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Diuréticos de Alça e Tiazídicos

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Página | 1 
 
DIURETICOS 
 
Diuréticos de alça 
Principais fármacos: Furosemida; 
Bumetanida; Torcemida; Acido etacrinico 
São fármacos que inibem a atividade do 
simporte de Na+/K+/2Cl-, no ramo 
ascendente espesso da alça de henle. 
São inibidores de alta eficácia por isso são 
chamados de diuréticos de alta potência. 
A sua eficiência se dá por 2 fatores: 
1. Aproximadamente 25% da carga de 
sódio é reabsorvida no ramo 
ascendente espesso 
2. Os segmentos após a ramo 
ascendente não são capazes de 
reabsorção, logo, não recuperam o 
fluxo de material que sai pelo ramo 
ascendente espesso. 
Mecanismo de ação 
Inibem o simporte de Na+/K+/2Cl, logo, 
elevam a liberação de solutos para fora da 
alça. 
Inibem a reabsorção de íons cálcio e 
magnésio visto que não se forma uma 
diferença de potencial que é a força motriz 
de reabsorção desses cátions
 
Efeitos na excreção urinaria 
Elevam a excreção de sódio e cloreto. 
Anulam a diferença de potencial 
transepitelial, gerando o aumente da 
excreção de magnésio e cálcio. 
Quando adm em excesso podem levar a 
desidratação e depleção de eletrólitos 
Alguns diuréticos (furosemida) possuem 
fraca atividade de inibir a anidrase carbônica 
– aumenta a excreção urinaria de 
bicarbonato e fosfato. 
Elevam a excreção urinaria de potássio e de 
ácidos tituláveis – esse efeito é causado 
pelo aumento da liberação de sódio pelo 
túbulo distal, consequentemente 
potencializando a liberação de potássio e H+ 
Quando há uso agudo aumentam a excreção 
de ácido úrico, enquanto a adm crônica 
reduz a liberação desse. 
Os efeitos crônicos na excreção de ácido 
úrico podem ocorrer devido a 
potencialização do transporte no túbulo 
proximal, que leva a elevação da reabsorção 
de ácido úrico 
Página | 2 
 
A hiperuricemia é uma consequência direta 
dos diuréticos de alça 
bloqueio da reabsorção ativa de NaCl 
interferem no mecanismo que produz um 
interstício medular hipertônico – bloqueia a 
capacidade renal de concentrar a urina 
durante a hidropenia 
Estimulam a liberação da renina devido a 
interferência do transporte de NaCl pela 
macula densa – logo uma diminuição na 
volemia pode induzir as prostaglandinas a 
promover a secreção de renina. 
Fármacos anti-inflamatórios atenuam a 
resposta dos diuréticos de alça visto que 
inibem a via da COX e consequentemente 
inibem o aumento do FSR pelas 
prostaglandinas 
Diureticos de alça bloqueiam o RTG ao inibir 
o transporte de sal pela macula densa, de 
modo que ela não detecta as concentrações 
de NaCl 
Estimulam a liberação da renina devido a 
interferência com o transporte de NaCl pela 
macula densa ou se houver diminuição do 
volume, assim, ativa-se um reflexo mediado 
pelo SNC, estimulando o mecanismo 
barorreceptor intracelular que estimula a 
renina. 
Absorção e eliminação: 
Ligam-se a proteínas plasmáticas para o 
transporte. Devido a isso a sua liberação 
para filtração é limitada. 
São secretados de forma eficiente pelo 
sistema de ácidos orgânicos no túbulo 
proximal e portanto obtem acesso ao seu 
sitio de ligação 
Toxicidade e efeitos adversos 
Desequilíbrios de fluidos e eletrólitos 
Uso em excesso pode provocar grave 
depleção de sódio – gera hipotensão 
O aumento da liberação de sódio, somado a 
ativação do SRAA leva o aumento da 
excreção de potássio e H+ - gera alcalose e 
hipocloremia 
Hipopotassemia – induz arritmias cardíacas 
Hipomagnesemia e hipocalemia (associado a 
quadros de tetania) 
Devem ser evitados em mulheres pós 
menopausa devido a excreção do cálcio 
Provocam ototoxicidade – 
comprometimento da audição (ocorre com 
maior frequência quando a adm é 
intravenosa) 
Provocam hiperglicemia e podem elevar os 
níveis plasmáticos de colesterol (LDL) e 
triglicerídeos 
Usos terapêuticos 
Uso principal é no tratamento do edema 
pulmonar agudo. 
• A rápida natriurese somado a elevada 
capacitância venosa reduzem a 
pressão de enchimento do ventrículo 
esquerdo e, portanto, alivia o edema 
pulmonar. 
Usados para tratamento da insuficiência 
cárdica congestiva crônica (reduzem a o 
volume e o fluido extracelular) 
Usados para tratar hipertensão – reduzem a 
pressão sanguínea (são menos uteis que os 
diuréticos tiazídicos) 
 
 
 
Página | 3 
 
Tiazídicos 
Derivados das sulfonamidas 
Principais fármacos: clorotiazida; 
hidroclorotiazida; metazolona; indapamida 
Afetam o túbulo contorcido distal 
Mecanismo de ação 
Diminuem a reabsorção de sódio a partir da 
inibição do cotransportador de 
sódio/cloreto na membrana luminal os 
túbulos. 
como resultado esses fármacos matem a 
concentração de sódio e cloreto no liquido 
tubular 
OBS esses fármacos precisam ser 
excretados no lumem tubular para serem 
eficazes, logo, quando a função renal esta 
diminuída os tiazídicos perdem a eficácia 
A eficácia pode diminuir com o uso 
concomitante de AINES (como a 
indometacina) que causam a inibição da 
produção de prostaglandinas 
(vasodilatador) e consequentemente 
seduzem o fluxo de sangue nos rins. 
 
Efeitos na excreção de urina 
Apesar de aumentar a excreção de sódio e 
cloreto, são moderadamente eficazes, visto 
que 90% da carda de sódio filtrado é 
reabsorvido antes de alcançar o túbulo 
contorcido distal. 
Alguns tiazídicos podem aumentar a 
excreção de bicarbonato devido a sua 
inibição da anidrase carbônica. 
Adm aguda de tiazídicos aumenta a exceção 
de ácido úrico – essa excreção é reduzida 
quando há adm crônica 
Não alteram a capacidade dos rins em 
concentrar a urina. 
Administração cronica reduz a excreção de 
íons cálcio – reabsorção feita no túbulo 
proximal a partir do grande volume de 
depleção 
Efeito na hemodinâmica renal 
Não afetam diretamente o FSR, mas, 
reduzem a TFG devido ao aumento de 
pressão intratubular 
Toxicidade e efeitos adversos 
Reduzem a tolerância a glicose. 
Podem reduzir os efeitos de 
anticoagulantes, agentes uricosurios, 
sulfoidurias e insulina 
A efetividade dos tiazídico podem ser 
reduzidas por aines 
Geram: hipotensão; hipopotasseia; 
hipocloremia; alcalose metabólica; 
hipomagnesemia; hipercalcemia; 
hiperuricemia 
Reduzem a tolerância a glicose – diabetes 
melito latente pode ser desmascarado 
durante a terapia 
Pode gerar o prolongamento do intervalo 
QT -leva a taquicardia ventricular 
Uso terapêutico 
Página | 4 
 
Usados para o tratamento de edemas 
associados a doença cardíaca, hepática e 
renal (exceção -metolazona e indapamida) 
Reduzem a PA em pacientes hipertensos – 
são usados para o tratamento de 
hipertensão, sozinhos ou associados 
Adm 1 vez ao dia 
Tiazídicos que reduzem excreção de íons 
cálcio são usados para tratar nefrolitiase e 
podem ser uteis no tratamento da 
osteoporose 
Usados na diabetes insipidus nefrogenica, 
reduz o volume da urina em ate 50% 
Tiazidas reduzem a capacidade do rim de 
excretar agua livre – aumenta a reabsorção 
de agua do túbulo proximal e bloqueiam a 
capacidade de do TCD em formar urina 
diluída ( devido ao aumento da 
osmolaridade da urina 
Poupadores de potássio 
O triantereno e amilorida, juntamente com 
a espirolactonoa, são os principais fármacos 
da classe 
Ambos provocam pequenos aumentos na 
excreção de NaCl e geralmente são usados 
para compensar os efeitos de diuréticos que 
aumenta a excreção de K+. 
Mecanismo e local de ação 
As células principais do TD e do DC possuem 
canais de sódio que fornecem uma via para a 
entrada de sódio na célula no sentido do 
gradiente eletroquímico (criado pela bomba 
basolateral). 
A maior permeabilidade a sódio despolariza 
a membrana, criando um DDP transepitelial 
negativo no lumem. 
A voltagem transepitelial é a força motriz 
para a secreção de K+ para o lumem através 
dos canais RONK. 
Os inibidores da A.Carbonica, diuréticos de 
alça e tiazídicos aumenta a liberação de 
sódio para o final do túbulo distal e ducto 
coletor – assim, aumentandoa excreção de 
potássio e H+. 
As células tipo A intercaladas aumenta a 
secreção de H+ ( devido ao gradiente de 
voltagem gerado por outros diuréticos ?) 
Ocorre acidificação tubular ( derivada da 
bomba de prótons) – auxiliada pela 
despolarização parcial da membrana 
A ativação do eixo renina angiotensina 
aldosterona contribui diretamente para 
excreção de potássio e H+ 
amilorida bloqueia os canais epiteliais de 
sódio 
triantereno e amilodarona ligam-se ao ENaC 
efeitos na excreção de urina 
o bloqueio dos canais de sódio aumenta a 
taxa de excreção de Na+ e cl- 
esse bloqueio hiperpolariza a memb luminal 
reduzindo a voltagem transepitelial negativa 
no lumem. A atenuação de voltagem 
negativa reduz as taxas de excreção de e K+, 
H+, Ca2+ e Mg2+ 
a contração de volume pode aumentar a 
reabsorção de acido úrico, dessa forma o 
uso de amilorida e triantereno podem 
reduzir excreção do acido úrico 
antagonistas da aldosterona 
mineralocorticoides provocam a retenção 
de sódio e cloreto e aumentam a excreção 
de potássio e H+. 
Página | 5 
 
espironolactonas e esplerenona bloqueiam 
os efeitos dos mineralocorticoides. 
Mecanismo de ação 
 
As células do TD e DC possuem receptores 
mineralocorticoides citosolicos com alta 
afinidade a aldosterona. 
A aldosterona entra na célula a partir da 
memb basolateral e ligase a esses 
receptores. 
Essa ligação forma o complexo receptor-
aldosternoa, que desloca-se para o núcleo, 
onde densencadeia expressão de genes 
chamados de proteínas induzidas da 
aldosterona. 
Esses genes desencadeiam o aumento do 
transporte transepitelial de NaCl, assim 
potencializa a voltagem transepitelial 
negativa no lumem – aumenta a força 
motriz para a secreção de potássio e H+ 
Dessa forma ao competir pelos receptores 
de aldosterona diminui-se a secreção de K+ 
e H+ e mantem o na+ no túbulo 
Efeitos na excreção urinaria 
Semelhante aos efeitos induzidos pelos 
inibidores de canais de sódio 
Não alteram a taxa de reabsorção tubular 
Absorção e eliminação 
Espironolactona é parcialmente absorvida, é 
extensivamente metabolizada 
Toxicidade e efeitos adversos 
Podem provocar hiperpotassemia com risco 
de morte 
Espirinolactona induz: diarreia; gastrite; 
sangramento gástrico; ulceras pépticas. 
No SNC pode provocar sonolência, letargia e 
ataxia 
Usos terapêuticos 
São coadministrados com tiazídicos ou 
diuréticos de alça no tratamento de edema e 
hipertensão 
Resultando em maior mobilização de fluido 
do edema 
Poupam a excreção do potássio 
Espironolactona é útil para hipertensão 
resistente, causada por hiperaldosteronismo 
primário e a edema refratário associado ao 
aldosteronismo secundário ( induficiencia 
cardíaca; cirrose hepática; síndrome 
nefrotica e ascite)

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