têm sido estudados há muito tempo. Em 1930, Christopher Kelk Ingold e Edward David Hughes ondres) realizaram experimentos baseados em cinética e estereoquímica para provar os mecanismos destas reações. Eles realizaram diversos experimentos utilizando o brometo de metila como substrato e o íon hidróxido como nucleófilo. A variação das concentrações das espécies envolvidas lhes permitiu concluir a cinética da reação, através da definição da lei de + HO- H3C OH B+ A variação da velocidade mostrou-se diretamente proporcional à variação da concentrações dos reagentes, definindo uma ordem 1 para cada reagente e ordem geral 2 ei de velocidade para a reação: V= K [CH3Br] . [HO -] Ingold e Hughes interpretaram que a cinética de segunda ordem significa que a ocidade da reação é bimolecular, na qual o CH envolvidos noestado de transição. O símbolo dado à descrição detalhada de mecanismos que eles desenvolveram é SN2 – Substituição Nucleofílica de Segunda do Mecanismo SN2 se que o estado de transição é bimolecular (CH envolvidos), qual sua estrutura do estado de transição? Duas possibilidades são condizentes com a cinética de segunda ordem da reação: Nucleófilo ataca do mesmo lado que sai o grupo abandonador 71 Os mecanismos pelos quais as substituições nucleofílicas ocorrem têm sido Em 1930, Christopher Kelk Ingold e Edward David Hughes ondres) realizaram experimentos baseados em cinética e estereoquímica para provar Eles realizaram diversos experimentos utilizando o brometo de metila como ções das espécies envolvidas lhes permitiu concluir a cinética da reação, através da definição da lei de Br - se diretamente proporcional à variação das concentrações dos reagentes, definindo uma ordem 1 para cada reagente e ordem geral 2 Ingold e Hughes interpretaram que a cinética de segunda ordem significa que a ocidade da reação é bimolecular, na qual o CH3Br e HO - estão O símbolo dado à descrição detalhada de Substituição Nucleofílica de Segunda se que o estado de transição é bimolecular (CH3-Cl e HO - Duas possibilidades são condizentes com a cinética de segunda ordem da reação: 2) Nucleófilo ataca do mesmo lado oposto que sai o grupo abandonador Somente, os dados cinéticos são incapazes de definir o mecanismo correto, tendo sido necessários dados estereoquímicos para tal definição. Estereoquímica de Reações SN O estado de transição correto inúmeras reações com haletos de alquila nas reações SN2 sempre ocorre inversão da estereoquímica do carbono que sofre a substituição, como mostra o exemplo abaixo: Tratam-se de reações enantiômeros leva a um enantiômero específico com configuração invertida. Outro exemplo é visto abaixo: O reagente apresenta configuração R. Isto é, esta reação Portanto, concluis-se que a saída do grupo abandonador. H3C B H CH3(CH2)5 Nucleófilo ataca do mesmo lado oposto que sai o grupo abandonador Somente, os dados cinéticos são incapazes de definir o mecanismo correto, tendo sido necessários dados estereoquímicos para tal definição. eações SN2 O estado de transição correto foi determinado experimentalmente, haletos de alquila oticamente ativos, os quais demonstraram que sempre ocorre inversão da estereoquímica do carbono que sofre a como mostra o exemplo abaixo: se de reações estereoespecíficas – reações nas quais cada um dos enantiômeros leva a um enantiômero específico com configuração invertida. Outro exemplo é visto abaixo: O reagente apresentava a configuração S, enquanto que o produto apresent configuração R. Isto é, esta reação levou à inversão de configuração do carbono quiral. se que a aproximação do nucleófilo se dá pelo lado oposto ao da saída do grupo abandonador. Br NaOH etanol-H2O HO CH3 (CH2)5CH3 H 72 Somente, os dados cinéticos são incapazes de definir o mecanismo correto, tendo experimentalmente, realizando s quais demonstraram que sempre ocorre inversão da estereoquímica do carbono que sofre a reações nas quais cada um dos enantiômeros leva a um enantiômero específico com configuração invertida. onfiguração S, enquanto que o produto apresentou a do carbono quiral. pelo lado oposto ao da + NaBr Este resultado estereoquímic em homenagem ao químico alemão que primeiro a observou. Portanto, o mecanismo e estado de transição (pentacoordenado) são corretamente representados da seguinte forma: Diagrama de Energia O diagrama de energia é um gráfico que nos permite visualizar a variação de energia durante o processo de transformação (reação). Verifica no mecanismo SN2, a reação ocorre através de uma única etapa, na qual ocorrem simultaneamente a quebra da ligação C-X e a formação da ligação C Nu. Dizemos que o mecanismo é Se a reação ocorre em uma única etapa, ela terá um único estado de transição (estado de maior energia entre os reagentes e produtos). Mecanismo SN2 - Reatividade dos Diferentes haletos de alquila demonstram diferentes reatividades, isto é, reagem mais rápida ou lentamente. As reações mais rápidas envolvem estados de transição de menores energia Sabendo-se que no estado de transição a ligação C razoável considerar que é necessária menos energia para quebrar uma ligação mais fraca (longa), como a existente nos C Conclui-se, portanto, que ligações fracas entre o grupo resultarão em reações mais rápidas. e resultado estereoquímico é muitas vezes chamado de inversão de Walden, em homenagem ao químico alemão que primeiro a observou. Portanto, o mecanismo e estado de transição (pentacoordenado) são corretamente representados da seguinte forma: O diagrama de energia é um gráfico que nos permite visualizar a variação de energia durante o processo de transformação (reação). Verifica-se que no mecanismo SN2, a reação ocorre através de uma única etapa, na qual ocorrem simultaneamente a X e a formação da ligação C- Nu. Dizemos que o mecanismo é concertado. Se a reação ocorre em uma única etapa, ela terá um único estado de transição (estado de maior energia entre os reagentes e produtos). Reatividade dos Haletos de Alquila Diferentes haletos de alquila demonstram diferentes reatividades, isto é, reagem eações mais rápidas envolvem estados de transição de menores energia que no estado de transição a ligação C-X está parcialmente quebrada, é razoável considerar que é necessária menos energia para quebrar uma ligação mais fraca como a existente nos C-I, do que quebrar ligações mais fortes como C se, portanto, que ligações fracas entre o grupo abandonador e o carbono resultarão em reações mais rápidas. 73 é muitas vezes chamado de inversão de Walden, Portanto, o mecanismo e estado de transição (pentacoordenado) são Diferentes haletos de alquila demonstram diferentes reatividades, isto é, reagem eações mais rápidas envolvem estados de transição de menores energias. X está parcialmente quebrada, é razoável considerar que é necessária menos energia para quebrar uma ligação mais fraca do que quebrar ligações mais fortes como C-F. abandonador e o carbono Mecanismo SN2 - Efeitos Estéricos Qual a influência da cadeia carbônica na velocidade da reação de uma reação SN2? Os dados experimentais mostram que os haletos de alquila mais substituídos menos reativos. Metila Verifica-se que o aumento do número de substituintes no carbono (ao qual está ligado o grupo abandonador) diminui a velocidade da reação. Isto pode ser entendido quando analisamos a estrutura do estado de transição. Quanto maior for o número de substituintes no carbono que carrega o grupo abandonador, maior será a repulsão entre estes grupos e nucleófilo. R Br Efeitos Estéricos Qual a influência da cadeia carbônica na velocidade da reação de uma reação Os dados experimentais mostram que os haletos de alquila mais substituídos RX 1º RX 2º RX 3º se que o aumento do número de substituintes no carbono (ao qual está po abandonador) diminui a velocidade da reação. Isto pode ser entendido quando analisamos a estrutura do estado de transição. Quanto maior for o número de substituintes no carbono que carrega o grupo abandonador, maior será a repulsão entre estes grupos e o grupo abandonador e o + LiI R I Br -acetona + 74 Qual a influência da cadeia carbônica na velocidade da reação de uma reação Os dados experimentais mostram que os haletos de alquila mais substituídos são se que o aumento do número de substituintes no carbono (ao qual está Isto pode ser entendido quando analisamos a estrutura do estado de transição.Quanto maior for o número de substituintes no carbono que carrega o grupo o grupo abandonador e o Outra forma de racionalizar estes resultados é imaginar que o núcleófilo precisará de mais energia para formar o estado de transição, uma vez que deverá vencer as forças repulsivas proporcionadas pelas presenças dos Como consequência do maior número de grupos ligados, maior será a energia do estado de transição e menor será a velocidade da reação. Outra forma de racionalizar estes resultados é imaginar que o núcleófilo precisará de mais energia para formar o estado de transição, uma vez que deverá vencer as forças repulsivas proporcionadas pelas presenças dos grupos ligados ao carbono. Como consequência do maior número de grupos ligados, maior será a energia do estado de transição e menor será a velocidade da reação. 75 Outra forma de racionalizar estes resultados é imaginar que o núcleófilo precisará de mais energia para formar o estado de transição, uma vez que deverá vencer grupos ligados ao carbono. Como consequência do maior número de grupos ligados, maior será a energia do Quando analisamos as velocidades das reações de haletos de alquila terciários em reações SN2, vemos que ele são praticamente inertes. Todavia, inúmeras reações de substituição são conhecidas envolvendo RX terciários. Como explicar a ocorrência de tais reações Ao estudarem reações de substi Hughes determinaram que as (dependente apenas da velocidade do haleto de alquila aumento da concentração e/ou força do nucleófilo não alteravam a velocidade das reações. Br + Portanto, a reação envolvendo haletos de alquila terciários ocorreria através de um mecanismo diferente do mecanismo SN2. Este novo mecanismo não seria concertado, isto é, não ocorreria em uma única etapa. O mecanismo SN1 ocorre em etapas, e a formação do etapa determinante da velocidade da reação. R Br o analisamos as velocidades das reações de haletos de alquila terciários , vemos que ele são praticamente inertes. Todavia, inúmeras reações de substituição são conhecidas envolvendo RX terciários. a ocorrência de tais reações? Ao estudarem reações de substituição nucleofílica envolvendo RX 3 que as reações aconteciam seguindo uma cinética de 1 (dependente apenas da velocidade do haleto de alquila). Eles verificaram que o aumento da concentração e/ou força do nucleófilo não alteravam a velocidade das + HOH OH + H Portanto, a reação envolvendo haletos de alquila terciários ocorreria através de um mecanismo diferente do mecanismo SN2. Este novo mecanismo não seria concertado, isto é, não ocorreria em uma única etapa. mo SN1 ocorre em etapas, e a formação do estado de transição etapa determinante da velocidade da reação. Br + LiI R I Br -acetona + 76 o analisamos as velocidades das reações de haletos de alquila terciários Todavia, inúmeras reações de substituição são conhecidas envolvendo RX terciários. RX 3os, Ingold e cinética de 1a ordem Eles verificaram que o aumento da concentração e/ou força do nucleófilo não alteravam a velocidade das HBr Portanto, a reação envolvendo haletos de alquila terciários ocorreria através de um mecanismo diferente do mecanismo SN2. Este novo mecanismo não seria estado de transição seria a 77 Etapa 01 1 Etapa 02 Etapa 03 CH3 CH3C CH3 Cl H2O lento Cl - CH3 CH3C CH3 + CH3 CH3C CH3 + O H H rápido CH3 CH3C CH3 O H H + O H H CH3 CH3C CH3 O H H rápido O H CH3 CH3C CH3 + H3O ++ Br Br - Diagrama de Energia - Mecanismo SN1 Os haletos de alquila 3os são estericamente impedidos para favorecerem o mecanismo SN2. Todavia, por levarem à formação de carbocátions estáveis na etapa determinante da velocidade da reação, favorecerão a ocorrência da reação via mecanismo SN1. Metila RX 1º RX 2º RX 3º A afirmação anterior é comprovada quando analisamos os dados experimentais dispostos tabela abaixo. Conclui-se que a ordem das velocidades relativas em SN àquela vista nas reações SN primeira etapa, mais facilmente ocorrerá uma reação através do mecanismo SN Reações SN1 - Estereoquímica SN Vimos que as reações SN inversão de configuração do carbono. levar a uma mistura racêmica, uma vez que o carbocátion que sofrerá o ataque do nucleófilo é aquiral. Todavia, quando analisamos o resultado abaixo, vemos que mecanismo SN1 procede com a formação de uma mistura de enantiômeros com uma predominância do isômero com configuração invertida ao do substrato de partida. (R)H Br CH3 CH3(CH2)5 eta +R Br A afirmação anterior é comprovada quando analisamos os dados experimentais se que a ordem das velocidades relativas em SN1 é exatamente oposta a nas reações SN2, isto é, quanto mais estável for o carbocátion formado na primeira etapa, mais facilmente ocorrerá uma reação através do mecanismo SN Estereoquímica SN1 Vimos que as reações SN2 são estereoespecíficas, sempre procedendo inversão de configuração do carbono. Já o mecanismo SN1 deveria, à primeira vista, levar a uma mistura racêmica, uma vez que o carbocátion que sofrerá o ataque do Todavia, quando analisamos o resultado abaixo, vemos que procede com a formação de uma mistura de enantiômeros com uma predominância do isômero com configuração invertida ao do substrato de partida. HOH anol-H2O 83% (S) HO+ HO H (CH2)5CH3 CH3 + HOH + HBrR OH 78 A afirmação anterior é comprovada quando analisamos os dados experimentais é exatamente oposta , isto é, quanto mais estável for o carbocátion formado na primeira etapa, mais facilmente ocorrerá uma reação através do mecanismo SN1. , sempre procedendo com deveria, à primeira vista, levar a uma mistura racêmica, uma vez que o carbocátion que sofrerá o ataque do Todavia, quando analisamos o resultado abaixo, vemos que a reação via procede com a formação de uma mistura de enantiômeros com uma predominância do isômero com configuração invertida ao do substrato de partida. 17% (R) CH3 (CH2)5CH3 H r 79 Isto pode ser explicado da seguinte forma. A primeira etapa do mecanismo não leva à formação de um carbocátion livre, mas leva à formação de um par iônico (carbocátion-haleto). A presença do grupo abandonador nas proximidades do carbocátion dificulta a aproximação do nucleófilo pela face onde se encontra, favorecendo o ataque pela face oposta, como verificamos nos resultados. Reações SN1 - Rearranjos Todo processo envolvendo carbocátion deve considerar a possibilidade de ocorrência de rearranjos, mudanças estruturais de carbocátions menos estáveis para se tornarem carbocátions mais estáveis. Somente a ocorrência de rearranjos pode explicar resultados como o representado abaixo: O carbocátion 2o, formado na primeira etapa do mecanismo, se rearranja para se transformar em um 3o, favorecendo a ocorrência da reação. Na segunda etapa, ocorre o ataque da água sobre o carbocátion terciário, levando à obtenção do produto observado. Os rearranjos, quando ocorrem, são evidências de que o mecanismo envolv um intermediário carbocátion, isto é, trata Outro exemplo de rearranjo é detalhado abaixo: earranjos, quando ocorrem, são evidências de que o mecanismo envolv um intermediário carbocátion, isto é, trata-se de um mecanismo SN1. Outro exemplo de rearranjo é detalhado abaixo: 80 earranjos, quando ocorrem, são evidências de que o mecanismo envolveu A velocidade de uma reação é altamente dependente da escolha do solvente. Portanto é importante sabermos: � Quais propriedades dos solventes que mais influenciam a velocidade da re � Como a etapa determinante do mecanismo responde a esta propriedade do solvente?Escolha do Solvente – Mecanismo SN1 A tabela a seguir apresenta as velocidades relativas da solvólise do cloreto de terc-butila (reação SN1) em função de diferentes sol maior for a constante dielétrica (polaridade) do solvente, maior será a velocidade de reação através mecanismo SN1 Solvente Constante Dielétrica ácido acético metanol ácido fórmico água Quanto maior a constante dielétrica (polaridade) do solvente, maior será capacidade de manter cargas opostas separadas. Portanto, o par iônico, formado na primeira etapa do mecanismo SN1 de transição e aumento da velocidade da reação. A velocidade de uma reação é altamente dependente da escolha do solvente. Portanto é importante sabermos: Quais propriedades dos solventes que mais influenciam a velocidade da re Como a etapa determinante do mecanismo responde a esta propriedade do Mecanismo SN1 A tabela a seguir apresenta as velocidades relativas da solvólise do cloreto de butila (reação SN1) em função de diferentes solventes. Verifica a constante dielétrica (polaridade) do solvente, maior será a velocidade de reação através mecanismo SN1. Constante Dielétrica Velocidade Relativa 6 1 33 4 58 5.000 78 150.000 Quanto maior a constante dielétrica (polaridade) do solvente, maior será capacidade de manter cargas opostas separadas. Portanto, o par iônico, formado na mecanismo SN1, será estabilizado e resultará na diminuição do estado de transição e aumento da velocidade da reação. 81 A velocidade de uma reação é altamente dependente da escolha do solvente. Quais propriedades dos solventes que mais influenciam a velocidade da reação? Como a etapa determinante do mecanismo responde a esta propriedade do A tabela a seguir apresenta as velocidades relativas da solvólise do cloreto de ventes. Verifica-se que quanto a constante dielétrica (polaridade) do solvente, maior será a velocidade de Velocidade Relativa Quanto maior a constante dielétrica (polaridade) do solvente, maior será sua capacidade de manter cargas opostas separadas. Portanto, o par iônico, formado na diminuição do estado 82 Escolha do Solvente – Mecanismo SN2 Solventes polares são requeridos em reações SN2 porque as substâncias iônicas, tais como os sais de sódio e potássio, não são suficientemente solúveis em solventes apolares para dar uma alta concentração dos nucleófilos e permitir que a reação ocorra com uma velocidade rápida. Todavia, o efeito da polaridade é pequeno em reações SN2. Em reações SN2, o mais importante é o fato do solvente ser prótico ou aprótico. Preferencialmente os solventes polares aprótricos são que mais favorecem a velocidade das reações em mecanismo SN2. - polares próticos: HOH, ROH, RCOOH – todos têm grupos OH que permitem a formação de ligações de hidrogênio com nucleófilos negativos e com o seu contraíon. - polares apróticos: DMSO, DMF, acetoninitrila, HMPA – todos têm ligações polares, que permitem a solvatação do contra-íon, mas não permitem a formação de ligações de hidrogênio aos nucleófilos negativos. DMF DMSO DMA HMPA Resumindo os efeitos dos solventes sobre os mecanismos SN1 e SN2, podemos dizer que o solvente estabiliza o par iônico no mecanismo SN1, enquanto o mecanismo SN2 é favorecido por solventes polares apróticos pelo fato dele não ser capaz de solvatar o nucleófilo, deixando-o livre para agir. Este tipo de reação é particularmente importante por permitir a síntese de alcenos que, por sua vez podem levar a uma diversidade de outros grupos funcionais através de reações de adição eletrofílica. A formação de um alceno requer átomos ou grupos de átomos sej de carbonos vizinhos (vicinais): Na indústria, eteno e propeno são produzidos a partir de reações de eliminação. Todavia, tais condições de reação obtenção da maioria dos alcenos. desidratação e de desidrohalogenação, ambas reações de eliminação. Todas as reações de eliminação seguem um dos seguintes Mecanismo concertado: E2 Mecanismo em etapas: E1 C CH H H H H CCH3 H H po de reação é particularmente importante por permitir a síntese de alcenos que, por sua vez podem levar a uma diversidade de outros grupos funcionais através de reações de adição eletrofílica. A formação de um alceno requer átomos ou grupos de átomos sej de carbonos vizinhos (vicinais): Na indústria, eteno e propeno são produzidos a partir de reações de eliminação. Todavia, tais condições de reação são muito severas e não são apropriadas para a obtenção da maioria dos alcenos. Para sintetizá-los são utilizadas as reações de desidratação e de desidrohalogenação, ambas reações de eliminação. Todas as reações de eliminação seguem um dos seguintes mecanismos Mecanismo concertado: E2 Mecanismo em etapas: E1 C H H H C C H H H H + H2 750 oC 750 oC + H2C C H CH3 H H C H H H H 83 po de reação é particularmente importante por permitir a síntese de alcenos que, por sua vez podem levar a uma diversidade de outros grupos funcionais A formação de um alceno requer átomos ou grupos de átomos sejam abstraídos Na indústria, eteno e propeno são produzidos a partir de reações de eliminação. não são apropriadas para a los são utilizadas as reações de mecanismos: Desidroalogenação – Mecanismo E Em 1920, Ingold, após seus estudos empíricos, propôs um mecanismo segundo o qual as reações de desidroalogenação procederiam. que as reações exibiam uma cinética de segunda ordem, onde a velocidade dependi concentrações da base e do haleto de alquila. Efeito do Substrato - Mecanismo E O mecanismo E2 ocorre e uma única etapa Este mecanismo é consistente com os dados experimentais observados que mostram que substratos terciários Mecanismo E2 Em 1920, Ingold, após seus estudos empíricos, propôs um mecanismo segundo o qual as reações de desidroalogenação procederiam. Os dados experimentais indicavam que as reações exibiam uma cinética de segunda ordem, onde a velocidade dependi concentrações da base e do haleto de alquila. Mecanismo E2 O mecanismo E2 ocorre e uma única etapa – mecanismo concertado. Este mecanismo é consistente com os dados experimentais observados que os terciários reagem muito rapidamente. 84 Em 1920, Ingold, após seus estudos empíricos, propôs um mecanismo segundo o dados experimentais indicavam que as reações exibiam uma cinética de segunda ordem, onde a velocidade dependia das mecanismo concertado. Este mecanismo é consistente com os dados experimentais observados que No estado de transição, uma ligação dupla C=C está se formando. substrato terciário, o estado de transição exibe uma ligação dupla parcial que é mais altamente substituída e, portanto, o estado de transiçã Regiosseletividade - Mecanismo E Em muitos casos, uma reação de eliminação pode produzir mais de um produto. Neste exemplo, as posições formar em duas diferentes regiões da molécula. Ambos os produtos são formad geralmente observado como o principal produto Em 1875, em seus estudos empíricos, Zaitsev observou queos alc em maior quantidade eram sempre aqueles formados a partir da remoção dos hidrogênios dos carbonos formados em maior quantidade eram sempre os Produto de Hofmann No entanto, muitas exceções foram observad era o produto minoritário. Por exemplo, estericamente impedida, o alceno menos substituído é o produto principal O alceno menos substituído é No estado de transição, uma ligação dupla C=C está se formando. substrato terciário, o estado de transição exibe uma ligação dupla parcial que é mais altamente substituída e, portanto, o estado de transiçãoserá menor em energia. Mecanismo E2 - Regra de Zaitsev Em muitos casos, uma reação de eliminação pode produzir mais de um produto. , as posições β não são idênticas, de modo que a ligação dupla pode diferentes regiões da molécula. Ambos os produtos são formados, mas o mais alceno mais geralmente observado como o principal produto. A reação é dita ser regiosseletiva Em 1875, em seus estudos empíricos, Zaitsev observou queos alc em maior quantidade eram sempre aqueles formados a partir da remoção dos hidrogênios dos carbonos-β menos hidrogenados. Em outras palavras, os alcenos formados em maior quantidade eram sempre os mais substituídos. tanto, muitas exceções foram observadas, nas quais o produto de Zaitsev o produto minoritário. Por exemplo, quando tanto o substrato e a base são estericamente impedida, o alceno menos substituído é o produto principal O alceno menos substituído é chamado frequentemente de produto de Hofmann 85 No estado de transição, uma ligação dupla C=C está se formando. Para um substrato terciário, o estado de transição exibe uma ligação dupla parcial que é mais o será menor em energia. Em muitos casos, uma reação de eliminação pode produzir mais de um produto. s, de modo que a ligação dupla pode se mais substituído é regiosseletiva. Em 1875, em seus estudos empíricos, Zaitsev observou queos alcenos formados em maior quantidade eram sempre aqueles formados a partir da remoção dos menos hidrogenados. Em outras palavras, os alcenos o produto de Zaitsev quando tanto o substrato e a base são estericamente impedida, o alceno menos substituído é o produto principal: produto de Hofmann. Produtos de Zaitsev x Hofmann A distribuição dos produtos (proporção relativ Hofmann) é dependente de um número de fatores e é frequentemente difícil de prever. A escolha de uma certamente desempenha um papel importante. Por exemplo, a distribuição do produto para a reação acima é altamente dependente sobre a escolha da base Observe que o produto de Hofmann é cada vez mais favo volume dos substituintes aumenta. Exercícios Identifique o produto majoritário em cada caso. Estereosseletividade - Mecanismo E No exemplo a seguir, o substrato regioquímica não é um problema neste caso. A desprotonação de qualquer posição produzirá o mesmo resultado. Todavia, neste caso, Produtos de Zaitsev x Hofmann A distribuição dos produtos (proporção relativa de produtos Hofmann) é dependente de um número de fatores e é frequentemente difícil de prever. A escolha de uma base (como a base é estereoquimicamente impedida) certamente desempenha um papel importante. Por exemplo, a distribuição do produto para a reação acima é altamente dependente sobre a escolha da base Observe que o produto de Hofmann é cada vez mais favorecido à medida que o volume dos substituintes aumenta. Identifique o produto majoritário em cada caso. Mecanismo E2 No exemplo a seguir, o substrato tem duas posições β idênticas, assim a regioquímica não é um problema neste caso. A desprotonação de qualquer posição o mesmo resultado. Todavia, neste caso, será a estereoquímica 86 de produtos de Zaitsev e Hofmann) é dependente de um número de fatores e é frequentemente difícil de prever. base (como a base é estereoquimicamente impedida) certamente desempenha um papel importante. Por exemplo, a distribuição do produto recido à medida que o ênticas, assim a regioquímica não é um problema neste caso. A desprotonação de qualquer posição β a estereoquímica que deve ser 87 observada, uma vez que dois alcenos estereoisoméricos são possíveis e podem ser obtidos: Esta reação é dita ser estereosseletiva porque o substrato produz dois estereoisômeros em desiguais quantidades. Como explicar estes resultados? No exemplo anterior, a posição b tinha dois diferentes prótons: Vamos analisar agora um exemplo onde a posição b tem apenas 1 hidrogênio. Porque nenhum outro isômero é obtido? Para compreender a resposta a esta pergunta, devemos explorar o alinhamento das ligações no substrato, os quais variam de acordo com a rotação em torno da ligação C-C, levando à obtenção de dois confôrmeros: Observa-se uma exigência espacial entre os grupos que serão eliminados, os quais devem estar anti-coplanares, uma vez que esta é a conformação mais estável, posicionando os substituintes de forma alternada. 88 mais estável A partir da conformação mais estável, obteremos o alceno trans. A exigência de coplanaridade não é inteiramente absoluta. Ou seja, pequenos desvios da coplanaridade podem ser tolerados. Não é absolutamente necessário que o próton e o grupo de saída estejam anti-coplanares. É suficiente que o próton e o grupo de saída estejam anti-periplanares. A partir de agora, vamos usar o termo anti-periplanar quando se refere ao requisito para um processo de estereoquímica E2, e que este requisito determinará o estereoisomerismo do produto. Em outras palavras, o produto de um processo estereoisomérica E2 depende da configuração do haleto de alquilo de partida: Estudos cinéticos mostram que muitas reações de eliminação apresentam uma cinética de primeira ordem, concentração do substrato. Desta forma, conclui determinante da velocidade da reação. Mecanismo E1 - Efeito do Substrato Para as reações E1, a velocidade é muito sensível à natureza do haleto de alquila de partida. Haletos de alquila idêntica à tendência que se observa mesma também. O mecanismo envolve a formação de um intermediário carbocátion, e a velocidade da reação é dependente Metila RX 1º A primeira etapa do mecanismo de SN1, isto é, ocorre a saí carbocátion. Estudos cinéticos mostram que muitas reações de eliminação apresentam uma cinética de primeira ordem, ou seja, a de velocidade da reação depende apenas da V = K [substrato] clui-se que a etapa de formação do carbocátion é a etapa determinante da velocidade da reação. Efeito do Substrato Para as reações E1, a velocidade é muito sensível à natureza do haleto de alquila de alquila terciários reagem mais prontamente. Esta tendência é idêntica à tendência que se observa em reações SN1, e a razão desta tendência é a O mecanismo envolve a formação de um intermediário carbocátion, e a velocidade da reação é dependente da estabilidade do carbocátion. RX 1º RX 2º RX 3º A primeira etapa do mecanismo E1 é idêntico ao primeiro passo de um processo , isto é, ocorre a saída do grupo abandonador para formar um intermediário 89 Estudos cinéticos mostram que muitas reações de eliminação apresentam uma da reação depende apenas da se que a etapa de formação do carbocátion é a etapa Para as reações E1, a velocidade é muito sensível à natureza do haleto de alquila reagem mais prontamente. Esta tendência é reações SN1, e a razão desta tendência é a O mecanismo envolve a formação de um intermediário carbocátion, e a E1 é idêntico ao primeiro passo de um processo para formar um intermediário Anteriormente, vimos que um grupo abandonador. Sendo assim, para que grupo OH deve ser protonado para gera O ácido sulfúrico é geralmente utilizado para este propósito: Mecanismo E1 - Regiosseletividade O mecanismo E1 exibe uma preferência para o produto regioquímico de Zaitsev, como foi observado para reaçõ O alceno mais substituído (produto entanto, existe uma diferença crítica entre os resultados regioquímicos entre as reações E1 e E2. Especificamente, vimos que o resultado regioquímico de uma re muitas vezes pode ser controlad , vimos que um grupo hidroxila(-OH) é um péssimo grupo . Sendo assim, para que uma reação SN1 ocorra a partir de um álcool, protonado para gerar um melhor grupo de saída (H2O). O ácido sulfúrico é geralmente utilizado para este propósito: Regiosseletividade ecanismo E1 exibe uma preferência para o produto regioquímico de Zaitsev, como foi observado para reações E2. Por exemplo: O alceno mais substituído (produto de Zaitsev) é o produto principal. No entanto, existe uma diferença crítica entre os resultados regioquímicos entre as reações E1 e E2. Especificamente, vimos que o resultado regioquímico de uma re muitas vezes pode ser controlado através da escolha cuidadosa da base (estericamente 90 é um péssimo grupo ocorra a partir de um álcool, o O). ecanismo E1 exibe uma preferência para o produto regioquímico de Zaitsev, itsev) é o produto principal. No entanto, existe uma diferença crítica entre os resultados regioquímicos entre as reações E1 e E2. Especificamente, vimos que o resultado regioquímico de uma reação E2 base (estericamente 91 impedido ou não estericamente impedido). Em contraste, o resultado regioquímico de um processo de E1 não pode ser controlado. O produto Zaitsev geralmente é obtido. Mecanismo E1 - Estereosseletividade As reações E1 não são estereoespecíficas, isto é, elas não necessitam de anti- periplanaridade entre os grupos que serão eliminados para que ocorram. No entanto, as reações E1são estereosseletivas. Quando os produtos cis e trans são possíveis, geralmente verifica-se uma certa preferência para a formação do estereoisômero trans: Mecanismo E1 - Rearranjo O mecanismo E1 envolve a formação de intermediários carbocátions, os quais são susceptíveis a rearranjos, quer através de uma transferência de hidreto ou de uma metila. 92 Outro exemplo da ocorrência de rearranjo do carbocátion é mostrado a seguir: Nos casos em que um rearranjo carbocátion é possível, esperamos obter o produto(s) de rearranjo, bem como o produto(s) sem rearranjo. No exemplo anterior, os seguintes produtos são obtidos: produtos de rearranjo produto sem rearranjo Mecanismo de Desidratação de Álcoois 1os Álcoois 1os não formam carbocátions (mecanismo E1), pois os mesmos seriam muito instáveis. Todavia, eles sofrem reações de desidratação. É verdade, porém o mecanismo proposto é diferente. Acredita-se que um próton é abstraído a partir do íon alquiloxônio na mesma etapa em que acontece a clivagem da ligação C-OH2 +, sem a formação do carbocátion. H CH2 CH2 OH2 + .. .. H O H íon alquil oxônio 93 Exercício Desenhe o mecanismo para cada um dos processos: As reações de substituição e eliminação Para se prever os produtos de uma reação, é necessário determinar quais os mecanismos prováveis de ocorrer. Em alguns casos, apenas um mecanismo de vai predominar: Todavia, às vezes, h os majoritários. Para alcançar este objetivo, três etapas são necessárias: 1. Determinar a função do reagente. 2. Analisar o substrato e determinar o mecanismo esperado (s). 3. Considere todas as exigências regioquímica e estereoquímica relevantes. Uma reação de substituição ocorre quando o reagente atua como um nucleófilo, enquanto uma reação de eliminação ocorre quando o reagente atua como uma base. Consequentemente, o primeiro passo em qualque determinar se o reagente é um nucleófilo forte fraca). É necessário que compreendamos que a n mesmos conceitos. A nucleofilicidade é fenômeno ciné reação, enquanto a basicidade é um fenômeno termodinâmico e refere equilíbrio. A nucleofilicidade refere atacar um eletrófilo, e há muitos fatores que c desses fatores é a carga, a qual é responsável pelo íon hidróxido ser mais nucleofílico que a água. Outro fator que impacta sobre a nucleofilicidade é vezes é ainda mais importante que substituição e eliminação estão quase sempre competindo Para se prever os produtos de uma reação, é necessário determinar quais os mecanismos Em alguns casos, apenas um mecanismo de vai predominar: s vezes, há vários produtos possíveis e temos que prever quais serão Para alcançar este objetivo, três etapas são necessárias: 1. Determinar a função do reagente. 2. Analisar o substrato e determinar o mecanismo esperado (s). xigências regioquímica e estereoquímica relevantes. Uma reação de substituição ocorre quando o reagente atua como um nucleófilo, enquanto uma reação de eliminação ocorre quando o reagente atua como uma base. Consequentemente, o primeiro passo em qualquer caso específico é para determinar se o reagente é um nucleófilo forte (ou fraco) e se trata de uma base forte É necessário que compreendamos que a nucleofilicidade e basicidade não são os mesmos conceitos. A nucleofilicidade é fenômeno cinético e refere-se à velocidade da basicidade é um fenômeno termodinâmico e refere A nucleofilicidade refere-se à velocidade com que um nucleófi á muitos fatores que contribuem para nucleofilicidade. Um , a qual é responsável pelo íon hidróxido ser mais nucleofílico Outro fator que impacta sobre a nucleofilicidade é a polarizabilidade vezes é ainda mais importante que a carga. 94 competindo entre si. Para se prever os produtos de uma reação, é necessário determinar quais os mecanismos Em alguns casos, apenas um mecanismo de vai predominar: á vários produtos possíveis e temos que prever quais serão xigências regioquímica e estereoquímica relevantes. Uma reação de substituição ocorre quando o reagente atua como um nucleófilo, enquanto uma reação de eliminação ocorre quando o reagente atua como uma base. r caso específico é para e se trata de uma base forte (ou ucleofilicidade e basicidade não são os se à velocidade da basicidade é um fenômeno termodinâmico e refere-se à posição de se à velocidade com que um nucleófilo particular irá ontribuem para nucleofilicidade. Um , a qual é responsável pelo íon hidróxido ser mais nucleofílico polarizabilidade, que muitas 95 Recorde-se de que a polarizabilidade descreve a capacidade de um átomo de distribuir a sua densidade eletrônica de forma irregular, como resultado de influências externas. Ela está diretamente relacionada ao tamanho do átomo e, mais especificamente, ao número de elétrons que se encontram distantes do núcleo. Um átomo de enxofre, por exemplo, é muito grande e tem muitos elétrons que estão afastados do núcleo, e por isso é altamente polarizável. A maioria dos halogênios compartilha essa mesma característica. Por esta razão, o H2S é um nucleófilo muito mais forte do que a H2O: Note que o H2S não tem uma carga negativa, mas é, no entanto, um nucleófilo forte, porque é altamente polarizado. A relação entre a polarizabilidade e nucleofilicidade também explica por que o íon hidreto (H-), do NaH, não funciona como um nucleófilo, mesmo que tenha uma carga negativa. O íon hidreto é extremamente pequeno e não é suficientemente polarizável para funcionar como um nucleófilo. Veremos, no entanto, que o íon hidreto funciona como uma base muito forte. Basicidade Ao contrário da nucleofilicidade, a basicidade não é um fenômeno cinético e não se refere à velocidade de um processo. Em vez disso, é um fenômeno termodinâmico e refere-se à posição de equilíbrio. Em um processo de transferência de próton, o equilíbrio favorece a base mais fraca. Há vários métodos para determinar se é uma base forte ou fraca. Dois desses métodos são: a) abordagem quantitativa: exige acesso aos valores de pKa. Especificamente, a força de uma base é determinada pela avaliação do pKa de seu ácido conjugado. b) abordagem qualitativa: envolve a utilização de quatro fatores para a determinaçãoda estabilidade relativa de uma base, contendo uma carga negativa. Por exemplo, o íon 96 cloreto tem uma carga negativa e é um grande átomo eletronegativo, portanto, é altamente estabilizado (uma base fraca). Note que tanto a abordagem quantitativa quanto a abordagem qualitativa fornecem a mesma previsão: a de que o íon cloreto é uma base fraca. Depois de analisar os principais fatores que contribuem para a nucleofilicidade e a basicidade, agora podemos classificar todos os reagentes em quatro grupos. I) Apenas nucleófilos: são nucleófilos fortes porque eles são altamente polarizáveis; e são bases fracas porque o seus ácidos conjugados são bastante fortes. A utilização de um reagente desta categoria significa que uma reação de substituição está ocorrendo (não eliminação). II) Apenas bases: O primeiro reagente desta lista é o íon hidreto. Como mencionado anteriormente, o íon hidreto não é um nucleófilo, porque não é suficientemente polarizável. No entanto, é uma base muito forte porque o seu ácido conjugado (H2) é um ácido muito fraco. A utilização de um íon hidreto como reagente indica que a eliminação ocorre em vez de substituição. De fato, há muitos reagentes, além do hidreto, que também funcionam exclusivamente como bases (e não como nucleófilos). Dois exemplos utilizados são DBN (1,5-diazabiciclo[4.3.0]non-5-eno) e DBU (1,8-diazabiciclo[5.4.0]undec-7-eno): Estes dois compostos são muito semelhantes em estrutura. Quando qualquer um destes compostos é protonado, a carga positiva resultante é ressonância estabilizada. 97 III) Nucleófilos e bases fortes: A terceira categoria contém reagentes que são nucleófilos fortes e bases fortes. Estes reagentes incluem o hidróxido (OH - ) e os alcóxidos (RO - ). Tais reagentes são geralmente utilizados para processos bimoleculares (SN2 e E2). IV) Nucleófilos e bases fracas: A quarta categoria contém reagentes que são nucleófilos fortes e bases fracas. Estes reagentes incluem a água (H2O) e alcoóis (ROH). Estes reagentes são geralmente utilizados para processos unimoleculares (SN1 e E1). V) Teste seus conhecimentos Identifique se cada um dos seguintes reagentes seria um nucleófilo forte ou fraco, e uma base forte ou fraca: Na seção anterior, exploramos o primeiro passo (identificando a função do reagente). Nesta seção, vamos explorar o segundo passo do processo em que se analisa o substrato para se identificar qual o mecanismo operante. Conforme descrito na seção anterior, há quatro categorias de reagentes. Para cada categoria, devemos explorar o resultado esperado com um substrato primário, secundário ou terciário. Então, vamos resumir toda a informação em um fluxograma mestre, começando com os reagentes que funcionam apenas como nucleófilos. a) nucleófilo fraco/base fraca b ) nucleófilo forte/base fraca c) nucleófilo forte/base forte d) nucleófilo forte/base fraca e) nucleófilo forte/base forte f) nucleófilo fraco/base fraca g) nucleófilo forte/base forte h) nucleófilo fraco/base forte Nucleófilo (somente) Exemplos: 98 Quando o reagente funciona exclusivamente como um nucleófilo, somente reações de substituição ocorrerão. Será o substrato que determinará qual o mecanismo operante. A velocidade de um processo SN2 pode ser melhorada através da utilização de um solvente polar aprótico. Quando o reagente funciona exclusivamente como uma base, somente a reações de eliminação ocorrerão. Tais reagentes são geralmente bases fortes, resultando em processos E2. Este mecanismo não é sensível aos obstáculos estéricos e pode ocorrer para substratos primários, secundários ou terciários. Note que quando um substrato primário é tratado com um íon alcóxido, o mecanismo SN2 predomina sobre o E2. Há uma notável exceção a esta regra geral. Especificamente, o terc-butóxido de potássio é um alcóxido impedido estereoquimicamente, e favorece E2 sobre SN2, mesmo quando o substrato é primário. Base (somente) Exemplos: Nucleófilo forte Base Forte (somente) Exemplos: majoritário majoritário minoritário majoritário Estas condições não são práti Substratos primários geralmente reagem lentamente com nucleófilos fracos e bases fracas, e substratos secundários produzem uma mistura de muitos produtos. É eficaz utilizar um reagente que é tanto uma base fra fraco quando o substrato é terciário. Em tal caso, os caminhos unimoleculares predominam (SN1 e E1). Uma mistura de produtos de substituição e eliminação é geralmente é obtida, embora o processo E1 seja frequentemente favorecido a a temperaturas. Nucleófilo fraco Base fraca Exemplos: Estas condições não são práticas para substratos primários e secundários. Substratos primários geralmente reagem lentamente com nucleófilos fracos e bases fracas, e substratos secundários produzem uma mistura de muitos produtos. É eficaz utilizar um reagente que é tanto uma base fraca quanto um nucleófilo fraco quando o substrato é terciário. Em tal caso, os caminhos unimoleculares predominam (SN1 e E1). Uma mistura de produtos de substituição e eliminação é , embora o processo E1 seja frequentemente favorecido a a 99 cas para substratos primários e secundários. Substratos primários geralmente reagem lentamente com nucleófilos fracos e bases fracas, e substratos secundários produzem uma mistura de muitos produtos. ca quanto um nucleófilo fraco quando o substrato é terciário. Em tal caso, os caminhos unimoleculares predominam (SN1 e E1). Uma mistura de produtos de substituição e eliminação é , embora o processo E1 seja frequentemente favorecido a altas 1) Identifique se cada um dos seguintes ambos (A), ou nenhum (N). [K26] 2) Identifique se cada um dos seguintes [K27] 3) Identifique se cada um dos seguintes [K29] 4) Identifique os reagentes que você usaria para promover as seguintes reações. [K7.33] Identifique se cada um dos seguintes substratos favorece os mecanismos SN ambos (A), ou nenhum (N). [K26] Identifique se cada um dos seguintes nucleófilos favorece os mecanismos SN um dos seguintes solventes favorece os mecanismos SN HMPA= hexametilfosforamida Identifique os reagentes que você usaria para promover as seguintes reações. [K7.33] 100 favorece os mecanismos SN2, SN1, favorece os mecanismos SN2 ou SN1. favorece os mecanismos SN2 ou SN1. HMPA= Identifique os reagentes que você usaria para promover as seguintes reações. [K7.33] 101 5) Proponha um mecanismo para a seguinte transformação. [K52] 6) Seguem-se dois métodos possíveis para a preparação do mesmo produto, mas apenas um deles é bem sucedido. Identifique a abordagem bem sucedida e explique sua escolha. [K62] 7) Quando 2-bromo-2-metilexano é tratado com sódio etóxido em etanol, o produto principal é o 2-metil-2-hexeno. [K8.79] Desenhe o mecanismo desta reação e o diagrama de energia da reação, destacando a estrutura do estado de transição da etapa determinante da reação. 8) Identifique o produto majoritário para cada uma das seguintes reações. [K8.78] 102 9) Explique porque a seguinte reação leva não leva à formação do produto de Zaitsev. [K8.76] 10) Qual dos dois substratos abaixo sofrerá reação de eliminação E1 mais rapidamente? Explique sua escolha. [K8.87] Os alcoóis são compostos que possuem um grupo hidroxila (OH) e são caracterizados pelos nomes que terminam em "ol": Um grande número de compostos que ocorrem naturalmente, cont hidroxila. Alguns exemplos: O fenol é um tipo especial de álcool. Ele é constituído por um grupo hidroxila ligadodiretamente a um anel benzênico. Os fenóis substituídos são extremamente comuns na natureza e exibem uma vasta variedade de propriedades e funções, Os alcoóis são compostos que possuem um grupo hidroxila (OH) e são nomes que terminam em "ol": Um grande número de compostos que ocorrem naturalmente, cont uns exemplos: O fenol é um tipo especial de álcool. Ele é constituído por um grupo hidroxila ligado diretamente a um anel benzênico. Os fenóis substituídos são extremamente comuns na natureza e exibem uma vasta variedade de propriedades e funções, como pode ser visto nos exemplos seguintes. 103 Os alcoóis são compostos que possuem um grupo hidroxila (OH) e são Um grande número de compostos que ocorrem naturalmente, contém o grupo O fenol é um tipo especial de álcool. Ele é constituído por um grupo hidroxila Os fenóis substituídos são extremamente comuns na natureza e exibem uma como pode ser visto nos exemplos seguintes. 104 Acidez da Hidroxila A acidez de um composto pode ser avaliada qualitativamente através da análise da estabilidade de sua base conjugada: A base conjugada de um álcool é chamada de alcóxido, e apresenta uma carga negativa sobre o átomo de oxigênio. Uma carga negativa sobre um átomo de oxigênio é mais estável do que uma carga negativa sobre átomo de carbono ou nitrogênio, mas é menos estável do que uma carga negativa sobre um halogênio. Portanto, os alcoóis são mais ácidos do que as aminas e os alcanos, mas são menos ácidos do que os halogenetos de hidrogênio. O pKa para a maioria dos alcoóis cai no intervalo de 15-18. Reagentes para Desprotonar um Álcool Existem duas formas mais comuns para se desprotonar um álcool e formar um íon alcóxido. 1) Uma base forte deve ser utilizada para desprotonar o álcool. Uma base comumente utilizada é hidreto de sódio (NaH), porque o íon hidreto (H-) desprotona o álcool e gera o gás hidrogênio (H2) que sai como bolhas na solução. Alternativamente, é muitas vezes mais prático utilizar metais alcalinos (Li, Na ou K). Estes metais reagem com o álcool para liberar gás de hidrogênio e produzir o íon alcóxido. 105 Reações de Alcoóis Como já vimos anteriormente, os alcoóis terciários sofrem reações de substituição nucleofílica (SN1) quando tratados com halogenetos de hidrogênio (HX). O mecanismo é visto abaixo: Os alcoóis primários e secundários serão submetidos a reações de substituição com uma variedade de reagentes, através de um processo SN2. 1) Os álcoois primários, por exemplo, reagem com HBr. A hidroxila é protonada em primeiro lugar, convertendo-a em um excelente grupo abandonador, seguido pelo mecanismo SN2. Essa reação funciona bem para HBr, mas não funciona bem para HCl. Para substituir a hidroxila por um átomo de cloro, o cloreto de zinco (ZnCl2 ) é usado como um catalisador. O catalisador é um ácido de Lewis que converte a hidroxila em um melhor grupo abandonador. 2) Um álcool pode ser convertido num tosilato (ou mesilato) usando o cloreto de tosila (ou de mesila) e piridina (py). S O O Cl cloreto de tosila (ToCl) cloreto de mesila (msCl) S O O Cl 106 A hidroxila é convertida num grupo tosilato (ou mesilato) (excelentes grupos de saída), que é susceptível a um processo SN2. 3) Os alcoóis primários e secundários reagem com SOCl2 (cloreto de tionila) ou com PBr3, via um mecanismo SN2, para gerar cloretos e brometos de aquila, respectivamente. O mecanismo da reação do álcool com SOCl2 (cloreto de tionila) é mostrado a seguir : O mecanismo da reação do álcool com PBr3 tem características semelhantes, incluindo a conversão da hidroxila em um melhor grupo abandonador, seguido pelo ataque nucleofílico. 107 Exercício para discussão no fórum Identifique os reagentes que você usaria para realizar a seguinte transformação: Oxidação de Alcoóis Os alcoóis podem ser oxidados, levando à formação de aldeídos, cetonas ou ácidos carboxílicos. O resultado do processo de oxidação depende se o álcool de partida for primário, secundário ou terciário. Consideremos em primeiro lugar a oxidação de um álcool primário. Note que um álcool primário tem dois prótons na posição α (carbono que carrega a hidroxila). Como resultado, os alcoóis primários podem ser oxidados por duas vezes. A primeira oxidação produz um aldeído, e, a seguir, a oxidação do aldeído produz um ácido carboxílico. Os alcoóis secundários têm apenas um próton na posição α, de modo que só pode ser oxidado uma vez, e formar uma cetona. De um modo geral, a cetona não é oxidada. Os alcoóis terciários não têm nenhum próton na posição α e, como resultado, geralmente não sofrem oxidação: 108 Um grande número de reagentes é disponível para a oxidação de alcoóis primários e secundários. O reagente oxidante mais comum é o ácido crômico (H2CrO4), que pode ser formado quer a partir de trióxido de cromo (CrO3) ou a partir de dicromato de sódio (Na2Cr2O7), em solução aquosa ácida. O mecanismo de oxidação com ácido crômico tem duas etapas principais: 1) A primeira etapa envolve a formação de um éster de cromato. 2) Na segunda etapa ocorre a formação de uma ligação p C=O. Quando um álcool primário é oxidado com ácido crômico, um ácido carboxílico é obtido. Geralmente é difícil controlar a reação para produzir apenas o aldeído. Para produzir o aldeído como um produto final, é necessário utilizar um reagente oxidante mais seletivo, que irá reagir com o álcool, mas não reage com o aldeído. 109 Muitos reagentes são disponíveis, incluindo o clorocromato de piridinio (PCC), que é formado a partir da reação entre a piridina, o trióxido de crômio e o ácido clorídrico. Quando PCC é usado como o agente oxidante, um aldeído é produzido como o produto principal. Nessas condições, o aldeído não é oxidado para o ácido carboxílico. Os alcoóis secundários, sob condições oxidantes, são oxidados apenas uma vez para formar cetonas. Assim, um álcool secundário pode ser oxidado com ácido crômico ou com PCC. O dicromato de sódio é mais barato, mas o PCC é mais brando e muitas vezes é preferido quando outros grupos funcionais estão presentes no composto. Oxidação de Fenóis Com base na discussão até agora, poderíamos esperar que o fenol não fosse facilmente oxidado, pois é necessária a presença de um próton na posição α. O fenol seria muito parecido com um álcool terciário. 110 No entanto, observa-se que o fenol sofre oxidação ainda mais facilmente que os alcoóis primários e secundários. Os produtos da oxidação dos fenóis são chamados de benzoquinonas, as quais são importantes, pois são rapidamente transformadas em hidroquinonas através de redução. Já as hidroquinonas podem ser oxidadas para gerarem as benzoquinonas. O óxido de prata ou o ácido crômico são normalmente utilizados para gerar benzoquinonas a partir das hidroquinonas. Acilação de Fenóis O anel aromático de um fenol é visto como um grupo funcional rico em elétrons, capaz de uma variedade de reações. Em alguns casos, entretanto, é o oxigênio da hidroxila é a porção reativa da molécula. Agentes acilantes, tais como cloretos de acila e anidridos acéticos, podem reagir com fenóis, seja no anel aromático (C-acilação) ou com o oxigênio da hidroxilia (O-acilação). 111 Exemplo de O-acilação. A O-acilação de fenóis com anidridos acéticos pode ser convenientemente catalisada de duas formas: 1) Aumentando a eletrofilicidade do anidrido, adicionando-se algumas gotas de ácido sulfúrico. 2) Aumentando a nucleofilicidade do fenol, convertendo-o em seu fenóxido em uma solução básica. A O-acilação e a C-acilação competem entre si, mas compreferência pela O-acilação. Isto ocorre porque estas reações são controladas cineticamente, isto é, possuem um estado de transição de menor energia que as reações de C-alquilação. Portanto, a O-acilação é mais rápida que a C-acilação. Todavia os isômeros C-acilados são mais estáveis, e é conhecido que o AlCl3 é muito efetivo para catalisar a conversão de arilésteres a arilcetonas (esta isomerização é conhecida como Rearranjo de Fries). 112 O ariléster mais conhecido é a ácido o-acetilsalícilico (Aspirina®), que é preparado pela acetilação da hidroxila fenólica do ácido salicílico. Carboxilação de Fenóis O composto-chave na síntese da Aspirina®, o ácido salicílico, é preparado a partir do fenol por um proceso descoberto no século XIX por um químico alemão chamado Hermann Kolbe. Na síntese de Kolbe, também conhecida como reação de Kolbe–Schmitt, o fenóxido de sódio é aquecido com CO2 sob pressão, e a mistura reacional é subsequentemente acidificada para geral o ácido salicílico. Mecanismo da Síntese de Kolbe Etapa 1) Ativação do grupo alcóxido: o fenol é convertido no íon fenóxido na presença de uma base. O íon fenóxido é altamente estabilizado por ressonância. Etapa 2) Ataque nucleofílico: o par de elétrons do oxigênio do íon fenóxido forma uma ligação π (C=O) com o anel aromático, gerando um carbono nucleofílo (negativo) na posição vizinha à carbonila. Este carbânion (nucleófilo) ataca o carbono eletrofílico do CO2, formando a nova ligação C-C (arilcarboxilato). Neste caso, a tautoremia ceto- enólica favorece a formação do enol, devido à rearomatização do anel. 113 A síntese de Kolbe-Schmitt é um processo em equilíbrio governado por controle termodinâmico que é responsável substituição preferencial na posição orto sobre a posição para. O isômero orto possibilita uma estabilização intramolecular (ligação de hidrogênio) entre o íon carboxilato e a hidroxila. A alquilação do oxigênio da hidroxila de um fenol ocorre pro um íon fenóxido reage com um haleto de alquila. reage com iodeto de metila para produzir o anisol. A acetona é utilizada para favorecer o equilíbrio para a direita, uma vez que o NaI é insolúvel em acetona e precipitará, perturbando o equilíbrio e deslocando O mecanismo da reação é do tipo SN2, com o ataque do nucleófilo (fenóxido) ocorrendo simultaneamente com a saída do halogênio. Os éteres são compostos que exibem um oxigênio ligado a dois grupos R (alquila, arila ou vinila). A porção éter é uma caracterí fármacos, como os exemplos que seguem: A alquilação do oxigênio da hidroxila de um fenol ocorre pron um íon fenóxido reage com um haleto de alquila. Por exemplo, o fenóxido de sódio reage com iodeto de metila para produzir o anisol. A acetona é utilizada para favorecer o equilíbrio para a direita, uma vez que o NaI é insolúvel em acetona e precipitará, perturbando o equilíbrio e deslocando-o. anismo da reação é do tipo SN2, com o ataque do nucleófilo (fenóxido) ocorrendo simultaneamente com a saída do halogênio. teres são compostos que exibem um oxigênio ligado a dois grupos R A porção éter é uma característica comum em muitos produtos naturais , como os exemplos que seguem: 114 ntamente quando fenóxido de sódio reage com iodeto de metila para produzir o anisol. A acetona é utilizada como solvente para favorecer o equilíbrio para a direita, uma vez que o NaI é insolúvel em acetona e anismo da reação é do tipo SN2, com o ataque do nucleófilo (fenóxido) teres são compostos que exibem um oxigênio ligado a dois grupos R stica comum em muitos produtos naturais e 115 Preparação de Éteres O dietiléter é preparado industrialmente via a desidratação do etanol, catalisada por ácidos, via um mecanismo SN2. Preparação de Éteres - Síntese de Williamson Anteriormente, vimos que ariléteres podem ser preparados através do Método de Williamson. Todavia, este método não é restrito a fenóis. Alcoóis também produzem éteres a partir de sua reação com uma base forte (íon hidreto, H-), gerando o íon alcóxido (nucleófilo), que atacará o haleto de alquila. A preparação de éteres pelo método de Williamson é mais satisfatória quando o haleto de alquila é um que reaja através de uma reação SN2, ou seja, haletos de metila e haletos de alquila primários são os melhores substratos. Exercitando O seguinte éter ciclico pode ser preparado via uma síntese de Williamson intramolecular. Mostre os quais reagentes que você usaria para realizar a síntese. Reações de Éteres Geralmente, os éteres não reagem em condições básicas ou levemente ácidas. Como resultado, eles são utilizados como solventes em muitas reações. Todavia, os éteres não são completamente inativos. 116 Reações de Éteres – Clivagem Catalisada por Ácidos Assim como a ligação C-O de álcoois é clivada em reações com halogenetos de hidrogênio (HX), as ligações C-O de éteres também são quebradas. ROH + HX RX + HOH ROR’ + HX RX + R’OH A clivagem de éteres é normalmente conduzida sob condições ácidas (excesso de HX e calor), que convertem o álcool formado em um haleto de alquila. Assim, a reação tipicamente leva a duas moléculas de haleto de alquila. ROR’ + 2 HX RX + R’X + HOH 2 haletos de alquila A ordem de reatividade dos haletos de hidrogênio é HI > HBr >> HCl. O ácido fluorídrido (HF) não é efetivo. Reações de Éteres – Clivagem Catalisada por Ácidos - Mecanismo O mecanismo de clivagem ocorre etapas: 1) Formação do primeiro halelo de alquila. O éter é protonado, gerando o íon oxônio. A seguir, o íon haleto atua como um nucleófilo e ataca o íon oxônio, ejetando um álcool como grupo abandonador. 2) Formação do segundo halelo de alquila. O álcool é protonado, gerando o íon oxônio. A seguir, o íon haleto atua como um nucleófilo e ataca o íon oxônio, ejetando a água como grupo abandonador. 117 Epóxidos - Reatividade Os epóxidos têm uma significativa tensão anelar e, como resultado, eles exibem uma reatividade que lhe é característica. Especificamente, os epóxidos sofrem reações onde o anel é aberto, aliviando a tensão anelar. A abertura dos epóxidos pode ocorrer em condições que envolvem um nucleófilo forte ou sob condições catalisadas por ácido. Abertura de Epóxidos – Reação com Nucleófilos Quando um epóxido é submetido ao ataque de um nucleófilo forte, uma reação de abertura de anel ocorre. Por exemplo, considere a abertura de óxido de etileno pelo íon hidróxido. O mecanismo da reação procede segundo duas etapas: 1) Na primeira etapa, o íon hidróxido atua como um nucleófilo e abre o anel em um processo SN2;. 2) O íon alcóxido resultante da abertura é, então, protonado pela água. Muitos nucleófilos são capazes de promover a abertura dos epóxidos: Todavia, estas reações exibem duas características importantes que devem ser consideradas: regioquímica e estereoquímica. 1) Regioquímica: quando o epóxido de partida é assimétrico, o nucleófilo ataca na posição menos substituída (mecanismo SN2). 118 Todavia, sob condições ácidas, o carbono atacado é o mais substituído. A espécie que é atacada pelo nucleófilo não é o epóxido propriamente, mas seu ácido conjugado. O estado de transição para a abertura do anel tem caráter de um pseudo- carbocátion. A quebra da ligação C-O do anel é mais “avançada” do que a formação da ligação ao nucleófilo. 2) Estereoquímica: quando o ataque ocorre em um centro quiral, a inversão de configuração é observada. Note que o outro centro quiral (o que carrega a hidroxila) não é afetado pelo processo. Somente o centro quiral que está sendo atacado sofre a inversão de configuração.Exercitando Prediga o produto da seguinte reação e desenhe o mecanismo. Os epóxidos podem ser abertos pelo ataque de agentes nucleofílicos, tais como os reagentes de Grignard, que são gerados a partir da reação de haletos de aquila e magnésio metálico em éter anidro. Os reagentes de Grignard são fontes de carbânions (nucleófilos) que promoverão a abertura do epóxido através de uma processo SN2, com a formação de uma ligação C-C. Exercício Prediga o produto das seguinte Redução de Epóxidos Os epóxidos são reduzidos a alcoóis sob tratamento do hidreto de alumínio de lítio (LiAlH4), o qual transfere o íon hidreto (H Abertura de Epóxidos - Resumo Geral Prediga o produto das seguintes reações e desenhe o mecanismo. póxidos são reduzidos a alcoóis sob tratamento do hidreto de alumínio de ), o qual transfere o íon hidreto (H-) para o carbono menos impedido. Resumo Geral 119 póxidos são reduzidos a alcoóis sob tratamento do hidreto de alumínio de para o carbono menos impedido. 1) Escreva a estrutura deo produto majoritário formado na reação do 1 cada um dos seguintes reagentes: 2) Proponha um mecanismo para a seguinte transformação. 3) Mostre quais pares de substrato/reagente você usaria para preparar cada um dos seguintes produtos. 4) Proponha um mecanismo para a seguinte transformação. 5) Escreva a estrutura do produto formado na seguinte reaçã Escreva a estrutura deo produto majoritário formado na reação do 1 cada um dos seguintes reagentes: canismo para a seguinte transformação. Mostre quais pares de substrato/reagente você usaria para preparar cada um dos Proponha um mecanismo para a seguinte transformação. Escreva a estrutura do produto formado na seguinte reação e o seu mecanismo. 120 Escreva a estrutura deo produto majoritário formado na reação do 1-butanol com Mostre quais pares de substrato/reagente você usaria para preparar cada um dos o e o seu mecanismo. 121 6) Escreva as estruturasdos compostos A-F. 7) Proponha uma sequência de reações para promover a seguinte transformação. 8) Escreva uma sequência de reações para promover cada uma das seguintes transformações. 9) Fenóis podem sofrer reações de acilação, levando à formação de produtos C- acetilados (A) ou O-acetilados (B). Enquanto (A) é o produto termodinâmico, (B) é o produto cinético. Sabendo-se que (B) pode ser convertido em (A), na presença de AlCl3, e calor, desenhe o mecanismo desta transformação. 122 10) Identifique os reagentes necessários para promover as seguintes trasnformações.